Incontrolável escrita por Woodsday


Capítulo 1
Capítulo único.




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Ele gostava da forma como ela sorria, meio de lado, como se não quisesse que ninguém visse. Gostava também da forma como ela ameaçava azará-lo em um minuto e logo em seguida estava olhando-o com os olhos carinhosos. Gostava da forma como ela ria sem se importar com quem estava por perto ou quando balançava os quadris em sua frente, porque sabia que ele não conseguiria desviar os olhos. Ele gostava da forma como ela brigava e as bochechas ficavam vermelhas, admirava a forma como ela defendia a todos, desde Lily - que era a mais inocente - até a ele - que era o mais canalha.

Ele poderia fazer uma lista de coisas que gostava nela, mas tinha receio de que fosse uma lista grande demais para se escrever ou ler.

Do outro lado do salão, Marlene sorria e flertava com um lufano - um sorriso cheio de segundas intenções que ele odiou. Não queria admitir para si mesmo que estava com ciúmes, já que mais cedo naquele dia haviam combinado que o relacionamento seria estritamente de amizade, à partir daquele momento. Onde ele estava com a cabeça quando concordou com aquele maldito acordo?

Mas Merlin sabia o quanto Sirius se sentiu estranho ao constatar que seria amigo de Marlene. E mais estranho ainda quando Pontas havia lhe questionado como seria quando ela encontrasse um namorado. Um namorado de verdade. Que a levasse para sair e segurasse a sua mão em frente as pessoas.

— Marlene não quer isso. — Foi o que Sirius disse.

Pontas deu dois tapinhas em suas costas, as sobrancelhas franzidas e os olhos encarando-o com desanimo. — Todas as garotas querem isso, Almofadinhas.

Sirius bufou quando a morena levou uma mecha dos cabelos negros atrás da orelha, fazendo um charme que Sirius sabia muito bem não passar disso: Charme.

Ela não o queria realmente, não poderia querer. Sirius nem mesmo sabia o nome do garoto, mas não importava, porque Marlene pertencia à ele. Ninguém em lugar nenhum saberia que Marlene odiava feijões mágicos porque era absolutamente controladora com todas as coisas. Ninguém poderia saber que Marlene passava maior parte das férias com os amigos, porque não se dava muito bem com os pais, exatamente como Sirius. Ninguém poderia saber que ela tinha uma pata de leão na virilha esquerda - porque Sirius sabia que nenhum outro homem ou mulher havia visto o que ele pôde ver. Ninguém sabia como ela enrolava os cabelos nos dedos quando estava nervosa ou como suas bochechas coravam quando ele a observava nua, mesmo que ela fizesse questão de desfilar em sua frente como se não se importasse. 

Se dependesse de Sirius, ninguém além dele saberia dessas coisas. 

Quando se levantou para atravessar o salão, ouviu lentamente todos os alunos se silenciarem, até que Marlene e o lufano — que ele não sabia o nome — se viraram em sua direção. 

Antes que Marlene abrisse a boca para questioná-lo ou quem sabe, xingá-lo dos nomes mais terríveis que conhecia, Sirius preferiu cala-la, da melhor forma que sabia. 

Com um beijo.

— Sirius Black. – Marlene respirou fundo, as bochechas estavam vermelhas e Sirius sorriu convencido. Não sabia se ela estava assim por vergonha ou raiva, mas ele gostava de causar sensações nela. – O que diabos você está fazendo, em nome de Merlin?

Deu de ombros, entrelaçando os dedos aos dela e puxando-a para si mais uma vez. – Estou mostrando a toda esta escola que você é minha garota. 

— Mas eu não sou sua garota, Sirius. – Marlene praticamente rosnou as palavras.

Ele sorriu mais uma vez. – Agora você é.

A morena balançou a cabeça, um sorriso mínimo enfeitado seus lábios. Sirius percebeu que ela fazia um certo esforço para parecer irritada e sentiu uma sensação estranha no estômago. Será que era a isso que Pontas se referia sempre que falava de Lily? – Você é um idiota. O que está pensando?

Sirius engoliu em seco.

Coragem, homem! Quase pode ouvir a voz de Aluado em seus ouvidos, incentivando-o.

— Bem, eu... Bom... Sabe...

Marlene cruzou os braços, unindo as sobrancelhas de forma inquisidora. – Fale, Black.

Soltou o ar de uma vez. – Lene, não quero sua amizade, bem, quero dizer, eu quero. Mas diabos! Não quero só isso. Eu sei que você não aceita que eu diga isso, mas vou dizer mesmo assim.

— Sirius...

— Amo você, Marlene. 

Marlene fechou os olhos, como se as palavras fossem facas direto em seu rosto, Sirius esperou pacientemente. O coração e o estômago pareciam dar voltas juntas e podia sentir os dedos da morena escorrerem dos seus lentamente — ele estava suando como um garotinho virgem.

— Droga, Black. — Ela resmungou, abrindo os olhos e jogando-se em seus braços. Sirius sorriu, surpreso. — Você é incontrolável. 

Ele a apertou em seus braços, sentindo o cheiro característico de baunilha e pergaminhos. Incontrolável mesmo, era o que ele sentia por ela. 


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