Sword Art Online - Olimpo Royale escrita por Kamihate


Capítulo 1
Capítulo 1 - Olimpo Royale




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— Hajime, dê meia volta e prepare para atacar as patas de trás, elas já estão machucadas! – Um dos rapazes da linha de frente, portando uma espada enorme que conseguia ser maior que seu próprio corpo, correu em direção ao Leão de Nemeia que ocupara sua visão se preocupando com os ataques que recebia em sua frente de três soldados que balançavam suas espadas grossas em sua frente tentando atingi-lo.

— Agora! – Hajime desfere um golpe certeiro na pata esquerda traseira do leão que se vira imediatamente e acerta sua pata dianteira direita no peito do garoto que não tinha nem seus dezesseis ano, mas agora, voara para longe rolando no chão diversas vezes.

— Maldito, não tire seus olhos de mim. – Um dos garotos que estava na frente do leão, no momento em que este se virou par atacar Hajime, apontou sua espada na direção de sua garganta, mas o ser mitológico, com um salto, pareceu pairar no céu, ele já estava atrás dos três que mal puderam ver seu movimento, um deles recebeu uma mordida precisa na parte esquerda do seu corpo, pegando a região do seu ombro e costelas, os dentes do leão eram mais afiados que qualquer lâmina naquele mundo, perfuraram a carne do rapaz em poucos segundos, demonstrando sua ferocidade, a criatura balançou o corpo do jovem diversas vezes até jogá-lo contra uma rocha, esmigalhando seu corpo magro, um dos outros rapazes, na tentativa de correr, acabou tropeçando, e nisso, o leão mordendo suas duas pernas ao mesmo tempo, arrancando-as e fazendo sangue jogar por toda sua pelagem, o último rapaz que restou ficou tremendo sentado no chão apontando sua espada na direção do leão que parecia sorrir.

— Eu...eu não vou morrer aqui, não! – Antes que o ser pudesse dar o golpe final no rapaz, quatro outros jovens com capuzes negros vieram em uma velocidade surreal na direção do leão desferindo vários golpes consecutivos em seu corpo, o leão mudava seu foco para cada um deles que se moviam ao redor do mesmo, quando ele conseguiu finalmente abocanhar o braço de um deles, dois subiram em cima do mesmo e cravaram suas espadas na região do seu peito na parte lateral, e saltando de cima dele, rasgaram seu corpo de fora a fora, fazendo com que suas tripas e órgãos caíssem no chão enquanto cambaleava.

— V-vocês... – O garoto sentado no chão chorando via em sua frente quatro top 10 de Olimpo Royale, se eles perdessem para nemeia, então tudo estaria acabado.

— Desculpem pelo atraso, eles estão mortos? – O primeiro a falar foi Lee, uma garota com cabelos negros e longos, franja reta, seu corpo era pequeno, mais parecia de um garoto, mas ela parecia possuir olhos de alguém implacável em combate.

— Parece que aquele lá está respirando, mas duvido que ele aguente mais tempo. – Mafune abaixou seu capuz e olhava triste na direção de Hajime, ele era o líder daqueles quatro, tinha os cabelos louros ondulados, parecia um estrangeiro, mas sua feição demonstrava que era apenas um jovem com piercings e cabelo pintado que fazia o que queria.

— Vou ajuda-lo, vocês, tirem os dentes do maldito, eles vão servir pra alguma coisa, não temos muito tempo, eu sinto que algo se aproxima. – Mikune possuía uma voz doce e uma calma extraordinária, mesmo estando ao redor de vários corpos mutilados, ela se acostumou por estar quase a um mês nesse cenário, seus cabelo curto azul escuro a fazia parecer inofensiva, mas estava muito longe disso.

— Ah merda, eu odeio essa parte, por mais que ele seja um ser mitológico que matou vários de nós aqui, odeio ter que mutilá-lo, fico com certa dó no fundo. – Kurosawa, o rapaz mais velho do grupo, possuía quase dois metros de altura e tinha um andar desengonçado, ele apesar do seu jeito entediado e desligado, era o mais forte de todos ali, top 3 no ranking de Olimpo Royale.

— Quantos morreram, jovem? – Lee perguntava para Jun, o rapaz caído e chorando que se levantava aos poucos ainda tremendo. Ao redor dos cinco havia pelo menos 15 corpos, todos de jovens com menos de 25 anos que lutaram contra o Leão de Nemeia, a maioria foi aniquilada logo que bateram de cara com a criatura, nem tiveram tempo de se quer usar suas espadas.

— Estávamos em 17... – Jun vomitou ao olhar para o corpo do seu amigo a poucos metros dali que havia morrido com as pernas comidas pelo leão.

— Ele quebrou algumas costelas e uma perna, mas acho que vai sobreviver. – Mikune trazia Hajime em seus braços, o mesmo estava desacordado, no momento em que Kurosawa abriu a boca do leão de nemeia para arrancar suas presas, eles viram a cabeça de Jun voando para longe, arrancada de seu pescoço.

— Que leão maldito, não pode matar nem 20 peões!? Gaia só pode estar de brincandeira mandando esses lixos imprestáveis aqui! – Na frente dos quatro capuzes pretos, como se denominavam, estava Sorata, que naquele mundo, era conhecida como Hebe, a deusa da juventude.

— Essa daí é quem? – Kurosawa olhava para a garota com uma aparência elegante de cabelos dourados, longos e ondulados, seu corpo era esbelto, tinha quase um e oitenta de altura e carregava consigo um pote de barro que jorrava água por um buraco, mas a água parecia nunca acabar.

— Maldito, tem coragem mesmo de não me reconhecer? – Apesar de sua aparência exuberante, a garota tinha maneiras rudes e não se parecia nem um pouco com a deusa da mitologia grega que era vista como benevolente e delicada.

— Ah, qual é, vocês são tantos e todos iguais, eu não tenho saco pra ficar reconhecendo não. – Kurosawa, enquanto dizia isso com desprezo, sentiu algo passar por seu ombro direito, quando viu, havia um buraco no mesmo que jorrava sangue em uma velocidade incrível.

— Vocês estão de brincadeira, né? Pensei que eram mais forte que aqueles três que aniquilei agora pouco, mas são piores, tsc. – Todos ficaram com os olhos arregalados, Hebe não estava nem entre os 10 deuses mais fortes, mas havia golpeado Kurosawa sem ninguém perceber.

— Espera aí, aqueles três? Você tá falando que acabou com o esquadrão especial? Não pode ser... – Mikune  começou a tremer e deixou Hajime cair no chão, todos os outros arregalaram seus olhos na frente de Sorata que sorria indiscretamente como se todos ali fossem insetos.

— Pessoal, corram, ela não é oponente pra gente, mas eu consigo segurá-la por pelo menos cinco minutos, droga, essa merda de jogo é desbalanceado demais. – Kurosawa sorriu sacando sua outra espada, ele usava o estilo de duas espadas, ambas eram iguais e prateadas por completo, ele se colocou na frente de todos, mesmo sangrando, partiu para cima de Sorata.

— Você quer tanto morrer? Por que não disse logo? – A mulher, colocando sua mão esquerda no buraco que vazava água, direcionou a água cristalina na direção de Kurosawa que rebatia as rajadas violentas com suas espadas enquanto corria freneticamente.

— Temos que ajuda-lo! – Mafune rangia seus dentes se sentindo impotente, mas Lee o encarou.

— Você sabe que vamos todos morrer, Kurosawa é forte, se tiver sorte, vai vencer, mas nós temos que correr. – Lee tentava agir racionalmente, mas no fundo, queria também poder ajudar seu companheiro. – Temos um dos cristais, não dá pra perder agora. – Todos concordando com a garota de cabelos negros, começaram a correr para longe dali, Lee foi na frente, mas antes que pudesse atravessar os rochedos que davam em direção a uma floresta fechada, ela sentiu suas pernas ficarem moles, ao olhar para baixo, viu um buraco em sua panturrilha, ela caiu imediatamente de boca no chão.

— Isso é sério...? – Mafune olhou para trás e viu o corpo de Kurosawa cortado ao meio, Hebe caminhava lentamente na direção dos jovens que já não tinham mais para onde irem.

Centro de Pesquisas Hallway – Tóquio – 09:45 PM

— Doutor Sakai, ele não chegou ainda!? – Alesia, uma das chefes do departamento de pesquisa de realidade virtual e designer de Olimpo Royale, batia contra a mesa em sua frente enquanto chamava atenção de Sakai, o chefe executivo da empresa que fumava olhando para a luta entre os capuzes preto contra Hebes de um monitor enorme naquela sala que tinha 4 pessoas.

— Ele está emergindo. – Dando uma tragada no cigarro e tirando-o da sua boca, o homem com aproximadamente 70 anos, cabelos grisalhos e arrepiados, apertou um botão em sua frente e ouviu uma voz se ecoar pela sala.

— Doutor Sakai, Miyashiro está pronto para emergir, contagem de 60 segundos. – A voz de um homem desesperado pode ser ouvida pelas quatro pessoas naquela sala, um deles, Hikari Masatawa, CEO administrativa, não desgrudava seus olhos verdes do monitor.

— Nessa altura, Lee vai ser morta, se até mesmo o Kurosawa perdeu...

— Não se preocupe, eu mesmo recrutei Miyashiro, o cara esteve em todos os testes de MMORGP do ano passado, ele não perdeu uma batalha sabia? Ele já enfrentou titãs, dragões, o que é uma porra de uma mulher com um vaso pra ele? – Kiriyama Okita, recrutador oficial de Hallway estava sentado comendo rosquinhas sem nem olhar para o monitor, Hikari o fitava com raiva por essa atitude.

— Eles são crianças, pelo amor de Deus, poderia demonstrar um pouco mais de compaixão?

— Ele está certo Hikari, Miyashiro não vai perder, apenas observem. – Sakai apertou novamente o botão em sua frente e voltou a colocar o cigarro em sua boca.

— ’58, 59...60! Miyashiro está dentro chefe Sakai’. – A voz do outro lado fez com que todos se atentassem, no monitor, Sorata segurava Lee pela gola de seu capuz a levantando para cima.

— Você é corajosa, mesmo com sua altura, se colocou na frente dos seus amigos, que ranking você é? – Hebe cuspiu no rosto de Lee que começou a chorar.

— Por que eu deveria te dizer?

— Porque eu gosto de saber mais sobre os lixos que eu mato. – Sorata deixou seu vaso no chão e levou sua outra mão até o pescoço de Lee que perdia o ar gradativamente.

— Ora ora ora, chamando pessoas mais velhas que você de lixo, seus pais não te ensinaram nenhum respeito? – O homem que apareceu enfrente a Hebe era Miyashiro Takanashi, um dos melhores espadachins no mundo dos games, seus cabelos prateados e roupa totalmente branca davam uma atmosfera superior a ele que carregava uma espada curta que mais parecia uma katana, em um rápido movimento, ele cortou o braço de Hebe que sufocava Lee, fazendo-o cair no chão enquanto Hebe gritava e se afastava levando seu vaso.

— Seu merda! Você ousa mesmo tentar lutar comigo?

— Se eu ouso? Isso não vai poder nem ser chamado de luta, amiga. Eu não queria ter que matar uma garota de 14 anos, mas sabe, eu quero salvar esses quatro aqui, CORRAM. – Miyashiro olhou de maneira ameaçadora para Lee, Mikune e Mafune que carregava Hajime, os três, sem pensar, correram pela floresta em sua frente, Mikune ajudava Lee que mal podia andar.

— Pra acabar com você não preciso nem dos meus braços, seu velho de merda! – Hebe fez com que a água de dentro do seu vaso fosse em direção a Miyashiro, mas o rapaz nem se moveu, apenas apontou sua katana para a água e a via passando ao seu redor enquanto cortava o centro.

— Eu ia dizer pra você usar sim um dos braços, mas, qual? – Antes que Hebe percebesse, seu outro braço estava caído no chão. A Deusa havia sido derrotada em poucos segundos, ela se ajoelhou enquanto chorava implorando por sua vida.

— Por favor, eu prometo que vou parar, prometo que não mato mais ninguém, não vou mais trabalhar pra ele, por favor! – Miyashiro balançou sua cabeça negativamente enquanto sentia pena da menina.

— Sorata Hikaido... você foi manipulada, não tem mais jeito, queria muito te salvar, mas estou aqui pra te matar. É. – O rapaz enfiou sua katana no peito da Deusa e a puxou rapidamente, fazendo um fio de sangue voar em sua direção sujando suas vezes brancas e seu rosto. Hebe caiu no chão sem reação, Miyashiro então foi caminhando dali para tentar ajudar os que estavam na floresta.

— Ahaha...hahaha... AHAHAHAHA. – Os olhos do homem se arregalaram quando ele ouviu um riso vindo por trás, ele se virou naquele mesmo instante, mas não viu ninguém. Onde estava o corpo de Hebe?

— Ei, bonitão, você acha mesmo que a deusa da juventude que nunca morre, morreria pra um bosta? Coloque-se no seu lugar. – Atrás de Miyashiro, Hebe sussurrou em seu ouvido enquanto colocava o seu vaso de barro na cabeça do homem, o mesmo começou a se afogar com a água que não escorria da boca do vaso, ele tentava tirar o mesmo mas não conseguia, não importa quanta força usasse, Miyashiro cai no chão enquanto Hebe lambia um pouco de sangue de si mesma de suas mãos. – É raro saborear o meu sangue dessa maneira, esse cara não era tão ruim.

Na sala de pesquisas de Hallway, todos haviam perdido as esperanças, Sakai arremessou seu cigarro para longe ao ver que sua única esperava, havia sido despedaçada em Olimpo, foi quando, por ironia do destino, a mesma voz que anunciou a emersão de Miyashiro chamou doutor Sakai.

— Chefe, chefe!

— Sim, porra, eu sei, ele tá morto.

— Não, chefe, não é isso, tem alguém aqui. – Sakai e todos os outros três naquela sala se surpreenderam.

— Quem diabos está aí?

— Ele disse que quer te ver, venha imediatamente pra cá!

Sakai, junto de Hikari e Kiriyama foram até a sala de imersões no subterrâneo, ao entrarem lá, se deparam com uma figura bem conhecida e que não esperavam ali.

— Você... – Sakai sorriu ao mesmo tempo que parecia não acreditar.

1 hora antes

— Você tem certeza? Não viu a transmissão de ontem? Mais de oitenta já morreram, isso não é igual antes!

— Ei, conversamos ontem, aquelas pessoas lá são inexperientes, jogaram um mês de beta, a maioria delas nunca se quer usou uma espada, não é nada surpreendente, mas eu não posso acreditar que isso está mesmo acontecendo de novo, eles estão sendo executados... enquanto morrem lá, eu não sabia disso, se eu tivesse ido antes, se eu tivesse ido antes...

— Não se culpe! Não foi culpa sua, você apenas não queria me deixar aqui, eu ainda acho que devo ir junto.

— Não me faça repetir novamente, eu sou mais que o suficiente pra lidar com aqueles deuses, acha que isso vai ser um problema?

— Você não me convence com esse discurso, eu não sou uma princesa indefesa.

— Pra mim você é uma princesa sim, indefesa sei que não é, mas quero que alguém esteja aqui quando eu voltar.

— E você promete que vai voltar logo?

— Alguma vez já quebrei alguma promessa?

— É, eu sei. Mas em todo caso, se não voltar em uma semana, eu vou até lá.

— Tá bem, vamos prometer isso então, uma semana ok? E tudo estará acabado.

— Ei... você pode ir comigo até aquele lugar quando voltar?

— Você está chorando? Qual é, eu já passei por coisas piores, e é claro, eu sempre irei com você pra onde quiser.

— Que mentira, você recusou semana passada ir comer crepe porque estava ocupado com sua pesquisa, mas dessa vez não deixarei passar!

— Ok ok, eu te levo pra comer crepe também além de te levar pra aquele lugar, e se quiser também, vamos pra casa de sua mãe.

— Isso sim é algo que não esperava ouvir de você, mas aceito, se puder, volte até antes.

— Ei, eu sou forte mas nem tanto, espero que o doutor Sakai mande aqueles outros três pra me ajudarem.

— Sério...eu estarei te esperando, sempre!

Centro de Pesquisas Hallway – Sala de Submersão – Tóquio – 10:02 AM

— O que te fez mudar de ideia? – Doutor Sakai acendia outro cigarro enquanto se sentava em uma cadeira olhando para o rapaz em sua frente.

— Não precisa nem perguntar, é óbvio que ele viu a tv. – Hikari se encostou em uma parede, parecia nervosa.

— Hm, bem...de certa forma, eu me senti na responsabilidade. – Disse o rapaz olhando para baixo.

— Sabe, se tivesse vindo antes... – Kiriyama tentava repreender o garoto, mas Sakai olhou com seriedade para o mesmo que interrompeu sua fala.

— Você não sabia, ninguém sabia que aqueles jovens estavam morrendo, ou melhor, sendo assassinados quando morriam dentro do Olimpo. Mas confiamos em você, Kirito-Kun, acabe com esse mundo, por favor.

— É claro, eu estou aqui pra isso. – Kirito olhou para Sakai com firmeza.


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