Passou em todos os jornais que Steve Johnson estava morto, misteriosamente. Seu corpo foi encontrado em um hotel de luxo no litoral do estado. Não havia nenhum indício de quem foi o autor da morte.

No velório, a corporação fez suas devidas homenagens. Eu fiquei de longe, assistindo tudo, a senhora Johnson não parava de chorar. Vi o delegado conversar com ela, provavelmente prometendo o que todos prometem. E logo em seguida fui falar com ele

—Delegado, quero falar com o senhor.

—Diga Joseph

—Gostaria de assumir esse caso, e questão de honra.

— Desculpe-me, mas não posso permitir isso, Joseph você é de outro departamento. Não entende nada de investigação criminal. O que você pode fazer e colaborar com as informações.

—Mas delegado...

—Assunto encerrado. Você é policial de patrulhamento, é um estrangeiro, seja grato ao que o comandante Johnson fez com você, deixe os grandes resolver isso.

Fiquei enfurecido e não deixei aquilo me abater, eu ia achar quem fez isso com ele, nem que isso custasse tudo o que eu tinha. Conversei com a mãe dele e disse exatamente essas palavras que acabei de lhe dizer, fui para casa indignado. Logo me lembrei da pasta que Steve tinha me dado, fui correndo ver, quando abri...

A primeira coisa que tinha era uma foto do tamanho da pasta de uma mulher linda, loira, olhos azuis, perfeita diante de todos os padrões. Encantei-me quando vi, assim como todos os homens se encantariam, mas... Aquele olhar me trouxe uma angustia muito grande, um olhar familiar, um olhar que me fazia ter uma leve recordação. Que vinha e ia embora com muita facilidade. Já havia 7 anos que tinha ocorrido o desastre das Malvinas, eu já tinha me conformado com muita coisa, mas aquele olhar me trouxe toda aquela confusão novamente.

Logo depois daquela foto, havia diversos documentos escritos à mão, tratava se de diversas situações que vocês dois tinham vivido, diálogos, questionamentos, tudo, tudo Steve relatou naquela pasta. Ali estava o motivo da sua morte, uma investigação relatada á mão de uma suposta agência de assassinas profissionais que tinha como base de investimento o próprio governo de segurança privada. Era tudo o que o delegado queria, na minha mão.

Dali em diante passaram  se quatro anos investigando todas vocês, o delegado tomou meu distintivo e pediu para que eu parasse, pois estava indo contra a segurança privada para a  qual eu trabalhava, mais não! Fui atrás de todas, para me vingar, estava tomado pelo ódio, sabia que estava no caminho certo quando, duas assassinas vieram ate mim, com o intuito de me seduzir e pegar todas as minhas informações, como eu sabia dessa situação e de como vocês agiam, não facilitei para elas, ate que a última que veio atrás de mim, chegou até a mim só de lingerie, na minha casa, com o intuito de me seduzir e embriagar, eu disse que não queria nada é ela começou a me bater, eu sabia que ela queria me matar, então eu também bati nela, joguei ela na parede com toda a força que eu tinha. Ela ficou surpresa, parecia que ninguém tinha reagido a ela antes, fiz com que ela desmaiasse e a amarrei na cama e depois fui embora, vendi tudo o que eu tinha e vim parar nesse estado que é muito agitado, atrás daquela viúva, a que matou meu melhor amigo, era questão de honra provar que eu era capaz de acha La. E achei...  Eu só não esperava que a viúva, era o grande amor da minha vida que tinha perdido há anos atrás.

Karen, o tempo todo ficou cabisbaixa.

—Como eu me arrependo do que eu fiz.

—Eu sei, mas se arrependa do jeito certo ok?

—Como?

—Peça perdão as famílias.

—Enlouqueceu? Não posso me identificar.

—Eu não sugeri isso. Preciso ir, boa noite querida.

Joseph da um beijo na testa de Karen e sai, deixando a constrangida e pensativa.