País Tropical escrita por weslbro


Capítulo 1
Um sonho


Notas iniciais do capítulo

Mariano decide colocar seu sonho em prática: criar uma peça de teatro musical brasileira. Ele espera conseguir a ajuda de seus dois filhos, que não confiam nessa ideia.



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(País tropical-Jorge Ben Jor)

Moro num país tropical, abençoado por Deus
E bonito por natureza, mas que beleza
Em fevereiro (em fevereiro)
Tem carnaval (tem carnaval)

Tenho um fusca e um violão
Sou Flamengo
Tenho uma nêga
Chamada Tereza

Moro num país tropical, abençoado por Deus
E bonito por natureza, mas que beleza
Em fevereiro (em fevereiro)
Tem carnaval (tem carnaval)

   Mariano está em sua sala, conhecida como ‘sala azul’ por conta de suas cores, sentado em um banco de madeira almofadado de vermelho e apoiado pelos dois cotovelos e as duas mãos no queixo em cima de sua mesa central de vidro, imaginando uma apresentação dançante de um grande grupo de pessoas.

   Mariano, 42, é professor de Teatro há 3 anos na escola “Arte e Multimídia” que fica em Jundiaí, interior de São Paulo. Mas nunca chegou a produzir uma peça, apenas tinha um bom conhecimento sobre. O grande sonho dele é fazer uma peça de Teatro de sucesso, que lote as bilheterias e que tanto como seu nome como os de seus alunos fiquem conhecido no país. Ele é uma pessoa que não só gosta de realizar apenas os seus sonhos, mas também a ajudar as outras pessoas realizarem o delas. Mas se ele for prosseguir com sua idéia, ”sobre o que será a peça?”. É o que ele não para de pensar. Ele na hora lembrou da música “País Tropical, onde ficou imaginando tal apresentação com pessoas em uma animada coreografia. ”Um musical talvez?!” Pensou, exultante. Mas ele mesmo considera essa ideia absurda, a não ser que ele tenha total apoio dos seus filhos, que também dão aula de teatro na mesma escola. Eles podem o ajudar a seguir em frente com essa ideia, que realmente é uma grande ideia para pelo menos tentar prosseguir.

   João, 19, filho caçula de Mariano, também professor, está de férias de seu emprego. Começou a dar aula com 18, ano passado. No momento está só esperando uma resposta sobre quais turmas serão seus próximos alunos. Tem um jeito um pouco bobo e tímido de ser. Amoroso e gentil são pontos altos de suas qualidades. Já tentou formar uma banda musical com antigos amigos que fizeram curso de música com ele, mas percebeu que iria atrapalhar seu emprego como professor, bem porque ele gosta muito do mesmo. Nesse momento ele acabou de voltar de viagem de Maceió, onde aproveitou suas férias. Em casa, antes de terminar de desarrumar sua mala recebe uma ligação de seu pai:

—“João, eu preciso que você venha até minha sala aqui na escola, precisamos conversar”

—“Ta bom pai, já to indo”

   João até agradeceu por essa ligação, pois hoje era o dever dele de arrumar a casa, já que não faz isso a tempo, e ele pode usar essa chamada como desculpa.

   Chegou na escola e foi direto para a sala de seu pai

—Cheguei! –Disse João entrando sem bater ou avisar

—Olá filhão! Como foi de viagem?

     Eles se abraçam

—Foi maravilhoso pai, lá em Maceió é tão lindo, uma paisagem melhor que a outra!

—Você se deu muito bem lá então pelo que vejo

—Muito, o povo de Maceió é muito gentil

   Mariano esboça em seu sorriso como ele ama seu filho

—Que bom! Tava com saudades! Mas agora vamos ao real assunto pelo que eu te chamei

—Pois fale!

—Eu quero criar uma peça de teatro!

—Como? –João dá uma pequena engasgada

—Você entendeu, eu quero criar uma peça de teatro. Não só isso, talvez um musical brasileiro! Sempre foi o meu maior sonho

—Claro, eu lembro que nos meus 15 anos todo final de semana você chutava eu e Maria às oito horas da noite pra cama e ligava a televisão pra assistir sua coleção de musicais que tem suas versões em teatro. Eram suas paixões.

—Realmente. Mas você me apoiaria?

   João abaixou a cabeça por dois segundos para pensar

—....hum....Claro! Seria uma honra! Eu ainda não recebi minha turma para dar aula, ainda dá tempo de avisar a diretoria que irei dar um tempo para me dedicar ao musical. Mas você tem ideia como fazer um? –João tenta disfarçar, mas ele não está botando fé nesse plano

—Sim, e fica tranquilo que a parte de ‘como fazer’ será tarefa minha. Você e Maria ficarão na parte do ‘fazer’

—Então você como o diretor e eu minha irmã como produtores. Tudo bem. Certo. Mas também há esse problema: quem fica responsável na parte de ‘conversar sobre isso com Maria’?

—Por isso já vou precisar da sua ajuda.

—Mas espera, quando eu cheguei em casa ela não tava lá, e aqui também não

—Eu também não sei onde ela está, mas vou mandar uma mensagem para nos encontrar –Ele pega seu celular, enquanto observa na feição de seu filho se ele realmente está interessado nisso

                                                            ♪--♪--♪

   No colégio Monte Verde Brasil está na hora do intervalo. Vanessa está sentada em uma das mesas redondas com rodinhas, amarrando o seu cabelo escuro e liso para poder comer seu pão com requeijão sem nenhum fio de cabelo dentro.

   Este é o seu último ano no colégio. Está prestes a fazer 17 anos no dia 21 de fevereiro, faltando menos de um mês. Conhecida por ser uma garota dedicada aos estudos, parece ser uma adolescente cheia de sonhos, mas não os apresenta fisicamente, ou seja, ela nunca contou à ninguém os seus sonhos.

—Vanessa! Eu não acredito que você sonha ser uma cantora profissional!

   Na verdade, quase ninguém. Essa é sua amiga Clara vindo da cantina em direção à sua mesa e sentando de prontidão, bem exultante com essa fofoca

—Eu não acredito que Luana te contou isso!

—Na verdade foi a Natália, e, aliás, eu que não acredito que você contou isso pra elas e não contou pra mim!

—Na verdade, foi minha irmã Roberta que contou pra Luana, que deve ter contado pra Natália até ter chegado em você, o que não era pra nenhuma de vocês estarem sabendo!

—Ah qual é, qual o problema nisso, é um sonho seu e devemos respeitar. A única coisa é que nós nunca vimos você cantar, por isso houve esse impacto na notícia

—Eu sei, eu normalmente só canto em casa mesmo. E esse sonho vem da minha infância, eu meio que nunca levei a sério –Diz Vanessa, eu um tom baixo -..mas vamos esquecer o assunto, o sinal já bateu e temos que voltar pra sala

     Vanessa joga as cascas do pão fora, juntamente com a garrafa vazia de água e elas vão pro segundo andar onde fica sua sala.

                                                             ♪--♪--♪

   No sul do Brasil, em alguma cidade do Paraná, em alguma casa do interior, mora Dinei, 17, e sua mãe Florinda, 40. Ele está nesse momento ajudando sua mãe solteira a recolher a roupa do varal

—Filho, você está preparado para a viagem semana que vem?

—Mais do que nunca. Apesar de nervoso, não vejo a hora de chegar o dia. Não que eu esteja convencido, mas eu sinto que essa viagem pra São Paulo, além de realizar meu sonho, irá transformar nossas vidas por completo

—Deus te ouça. Bom que eu já garanti meu emprego por lá –Ela trabalha como empregada doméstica, e é isso que sustenta os dois –e garanti sua vaga numa escola. Já estamos sendo abençoados

   Eles trocam seus sorrisos humildes

                                                            ♪--♪--♪

   Nas ruas do bairro Ermida, lá vem Maria, com seu olhar amedrontador, deixando claro para ninguém se atrever a mexer com ela.

   Maria, 21, tem um perfil muito forte, pavio curto, dificilmente exista alguém que pode debater com ela. É difícil até com a própria família, pois não se dava bem com seu irmão João. Deve ter puxado a mãe desconhecida, pois Mariano se separou de sua mulher quando ela tinha 4 anos, e João 2. Tem poucas lembranças dela, quase nenhuma, e a mesma nunca veio os visitar. Mariano mantém em segredo o porque dessa separação.

   Mas um segredo de Maria é que ela tem um certo problemas com relacionamentos. Sem auto confiança de que alguém realmente irá gostar dela de verdade algum dia ,mesmo que o seu sonho é ter um amor verdadeiro. A única coisa que a distrai nos momentos de solidão é a música, no qual é o que ela pode dizer que esta em um relacionamento sério. E lá vem ela com seus grandes fones de ouvidos, compartilhando sua música que está tocando com as pessoas que passam pela mesma rua. E sim, ela ás vezes gosta de cantar e dançar junto com a música. Como, por exemplo, com a música Garota sangue bom - Fernanda Abreu. Ela passa por parquinhos, campos de futebol e vielas cantando e brincando com as pessoas ao redor. Esses são momentos raros em que Maria parece ser uma pessoa divertida e feliz.

  Junto com a boca
Vem a coxa debochando
No compasso do escândalo dançante
Meio samba meio funk
Vem dançando no açúcar
Da presença feminina carioca
Suburbana, carioca Zona Sul
Corpo que é alma
Assim sublime irresistível inspiração
De cidade maravilha cortesa
Sintetizada pelas ondas
De um corpo feminino que é
Prestígio de calibre sensual
Olha o jeitinho dela falar
Olha o jeitinho dela dançar
Olha o jeitinho dela olhar
Olha o jeitinho dela andar
Olha o jeitinho dela paquerar
Olha o jeitinho dela go-go-go
Garota carioca
Suingue sangue bom
Garota carioca
Suingue sangue bom
Dá gosto de ver a inteligência
Movendo um corpinho como esse
Luz gostosa de boate
Fervilhante pagodinho churrascante
Na noturna suburbana
Tem garota sangue bom
No charme do suingue
Do desejo inevitável
Que é o convite irrecusável
Que o açúcar da presença
Feminina carioca
Quente paraíso do espírito excitado
Pela festa dos sentidos animados pelo sol
Quente paraíso do espírito excitado
Pela festa dos sentidos animados pelo mar
Garota carioca
Suingue sangue..

 

     Chegando em frente a escola onde trabalha, Mariano já abre a porta antes mesmo que ela pudesse terminar a música

—Que horas você leu a minha mensagem? –Perguntou Mariano

—Horas suficientes para demonstrar que eu não estou nem um pouco interessada de estar aqui, porque são minhas férias e você tá estragando

—Maria, por favor, não começa –João intrometendo

—Começar o que? A falar que é sua vez de arrumar a casa ao invés disso você tá estar aqui ajudando o pai a encher meu saco?! –Ela está de mau humor por conta do fim das férias. Mais do que o comum

—Maria, para!!

    Um grito de Mariano que ele só dava em situações raras -talvez tenha usado esse grito umas três vezes em sua vida- foi o suficiente para calar Maria, e dar um grande susto em João. Eu não devia dizer isso, mas ele esta com vontade de chorar

—Agora sim podemos conversar, vamos para o auditório –Mariano gosta do auditório por ser um lugar calmo, silencioso e particular.

   Chegando lá, Mariano continua:

—Eu te chamei aqui para pedir sua opinião e ajuda. João já concordou comigo e aceitou fazer parte

—Meu Deus, já estou preocupada.

—Eu quero fazer uma peça de teatro musical

—Ok, não que eu irá topar fazer isso, mas, se você for fazer só quero saber se você vai tirar tempo para aprender um inglês fluente? E outra já estudaram sobre musicais da broadway? É muito difícil, e pra achar um elenco que saiba dançar e cantar em inglês vai ser mais dificil aind...

—Não, irá ser totalmente Brasileiro –Seu pai a corta

   Ela dá uma pausa para descobrir se a proposta realmente foi séria.

—Obrigada, mas não, to saindo fora

   Maria já vai em direção à saída

—Por favor, espera, pelo menos me diz por quê essa negação

—Musical? Brasileiro? Fala sério, desde quando?

—O que você quer dizer? –Pergunta seu pai

—O Brasil não tem um pingo de músicas para fazer um musical, não tem essa cultura de música com histórias, elas só falam de amor, mulheres, dinheiro e amor, e outra, o enredo: onde você vai ter ideia de uma história que não seja clichê aqui no Brasil, que na história não tenha traição, luxúria e casamento no final?

—Uau –Disse João em silencio percebendo a razão que Maria tinha.

   Porém Maria não concorda totalmente no que ela mesma disse. Porém, ela só quer se livrar dessa responsabilidade.

—Foi bom você tocar nesse assunto sobre a música. Nós já imaginávamos que você iria dizer isso, então João preparou um plano B de convencimento.

—O que?! Como assim?! –Ela arregala os olhos ao ver a banda da escola se posicionando no palco com seus instrumentos

   João pega o pedestal com o microfone

—Essa é pra você que acha que no Brasil não há músicas boas –João aponta para sua irmã que está sendo puxada por Mariano, ansioso, para o assistirem do auditório

    Eles começam a tocar a música Música para ouvir - Arnaldo Antunes, com João no vocal com sua voz suave e forte ao mesmo tempo

 

 Música para ouvir no trabalho
 Música para jogar baralho
 Música para arrastar corrente
 Música para subir serpente
 Música para girar bambolê
 Música para querer morrer
 Música para escutar no campo
 Música para baixar o santo
 Música para ouvir 
 Música para ouvir
 Música para ouvir

 

Música para compor o ambiente

Música para escovar o dente

Música para fazer chover

Música para ninar nenê
Música para tocar novela
Música de passarela
Música para vestir veludo
Música pra surdo-mudo

 

Música pra fazer sexo

Música para fazer sucesso

Música pra funeral

Música para pular carnaval

Música para esquecer de si

Música pra boi dormir

Música para tocar na parada

Música pra dar risada

 

Música para ouvir 

Música para ouvir

Música para ouvir

 

—Já acabou? Vocês me permitem eu ir lavar a cara? Eu dei uma bela cochilada aqui de repente

   Maria sai do auditório. Mariano passa a mão na cabeça, preocupado, e junto com João vai para a sala azul

                                                          ♪--♪--♪

   Maria leva 5 minutos para passear pelos corredores da escola Arte e Multimídia, e, durante esse tempo, muita coisa aos redores da cidade estão acontecendo.

   Roberta, no primeiro dia de seu primeiro emprego, como contadora de imóveis, conhece Willian, 19, que trabalha ali na empresa há quase 1 ano. Com ele, ela fica sabendo que é a pessoa mais nova de todo o prédio a trabalhar ali, com apenas 16 anos.

   Vinícius, 19, ou MC Vinil, e suas dançarinas Aline e Susi, ambas 18, estão se preparando para seu show de funk. MC Vinil, na maioria dos seus shows, gosta de reviver funks que fizeram sucesso antigamente, e hoje a noite será um deles.

   Fernanda, 17, e Gustavo, um ano mais velho, estão na loja mais cara da cidade comprando uma câmera profissional. Eles são os mais ricos do seu município. E Gustavo tem como seu hobby preferido ser fotógrafo.

   Alex, 18 ,está no alto da favela onde ele mora, preparando cachorros quentes para toda a freguesia. Boatos dizem que o dele é o melhor.

   Lucas, 16, melhor amigo de infância de Roberta, está andando pela cidade com seus currículos em mãos procurando algum emprego de meio período.

                                                          ♪--♪--♪

   Maria chega á sala azul.

—Porque não gostou? Você sempre delira em minhas apresentações –João a provoca, se referindo a quando ele toca na garagem de sua casa com seus amigos num tom sarcástico

—Tem razão, eu sempre deliro, de vontade de pular no seu pescoço e assim você nunca mais cantar

—Parem –Mariano corta a briga –Sua apresentação foi muito boa João, parabéns

   João sorri de volta, agradecendo. Mariano continua:

—Lembrei que você também tinha tocado no quesito história, sobre não termos enredo. Sabe, essa coisa de o Brasil não ter cultura já pode ser um enredo. Podemos abordar como o Brasil tem sim uma grande cultura mas somos nós que não damos valor, e o musical será uma maneira de dar esse valor

—Ótima ideia! –João afirmou

—Viu só? Uma coisa tá levando a outra. Eu tenho o pressentimento de que iremos conseguir e que esse musical será um grande sucesso

   Mariano liga seu rádio que fica sempre na sala. Todos da família tem um. Era um plano C inesperado. No rádio, começa a tocar Aquarela – Toquinho e ele começa a cantar, dali da mesa, a música para seus dois filhos, pegando algumas folhas e canetas e desenhando o que ele imagina sobre o musical.

Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo...

Corro o lápis em torno
Da mão e me dou uma luva
E se faço chover
Com dois riscos
Tenho um guarda-chuva...

Se um pinguinho de tinta
Cai num pedacinho
Azul do papel
Num instante imagino
Uma linda gaivota
A voar no céu...

  Vai voando
  Contornando a imensa
  Curva Norte e Sul
  Vou com ela
  Viajando Havaí
  Pequim ou Istambul
  Pinto um barco a vela
  Brando navegando
  É tanto céu e mar
  Num beijo azul...

 

Numa folha qualquer
Eu desenho um navio
De partida
Com alguns bons amigos
Bebendo de bem com a vida...

De uma América a outra
Eu consigo passar num segundo
Giro um simples compasso
E num círculo eu faço o mundo...

Um menino caminha
E caminhando chega no muro
E ali logo em frente
A esperar pela gente
O futuro está...

Nessa estrada não nos cabe
Conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe
Bem ao certo onde vai dar
Vamos todos
Numa linda passarela
De uma aquarela
Que um dia enfim
Descolorirá...

Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
(Que descolorirá!)
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo
(Que descolorirá!)
Giro um simples compasso
Num círculo eu faço
O mundo
(Que descolorirá!)

   No fim, Mariano desenha um palco, no qual as cortinas estão abertas, e dentro dele dá para se ver uma linda paisagem que é comum de se ver no Brasil. E, junto com algumas notas musicais, o nome País Tropical esta escrito na frente. Simbolizando que a ideia dessa peça é levar o Brasil para os palcos em forma de música.


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Notas finais do capítulo

Os irmãos João e Maria recebem a difícil missão de ir atrás de pessoas para o elenco principal fora de sua escola. Veja o que eles irão fazer no próximo capítulo.



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