Las amazonas - Pra você todo o meu amor. escrita por Débora Silva


Capítulo 28
"Renascimento"




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Alejandro assentiu e caminhou com o médico até o quarto, quando entrou ele se tremeu todinho com o olhar que ela direcionou a ele e ele caminhou até ela sentindo que a distância era ainda mais longe do que imaginava. Inês sorriu lindamente para ele quando o viu perto e disse:

— Victoriano, onde está o nosso bebê?

Alejandro paralisou com o que ela dizia, mas o sorriso dela o desmontava era sua mãe a mulher que lhe deu a vida e que estava ali o confundindo com seu amor.

— O que foi? Aconteceu alguma coisa com nossa filha? – ela quis levantar mais ele não permitiu e se aproximou a segurando.

— Helena está bem, fique calma! – sentou ao lado dela e segurou sua mão com carinho.

— E porque essa cara? Você queria um menino, não é? – suspirou abaixando a cabeça.

— Olha pra mim... – ele pediu e ela o olhou. – Não se lembra de mim?

Ela o analisou com cuidado por alguns segundos e logo abriu um sorrisão.

— Você é Victoriano, não é? – ele negou com a cabeça. – Então quem é você? – tocou a cabeça sentindo um pouco de dor.

— Alejandro, sou seu filho... – falou sem conseguir segurar e com o coração acelerado por poder dizer aquelas palavras para ela.

Inês sorriu largamente e o puxou para abraça-lo e o confortou em seu peito vendo que ele estava gelado e tremia.

— Me desculpe meu filho é que você é igual a seu pai quando jovem e eu estou um pouco confusa! – Alejandro naquele momento a soltou sem entender muito bem e perguntou.

— Me pareço a Loreto? – Inês sentiu o corpo arrepiar com aquele nome e os olhos mudaram no mesmo segundo.

— Loreto não é nada teu é só se olhar no espelho que vai ver que é igualzinho a seu pai, Victoriano! – falou com toda a certeza que tinha em seu coração e Alejandro não aguentou mais e chorou. – Não chora, por favor...

Inês sentiu uma forte dor em sua cabeça e gritou se curvando toda e segurando a cabeça enquanto gritava, ele se desesperou e chamou o medico que veio no mesmo momento e a examinou a medicando para que ela dormisse e não sentisse mais dor naquele momento.

— O que aconteceu? – o médico questionou.

— Estávamos conversando e de repente ela gritou de dor na cabeça, o que minha mãe tem? – falou nervoso.

— Vamos leva-la para fazer alguns exames para ver se ouve alguma sequela do acidente. – o segurou pelo ombro. – Avise seu pai que ela foi para exames.

Alejandro sentiu uma pontada nas costas com aquela pequena frase e apenas assentiu e viu o medico sair junto a dois enfermeiros que empurravam a cama de Inês para fora dali.

[...]

UM TEMPO DEPOIS...

Victoriano adentrou o quarto um tanto preocupado por ter demorado com o filho e ao não ver a cama de seu amor ele sentiu o coração acelerar e de imediato os olhos dele foram até os de Alejandro.

— Onde ela está? - se aproximou mais dele que estava sentando no sofá.

— Precisou fazer novos exames, ela estava confusa e sentiu uma dor muito forte na cabeça e eles a levaram.

— Faz tempo isso? - Alejandro assentiu. - Eu vou falar com o médico! - virou-se para sair.

— Victoriano... - chamou e ele virou se corpo o olhando. - Podemos conversar um pouco? É rápido.

Victoriano voltou até ele é sentou ao seu lado o olhando tinha algo nele que chamava tanta sua atenção que ele não sabia dizer o que era, mas sentia algo tão bom em relação a ele.

— Eu sei que é pedir demais que me conte, mas eu queria saber se... - ele passou a mão no cabelo. - Inês teve um filho com você quando jovem? - foi o mais direto que pode.

Victoriano estranhou aquela pergunta, mas resolveu responder já que ele era a pessoa mais próxima de Loreto.

— Inês teve um bebê, mas não vingou e naquela época as coisas se complicaram e ela não sabe se era meu ou...

— Loreto? - Victoriano assentiu.

— Eu tenho quase certeza que era meu, a gente se amava tanto e ainda se ama e tenho certeza que se tivesse vingado ele seria meu filho! - o coração de Alejandro disparou e as palavras de Inês ecoaram em sua cabeça.

— Você então pode ser mesmo meu pai? - ele falou mais logo se arrependeu.

Alejandro naquele momento se sentiu como aquele menininho que apanhava de Loreto, sentiu que não era um bom momento para dizer aquelas palavras e sentiu um terrível medo de ser renegado e pior escorraçado dali por estar mexendo em um passado tão doloroso.

Victoriano estava em choque com aquelas palavras como assim ele poderia ser pai dele? Em que momento ou em que mulher ele tocou e não se lembrava? Mil coisas se passaram em sua cabeça ali naquele momento em que ele olhava para Alejandro que parecia um bichinho acuado e cheio de medo.

— Como assim eu posso ser seu pai? - falou depois de alguns minutos de silêncio.

— Loreto disse que era meu pai e Inês era minha mãe! – falou de uma vez com o coração na boca. – Ela, eu já confirmei com um exame, mas ele eu não pensei em momento algum em fazer, pois foi ele quem me criou.

Victoriano se levantou e deu uns quantos passos pensando nas palavras dele, tinha o coração acelerado e um misto de alegria e preocupação se fosse mesmo verdade... não, era sim verdade ele estava ali confirmando que Inês era sua mãe, mas bastava saber se ele era mesmo o pai ou o maldito Loreto.

— Você é o filho por quem ela chorou durante anos? O filho que eu só soube a pouco tempo? Meu Deus, eu tenho dois filhos homens! – ele gargalhou sentindo que o mundo fazia sentido naquele momento. – Quatro filhas e duas netas? Duas... – riu mais ainda e o coração de Alejandro abrandou um pouco mais.

— Não sabendo se é meu pai. – falou com certo receio e ficou de pé.

— Claro que é! – falou com toda certeza do mundo. – Olha pra você todo um macho não poderia ser filho de um bosta como Loreto! – se aproximou dele e o abraçou dando dois tapas em suas costas. – Se quiser podemos fazer um exame mais eu sei que você é a minha outra metade. – o soltou o olhando nos olhos. – Todo um macho! – gargalhou e naquele momento a porta se abriu e a cama de Inês passou por ela.

Eles olharam para ela que estava um tanto "sonada" mais estava consciente e os olhou ali juntos e sorriu pescando algumas vezes. Victoriano foi de imediato até ela e a beijou nos lábios sentando ao seu lado.

— Oi minha vida! – ela acarinhou seu rosto sorrindo. – Como está se sentindo?

— Viva! Amor, eu quero ver nossa filha! – os olhos dela foram direto para Alejandro que tinha os olhos cheios de lagrimas e naquele segundo ela se lembrou de tudo que ele falava para ela enquanto estava desacordada e estendeu a mão.

Victoriano se afastou e deu seu lugar a ele que caminhou quase correndo e sentou abraçando Inês que o confortou mais uma vez em seus braços e ele chorou assim como ela.

— Mamãe está aqui, está aqui e nunca mais vai te deixar! – beijou os cabelos dele que chorava sem conseguir dizer nada apenas querendo aquele carinho que era dele por direito e que lhe foi negado por uma vida toda. – Nós vamos ser felizes, nós todos! – era uma promessa para a vida toda.

Inês estendeu a mão para Victoriano que se aproximou e beijou sua mão fazendo parte daquele momento que era único para ele como pai.

[...]

TRÊS DIAS DEPOIS...

Inês teve que conter a sua vontade de ver sua pequena, pois não podia levantar da cama sentia dores de cabeça, mas Victoriano tinha milhares de fotos dela de todos aqueles dias em que ela esteve "dormindo" e ele mostrava a ela todo orgulhoso e a todo momento em que esteve com ela naqueles três dias fez ainda mais fotos dela e mostrava para Inês.

— Está pronta para ir para casa? – Victoriano entrou no coloco com José nos braços que naquele momento também tinha recebido alta.

— Estou mais que preparada. – ela sorriu largamente achando que era sua menina enrolada naquela manta e deu os braços. – É Helena? – estava ansiosa.

Ele se aproximou e sentou ao lado dela mostrando o rostinho do bebê, mas não deu a ela não sabia como ela iria reagir ao filho.

— Não, esse é José! – olhou o filho e depois ela. – Nasceu a alguns dias e já passou por tanta coisa amor.

— Me da ele! – pediu ansiosa queria segurar sentir ele em seus braços, não era seu mais seria como se fosse já que conviveria com ela sempre. – Não me olhe assim sabe muito bem que será como mais um filho nosso! – ele sorriu largamente e entregou a ela que o cheirou beijando sua testinha. – Ele é lindo e parece com Constanza.

José se agitou no colo dela e começou a chorar, estava com fome e ela olhou para victoriano.

— Eu não sei onde ela está! – suspirou Débora não aparecia no hospital desde o dia anterior.

— Eu posso dar para ele se quiser, Helena ainda não está mamando em mim!

— Você faria isso por mim, ou melhor, por ele?

Inês apenas sorriu e abriu sua bata e deu o seio a ele que sugou com força e com muita fome e ela fechou os olhos sentindo a pressão, Victoriano levantou e foi para o lado dela e sorriu ao ver ele mamar com fome.

— Ele sabe o que é bom! – ela riu do jeito dele e o olhou nos olhos. – Eu te amo!

— Eu também te amo muito! – acariciou o rosto dele e o beijou nos lábios. - Estar com você assim é um renascimento, meu amor!

— Você é tudo que eu tenho morenita! - deu mais dois selinhos nela e sorriu mais. – Eu tenho uma surpresa para você!

Ela o olhou curiosa e foi até a porta abrindo e por ela entrou a enfermeira com Helena nos braços coberta por uma manta amarela e um laço no cabelo da mesma cor.

— Preparada para conhecer sua filha, mamãe? – a mulher disse e Inês não se conteve e chorou com as mãos tremendo.

— Eu nunca estive tão preparada em toda a minha vida! – soluçou e tentou conter suas lagrimas enquanto a enfermeira se aproximava de sua cama.


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