caso de vida ou morte

setembro, um dia depois

Caso de vida ou morte, Julie ainda ouvia o seu pai sentenciado.

Prometa-me..., ele disse.

Julie prometeu.

Desde que seu pai havia feito prometer isso, Julie só tinha encontrado duas situações em que todos os critérios eram seguidos.

A primeira foi quando a Dama Branca havia pisado no seu orgulho e feito-o em pedaços, despedaçado-o completamente, e Julie faria qualquer coisa para não deixá-lo morrer, ela torceria palavras e promessas e diria frases bonitas que ouviu há muito tempo, quando mais precisou; ela jogaria todo o seu poder fora de sua boca por um pouco de louvor, admiração.

Medo.

A outra vez acontecia naquele instante.

Seu pai a perdoaria, Julie não possuía dúvidas quanto a isso.

Por um breve momento, Julie digitalizou mentalmente a mão de Calum e rapidamente a decifrou, rápido o bastante para ver... bem.

Bem, bem, bem.

Julie soltou o fôlego que prendia e levantou a cabeça para encarar os olhos preocupados do seu amigo.

Julie sorriu.

Ela o amava tanto, ainda mais por ele estar preocupado com ela quando deveria estar pensando em si mesmo.

E ela estava bem.

—Melhor impossível – respondeu.

E Calum também estava ou ficaria – Julie não estava ligando para o tempo desde que...

Bem, tudo estivesse bem.

Inclusive Calum.

Principalmente Calum

Principalmente ele.