Las amazonas - Pra você todo o meu amor. escrita por Débora Silva


Capítulo 10
"Para ser um homem melhor..."


Notas iniciais do capítulo

Beijos...



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— Esta satisfeita agora vagabunda? – Inês a olhou e se soltou.

— Não toque em mim! – Débora estava com sangue no olho e nem pensou apenas deu um tapa no rosto de Inês que virou o rosto.

Victoriano prontamente se aproximou para tirar Débora de perto de sua morenita, mas ao fazer isso Emiliano veio como um galo cego para cima de Victoriano e deferiu um soco em sua cara. Victoriano apenas o olho, o tumulto estava armado.

Victoriano ficou revoltado e pensou em revidar, mas desistiu, ele estava bêbado e nada que ele fizesse ali com ele iria resultar em algo bom. Dois capatazes da casa chegaram e levaram Emiliano que continuava a ofender a todos, gritava barbaridades ate sumir.

Débora encarava Inês com fúria, Inês quis chorar com o tapa não merecido naquele momento, suspirou e não pensou mais deferiu um tapa na cara dela com toda sua força que se não fosse Victoriano a segurar pelo braço ela teria ido ao chão. Inês tinha os olhos negros de ódio, se aproximou dela e a segurou pelos cabelos.

Estavam frente a frente ali, face a face, Inês se esqueceu de quem era patroa e quem era a empregada ali, eram apenas duas mulheres se enfrentando. Inês segurava o cabelo dela e a outra mão a segurou pelo queixo, Débora ficou quieta e esperou o que ela iria fazer, mas estava pronta para não apanhar ali frente a todo mundo.

— Em mim você não ouse colocar essas mãos Débora! Você pode ser o diabo que te carregue aqui nessa casa. Eu não sou vagabunda a única vagabunda aqui é você que se veste como uma qualquer somente pra chamar a atenção de seu marido que nem te olha e somente sente vergonha de você vestida assim. – Apertou mais o queixo dela e segurou ainda mais forte o cabelo dela. – Você usa isso que chama de corpo pra enrabar os homens ao seu redor! – Inês não estava mais ouvindo ninguém ao seu redor parecia somente ter as duas ali. – Acha mesmo que por ser patroa vai me bater sem levar de volta? Esta achando que eu vou deixar que me toque por achar que seu marido esta comigo? Se ele esta comigo é porque se cansou de uma mulher fácil como você! Você é tão pouca coisa que eu tenho é pena de você Débora. – Inês aceitou o primeiro tapa na cara dela. – Esse vai ser só o primeiro que você vai receber somente por pensar em me tocar de novo. – Mantinha Débora presa pelos cabelos. – Você não é melhor que eu! Não é! E você vai aprender que em Inês Huerta não se toca!

Nada mais foi dito e Inês deu mais dois tapas na cara de Débora a jogando no chão, ela caminhou para subir em cima dela e descontar toda sua raiva mais Victoriano a segurou pela cintura. Inês se debateu mais ele não soltou e atirou dali, Débora o chamou mais ele nem se importou com ela queria apenas tirar Inês dali.

Victoriano a levou direto para o quarto dela, mesmo Inês se debatendo ele conseguiu levar ela. Ao entrar ele a colocou ela no chão, Inês o olhou e no seu ataque de fúria ela avançou nele e começou a dar pequenos socos no peito dele.

Victoriano suspirou e tentou amparar ela mais Inês não racionava apenas sentia tudo de uma vez e o agredia...

— Te odeio Victoriano! Te odeio por te amar tanto e você me colocar nessas situações. – Tirou os cabelos do rosto. – Mas isso acaba hoje!

Inês parou de bater nele e se afastou abriu um armário e pegou uma mala jogando em cima da cama, pegou as roupas e fez o mesmo, Victoriano entrou em choque e se aproximo.

— Inês... – Ela o olhou.

— Você não vai me impedir, já aguentei de tudo aqui dentro da sua casa! Por anos eu vivo aqui como uma cachorra que tem que trabalhar pra comer, você por anos me humilhou e me humilha esfregando essa porcaria de felicidade na minha cara, mostrando que é melhor que eu, mas não é Victoriano! Não é! – Ela gritou. – Você merece a mulher que tem porque você é um covarde que nunca lutou por nos dois, não pense que eu tiro a minha culpa nessa historia toda porque eu não tiro, fui fraca e me calei quando deveria ter gritado aos quatro ventos o que tinha acontecido comigo, mas não fiz e me arrependo e sofro ate hoje. – As lagrimas escorreram pelo rosto dela.

Victoriano nada disse apenas a ouvia sabia que Inês estava furiosa e esperou que ela dissesse tudo que estava entalado há anos e ela continuou.

— Eu te amei durante vinte anos que estive aqui dentro da sua casa, te respeitei mesmo morrendo todo dia um pouco por ver você construir sua vida enquanto eu era somente a nana das suas filhas, mas eu aguentei e fiquei. – Colocava as coisas dentro da mala. – Fiquei ate hoje!

Ele tinha os olhos cheios de lagrimas, como podia ter sido tão idiota a ponto de fazer a mulher que sempre amou sofrer, sofrer por ele não ter coragem de bater de frente e colocar os pingos nos "is". Deixou que ela fosse uma vez e estava deixando que ela fosse agora também, mas ele não podia impedir era casado e enquanto fosse assim, ele não poderia mais pedir nada a ela.

Victoriano se aproximou dela e a tocou, ela tentou resistir mais ele a virou para ele e segurou o rosto dela com as duas mãos. Havia tanto amor ali na mirada deles que era impossível não estremecer de imediato...

— Eu mais uma vez vou te deixar ir Inês, mas não por não te amar e sim porque eu não posso te prender aqui quando eu sou preso a um casamento! Mais eu vou te prometer aqui que eu vou ate você e dessa vez será para sermos felizes para sempre. – Ele colou a testa na dela. – Eu te amo e te peço perdão mais uma vez por ser parte das suas piores lembranças também, eu era quem deveria te dar mais amor e fui o que mais te magoou depois de tudo que você já tinha sofrido, eu fui lá e contribuiu mais um pouco. – Ele beijou a ponta do nariz dela. – Eu vou ser um homem melhor para você!

Ele tocou os lábios dela com os seus, foi apenas o toco dos lábios, não era beijo era apenas para selar aquela promessa que ele fazia ali para ela de ser melhor, de ser um homem que mereça o amor dela. Ele se afastou e depois de olhar para ela mais uma vez ele saiu.

Inês sentou na cama e mais uma vez chorou por longos minutos e logo voltou a se levantar e terminou de fazer sua mala, saiu da casa pelo fundo e quando chegou ao portão deu de cara com Alejandro que sorriu pegando a mala dela sem dizer uma palavra se quer ele abriu a porta do carro para ela que nem pensou apenas entrou.

[...]

NA CASA...

A festa já estava vazia depois de todo barraco armado, Victoriano cruzou a sala e viu Débora sentada na sala chorando com Connie e Cassandra ao seu lado, Diana estava no outro canto com os braços cruzados analisando o choro de Débora. As meninas o viram e deram graças a Deus, ele se aproximou e ela o olhou.

Débora tinha os dois lados do rosto vermelhos e o cabelo todo bagunçado, segurava um lenço secando suas lagrimas. Ela chorou mais ao ver ele.

— Victoriano. – Ela soluçou. – Eu estou com dor nosso bebê! – Victoriano sentiu o peso daquelas palavras.

— O medico já foi chamado papai. – Diana disse do canto da sala.

— Você demitiu aquela criada não é mesmo? – Ela se levantou e sentiu dor, voltou a sentar.

— Se eu fosse você não voltava a chamar ela assim! – Diana falou com um sorriso no rosto. – Já sentiu o poder da minha nana.

— Você esta adorando tudo isso não é mesmo? Adora o circo pegando fogo! Você nunca gostou de mim só porque eu faço o seu pai feliz. – Diana quase gargalhou.

— Se isso fosse verdade ele não teria ido com a minha nana e te deixado lá jogada no chão como um pano velho para ser pisada. – Débora olhou para Victoriano.

— Vai deixar ela falar assim comigo? – Victoriano suspirou cansado daquilo tudo.

— Chega disso! – Ele foi ate Débora e a pegou no colo. – Quando o medico chegar manda ele subir, por favor! – Ele subiu deixando as filhas ali na sala.

Diana se aproximou de suas irmãs e sentou rindo e elas a acompanharam.

— Nunca tinha visto minha nada daquele jeito. – Cassandra falou.

— Ela fez foi é pouco! – Diana retrucou.

— Só não gostei do que o Emi fez. – Connie disse um pouco triste.

As duas a abraçaram e ficaram ali conversando ate que o medico chegou e elas o levaram ate o quarto e foram cada uma para o seu depois de um beijo e um abraço em Victoriano. O medico a examinou e constatou que ela estava normal e pediu um exame para comprovar a gravidez. E assim a noite se foi...

[...]

DEZ DIAS DEPOIS...

Inês depois que saiu da fazenda conheceu as filhas de Alejandro que eram encantadoras roubaram o coração de Inês, com elas não foi diferente amaram ter Inês ali com ela, naquela noite Inês dormiu na cama de Alejandro e ele no sofá. No outro dia ele arrumou um apartamento ali do lado dele, ou melhor, um andar a cima do dele a queria perto sem nem ao menos saber o laço que os unia.

Emiliano se mudou da fazenda para a casa de Loreto se recusou a falar com Inês mesmo ela insistindo em ligar e em o procurar, ele não a recebeu. Estava cheio de ódio e Loreto contribuía ainda mais para isso.

Já na fazenda os dez dias foram bem conturbado, as meninas visitaram Inês e Victoriano teve a "confirmação" da gravidez de Débora, mas isso não o fez mudar de ideia e seguiu com o pedido de divorcio. Cassandra começou a namorar Eduardo e Diana começou a frequentar a casa de Alejandro mais seguidamente, o que deixou Elias furioso.

[...]

AGORA...

O relógio marcava exatamente 12h38min quando a campainha tocou, Inês limpou as mãos e caminhou ate a porta, achou que fosse Sabine a menina não a largava o que não a desagradava e não a deixava tão sozinha, mas para a sua surpresa não era ela e sim um certo homem que a deixou sem ar e de olhos vidrados nele.

— Victoriano...


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