queria ser

setembro, dois dias depois

Existiam coisas que eram, podiam ser e nunca seriam. Ele e Julie? Não. Eles faziam parte do "nunca seriam", porque nunca seriam. Eles eram amigos, sempre seriam - não importava em qual tempo, em qual universo, o que aconteceu ou aconteceria, eles seriam amigos; suas famílias podiam serem inimigas mortais, eles podiam terem péssimas primeiras impressões do outro, mas eles seriam amigos.

Julie era uma pessoa maravilhosa e o ditado dizia que você tem que se cercar de pessoas assim para ser assim, e Calum queria ser assim.

Ele queria ser maravilhoso.

Ele queria ser impressionante.

Ele queria ser amado.

Querido.

Ele e Luke? Calum não sabia onde enquadrá-los - ele não era um idiota e com certeza não acreditava que Luke o amava daquele jeito, embora quisesse que sim, então ele não iria se comportar como um idiota apaixonado suspirando pelos cantos.

(Embora às vezes quisesse.)

(Embora às vezes Luke parecesse tão fofo que Calum queria suspirar e apertar sua bochecha e beijar a ponta do seu nariz e rir.)

(E fazer ciúmes.)

(E flertar com Julie.)

(E dizer o quanto o amava.)