Welcome To The Coven - Hiatus escrita por Lilindy


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Oie pessoas, tudo bem? Sou eu, a Lili. Estou aqui com mais uma fic. Tive a ideia há um tempo, mas só agora é que estou a colocando em prática.
Bom, a fanfic será baseada no filme O Pacto. Eu assisti há muito tempo e honestamente não curti! O filme tinha ideias interessantes, mas não foram bem elaboradas. Então, ao fazer essa fic eu acrescentei alguns aspectos, ideias e cenários que para mim seriam interessantes e contribuiriam para que o filme fosse bem melhor.
Sinceramente, eu espero que gostem do resultado. Sem mais delongas, desejo uma boa leitura para todos. Nos vemos lá embaixo!



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Colônia de Ipswich - 1692

 

A carruagem corria apressadamente naquela noite de lua cheia. O vento batia contra o rosto do cocheiro que guiava os dois cavalos brancos até seu destino. Os galhos das árvores balançavam liberando as folhas que se chocavam de frente ao vidro da janela da carruagem onde Rebekah estava. A garota estava apreensiva desde o momento que aquilo tudo havia começado. Os boatos estavam cada vez mais fortes, se continuassem no mesmo ritmo não demoraria muito para que as perseguições começassem. Aquilo a assustava, a preocupava. A ideia de ser perseguida e provavelmente morta pelos moradores e autoridades da colônia amedrontava a garota. E era por esse motivo que a jovem Rebekah estava indo se encontrar com as pessoas que compartilhavam da mesma preocupação que ela.

A loira observava a paisagem enquanto esperava chegar ao local. Ela encosta-se no assento e leva a mão direita à boca, roendo as unhas em sinal de nervosismo. O tempo parecia paralisado e isso irritava Rebekah. Estava prestes a elevar a voz para chamar seu cocheiro quando um impacto a faz se inclinar um pouco para frente.

A carruagem havia parado.

A jovem olha para o lado esquerdo quando o senhor James abre a porta.

— Chegamos senhorita Garwin. — Fala ele estendendo a mão para ajudá-la a sair.

Rebekah segura a mão de James e sai do meio de locomoção típico da época. Ela suspira um pouco e olha para frente, encarando seu destino: A Mansão Danvers.

Levantando um pouco seu vestido, ela dirigi-se até a porta principal da mansão. Porém antes de chegar ao meio do caminho, ela para e vira seu corpo para encarar o senhor James.

— Pode me esperar aqui James. Tentarei não demorar.

— Sim, senhorita.

A loira dá meia volta e segue rumo à porta, batendo fortemente com sua mão direita quando chega até ela.

Não demora muito para a empregada da família aparecer para a garota.

— Senhorita Garwin, o senhor Danvers e os outros estão lhe esperando. — Informa a serviçal que abre o caminho para que ela passe.

A loira entra.

Rebekah não precisava ser guiada pela senhora Clove. Ela conhecia aquela mansão, sabia onde a reunião ocorreria, sabia onde encontrar seus amigos.

                                                          ~ ◇~

 Charles Danvers estava sentado em sua cadeira favorita enquanto esperava o único membro feminino daquele grupo. Ele apoia seu cotovelo no braço esquerdo da cadeira, encostando a ponta do queixo em seus dedos.

— Aposto que aquela menina se perdeu pelo caminho. — Diz Christopher Pope sarcasticamente.

— Fique quieto, Christopher! — Diz John Parry. O rapaz estava encostado na parede próxima a estante cheia de livros.

— Agora é você que dá as ordens John? — Pergunta Christopher observando pela janela a floresta que circundava a mansão, cruzando os braços e direcionando o olhar cínico para John logo depois.

— Só peço que não fale mais! Não aguento mais ouvir suas reclamações! — Reclama o rapaz.

— Não reclamaria muito se nossa cara Rebekah não demorasse tanto! —Rebate Christopher, o olhar cínico ainda em sua face.

— Por favor, parem de falar vocês dois! — Pede Taylor Simms, finalmente se pronunciando. Estava sentado em um canto do lado esquerdo da sala.

— Estava me perguntando quando teria o prazer de ouvir sua voz, Simms. — Christopher fala sarcástico.

— Não posso dizer que estou gostando disso tudo. — Declara Paul Green, ele estava em pé encostado em uma das paredes á direita do cômodo e não escondia seu descontentamento por está ali.

— Silêncio! Silêncio todos vocês! — Charles fala repentinamente, olhando para cada um. — Tenho certeza que Rebekah estará aqui em breve.

Após as palavras de Danvers, a jovem loira entra no local. Encara os cinco rapazes e respira fundo.

— Perdoem o atraso. — Fala ela com sua tradicional postura elegante.

— Está tudo bem Rebekah. — Diz Charles se levantando e indo ao encontro dela. — Fico feliz que tenha chegado bem até aqui. — Ele se inclina e beija a testa de sua amiga que sorri amigavelmente para Danvers.

— Finalmente! — Exclama Christopher saindo de perto da janela. — Vamos começar isso logo!

— Se você se sentar seria ótimo! — Fala John a Christopher.

 A garota revira os olhos e olha para os dois.

— Já estão discutindo?! Inacreditável!                                   

Ela caminha um pouco e senta em uma das cadeiras vagas na sala.

— Não tem autoridade para reclamar de nada Rebekah! — Diz Christopher se sentando ao lado de Taylor.

— Poupe-me de seus comentários Christopher! — Fala ela encarando ele com seus olhos azuis raivosos.

— Por favor! Podem parar? — Indaga Simms, alternando o olhar entre os dois amigos.

— Taylor tem razão. Vamos focar no que realmente importa. — Afirma Charles voltando a sentar em sua cadeira.

— Pois bem. — Paul Green repete o movimento de seu amigo e se acomoda no assento ao lado da garota. — Acredito que podemos começar a reunião.

Após as palavras de Paul, Charles Danvers lança um olhar sério e preocupado para cada um dos presentes. John se senta ao seu lado e depois direciona seu olhar para Charles. O líder dá um suspiro e começa.

— Eu convoquei essa reunião porque como sabem, os boatos estão se fortalecendo muito rápido. — Ele pausa e dá uma leve tomada de fôlego antes de prosseguir. — Hoje fui convidado pelo prefeito para um almoço com mais algumas pessoas.

 Danvers para um pouco e se acomoda mais confortavelmente em sua cadeira antes de prosseguir.

— A senhora Margaret estava lá e iniciou uma conversa sobre os tais boatos de que bruxos estariam na colônia.

  Charles encara todos por um tempo.

— Ela mencionou ter visto alguém que segundo ela estava praticando magia.

Após a declaração do líder os outros quatro membros do grupo direcionam o olhar para Christopher.

— O que foi? — Pergunta Christopher ao perceber os olhares acusadores dos quatro amigos. — O quê?! Acham que eu seria tão irresponsável assim?

— Você já foi irresponsável outras vezes. — Diz John, o olhar sério em cima do amigo.

— Ah claro. Como se eu fosse o único que pratica magia sem precaução por aqui!  — Fala Christopher já irritado.

— Christopher, não podemos ser pegos! Sabe o que está acontecendo com os bruxos em Salém! — Fala Rebekah.

— Claro que sei Rebekah! Eu não seria tão descuidado assim! — Fala ele inclinando-se um pouco para frente, olhando para a loira. — Porém ao contrário de você, eu não tenho medo dessas pessoas!

 Rebekah repete o gesto dele e ambos se encaram.

— Quer mesmo terminar como os bruxos que morreram antes de nós? Terminar como nossos antepassados que acabaram na fogueira?

 Christopher dá um leve riso sem humor perante as palavras dela e depois volta a olhar para todos ali.

— Por que tanto medo? Somos muito mais poderosos do que todas as autoridades daqui. Não precisamos nos submeter a isso. — Fala o bruxo firmemente.

— Está falando como o Lucien. — Comenta Paul, estava calmo e sério diante daquilo.

— Talvez ele esteja certo. — Diz Pope dando de ombros.

— Não diga isso, Christopher. – Taylor repreende o rapaz. - Lucien é imprudente e não pensa nas consequências!

 Christopher revira os olhos, encostando-se novamente na cadeira. O rapaz resolve ficar calado, ignorando o comentário do amigo.

  — A colônia é nosso lar Christopher, não podemos nos expor. — Fala John seriamente, percebendo o silêncio do rapaz perante aquilo.

— Nossos antepassados fundaram essa colônia há quase sessenta anos. Não podemos colocar tudo isso a perder por conta de descuidos. — Diz Charles que até o momento estava calado analisando a situação.

— Querem, por favor, parar de falar toda essa besteira! Conheço muito bem a nossa história! — Fala Pope se levantando e indo até a janela, virando- se para encarar o restante do grupo. — E antes que comecem a me acusar novamente, não fui eu quem a senhora Margaret viu. — Defende-se Christopher apontando para si mesmo. — Aliás, todos nós sabemos que essa velha pode ter inventado tudo isso. Também sabemos que nós não somos os únicos bruxos presentes na colônia.

  — Está dizendo que um dos nossos pode ser mais imprudente que você? — Pergunta Rebekah, o sarcasmo presente em sua voz e face.

— É isso que estou dizendo. — Diz Christopher sendo simples e direto.

— Não acho que seja possível. — Começa John. — Nossos pais jamais fariam isso, muito menos nossa anciã.

— Esqueceram que temos irmãos e que existem outros jovens presentes no nosso coven? — Argumenta Christopher gesticulando com as mãos.

  — Pare com suas justificativas Pope. — Paul Green cruza os braços, lançando o olhar para Danvers em seguida — Charles, o que vamos fazer?

   Todos encaram o líder.

    Ele se levanta, suspira.

    — Vou conversar com nossos pais e com a anciã. Assim como farei com os outros membros do coven.

   — E o que exatamente você vai falar para eles? — Questiona Christopher andando até sua cadeira, parando em pé ao lado dela. Os braços cruzados.

    Danvers encara todos por um minuto, a expressão séria. O peso da liderança estava começando a pesar sobre o jovem. Não bastava ter as responsabilidades e cobranças que lhes eram impostas rotineiramente pelos pais e pelos outros membros mais antigos do coven. Agora Charles tinha que também lidar com os tais boatos que juntamente com aqueles moradores curiosos e suas indagações faziam o jovem líder se preocupar ainda mais.

    — Vou falar exatamente o que falamos aqui. — Diz ele.

    — Não é só isso. Tem algo mais. — Afirma Rebekah que se levanta e vai até o amigo. — Posso vê em seu rosto Charles, em que está pensando? — Questiona ela, os olhos azuis encarando a face dele.

    Danvers olha para Rebekah, coloca as mãos sobre os ombros da amiga, lançando um olhar amigável. Ele vira o rosto dando uma rápida olhada para todos.

  — Nossos amigos em Salém estão sofrendo perseguições. — Começa ele. — Perseguições essas que começaram com boatos como estes que estão rodeando nossa colônia. — Ele volta a encarar a jovem loira a sua frente, tirando as mãos de cima dos ombros dela, posicionando o corpo para encarar os amigos de frente.

  — Acredito que há um meio de evitar isso. — Declara o jovem.

  — Que tal meio seria esse? — Pergunta Simms, o mais quieto de todos ali.

  — Acho que devemos parar de praticar magia, pelo menos por enquanto. — Diz ele sério.

    — Isso é ridículo Charles! — Diz Christopher franzindo as sobrancelhas já se irritando um pouco.

    — Calma Christopher. — Pede Paul que se levanta e vai ao encontro do líder. — Charles tem certeza disso? É uma grande decisão. — Fala Green, calmo e sério como de costume.

    — É o único jeito Paul. Não vejo outra alternativa. Devemos deixar de praticar magia até essa onda de boatos cessar.

 Christopher solta um resmungo baixo e volta até onde estava anteriormente, não escondia seu mau humor perante aquilo tudo.

— Deve haver alguma outra alternativa. — Pronunciasse Taylor. — Não podemos deixar simplesmente de praticar magia, isso faz parte de nós. É o que somos.

— Finalmente alguém racional por aqui. — Fala Pope.

— Talvez Charles tenha razão. Quero dizer, não é definitivo e é a solução mais plausível que temos agora. — Diz Rebekah alternando o olhar entre os amigos.

— Ah claro que ele tem razão. E é claro que nossa querida Rebekah concordaria o nosso nobre amigo Charles. — Comenta Pope cínico e sarcástico. — Por que não para de ser medrosa Rebekah? Tem tanto medo de morrer assim? — Pergunta o bruxo, um sorriso cínico no rosto.

  — Só quero garantir nosso futuro Pope. Ao contrário de você, eu penso antes de agir e não sou irresponsável! — Defende-se a loira que já estava ficando cansada daquilo. Christopher sempre gostava de irritá-la.

  — Já chega! — Fala Danvers elevando um pouco a voz. — John. — Charles encara o amigo. — Você não falou nada em relação a isso, quero saber sua opinião.

   John levanta a cabeça e encara Danvers, desvia o olhar logo depois.

  — Estou com você Charles. — Diz ele, voltando a ficar calado.

  — Com certeza está. — Comenta Christopher, insatisfeito com aquilo.

  — Pare de falar, Christopher. Você sabe que ele está certo. — Declara John virando-se um pouco para o olhar.

  — Não, ele não está e todos nós sabemos disso. Mas não se preocupem, calarei minha boca a partir de agora. — Declara o jovem bruxo, gesticulando enquanto se pronunciava.

  — Christopher, sua opinião também é importante. Afinal, também faz parte do grupo. — Fala Charles calmamente.

    — Não é o que parece Charles. — Fala Pope calando-se logo depois.

    O líder suspira.

  — Só quero que entenda que essa foi a única maneira que encontrei para manter nosso coven a salvo. — Argumenta ele para o jovem bruxo. — Aliás, espero que todos entendam isso. Falarei com nossos pais e com a anciã amanhã mesmo. — Declara ele. — Mas antes preciso da aprovação de vocês. Preciso de um veredito.

      Uma pausa após as palavras do bruxo.

  — Estou com você Charles. — Diz Rebekah sendo a primeira a se pronunciar. A garota segura a mão direita do amigo e depois olhada para o lado.

    — Paul? — Ela estende a mão para ele que após um breve momento segura a mão da loira.

      — John? — Rebekah o chama.

    Ele levanta-se e sem hesitar segura a mão de Paul. Os quatro amigos olham para Simms. Christopher faz o mesmo na esperança de que o amigo ficasse ao seu lado naquela situação. Taylor olha para os quatro e depois para Christopher. Por fim ele levanta-se e vai de encontro aos amigos, indo até Charles e repetindo os gestos dos outros, segurando a mão esquerda do líder.

      — Ótimo. — Resmunga Pope.

    — Christopher, precisamos ficar juntos. Você sabe disso. — Diz Rebekah. A loira olha para ele como se pedisse que seu amigo rebelde cedesse.

      — Rebekah está certa. Precisamos está reunidos. — Fala Danvers.

     Pope olha o espaço que faltava para que o círculo se completasse. Seus amigos o encaram, o esperando.

     Christopher se aproxima.

  — Não preciso dizer que acho tudo isso uma total bobagem. Não concordo com nada disso. — Fala ele gesticulando.

      O bruxo para um pouco e encara os amigos, um por um.

      — Mas vocês têm razão.

    Ele anda mais um pouco, olho para sua direita e logo depois para a esquerda. As mãos de Taylor e John esperando as dele.

      — Precisamos está reunidos.

     Fala Christopher, segurando a mão de Taylor e logo em seguida a de John, completando o círculo.




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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?
Fiquem á vontade para dizer a opinião de vocês, elogios, críticas ou até mesmo algum erro, quer seja ortográfico ou de outro tipo.
Até a próxima! Bjus, Lili ♥



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