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CALUM, 9 ANOS. MALIA, 9 ANOS.

—Espere – pediu Calum. – Você ouviu?

—O que?

Malia queria gritar "estou mentindo e você nem percebeu!", mas ela mordeu a língua para se impedir de dizer “se eu ouvir que estou doente?”, porque seria cruel e egoísta, e ela precisava esconder o sorriso também. Ela precisava de concentração para fazer os dois ao mesmo tempo e não confiava em si para dizer apenas a parte da mentira.

—Ela – apontou seu irmão, embasbacado para o local que a mãe deles estava. – Mamãe...

—Sim?

—M-mamãe – gaguejou Calum.

—Sim? – questionou Malia, começando a ficar impaciente pela demora do seu irmão.

—Ela me chamou de Calum – sussurrou ele.

—Não é o seu nome? – respondeu Malia finalmente, dizendo o que queria finalmente.

Ela estava esperando por isso há tanto tempo – tudo bem, nem tanto, apenas quando sua mãe tinha dito e Calum não percebeu, mas... Malia poderia esperar novamente, porque nunca seria suficiente. Ver o sorriso do seu irmão nunca seria o suficiente, nunca seria o bastante.

—É – disse Calum, ainda sorrindo ao olhar para ela. – É meu nome.