Depois dessa alegre noticia que eu estava no comando os deuses partiram para sua luta com o Tífon, então comecei a fazer os primeiros preparativos para qualquer batalha que poderia acontecer, algumas ninfas das arvores se dispuseram para me ajudar a fazer a lista das coisas necessárias, os deuses haviam me deixado fazer o que eu quisesse, desde que isso deixasse Olimpo a salvo:

- Não podemos esquecer de enviar um emissário aos gigantes do norte, eles são pacíficos e podem ser rapidos como raios, com sorte se aliaram a nós – eu disse enquanto Oranle,  uma ninfa que tinha se tornado minha ajudante, anotava em uma prancheta.

- Você já decidiu como vamos conseguir armas para um exercito inteiro? – ela perguntou enquanto rabiscava algo na folha.

- Ciclopes, vou recrutar todos os disponíveis, bons ferreiros e ótimos para infantaria de defesa, e também os filhos e Hefesto podem ajudar com as armas – eu disse enquanto pensava em outros possíveis aliados.

- Vou mandar uma mensagem de íris para o acampamento meio-sangue, mas antes disso, os generais dos deuses já responderam a minha mensagem? – eu perguntei a Oranle enquanto procurava uma fonte que criasse um bom arco-íris.

- Sim, todos estão ocupados, vai demorar eles poderem vir, os únicos que poderão vir depois de amanhã são os generais de Zeus, Apolo, e por mais estranho que pareça Afrodite – ela disse olhando em uma lista.

Oranle foi despachar mensageiros, resolvi contatar o acampamento, pesquei um dracma na fonte d’ água e joguei uma moeda do arco-íris e falei:

- Quíron, Acampamento Meio-sangue - eu disse vendo a imagem se transformar.

Eu não havia notado que era muito cedo, eu havia esquecido de dormir ( um cerebro iperativo causa isso), então não sabia que eram 07h30min da manhã, só descobri isso quando vi Quíron com bobs na cauda.

- Você sabe que horas são? – ele perguntou sonolento esfregando os olhos.

- Não, mais desconfio, e que eu tenho uma convocação para fazer – eu disse enquanto ele bocejava.

- É qual seria essa? E sobre a guerra – ele perguntou agora completamente acordado.

- Exato, vamos precisar de todos os seus campistas, e se você puder chamar seus parentes centauros, poderiam ser úteis – eu lhe pedi, era mais fácil ele convencer os centauros do que algum mensageiro.

- Ok, mas acho que para preparar todos os campistas, só poderemos chegar ao anoitecer – disse Quíron.

- Tudo bem, não é provável que tenhamos de lutar nos próximos dias, meus batedores que estão fazendo uma ronda a 62 milhas do Olimpo ainda nem avistaram eles – eu disse enquanto passava o dedo na água distraidamente.

- É melhor eu desligar, acho que ouvi uma explosão vinda do chalé de Hermes, boa sorte com as coisas aí, Percy – ele disse rompendo a conexão.

Fiquei mais alguns minutos contemplando as águas cristalinas, mas fui despertado por um sátiro que veio me avisar que nossos primeiros aliados haviam chegado.

Fui guiado até o portão leste do Olimpo, e lá avistei dois tipos de seres que faziam um belo contraste uns para os outros: 50 Hyperborean, enormes gigantes de pele azul claro e cabelos brancos como neve, eles traziam cestos nas costas cheia de coisinhas que eu reconheci como Pigmeus, pequenos anões, chegavam até a ser bonitinhos, que eram muito espertos.

- Dos grandes aos pequenos, eu acho que é um bom começo – comentou Oranle, que havia me alcançado no caminho.

- Tem razão, vamos falar com eles – eu disse me aproximando.

Cumprimentei o líder deles, que se chamava Mergow, ele disse que poderia lutar por nossa causa, e se fosse necessário, ele podia chamar reforços, os gigantes baixaram seus cestos, e os Pigmeus puderem descer para falar comigo.

- Senhor Perseu – disse o líder dos anãozinhos, ele tinha no maximo 33 centímetros mas com uma voz grossa e firme – Os recursos de meu povo estão inteiramente a disposição dos deuses, levem-nos até as forjas e faremos maravilhas para o seus exercito – ele conclui.

Depois de mostramos as forjas para eles, Oranle comentou:

- Se os Ciclopes não sentarem neles sem querer, serão de grande ajuda – ela disse rindo, eu tive de concordar, mas de repente uma mensagem apareceu flutuando na minha frente, era Richard, um dos nossos batedores montados em pegasos:

- Junte as forças que temos, tem um ataque surpresa voador chegando em 10 minutos – ele disse com uma voz abafada, como de alguém que acabou de escapar de algo.

- Malditos cães sarnentos – eu praguejei antes de gritar – As armas Arqueiros! Vamos ser atacados.