Serial Sam escrita por eny_winslet


Capítulo 6
A little drive.


Notas iniciais do capítulo

Esse é o terceiro dia. Como havia prometido, ela faria confusão nesses próximos três dias.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/73132/chapter/6

No meio da noite consegui ouvir os poucos gritos e choros de Sra. Gassen que colocavam na mesma frase "Samatha", "vadia" e "matar um interno". 

Não sabia ao certo mas, será que Margarida vivia lá sem ninguém soubesse quem era sua mãe? Parecia que aquilo ficaria cada vez mais divertido. Então voltei a dormir,  sabia que dali algumas horas eu estaria na sala dela. 

------------------------------

Dia 3

Ao invés das gentis batidas na porta, fui surpreendida com três grandes homens (policiais talvez) em minha volta, me puxando e empurrando como se eu fosse um louco qualquer. Colocaram algemas em mim e começaram a tagarelar sobre meus direitos, a caminho da viatura.  Nem tentei brigar com aquilo, era inútil. Conseguia ver de longe a fada jogando em minha direção o "pó mágico" enquanto a dançarina esbravejava sobre minha saída, que era injusto. No fundo, ria daquilo tudo. Não sabia que Sra. Gassen seria tão rígida comigo sobre a filha louca que ninguém sabia. 

- Entendeu seus direitos? - dizia o mais gordo dos três, alcoólatra (conseguia sentir o cheiro de longe) e corrupto provavelmente. 

- Acho que sim, só não entendi como um policial bêbado, gordo e burro como você consegue dizer essas palavras tão rápido. Deve estar sendo difícil se concentrar em me segurar sabendo que não sou uma garrafa de pinga, não? - senti meu braço apertar, o sangue lhe subindo pela cabeça. Os outros dois me empurraram para dentro do camburão antes que ele me acertasse uma de direita ou qualquer coisa do tipo. 

Ouvi os outros dois tentando acalmá-lo me chamando de louca e de vadia. As pessoas gostaram desse apelido para mim. Incrível. 

Durante o caminho, ouvia pelo rádio chamados de reforços pois o apartamento de Oliver Gassen havia explodido e não tinha ninguém para conter aquela bagunça. Pela primeira vez tinha me surpreendido com Oliver. Além de se matar, planejou uma queima de evidências para que não descobrissem que eu estive lá. Até depois de ter colocado ideias suicidas na cabeça dele (e ter dado um pé) ele não quis me ferrar. Que amor estúpido e cego. 

- Chegamos. - dizia o que dirigia. - pronta para confessar? 

- Confessar o quê? - os dois riram como se acabassem de ouvir um piada muito boa. Não havia sentindo aquilo mas tudo bem.

Enquanto saía do carro, vi o terceiro policial, ainda com raiva. Ri da cara dele, o deixando mais nervoso, então falei: 

- Acho que quem devia estar internado não era eu, era ele. Digno de dó, não consegue nem se controlar. - e entrei.  

Todos olharam para mim. Não tinha impressa nem nada, mas parecia que o fato de ter um louco lá lhes causava medo ou qualquer tipo de emoção. As algemas estavam apertando um pouco mas até, aí. normal. Em uma das mesas havia uma caixa de rosquinhas, todas cobertas de muito chocolate, morango, creme. Com alguns mosquitos que insistiam em pousar nelas. Chegava a ser nojento, me causava ânsia só de imaginar aqueles porcos lambendo os dedos cheio de açúcar na boca. 

Me conduziram até a sala do delegado. Com certeza me colocariam aquela maquininha imprestável de detector de mentira e ficariam horas falando comigo sobre Margarida e eu sutilmente irei comentar sobre o Oliver, fazendo Sra. Gassen provavelmente ter um ataque de nervos.

- Olá. Samatha Hillbrand? Sou o inspetor Thomas. - parecia mais um xerife com aquele enorme bigode e óculos aviador.  - Como foi a viagem?

Sentei na cadeira que rangia só pelo fato de respirar.  Aquela sala possuía enormes colunas de papéis, processos entre outras coisas. Além de ser um locar muito abafado.  

- Sim, foi divertido. Animado se o Sr. quer saber. Agora, vamos ficar aqui mesmo ou em uma sala de interrogatório, que possui ao menos ventilação e um espelho? - levei minhas mãos a cabeça 

- Ok. Parece que você não é tão maluca assim. Prefere admitir tudo. Muito inteligente da sua parte - disse, se levantando e abrindo a porta, deixando os dois policiais entrarem - Ora, cadê o Jordan? 

- Então....ele não está muito bem, emocionalmente. 

- Por que? 

- Ela. -  e apontou para mim, que obviamente acenei.  O inspetor Thomas, olhou-me um tanto incrédulo.  - Longa história, chefe. Vamos. - e assim foi. 

Cheguei na sala onde havia pouca iluminação, uma mesa, duas cadeiras e um enorme espelho.  Lógico que não era de fato um espelho mas era interessante ver seu próprio reflexo em semanas. Meus cabelos haviam crescido um pouco mas ainda continuavam levemente bagunçados e ondulados. Meus olhos estavam com grande olheiras e minha pele extremamente branca. Nossa, parecia até uma assassina. 

- Então, só por via das dúvidas, a Sra. Gassen está atrás da janela? - disse apontando em direção a janela - Porque seria legal ela ouvir tudo. Interessante, sabe.  É divertido falar da morte da filha dela. 

Sam Hillbrand


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Até a próxima. /o



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Serial Sam" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.