Unsolved escrita por Strela Ravenclaw


Capítulo 49
The three families.


Notas iniciais do capítulo

Olá ♡

Agradeço a todxs que comentaram no capítulo anterior, e que me perdoaram pela demora absurda. Vocês são anjos ♡

Desculpa se houver erros, boa leitura.



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Andrew Narrando

Não consigo tirar o olhar dela da minha cabeça desde que sai de casa pela manhã, e suas palavras martelam na minha mente. – “Porque você gosta de mim... Gosta Andrew?” – Clarissa você me faz quebrar promessas.

Sei que eu nunca poderia ter me envolvido emocionalmente com ela. – Tentei de todas as maneiras afastar-la de mim, mas não consegui resistir. Ela dominou meus pensamentos, me enfeitiçou. – Essa era a única coisa que eu conseguia acreditar, por que não é possível eu ter me apaixonado por essa garota.

— Drew? – Nick me faz despertar dos pensamentos.

— Hum?

— Desde que você chegou está pensativo, aconteceu alguma coisa?

— Não aconteceu nada Nick. – digo cortante. Não quero contar que segui seu conselho. – Eu é que quero saber o que aconteceu para o Dave convocar uma reunião cedo...

— Ele poderia ter chegado no horário, no mínimo. – Nick reclama olhando no relógio.

— Se isso for uma brincadeira daquele desgraçado eu vou matar ele!

Meia hora depois Dave chega. – Fuzilo ele com o olhar por ter demorado tanto.

— Caralho mano, achei que tinha esquecido da reunião... – Nick diz.

— Da reunião que você marcou. – falo olhando feio em sua direção.

— Estava resolvendo umas coisas importantes, seus porras. – Dave rebate sério.

— O que aconteceu? – indago.

— Estava fazendo uma última investigação antes de passar essa informação... – Dave diz de maneira séria.

— O que é caralho? – indago já sem paciência.

— O Marcelus está na cidade. Ele voltou para Nova Orleans.

— Aquele desgraçado? Como ele ousa voltar pra minha cidade? – sinto o ódio percorrer minhas veias.

— Esse não é o ponto Andrew... O que ele quer aqui? – Nick pergunta mantendo a calma.

— Não tem outro motivo a não ser... – Dave faz uma pausa e me olha – Matar o Andrew.

— Temos que nos prevenir... – Nick começa o que seria um plano, mas eu o interrompo.

— Eu vou matar ele! Vou terminar o que deveria ter feito a anos atrás! – declaro batendo com força na mesa.

— Não tenho dúvidas disso Andrew! Mas não se esqueça que agora você não está sozinho... – Nick diz – A Clarissa.

— Se ele pensar em encostar um dedo nela...

— Ele não vai! – Dave fala – Mas vamos precisar de um bom plano, segurança a mais e reforços... Vamos ter que trazer o Harris de volta.

— O Harris? De jeito nenhum! – digo com irritação.

— Isso não é hora pra ciúmes Andrew. – Nick fala recebendo um olhar feio meu.

— Eu vou chamar outra pessoa... – digo pensativo.

— Que pessoa? – Nick pergunta.

— Alguém que possa estar perto da Clarissa. Alguém que eu sei que vai protege-la a qualquer custo...

— Quem Drew?

— A Julie. – Assim que o nome dela sai da minha boca, Nick fica vermelho. Em outra ocasião eu até zoaria ele, mas no momento estou alimentando todo ódio que sinto pelo Marcelus.

Como ele ousa pisar na minha cidade depois de tudo que me fez? E ainda pensar que pode me matar. – Da última vez ele escapou por entre meus dedos, fui atrás dele, mas infelizmente ele é muito bom em se esconder – Como um perfeito covarde – Dessa vez eu o matarei.

Passamos horas discutindo sobre planos e estratégias. – Mas meus pensamentos não paravam um segundo de lembrar do último dia que vi aquele desgraçado do Marcelus.

— Precisamos manter a calma, e agir com cautela, isso é essencial – Nick diz me olhando.

— Eu não vou fazer nada imprevisível Nick, se é isso que você está tentando me dizer – digo com irritação.

Mais algumas horas se passam e optei por decidir em aumentar a segurança em casa, e contatei Julie, que concordou sem hesitar em vim pra cá.

— Ela vem. – anuncio após desligar o telefone.

— Sua oportunidade ai Nick – Dave começa a fazer gracinhas.

Os dois entram em uma discussão interminável de xingamentos. – Enquanto eu apenas observo mergulhado em pensamentos.

Vou vingar sua morte Angel – Penso. – Quando o Marcelus atravessar meu caminho, vou mata-lo sem piedade. Não vejo a hora da alma dele queimar no inferno.

Acabo saindo dali e dirijo por horas sem rumo, apenas pensando em maneiras de matar aquele desgraçado. – Dirijo pra casa e assim que chego dou novas ordens aos seguranças para que aumentem a guarda. – Proíbo a entrada de qualquer pessoa não autorizada.

Assim que entro em casa tiro a jaqueta e jogo em cima do sofá – Subo as escadas indo para o quarto procurando pela Clarissa, mas quando adentro o cômodo não a vejo. – Desço e vou ate a cozinha, escritório e todos o outros lugares possíveis da casa. – Não a acho em lugar nenhum.

Caminho apressado em direção aos seguranças – A preocupação de algo ter acontecido com ela começa a tomar conta de mim. – Só de pensar na hipótese do Marcelus ter pego ela... Isso me faz querer matar todos ao meu redor.

— CADE A CLARISSA? 

— Ela saiu com a sua mãe senhor... – um deles me responde com certo temor.

— E porque vocês não me avisaram caralho? Onde elas foram? Tem algum segurança com elas?

— Sim senhor. Tem dois seguranças. A senhora Amélia não nos informou onde elas iriam.

— CARALHO! VOCÊS SÃO UM BANDO DE INCOMPETENTES.

Pego o celular e disco o número da minha mãe, que na hora cai na caixa postal. Tento o da Clarissa, chama e ninguém atende. – Não sei o que sinto mais, se é ódio ou preocupação. – Volto pra casa e pego a chave do carro, assim que vou em direção a porta para sair elas chegam.

Sinto alivio quando a vejo entrar pela porta – Só de pensar que algo poderia ter acontecido com ela eu quase enlouqueço.

— Onde vocês estavam inferno? – Indago com raiva. Clarissa me olha sem entender.

— Fomos ao shopping Andrew, respirar um pouco, sabe?! – Amélia é quem responde

— Respirar?! – Ironizo. – Caralho Amélia você tem noção que a vida dela está em risco?

— Garoto me respeita! Eu sou sua MÃE Andrew!

— Andrew a gente só saiu um pouco... – Clarissa fala atraindo meu olhar.

— Será que você escutou o que eu disse? Caralho garota! – digo com raiva. – Saiba que a partir de hoje Clarissa, você está proibida de sair sem mim!

— O que? – indaga confusa. – Você não pode me proibir Andrew!

— Andrew isso é um absurdo... – Amélia começa a falar, mas Clarissa a interrompe.

— Amélia será que você poderia nos dar licença? Eu e Andrew temos que conversar.

— Claro querida. – Ela lança um olhar solidário para Clarissa e me fuzila. – Mas depois você vai escutar Andrew! – e sai batendo a porta da sala

— Que história absurda é essa Andrew? Você não é meu dono! – diz jogando duas sacolas de compras em cima do sofá.

— Você é burra caralho? – perco qualquer vestígio de paciência com ela.

— Não me xinga! – diz cruzando os braços. – Você não tem o direito de me proibir...

— EU ESTOU TE PROTEGENDO! – perco a paciência e grito.

Ela me olha assustada, mas logo sua expressão se suaviza.

— Me protegendo do que? De quem? Me diz...

— Não vou te dizer nada! – digo impassível.

— Eu mereço saber Andrew! – Clarissa me lança um olhar de irritação e magoa. – Você sempre me esconde tudo, eu mereço saber!

— Eu já disse que não vou falar nada caralho!

— É sempre assim com você Andrew! Você me esconde absolutamente tudo! – Sua tristeza é perceptível e de alguma forma aquilo me incomoda.

Ela me olha por alguns segundos antes de deixar a sala. – Fico um tempo no meu escritório até “esfriar” um pouco a minha cabeça. – Quando enfim vou para o quarto ela já está dormindo.

Clarissa Narrando

A luz do sol invade o quarto me fazendo acordar. – Assim que me sento na cama não vejo mais Andrew ali.

Depois da discussão que tivemos noite passada, nada mais foi dito. – Não vi nem a hora que ele veio dormir, e fracamente não me importei com isso.

Ele conseguiu me irritar muito com aquela história de que eu não posso sair sem ele. – Não sou propriedade privada dele, Andrew não é meu dono e não manda em mim.

Entendo o fato da minha vida estar em risco de alguma forma, se não fosse por isso, nós nem ao menos teríamos casado. Casei por proteção, e compreendo isso. – Mas se ele me contasse do que me protege, de quem...

Mas ao invés de me dizer, ele prefere esconder as coisas e discutir. – Isso é irritante e cansativo. – Não sou uma criança pra ser tratada assim.

Já pela tarde a campainha tocou. – Presumi ser Megan, já que Andrew tem a chave e Amélia também.

Vou até a porta e abro. – Minha surpresa é tão grande que fico sem reação.

— Julie? – indago seu nome quase não acreditando que ela está aqui.

Julie me envolve em um abraço apertado e demorado. – Não demoro para retribuir

— Não sabe o quanto eu senti sua falta, garota! – diz ainda enquanto estamos abraçadas.

— Você também não faz ideia.

Assim que ela entra nos sentamos no sofá. – Julie deixa claro que está feliz em me ver, e eu retribuo da mesma forma. – Conversarmos sobre assuntos básicos por um tempo.

— O que te trouxa a Nova Orleans tão subitamente? – indago olhando-a.

Ela se mexe desconfortável no sofá, e me olha com apreensão.

— Andrew me chamou pra vim... Ele não te contou, não é?!

— Pela minha surpresa ao te ver aqui, acho que dá pra perceber que não. – digo deixando claro minha irritação.

— Talvez ele quisesse fazer uma surpresa...

— Surpresa? – ironizo. Ela me olha estranho e da um sorriso.

— A convivência com ele está te deixando com mais atitude amiga! – Julie ri e eu dou um leve tapa em seu braço.

— Me conta por que está aqui...

— Clary toda essa história é muito complicada. – ela tenta fugir do assunto, mas estou determinada a saber.

— Julienne! Você é minha amiga, ou não é? – indago atraindo a atenção dela. – A última vez que nos vimos, você salvou a minha vida. Eu descobri que você era uma pessoa totalmente diferente do que pensei durante toda minha vida. Se lembra do que me disse quando eu voltei pra cá?

— Que eu contaria tudo o que sei pra você.

— Então?

— O Andrew me pediu pra vim por que sua vida está em perigo...

— Isso não é novidade. – mordo o lábio nervosa. – Primeiro os Acionistas... Quem é desse vez?

— Essa é a questão, eu ainda não sei. – diz pensativa. – Pode ser a mesma pessoa que te ameaçou quando sua mãe ainda estava viva, ou pode ser uma nova ameaça...

— Quem é essa pessoa? – indago.

Sempre quis saber quem era tão poderoso a ponto de fazer minha mãe sentir medo. – A ponto de me fazer casar por proteção.

— Eu não sei. Meu pai nunca quis me contar. – Julie diz. – Mas ele me contou uma história, sobre as três famílias...

— Três famílias? – pergunto confusa. – O que isso tem haver comigo?

— Só escuta e você vai entender...

Três famílias dominavam o poder da máfia americana naquela época.

Os Vokkel's, Os Goldstein e os Black's.

Hiram Vokkel nunca quis dividir o poder – trazendo assim discórdia para o meio dessa aliança. Fazendo por diversas vezes ataques e investidas para derrubar seus aliados do poder. Como se não bastasse, a competição entre Hiram e Lenon Goldstein aumentava cada vez mais durante os anos.

Tudo ficou mais perigoso quando Lenon se apaixonou pela esposa de Hiram – tendo um caso com ela. – a tenção entre as duas famílias aumentou e a guerra na máfia começou. No meio disse tudo, estavam os Black’s, que apenas pagaram um alto preço por entrarem em uma guerra. Richard Black via seu império cair, ao receber ataque dos dois lados da máfia – ataques de seus dois aliados, e que um dia, foram seus amigos. Eles haviam construído tudo aquilo, e agora derrubavam com as próprias mãos.

Richard Black tentou lutar – mas estava sozinho – os outros apenas usurpavam seu poder para eles, para ficarem mais poderosos. Tudo foi tirado dos Blacks, até mesmo a vida de seu patriarca, Richard havia sido morto. O homem encarou a morte, quando olhou dentro dos olhos de seu antigo amigo, Hiram matou ele, sem sentir nenhum remorso.
Seu império decaiu – ele havia perdido todo seu poder – enquanto Hiram e Lenon, declaravam uma guerra sem fim.

As duas famílias dominaram a máfia – e o ódio somente aumentou.

Com os anos que se passaram, a batalha entre Hiram e Lenon sessou, mas outra estava prestes a começar”

Quando Julie terminou de contar toda aquela história minha cabeça tentava processar tudo.

— E o que isso tem haver com você? Foi exatamente o que perguntei pro meu pai quando ele me contou... A sua ligação com tudo isso é simples. Sua mãe fez negócios com um Vokkel, eu não faço ideia do que seja, mas algo deu errado e isso só fez o ódio entre as duas famílias recomeçar.

— Ela fez o que? – pergunto ainda confusa.

— Isso mesmo Clary. Meu pai nunca me contou o que é.

— Espera... Tem uma coisa nessa história... – Me levanto do sofá andando de um lado pro outro. – A família Black... É a mesma família do Andrew?

— Ao que tudo indica sim.

— Então é por isso... foi por isso! – falo quase que inaudível enquanto pensamentos estão a milhão na minha mente. – Por isso ele aceitou se casar comigo, não foi só por dinheiro... Foi pra restaurar o poder da família dele.

— Sim... – Julie concorda enquanto me vê andar pela sala. – Clary, se acalma, senta aqui.

— Mas porque ele não me contou isso antes?

— Não faço ideia.

— É simples. O Andrew não confia em mim! Ele não me diz nada, parece que tem o prazer de me esconder tudo!

— Clary... Não fala assim, vocês são casados...

— A gente tem um contrato Julie! – corrijo ela.

— Mas você gosta dele, não gosta? – assim que ela termina de falar a porta se abre.

O burburinho de vozes chama nossa atenção. – Andrew entra acompanhado de Dave, Nick, e Megan.

— Clary! – Megan vem até mim e me envolve em um abraço carinhoso.

Quando nos afastamos vejo Julie olhar diretamente pra Megan. – Pelo que conheço dela, muito provavelmente está com ciúmes.

— Megan, essa é a Julie... – apresento-as rapidamente.

Julie se levanta, Megan vai até ela e a beija na bochecha.

— Vim dar as boas vindas. – Megan sorri, mas percebo que é quase forçado. – Nick disse que você chegou hoje.

— O Nick? – A outra indaga olhando rapidamente na direção dele. Nick está com o rosto vermelho.

— Uhum. Eu vim com ele. – Megan está provocando Julie pelo que conheço.

— Ah. – Julie se limita a responder.

— Prazer Julie, sou Dave. – diz se aproximando e abraça Julie, que retribuiu timidamente. – Ouvi dizer que você é quase uma lenda.

Megan fuzila ele com o olhar, ela tenta disfarçar enquanto a olho.

— Eu? Uma lenda? – diz rindo envergonhada.

— Você nem parece a mesma pessoa que salvou a Clary aquele dia... – Nick se aproxima e sorri pra ela.

— Tenho que ser um pouco mais fria quando estou lidando com esse tipo de situação... você sabe. – ela justifica.

— Então você atira muito bem, pelo o que o Andrew me contou. – Dave se senta no sofá e faz sinal para que Julie se sente ao lado dele.

Ela senta. – Nick e Megan olham desconfortáveis para os dois. – O ciúmes é tão claro.

— Sou boa no que faço. – Julie sorri e Dave a olha descaradamente. Apesar de que ele parece só provocar Megan por ter vindo com Nick, e não com ele.

— E o que mais você sabe fazer? – indaga. O tom de voz dele revela uma leve malícia.

Abaixo a cabeça segurando o riso, quando levanto o rosto vejo Andrew me olhando.

Desde nossa discussão ontem a noite ainda não nos falamos. – E agora com tudo o que Julie me disse, tenho muito no que pensar.

Dave continua a conversa com Julie. – Nick se senta no outro sofá e assiste a um programa qualquer na TV, mas parece prestar mais atenção no que Julie diz. – Já Megan encosta na parede próxima a mim e cruza os braços com uma expressão de irritação.

Andrew está de pé perto do sofá, as mãos no bolso da calça jeans e o olhar em mim. – Ele nem disfarçar.

Saio dali e vou até a cozinha ver se tem algo que todos nós comermos. – Constato que é melhor pedir pizza.

Assim que desligo o telefone depois de fazer os pedidos Megan entra na cozinha.

— Você acredita que o Dave já tá dando em cima dela? – indaga com indignação.

— Meu Deus amiga, controla o seu ciúmes! – digo rindo.

— Não estou com ciúmes! – ela apoia os braços no balcão de mármore, da impulso e se senta.

— Você tem que sentar aí mesmo?

— Vai dizer que você nunca sentou aqui? – pergunta com malícia, demoro pra entender onde ela quer chegar.

— O que? Claro que não! – nego. – O nível de perversão do Andrew nunca chegou até aqui.

Megan ri enquanto sinto meu rosto ficar vermelho.

Julie entra na cozinha e um silêncio constrangedor se instala.

— Pedi pizza. – digo tentando quebrar o clima estranho.

— Você gosta do Nick? – Megan indaga olhando diretamente para Julie.

Sinto o clima pesar. – As duas se encaram sérias.

— Isso é da sua conta? – Julie rebate.

Megan desce do balcão e para na frente dela.

— Não estou afim dele. Mas o Nick é um cara muito legal, ele presta. Não quero que ninguém machuque ele. – Megan fala.

— Não vou machucar ele. – A outra responde. – Nós só nos vimos algumas poucas vezes...

— E você ficou afim dele, diz logo garota. – Megan ri, deixando Julie surpresa e me deixando aliviada. Não suportaria ver uma discussão por causa de homem.

— Talvez. – Julie sorri também.

— Ele é um cara muito legal. Vocês vão se dar bem se ficarem juntos. – Megan fala com sinceridade. – Se precisar de ajuda, estou aqui. – ela levanta a mão e Julie bate.

— Ai meninas... – digo rindo aliviada.

— Você e o Dave... – Julie começa, mas Megan interrompe.

— Não. Não existe nós dois na mesma frase...

— Na verdade existe, mas é um rolo bem complicado. – falo rindo.

— Cala boca Clary! Eu não gosto daquele coiso! – Megan faz cara de nojo.

— Mas transa com ele! – deixo escapar e Megan me olha feio.

— Não tenho culpa se ele é uma delícia! É uma tentação. – lamenta.

Ficamos jogando conversa fora até as pizzas chegarem. – Comemos todos na sala, mas antes tive uma pequena discussão com Andrew pelo canal da TV.

— Essa série é um lixo Clarissa! – Ele protesta ao me ver colocar em Friends.

— Não fala assim! Você nem assiste, como vai saber se é boa ou ruim? – indago.

— Acha que vou perder meu tempo assistindo essa merda?

Por fim acabo deixando em um canal onde passa um filme de terror muito ruim.

Quando o filme acaba Nick diz que vai pra casa e pergunta se Julie quer uma carona.

— Onde você vai dormir? – pergunto preocupada.

— O Andrew cedeu um apartamento dele aqui próximo, fica tranquila.

— Ele fez isso? – não disfarço minha surpresa.

— Uhum. – responde rindo. – Agora tenho que ir, não quero perder a carona do Nick.

— Claro que você não quer perder. – digo rindo, enquanto ela fica vermelha.

— Vou chamar um táxi pra mim, nem fodendo que eu iria de vela naquele carro! – Megan se levanta assim que eles saem pela porta.

— Te dou uma carona Megs. – Dave se oferece.

— Não!

— Prometo me comportar. – Ele levanta as mãos em sinal de rendição e ela aceita a contragosto.

— Nem pense em fazer qualquer graça! – avisa.

Ela vem até mim e a gente se despede rapidamente. – Megan caminha para fora e ainda vejo Dave fazer sinal de comemoração para o Andrew, que revira os olhos.

Arrumo as coisas sozinha, já que Andrew sobe para o quarto. – Desgraçado.

Assim que entro no cômodo escuto o barulho do chuveiro no banheiro. – Vou até o closet e me troco. – coloco uma blusa dele e um short bem soltinho por baixo.

Saindo dali dou de cara com ele. – com uma toalha enrolada na cintura, o cabelo molhado – com alguns fios caindo no rosto – e algumas poucas gotículas de água escorrendo pelo peito e barriga.

Respiro fundo tentando não encarar tão descaradamente o corpo dele. – Me senti tão profundamente atraída por ele era um problema. Ainda mais quando estou brava com ele.

Dou um passo pro lado tentando passar, e ele faz o mesmo. – Vou para o outro lado e Andrew também.

— Da licença! – peço grosseiramente.

— É você que está na minha frente caralho! – rebate no mesmo tom.

— Sai da frente! – peço encarando ele.

— Você fica tão gostosa com a minha blusa. – diz olhando nos meus olhos.

Sinto meu rosto ficar vermelho na hora. – Puta merda! Ele gosta de fazer isso comigo.

— Para com isso Andrew!

— Com que? – pergunta sorrindo maliciosamente. Ele da um passo na minha direção e eu recuo pra trás.

Quando dou por mim estou encurralada entre ele e a parede do closet.

Sinto suas mãos tocarem minha cintura e subirem por dentro do tecido da blusa. – Seus lábios atacam meu pescoço com fervor – entre beijos e mordidas ele me enlouquece.

Espalmo minhas mãos em seu peito e empurro. – Não que tenha dado tanta distância entre nós. – Mas o suficiente para ele parar de me desconcentrar com seus beijos.

— Você só me quer pra isso Andrew? – indago seria. Ele me olha da mesma maneira.

— É o que você acha? – pergunta se afastando de mim.

— É o que você me faz pensar quando me esconde as coisas!

— Do que você está falando? – Ele me olha analítico.

— Porque você chamou a Julie aqui Andrew? Não vem me dizer que é só pra minha segurança! Eu quero saber de quem você está me protegendo! Eu tenho o direito de saber...

— Clarissa...

— Quem está me ameaçando? Andrew! Porque você não me conta? – Ele se afasta mais de mim. – Porque você não me conta nada sobre isso? Sobre você?

Ele vai até o closet em silêncio, me deixando ali sozinha. – Fecho os olhos sentindo o gosto da frustração.

Isso parece que nunca vai mudar.

Ele volta para o quarto vestindo uma calça de moletom preta, se senta na cama e olha na minha direção.

— Senta aqui! – diz autoritário.

— Pra que..?

— Só faz o que eu tô pedindo! – a contragosto me sento na cama ao lado dele.

— O que você quer saber? – indaga olhando nos meus olhos.

Penso ter ouvido errado, e por isso demoro pra responder.

— Vai me contar tudo o que eu quiser saber? – pergunto.

— Tudo o que eu puder dizer.

Mordo o lábio inferior pensando no que perguntar.

— Porque nunca me disse nada sobre a sua família?

— Minha família...?! – indaga.

— Os Black's... As três famílias. – digo atraindo o olhar dele mais uma vez.

 


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Notas finais do capítulo

Faça uma autora feliz, comente ♡

Era pra mim ter postado esse capítulo antes, mas sempre acontecia algo que me impedia! Enfim, aqui está.

Ps: estou revelando os segredos de maneira mais lenta, mas acho que está dando pra entender, certo? Haha

Gostaram da volta da Julie? Gostaram do Andrew (Até que enfim) decidindo contar algumas coisas pra Clary?

Beijos, até o próximo ♡



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