Naughty Girl escrita por LadyB


Capítulo 1
As consequências de uma infração




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Sakura está procurando palavras para expressar seu descontentamento para as amigas, mas não consegue. Não consegue nem olhar na cara de Temari agora, quem dirá falar sobre como tudo aconteceu. Ela falou para as amigas assim que a primeira vez aconteceu, que tudo não passou de um momento louco, onde descobriu em um nerd uma volúpia quase mítica. Porém, ela não contou sobre todo o resto e como tantas coisas mudaram depois daquele dia na sala de monitoramento. Todavia, nada que aconteceu fora sua culpa, oras!  Certas coisas na vida são fortes demais para serem deixadas de lado, e está foi uma delas, a maior delas em toda a breve vida da rosada.

Não está entendendo nada? Bem, acho que temos que voltar para o começo para explicar o porquê de toda esta vergonha.

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 O SAT seria, supostamente, a prova mais importante de sua vida acadêmica até ali. E ela, apesar de não ser a aluna mais dedica do mundo, se preocupava em ter uma boa colocação, para assim entra na universidade da Virginia, assim como um dia seus pais e avós fizeram. Tradição é tradição, afinal.

Nunca foi considerada um exemplo a ser seguido, mas tão pouco poderia ser considerada um mal exemplo pelas pessoas que a rodeavam, exceto por seus professores. Desde pequena sempre teve uma grande e infeliz tendência para fazer auê na escola. Quando não estava conversando alto demais e atrapalhando a aula, estava fingindo fica doente para vagabundear pela cidade.

Claro que todos sabem que ela não está doente coisa nenhuma e só consegue os atestados porque sua tia é diretora do hospital da cidade. E eles nunca falariam nada que pudesse prejudicar o fato de terem uma das melhores medicas cirurgiãs das Américas. Tsunade Senju é, de fato, estupenda no que faz. O que eles não sabem, porém, é que a ladina Sakura faz chantagem barata com a tia.

Tsunade é louca por cartas, saquê e cenas de crânios rachando. Sakura é amiga de um dos filhos do dono do maior cassino de toda Pensilvânia, não... De todo o país. E como uma boa sobrinha, sempre arruma ingressos na área vip, onde a respeitável cirurgiã pode ser livre para fazer o que quiser, sem ter medo de ser reconhecida.

O fato é que Sakura descobriu há algum – pela própria tia, diga-se de passagem – que não é sábio fazer algo em que se é bom de graça. E Sakura, como uma boa aprendiz, sempre cobra os favores da tia. Tsunade acha errado, mas prefere ver a sobrinha lhe chantageando a perder as depravações do cassino, e o prazer que sempre lhe é proporcionado. O acordo entre elas é sólido. Atestados a solta para Sakura, ingressos ilimitados para Tsunade.

Depois de ter usado o estoque de atestados do mês – porque mesmo todo mundo sabendo da verdade, não dá para escancarar de modo tão supérfluo – e ter recebido mais detenção que o normal, ela precisou fazer a prova da sua vida em uma sala separada. Logo depois descobriu que Yamato, um professor com cara de esquizofrênico, seria o seu supervisor. Ela sempre teve medo do homem, principalmente pelo fato de parecer que ele olha para todas as direções ao mesmo tempo.

Ela falou para as amigas que não queria fazer o exame com ele na sala, mas elas logo alertaram que Sakura não estava em posição de pedir ou ordenar nada. Depois de muito fazer suas amigas escutarem suas lamurias, Ino, sua melhor amiga, lhe deu um conselho.

— Eu sempre tomo uns goles de vodka antes da prova. Apenas o suficiente para relaxar meus músculos. E parem de me olhar com essas caras — retruca, quando percebe os olhares abismados das amigas — é uma pratica muito mais comum do que imaginam. Deidara que me ensinou, e até agora me serviu bem. Vocês não notaram o aumento significativo nas minhas notas?

Não, elas não notaram.

De imediato, Sakura negou. Até porque o irmão da amiga nunca bateu bem das ideias, e beber antes de fazer a prova era insano demais até para ela. Ino deu de ombros e disse que aquela era a sua única sugestão. Suas outras amigas também não conseguiram ajuda-la, de modo que, desesperada, Sakura procurou na internet experiências parecidas com a sugestão da amiga.

Achou alguns relatos eram bem aterrorizadores, mas não superavam os bons. Então, mesmo contra o bom senso, aceitou a ideia da amiga e formou um plano. Comprou a vodka, estudou mais que a média e planejou milimetricamente todos os passos que daria.

Tudo ia bem no dia da prova. A vodka que tomou antes serviu apenas para relaxar seus músculos, e ela se sentia muito bem, mesmo fazendo uma prova tão árdua e importante. Nada poderia dar errado. Não se tivesse seguido a risca o tutorial na internet...

Só que Sakura, às vezes, desconhece a palavra limites.

 Ela colocou um pouco do liquido em uma garrafinha térmica com temática de sereia e a colocou em cima da mesa, na mira de Yamato. Até quase o final da prova, ele não desconfiou de nada. Ele não desconfiou nenhuma vez, na verdade. Porém, Yamato passou mal, e pediu para Neji, um engomadinho mal encarado, para ficar olhando a rosada. Foi aí que o pandemônio começou.

A prova estava mais fácil do que ela esperava, com questões que beiravam ao ridículo. Estava relaxada e tudo estava perfeito, tudo ficaria perfeito se não fosse o Hyuuga rondando sua mesa que nem um pavão. Ele tinha feito o teste com antecedência, em uma feira de ciências no vale do Silicio, estava então dispensado da prova, e de folga. Mas, obviamente, em vez de ficar em casa de bunda pra cima, ele decidiu se voluntariar na escola. “Coisa de ótario mesmo”; pensou Sakura, segurando a vontade de rolar os olhos.

Ele ficava rondando a mesa da jovem a cada poucos minutos, e embora fosse agoniante, Sakura não estava irritada o suficiente para reclamar.  Até que ele, jogando aqueles cabelos alisados e ensebados, trombou na garrafa, que caiu com um baque no chão. Sakura sentiu o estomago embrulhar e as mãos tremerem antes de sentir o cheiro e escutar o barulho.

Com rapidez, o cheiro marcante e único da bebida se alastrou pela sala. Por um momento, os dois encararam o chão em silencio e em choque, até que o ensebado se manifestou e começou a praguejar – mas sorrindo com uma satisfação tão grande que parecia que tinha ganhado na mega da virada. Ela tentou explicar o porquê de ter feito, mas o boçal não quis escutar, indo direto para diretoria. Sakura gostaria de ter ido atrás dele, mas as pernas não obedeciam ao comando de sua mente. Ela sentou na cadeira, com as mãos no cabelo e um desespero cru.

“E agora? Eu perderei a prova, a chance de entrar na universidade dos sonhos, e ainda perderei o orgulho de meus pais, que já está em cheque faz algum tempo” pensamentos assim rondavam a cabeça da menina, fazendo com que seus joelhos tremessem ainda mais. Sakura, porém, não derramou uma lagrima, embora a vontade fosse quase insuportável. Pensou em ligar para os pais, todavia o celular estava com Neji.

Depois de meia hora, Neji voltou, ostentando uma expressão de desagrado profundo. Murmurou que a diretora não estava, pegou seu material e foi saindo, mas Sakura não deixou.

O sinal divino estava claro para Sakura, que não pretendia ignora-lo. Tentou deter Neji a todo custo, e quase conseguiu, se Sasuke, instrutor de matemática quântica mancomunado com o cão, não tivesse aparecido.

Seriamente perguntou a Neji o que estava acontecendo, e o babaca prontamente respondeu. Com uma expressão vitoriosa entregou as provas de sua ruina a Sasuke, que as guardou em uma pasta depois de avalia-las com uma expressão de soberba. Muito antiquada a pasta, diga-se de passagem, tão feia que fizeram os olhos de Sakura quase fecharem em horror. O cara que lascaria sua vida sem pensar duas vezes pegou as provas que precisava, porque se Sasuke abominava alguém naquela cidade, esse alguém era Sakura.

Ela iria, novamente, explicar a situação – inutilmente e com a certeza que sua vida acadêmica tinha acabado –, mas a diretora chega acompanhada de algumas pessoas importantes, provavelmente olheiros de grandes universidades. Ele sabia, ela sabia, até Neji sabia, que se contassem a situação com aquelas pessoas ali, o prestigio do colégio estaria seriamente abalado.

Sasuke saiu e ela ficou parada, sem qualquer reação. O medo ao ver a diretora chegando fez com que alguma coisa no seu cérebro bugasse, aniquilando qualquer tipo de pensamento coerente de sua mente.

A diretora parou e a perguntou se ela já tinha terminado a prova. Sakura acenou a cabeça que sim. Um comportamento não é nada característico de Sakura, mas como Mei sabia que o SAT podia atordoar os alunos – inclusive os mais danados –, ela apenas a dispensou com as mãos.

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Sakura estava sentada há mais de duas horas na escada do pátio, sem saber o que fazer para melhorar toda aquela situação. A diretora tinha saído novamente com os olheiros, mas com a promessa de que voltaria para ajudar Sasuke a fechar a escola.

Ah, sim, Sasuke. Sasuke ainda estava na sala dos instrutores. Sakura conseguia ver com clareza a luz da sala ligada. Ela não sabia muita coisa sobre o cara, só que ele era super antissocial, certinho e centrado. Resumindo: Um cara chato.

Um cara chato que tinha nas mãos todo o futuro de Sakura. “Maldita hora que fui escutar o conselho daqueles loiros oxigenado”, pragueja internamente.

Não restava muita coisa a fazer. Ele não iria escuta-la mesmo que gostasse dela, o que não era o caso. Não iria ser razoável. Provavelmente falaria para alguma responsável pelo jornal da escola para cobrir o caso e ainda espalharia para meio mundo.

Sakura ficou matutando uma solução – o que não era nada fácil com sua cabeça em pânico e seu corpo mais mole que uma gelatina – até chegar a uma improvável, e que ela detestava: Seduzir Sasuke.

Ela não gostava de seduzir as pessoas. Além de, na sua opinião, ser uma pratica vil e usada apenas por mulheres que escolhiam atalhos e não o caminho de sucesso, usar pessoas como meros objetos era repugnante. Sim, Sakura desprezava esse tipo de atitude. Entretanto, situações desesperadas pedem medidas desesperadas. E Sasuke não é nenhum coitadinho, e sim um cara que se acha, embora não tenha vida social.

Toda sua vida estava em jogo. O amor de seus pais estava em jogo, e embora ela tenha sido uma filha um pouco difícil de lidar, jamais falharia completamente com sua família. Eles são o se bem mais precioso, e se ela precisava jogar sujo, ela iria jogar sujo.

Estava decidido. Iria seduzi-lo, o que não seria muito difícil, se fosse pensar na experiência do moreno – ou melhor, no que Sakura achava que fosse a experiência do moreno. Afinal, ela é uma garota bonita, charmosa e sempre fez sucesso entre a rapaziada e ele um bv frustrado.

Seguiu decida até a sala dos instrutores, e ao chegar à porta desabotoou dois botões, subiu a saia, e desengrenou o cabelo. Ela parecia, naquele instante, uma garota impertinente e sedutora. E ele? Ah, ele não teria como resistir.

Sakura respira fundo e abre a porta, falando com uma voz a lá Marilyn Monroe:

— Parece que nós temos um problema, Sasukezinho. 


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Notas finais do capítulo

♠ A história não foi revisada, qualquer erro me avisem, por favor.

♠ Muito obrigada por ler até aqui, e nos vemos no próximo capítulo.

♣ Naughty significa impertinente.



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