The beginner teenager escrita por Hetsan Peppers


Capítulo 7
Capítulo 7- O mistério.


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo não está no ponto de vista do nosso querido Dominic Oliver (Domi: OFF). Não se preocupem, isso não irá acontecer muito durante a história, mas resolvi avisar. Escrevi esse capítulo todo ouvindo apenas uma música: Daddy Issues - The neighbourhood.
Sem mais enrolações, boa leitura.



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—Pode ser – Eu havia acabado de chegar no porão e todos já estavam sentados, rindo e sendo idiotas como sempre. Aquela gente me irritava, provavelmente era alguma brincadeira. Justo quando eu estava voltando a ficar sóbrio, maioria dos dali já estavam quase caindo de tanto beber– Todo mundo fecha o olho ai galera.

Eu não estava entendendo nada. Obedeceram Joe e os patetas todos fecharam os olhos, alguns sorrindo, alguns murmurando. O capitão do time me puxou da escada e me pôs perto do seu rosto:- Cala a boca, sem falar. Quinze minutos no paraíso, boa sorte.

Um silencio tenso começou e eu não sabia como reagir. Claro que eu conhecia aquele jogo, mas eu claramente ainda estava chapado demais para raciocinar o que eu estava fazendo ali. Joe foi me guiando até o armário da parede, algumas pessoas, incluindo Thália, estavam de olhos abertos e me olhavam tipo “hah, esse se fodeu”. Começaram a debochar da minha cara com algumas risadinhas sem graça, mas só olhei feio. Tudo isso antes daquele merda me por no armário.

—Senta ai – Me deu um pescotapa e me fez sentar em um banquinho dentro daquele inferno. Aproveitei para entrar na brincadeira e fechei os olhos também.

Depois disso, ele passou tempo e mais tempo procurando alguém para participar da brincadeira também, cheguei a cruzar os braços de tanto tempo que levou. O cheiro de cigarro e bebida parecia se prender dentro daquele armário, me deixando meio enjoado, mesmo tento usado as mesmas coisas antes. A única coisa que consegui ouvir Joe dizer foi “Não precisa disso no paraíso”. Isso o que? Roupas?

Se ele me colocasse com alguma baranga eu iria pegar ele no soco.

—Não vale falar – Falou tentando amedrontar a pessoa. Chegava a soar engraçado – Se vocês conversarem estarão fora da festa.

O pessoal todo já devia estar de olhos abertos e riam como um bando de hienas malcomidas, queria que todos se lixassem.

Senti a presença da tal pessoa entrando ali e sentando na minha frente, se ajeitando impacientemente. Chegava a dar agonia o fato de eu não poder abrir os olhos e ver quem era aquela desgraça, mesmo que eu quisesse. Assim que Joe fechou o armário, me senti sufocar pelo cheiro péssimo que se acumulava ali, tentava ficar o máximo parado esperando o tempo passar, tentando respirar calmamente, ainda mais depois de ter fumado dois cigarros. Eu simplesmente não aguentava mais, meus pulmões estavam cada vez mais lentos e com certeza a situação mais agoniante que eu já havia sentido na vida. Mesmo com tudo isso eu continuava parado.

Não vi outra opção a não ser acabar logo com aquilo. Por experiência pessoal, quanto mais se beija, mais o tempo passa. Se eu não tinha meu próprio ar, eu teria o daquela pessoa ali junto comigo. Fui aproximando-me devagar e puxei rápido sua nuca para mim, mal podia esperar para aquilo acabar. A pessoa podia até insistir em manter-se longe, até tentar afastar-me e bater “acidentalmente” sua lisa mão na minha cara. Segurei seu queixo, um tanto redondo e com algumas espinhas. Tinha algo ali. Eu o puxava cada vez mais para perto e seu corpo estava rígido, relutando.

Talvez fosse o meu bafo de cachaça que estivesse incomodando aquela pessoa, mas não me importei, só queria que aquilo passasse de pressa. Serrei os olhos e fui em frente, beijando-o com força, sendo gentil no inicio e bruto no final. Foi nesse exato momento em que pude sentir seu cheiro, um aroma simplesmente indescritível. Era puro, intenso e suave ao mesmo tempo, como Hortelã ou algo parecido, como um carro novo, ou uma roupa nova, nunca usada. Sentia um frio na espinha, um sentimento novo e incontrolável, viciante. Entrei de vez no clima e puxei-a rápido para o meu colo e a fiz sentar ali com vontade, roçando no que a esperava. Antes assustada, agora totalmente calma e relaxada me deixando grudar minha boca na sua. O meu amigão roçava entre suas nádegas e o seu cheiro me deixava cada vez mais excitado, queria ter aquela pessoa. Eu a desejava apenas para mim queria sentir aquele cheiro para sempre. Aquilo com certeza estava me deixando louco.

Parei para pensar e analisei a anatomia da tal pessoa. Era magrelo, um homem com certeza muito menor e mais quieto que Joe. Eu realmente não lembrava de alguém muito importante com essas características, mas mesmo assim, resolvi manter a mente fechada e só sentir aquele aroma maravilhoso do paraíso. O cara desviou o rosto de mim, afastando nossas bocas então grudei a minha em seu pescoço “já que é assim”- pensei. Aproveitei para dar uma boa cheirada ali. Queria aquilo para sempre. Provavelmente consegui deixar uma ou duas marquinhas de chupão ali, eu realmente não pensava muito na hora.  Tive que ser um pouco mais ousado e arrisquei abrir as calças da pessoa, queria ver o que eu tinha pra lidar ali. Tentei ir um pouco devagar para não estragar o clima e não perder o foco daquele perfume delicioso, mas não me aguentei. Abri as calças e descobri que aquilo era um cidadão. Eu estava na casa do meu ex-amor platônico, aka. Joe, no armário do porão dele, beijando outro homem. 

Abaixei suas cuecas e comecei a tocar uma pra ele, não que fosse resultar em alguma coisa, mas ele parecia estar gostando demais. Gemia de uma forma estranha no meu ouvido, segurava forte minhas costas, cravando suas unhas (um tanto muito cumpridas) na minha camisa. Aqueles arranhões eram deliciosos de certa forma, mas percebi que ele parecia estar com dor. O nome disso era “falta de bronha” na minha época. Mesmo assim continuei, com certeza doeria mais se eu parasse naquela hora, então fui calmo e paciente, tentando deixa-lo confortável. O perfume que ele exalava começou a ficar mais fraco e foi nesse exato momento que ouvi mais barulhos.

—Ok, ok, acabou o tempo... – O palerma abriu a porta e eu com certeza fiquei com a maior cara de taxo da minha vida, mesmo assim, continuei de olhos fechados. “Aceite o mistério”, era meu lema com Thália porque assistíamos muito “Scooby Doo, Cadê Você” quando éramos crianças e detestávamos quando alguém descobria quem estava por trás dos monstros da série. Nós gostávamos dos monstros e preferíamos não saber quem eles realmente eram, então apenas desligávamos a televisão e dizíamos “Aceite o mistério”. Isso fazia nossos pais terem medo da gente, mas era um hábito. Assim como nesse desenho idiota, continuei de olhos fechados, ignorando o dono daquele cheiro magnifico, mantendo o mistério. Sei que isso soa muito infantil, mas sempre foi minha lição de vida para manter as coisas com graça. A infantilidade sempre foi minha maior qualidade/defeito.
Esperei a pessoa sair, não demorou, até porque saiu correndo pela sua vida, mas mesmo assim, não me preocupei.
Os idiotas riam feito retardados mentais e eu apenas levantei-me, limpei o pouco dos fluidos do cara da minha calça e olhei ao redor. Thália era a única que me olhava séria, meio como se quisesse me advertir de algo. Fui direto a ela e a puxei.
—Owen! – Eu havia a puxado muito rápido, mas não deixei de continuar a carrega-la até o lado de fora do porão. Fechamos a porta e ficamos ali.
—Não. Não me conte.
—Owen você é muito idiota.
—Se você me disser você vai quebrar o mistério. Por que está tão preocupada? Só porque eu peguei um virgem?
—Não é qualquer virgem, seu filho da mãe – Ela deu um tapa em meu braço.
—Aceite o mistério – Sorri como uma criança – Eu realmente não quero saber Thália.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam?
Obrigado por lerem e até a próxima.



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