A Magia do Amor escrita por MafeCullen


Capítulo 1
Capítulo 1 - Sangue Doce


Notas iniciais do capítulo

Sabe, existem várias fics parecidas com a minha. Só que a diferença é que "Vampiro nenhum matou os pais dela, e por acaso acharam o bebê" ou "Deixaram a criança na porta dos Cullen", ou qualquer outra coisa que eu já tenha lido nesse site. No segundo cap, vcs vão saber como Alice achou a "pequena Cullen".

Boa leitura :]



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Edward PDV

 

 

- Sabe o que eu estava pensando!?

 

- Hm.. em mim?

 

- Convencido. − reclamou, me empurrando de leve. − Mas, sim. Eu estava pensando em você.

 

- Ae? O que você estava pensando..

 

 

A puxei para um beijo, enquanto sentia vários pedaços de neve caindo nos meus cabelos. Nada me importava naquele momento, a não ser os seus lábios macios e doces no meu.

 

 

- O quanto eu amo você..

 

- Eu te amo, Bella Cullen.

 

- Amo você, Edward Cullen.

 

- Eu amo ainda mais..

 

- Ah, não mesmo! − sorri com isso, ela sempre seria teimosa. Minha teimosa, e somente minha.

 

 

Eu acho que nunca teria encontrado o amor da minha vida se não fosse pela ultima pessoa que eu pensei que iria me ajudar. Minha pequena irmã (ela me mataria por isso), Alice Cullen. Foi ela quem levou a minha Bella para casa..

 

 

17 anos antes..

 

 

Olhei para o céu e bufei alto. Chuva, de novo. Será que Forks não tinha nem um sol, pelo menos, uma vez na semana? Tudo bem que eu NÃO poderia sair de dia, mais ainda assim, a chuva é terrível para se caçar. Os animais se escondem.

 

Saco! E ainda por cima, o cheiro se confunde com esse cheiro de terra molhada, entre outros da floresta. Ótimo, começa a chover mesmo e me molha todo. Eu não vou pegar uma GRIPE mesmo, nem vai desmanchar meu PENTEADO que levou horas.

 

Ok, foram segundos, mais isso fica entre nós. E como estava prometendo, começou a chover. Coloquei o capu a tempo de a primeira gota cair no meu cabelo e continuei andando pela mata. É, andando. Agora vocês devem estar pensando "o que um vampiro, que poderia correr mais que um carro possante, está fazendo andando na mata?" bom, é fácil-fácil. Estou voltando para casa.

 

E não estou sozinho. Sabe aquelas mulheres que cisma em ter uma obsessão por você? Hello, Tanya está na área. Eu infelizmente conheci esse encosto em LA, quando estava tentando me desligar do mundo; já que não tenho NADA para fazer, nunca. E bom, ela não larga mais do pé. No começo foi legal e toda aquela coisa de sexo fácil, e qualquer hora que eu quisesse. Mais tem uma grande diferença entre "caso" e "morar" junto.

 

Mas parece que os fios loiros avermelhados da cabeçona dela, não entenderam. Eu podia ouvir daqui mesmo a conversinha fútil dela e com Rosalie, minha irmã, que estavam torcendo para que eu "ficasse" com Tanya. Tipo assim, para a eternidade.

 

Hello? Quem quer ficar com aquilo pra sempre? Eu, não.

 

Apresei um pouco meu passo, já que meu tênis estava ficando cheio de água e com muita lama em volta. Alice nunca mais me deixaria usa-lo. Ela é outra, minha irmã, que é a maior doidona. Não que alguém lá em casa seja normal, mais ela é a pior de todas. Obsessão por roupas, te diz algo?

 

Assim que sai de dentro do mato, ouvi Tanya suspirar enquanto me olhava. Dei um sorriso torto e andei do modo mais sexy possível, com as mãos dentro do bolso. Outro suspiro dela. Até que ela serve para algo mais, como aumentar meu EGO.

 

 

- Meu lindo! Você demorou tanto.

 

- Chuva. Não dá para caçar com ela dando "aviso" aos animais. − bufei de raiva.

 

 

Tanya levantou da varanda e nem se importou com o fato dos meus pais estarem em pé na porta, ou Rosalie na varanda, se jogou em cima de mim. Pulou, seria melhor descrição, e quase engoliu minha boca junto. Beijos, não é uma coisa que ela sabia dar muito bem. São estranhos, muito sinistros.

 

 

- Senti sua falta.. − ela sussurrou no meu ouvido. Porque ela fez isso? Todo mundo pode ouvir do mesmo jeito.

 

- Também, mais você poderia, descer? − ouvi Esme rindo, ela tem ódio mortal por Tanya. − Mãe!

 

 

Tanya desceu do meu.. colo, e eu corri até Esme. Ela nem me deixou tirar o casaco, se molhou assim mesmo para me abraçar. Carlisle deu um tapa de leve nas minhas costas e eu o abracei depois.

 

 

- É tão bom te-lo em casa de volta.

 

- Mãe, eu nem passei tanto tempo longe..

 

- Um ano me parece muito tempo, filho.

 

 

Apenas suspirei e segurei a vontade de revirar meus olhos. Antes mesmo que eu chamasse, o meu irmão mais velho veio que nem uma criança brincando sozinho com uma bola de beisebol, descendo as escadas. Ele ao invés de apenas segurar minha mão, como uma pessoa normal, me pegou por baixo dos braços e esmagou meu corpo perfeito num abraço. Pior, me rodopiando no ar.

 

 

- Me solta, porra!

 

- Poxa, Eddie. Tava com tanta saudade de você, e é isso que recebo? Que irmão você foi me arrumar, mãe. − ele fez um bico e sentou no colo de Rosalie. Cena triste, muito triste.

 

- Você sabe como ele é − disse Rosalie, carinhando o cabelo dele. − não tem um pingo de amor no coração. Mais um dia, ele ainda vai saber o que é isso. − ela trocou um olhar rápido com Tanya.

 

 

Outra cena triste. Eu, Edward Cullen o maior piriguete (palavra que aprendi quando estive no Brasil, país lindo!), vou me apaixonar por Tanya? Aquela baranga? Me faça rir!

 

 

- Agora que você acabou de filosofar − disse com um sorriso cínico. − cade aquela baixinha que me mandou uma lista imensa de compras?

 

- Oh, ela disse que tinha algo para resolver − disse Esme, me abraçando de lado. − mas que voltava ainda hoje.

 

- E Jasper?

 

- Foi com ela.

 

 

Ótimo, depois eu do a pequena fortuna que ela fez eu perder em "presentes" que ela mesma escolheu. É mole? Eu disse que ela tem uma obcessão por roupas, não disse?

 

 

- Eu vou caçar.

 

- Eu vou com você!

 

 

Em menos de um segundo, Tanya estava segurando meu braço. Sim, ela empurrou Esme. Lhe dei um olhar de desculpas e arrastei Tanya dali. Tudo bem que não podemos caçar humanos por aqui − um trato sinistro que Carlisle fez com a pequena aldeia daqui − mas eu posso ir para Port Angeles. Está tendo uma matança mesmo por lá.

 

Mais os Volturi já cuidaram de tudo, só que os humanos ainda não sabem. Porque não abusar, certo? E fora, que é os últimos dias que poderei ficar com os olhos vermelho e blablablá. Carlisle quer ter uma vida normal aqui, e eu não posso ser o esquisito com olhos vermelhos, né!?

 

 

- Ed? Nós vamos passar muito tempo aqui? − já estávamos passando na ponte. Porque ela não continuou em silêncio, né!? Quer dizer, eu posso ouvir os pensamentos irritantes dela, mais a música do meu carro ajuda alguma coisa.

 

- Eu vou ficar aqui bastante tempo, mas ninguém está mandando você ficar.

 

- Não precisa falar assim, ok? − ela fingiu ficar magoada. Olha minha cara de preocupação. − Aonde você for, eu vou.

 

- Menos Tanya, bem menos. Odeio gente que gruda.

 

 

Ouvi ela bufar, mais nem liguei e aumentei mais o som do carro. Isso significa, nada mais de falação. E bom, parece que dessa vez, ela entendeu, e finalmente me deixou em paz. Seus pensamentos estavam agora focados na sede dela, o que aumentou ainda mais a minha.

 

Engoli seco, o veneno estava queimando na minha garganta, pedindo por sangue. Isso é uma das coisas "ruins" de ser vampiro. Essa merda de dor nunca passa, só alivia quando bebemos sangue. E agora que não "posso" mais beber sangue humano, vou ter que me acostumar com isso. Ótimo, magnifico. O que não faço para ficar com minha família, hein? E depois, eu que não amo as pessoas (essa foi pra Rose).

 

Como não previsto, não consegui chegar até Port Angeles. Ficamos em Seattle mesmo, e aproveitamos que estava de noite. Tanya me deu um beijo ala desentupidor de pia, e me deixou em paz. Aleluia! (não acredito que pensei isso, mais tudo bem.) Algo que eu mesmo criei para ter uma certa "privacidade" quando caço minhas vítimas, é que cada um vai pro seu canto.

 

Assim, eu fico bem longe da Tanya e caço a vontade. Morenas, amo as morenas. Não matei nenhuma hoje, minha sede não estava tão forte assim, então apenas as mordi e as fiz esquecer tudo. Fácil-fácil.

 

 

- Já terminei meu lanchinho, Ed..

 

- Ótimo, entra no carro.

 

 

Entramos no carro e Tanya subiu no meu colo rapidamente, avançando na minha boca. Ela pode não saber beijar direito, e até ser um pouco baranga, mais eu sou homem e dá para gasto. Fora que quando estamos mordendo humanos, sentimos um prazer enorme. É algo que acontece no processo de morder e tudo mais. Vá saber o porque.

 

Tanya tirou a blusa dela, ficando apenas com uma lingerie de zebra. Uma palavra: brochante. Completamente brochante. Poderia até ser dos ursinhos carinhos (acredite!) que daria muito mais tesão nessa hora do que zebra. Mais eu fui salvo pelo gongo. Ou melhor, pela Alice.

 

Calma, ela não está aqui. Meu celular tocou e olhei no visor.

 

 

- Minha baixinha preferida! − disse ao atender. Tanya estava visivelmente frustada, e saiu de cima de mim. − Aonde você está?

 

- Como assim aonde estou!? Em casa, é claro. Você que não está mais aqui.

 

- Sim. Eu tinha que caçar algo decente, já que começou a chover.

 

- Espero que não tenha matado ninguém.

 

- Eu, não.

 

 

Ouvi ela rosnando baixo, não tinha como esconder nada dela, e ela já devia saber que Tanya está aqui. Já ela (Tanya) estava rindo baixo porque ouviu Alice rosnando. Ótimo, outra que entrou pro fã-clube "eu odeio a Tanya forever". Podem entrar também, dou a maior força.

 

 

- Bom, não estou ligando apenas para matar a saudade.

 

- Eu já comprei todos os seus presentes, tudinho.

 

- Me chamando de interesseira? − eu ri alto.

 

- Se a carapuça serviu..

 

- Obrigada pela parte em que me toca.

 

- Fala logo, flor.

 

- Quero você em casa agora − seu tom era sério. − quero lhe mostrar uma coisa linda, maravilhosa!

 

- Uma nova vampira?

 

- Arg, cala a boca Edward.

 

 

Sendo muito sensível, desligou na minha cara. Eu disse que os vampiros da minha casa tem sério problemas, não disse? Ah, claro, eu disse que são uns loucos totais.

 

 

- Nós já vamos voltar pra aquela casa?

 

- Se você quiser, te deixo na casa das suas irmãs − disse já ligando o carro e enterrando meu pé no acelerador. − o tanque está cheio, te deixo rápido no Alasca.

 

- Nem vou te responder, Edward. − ela cruzou os braços, mal humorada. Ri por dentro com isso.

 

 

Uma viajem que devia durar uma hora e pouca, durou menos de meia hora. Eu já disse que amo velocidade? Ainda mais quando estou perto da Tanya. Quanto menos tempo passar com ela, melhor.

 

Entrei dentro da casa, com Tanya apertando minha mão na sua. Qual é a dela? Ta pensando mesmo que vai colocar a coleira em mim e chamar com o dedo? Coitada, isso só na cama. E olha lá. Não é qualquer uma que eu pego. Claro, estou com essa baranga. Só porque ela não entende as indiretas que eu mando.

 

 

- EDWARD!

 

- ALICE!

 

 

Parecia um filmezinho de romance, quando os babacas se re-vem de novo, só que em fita mais que rápida. Alice desceu as escadas e chocou seu corpo no meu me dando um abraço apertado. Não duvide da força dela só porque ela é pequena. Essa dali, é uma diabinha.

 

 

- Oh, meu irmão! − ela me soltou e tratou de colocar o dedo na minha cara. − Nunca mais suma desse jeito, entendeu? Nunca mais!

 

- Ok, ok.. mais se você continuar apontando o dedo pra mim, me ameaçando desse jeito, eu corro pra longe daqui. − ela me mostrou sua língua e me abraçou pela cintura.

 

- Eu senti sua falta. É bom ter um insano nato em casa.

 

- Ow, eu também te amo.

 

 

Ela riu e ignorou completamente Tanya na sala, e saiu me puxando para dentro da casa. Todos estavam reunidos na sala de jantar (usada somente quando temos alguma reunião). Alice sentou de frente para Emmett, deixando um lugar vago do seu lado, que era na ponta. Sentei ali e logo depois, Tanya entrou, sentando ao lado de Alice.

 

 

- Então, cade aquele loiro com cara de traficante?

 

- EDWARD!

 

- Calma, gente.. − passei a mão no cabelo. − Eu estava brincando. Não tenho nada contra o Jasper provar um baseado de vez em quando.

 

- EDWARD! − dessa vez foi somente a Alice. − Vampiros não ficam drogados, lembra? Porque ele iria fumar um baseado? Se toca, cara.

 

- Você cresceu ou foi somente sua língua?

 

 

Ela me deu um olhar com raiva e depois respirou fundo olhando para cada um. O que? Ela vai contar agora que sumiu com o Jasper para se casar? Nunca se sabe, né!?

 

 

Alice PDV

 

 

Calma sua bobinha. Eu tenho certeza que eles vão adorar a noticia, além do mais, você tem dois futuros muito bem nítidos. Só depende de escolher as palavras certas.

 

 

- Eu tenho algo muito importante para compartilhar com vocês!

 

 

Todos estavam prestando atenção, bem curiosos. Quer dizer, quase todos. A fake loira do meu lado estava olhando para as unhas mal feitas, e bom, o Emmett é exceção coitado. Ele é um total retardado. Quem da idade dele iria ficar com um espelho na mão enquanto conta os pelos do nariz? Trágico, muito trágico.

 

 

- Pode parar de enrolar logo, Alice? − reclamou Edward. − Porque está me escondendo?

 

- Porque você pode esperar como todo mundo pra ouvir.

 

- Não posso nem preciso.

 

- Mais vai!

 

- Não vou!

 

- Vai sim!

 

- Não vou!

 

- CHEGA! − disse a voz do Jasper. − Desculpa amor, eu vou entrar assim mesmo.

 

 

 

Edward PDV

 

 

Ótimo, quanto mais rápido acabar com esse episodio de novela mexicana, melhor. Alice me deu um olhar de raiva e cruzou os braços, bem zangada. Quando alguém não a deixa fazer o que quer, do jeito que ela quer, é um desastre. Mas tudo bem, eu sobrevivo.

 

Jasper finalmente entrou na sala e.. tudo que eu pensava era em SANGUE. Tudo aconteceu rápido demais, e no outro segundo, Carlisle e Emmett me seguravam em cima da mesa que eu quase quebrei. Eu rosnava alto, enquanto Esme tentava falar algo no meu ouvido e Tanya fingia nem ligar. Alice e Jasper ficaram em posição de defesa, protegendo aquilo.

 

 

- Se acalme, Edward. Eu vi isso e tudo vai ficar bem.

 

- Tirem ele daqui! − disse Esme a Carlisle e Emmett. − Tome um ar fresco, amor, você vai ficar bem.

 

 

Eu ainda me debatia e rosnava alto. Minha garganta estava queimando, clamando para enfiar meus dentes naquela pele lisa, frágil e branca, e sugar todo aquele sangue delicioso. Eles me levaram para longe da casa, para dentro do mato, aonde me seguraram na chuva para que eu me acalmasse.

 

O sangue dela tinha um cheiro bom, mais que, era suculento. Era um sangue doce.

 

 

- O que.. Alice pensa que está fazendo? − soltei com raiva, rosnando baixo em seguida. − Podem me soltar, não vou voltar lá.

 

- Tem certeza?

 

- Absoluta, pai.

 

 

Eles me soltaram e eu continuei de costa para os dois. Eu nunca tinha me comportado daquela forma antes, com sangue de humano nenhum. Emmett era o único de nós que já tinha ficado assim antes, mais ninguém o impediu. Ele matou a humana.

 

Sim, Alice e Jasper estavam protegendo uma humana. Era um bebê que não devia ter mais que um ano e pouco. Sua pele era muito branca, pálida, e parecia muito como uma de nós, uma vampira bebê. Seus olhos eram enormes, muito abertos, talvez com medo, e numa cor intensa que nunca tinha visto antes. Eram cor de chocolate, assim como seus poucos fios na cabeça.

 

Ela era o meu fruto proibido de certa forma. Eu li bem os pensamentos de todos na sala, e principalmente da Alice. Ela vai ficar conosco, vai ficar ali na casa.

 

 

- Eu.. preciso ir embora.


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Notas finais do capítulo

Reviews? Please.