Como A Luz No Mar escrita por JuMaravilha


Capítulo 6
Malditos hormônios!




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— Sim, mãe, nós estamos bem – Sasuke falava com Mikoto ao telefone.

— Ah, que bom, meu filho. E como foi a primeira semana de aula? Não causou nenhum problema, certo?

— Claro que não, me comportei como o bom filho que sou – disse, ironicamente.

— Não fale nesse tom de voz comigo, rapaz.

— Desculpe – Sasuke suspirou. Já estava cansado de ser visto como um rebelde sem causa, quando na verdade não fizera nada de errado.

— Tudo bem, querido. Eu preciso desligar agora, seu pai e eu estamos de saída. Mas me faça um favor, nos ligue mais vezes. Não agüento ficar sem receber notícias de vocês.

— Pode deixar.

— Até mais então. Estamos com saudades.

Assim que desligou o telefone, Sasuke ouviu a porta da frente bater, indicando que Naruto provavelmente acabara de chegar.

— Está pronto? – perguntou logo que entrou na cozinha.

Sasuke assentiu, colocando o telefone em sua base e pegando sua mochila. Ao sair pela porta viu que Hinata não se encontrava com eles.

— Não vamos esperar pela Hinata? – perguntou.

— Nem me fale daquela egoísta – a expressão de Naruto se tornou aborrecida. – Ela foi dormir na Sakura ontem a noite pra fazerem os deveres de casa dessa semana. Sabe, eu as ouvi fazendo planos para que não deixassem os deveres acumularem, mas não achei que fossem estudar sem nos convidar! – ele exclamou, baixando o tom de voz a um murmúrio. – Elas sabem que preciso de ajuda as vezes.

Sasuke sorriu ao ver o pequeno bico que se formava em seus lábios.

— Posso te ajudar hoje depois da aula, se você quiser.

— É mesmo? – o rosto de Naruto se iluminou; Sasuke assentiu. – Ótimo! E você pode ficar para o jantar depois, faz dias que minha mãe anda me importunando para te chamar – revirou os olhos.

Sasuke então se lembrou do encontro que teve com Kushina no início da semana, recordando de como ele e Naruto haviam caído no sono numa posição um pouco... comprometedora. Tentando não pensar na sensação aconchegante que sentira na ocasião, Sasuke voltou sua atenção para o amigo, que agora falava alguma coisa sobre um tal cara de sobrancelhas grossas e cabelo esquisito.

Foram jogando conversa fora o resto do caminho e ,assim que pisaram na sala de aula, deram de cara com uma grande comoção: todos conversavam alto, alguns passeando pela sala enquanto outros se viam sentados falando os colegas. Já Lee, Kiba e TenTen corriam pela sala, concentrados na guerra de bolinhas de papel que travavam entre si.

— Típica sexta-feira – Naruto suspirou contente e logo foi se juntar à brincadeira.

Sasuke, no entanto, fora se sentar, desviando ocasionalmente das bolinhas que voavam loucamente por entre os alunos. O professor que entrasse pela porta provavelmente não ficaria muito contente de ver a sala naquele estado.

— Com licença – Sasuke olhou para o lado, notando que Gaara chamava sua atenção. – Tem uma caneta para me emprestar? – perguntou, mencionando o caderno aberto em cima de sua mesa.

— Hm, claro – ele abriu a mochila, tirando uma caneta de dentro e entregando-a a Gaara.

— Obrigado.

O sorriso gentil que recebera em troca pegou Sasuke de surpresa; geralmente só o via sorrindo quando estava perto de Naruto. Durante a semana pôde perceber que o garoto não era exatamente tímido, como havia pensado anteriormente, mas apenas reservado.

Um silêncio inesperado tomou conta da sala e Sasuke olhou ao redor, percebendo que todos estavam agora sentados e tinham os olhares virados para a porta, tão estáticos que pareciam nem respirar. Um homem de aparência perturbadora se encontrava ali. Seus cabelos negros caiam em volta de seu rosto pálido; os olhos, que mais pareciam os de uma cobra, percorriam os rostos de cada aluno.

— Bom dia , classe – sua voz áspera provocou calafrios na espinha de Sasuke. – Espero que também estejam animados assim para apanhar todos os papeis que jogaram no chão – ele tinha um sorriso maléfico no rosto.

Nesse momento todos lançaram olhares mortais para os autores de toda aquela bagunça. Naruto tinha uma cara de quem possuía um único desejo: desaparecer.

Depois de fazer todos catarem até a última bolinha do chão, o professor tornou a falar:

— Bom, agora que nosso pequeno problema foi resolvido... – começou. – Para aqueles que não me conhecem ainda, me chamo Orochimaru e vou lhes ensinar biologia – ele olhava diretamente para Sasuke, que desviou o olhar, não querendo encarar aqueles olhos sinistros.

                                                     ...

— Qual é a daquele professor? O sorriso dele me dá a impressão de que fica pensando em diferentes formas de tortura enquanto olha pra gente – Sasuke dizia na mesa do almoço, um murmúrio coletivo de concordância sendo compartilhado pelos que estavam em volta.

— Tenho calafrios toda vez que o vejo – Ino comentou, tentando se livrar da imagem em sua mente.

— Eu não o acho tão ruim assim – uma voz no final da mesa chamou a atenção de todos. Um garoto encapuzado estava sentado ali.

— Só porque você gosta das aulas de dissecação, Shino. Nem todo mundo tem estômago para isso – Sakura falou, largando o resto do sanduíche que comia na bandeja a sua frente.

— Aquilo sim é tortura – Kiba mantinha o olhar vidrado na mesa, uma expressão de desconforto em seu rosto.

— Vamos esquecer ele, pessoal – Naruto dizia enquanto esticava o braço para pegar o sanduíche de Sakura; não gostava de desperdiçar comida. – Pensem na última aula do dia: educação física!

— Não fale de boca cheia! – a amiga o repreendeu.

— Isso! – Lee de repente se levantou, falando entusiasmado. – A hora pela qual todos esperamos a semana inteira! Se eu prestar atenção nas próximas aulas, tenho certeza de que passarão mais rápido.

Nesse momento o sinal tocou, indicando o final do intervalo.

— Não posso perder tempo aqui, até mais! – e saiu correndo em direção à sala.

— ... O que foi isso? – Sasuke indagou, olhando para Lee, que agora sumia de vista.

— Nem pergunte – TenTen suspirou, se levantando da mesa, assim como os outros.

                                                 ...

Sasuke só percebeu que teria de se trocar em um vestiário cheio de garotos semi-nus no instante em que se encontrou ali, rodeado de colegas que se preparavam para a aula de educação física. Veja, seu problema não era exatamente se sentir desconfortável por ter que tirar a roupa na frente dos outros; Sasuke nunca fora uma pessoa sedentária e não reclamava do corpo definido que tinha. Seu maior problema era como não deixar claro que seus olhos as vezes demoravam um segundo a mais quando olhava de relance os torsos despidos a sua volta. Ainda mais com um certo loiro se trocando bem ali ao seu lado.

— Parem de moleza e saiam logo desse vestiário! – uma voz grossa gritou do lado de fora, tirando Sasuke de seus devaneios e fazendo todos se apressarem.

Já na quadra, onde uma espécie de pista de obstáculos havia sido montada, todos esperavam pelas instruções do professor; um cara alto de sobrancelhas grossas e cabelos em formato de tigela, que vestia shorts e uma regata verdes. Sua postura emanava confiança.

— Boa tarde! – ele cumprimentou, ao que a turma respondeu não tão entusiasmada. – Como estão nessa bela tarde?

A maioria dos alunos murmuraram suas respostas.

— Muito bem, senhor! – a voz de Lee pôde ser ouvida por cima das outras. O professor sorriu abertamente, piscando para ele.

— Que bom, fico realmente feliz com isso – ele realmente parecia animado. – Meu nome é Gai e serei o professor de vocês novamente esse ano. Agora, para nossa primeira aula, preparei um circuito e quero ver como todos vão se sair, analisar suas habilidades físicas. Dêem o máximo de si e provarão, para vocês mesmos, que a juventude é capaz de mover montanhas.

Sasuke percebeu movimento no canto dos olhos e se virou, percebendo que Lee quase não se agüentava parado, tamanha era sua excitação. O resto dos meninos e algumas garotas também pareciam afetados pela fala do professor, com pequenos sorrisos dançando em seus lábios.

— Portanto, peço para que façam duas filas; e vamos começar logo com isso! – Gai anunciou, batendo uma palma que estalou por toda a quadra.

Todos se organizaram rapidamente e, assim que o professor deu a partida, começaram a percorrer os obstáculos, sempre indo de dois em dois. Quando chegou a vez de Sasuke, esse percebeu que teria de competir contra Naruto, que lançou um sorriso desafiador ao amigo antes de começarem.

Correram lado a lado o tempo inteiro, nenhum dos dois querendo dar o gostinho da vitória ao outro. Assim que passaram pelo ultimo obstáculo se jogaram ofegantes no chão.

— Excelente, meninos! – Gai gritou, todo orgulhoso.

Devagar, Sasuke se pôs de pé.

— Nada mal – esticou a mão para Naruto, ajudando-o a se levantar.

— Melhor de dois? – o loiro o desafiou, ambos trocando um sorriso de cumplicidade enquanto voltavam para a fila.

Ao final da aula praticamente nenhum aluno se agüentava em pé. Sasuke puxou a borda da camisa para secar o suor em sua testa.

— Quem não o conhece até pensa que ele faz isso para se exibir.

Sasuke tirou a camisa do rosto, reparando que era Ino quem falava enquanto fitava um Naruto sem camisa, que pegava uma garrafinha de água das mãos do professor e bebia.

— Não que eu esteja reclamando, é claro – ela mordeu o lábio inferior.

— Ino! – Hinata a repreendeu, suas bochechas e orelhas ficando vermelhas.

— Que foi? O que é bonito é pra ser apreciado.

Sasuke concordou com ela mentalmente. Seu corpo, que começara a esfriar, agora tornava e ficar quente ao observar a cena. Tudo o que passava por sua mente, no momento, era que precisava atravessar a quadra e pôr as mãos naquele abdômen definido, naqueles bíceps que contraíam com os movimentos de Naruto, tudo aquilo coberto por uma camada de suor. Antes que pudesse começar a pensar naqueles lábios, molhados pela água que tomavam, Sasuke se forçou a voltar à realidade. Abaixando o olhar e vendo que, se continuasse ali, logo teria um problema com que lidar, ele forçou seus pés a conduzi-lo rapidamente até o vestiário.

Por sorte, haviam cabines individuais para tomarem banho, ocultando assim a vista de quem estava em volta. Seria problemático se, além de tudo, Sasuke tivesse acesso a um Naruto molhado em baixo dos chuveiros.

Deixando a água fria cair em seu rosto, Sasuke se forçou a tirar a imagem de sua cabeça. Cada vez mais vozes eram ouvidas entrando no vestiário, o que ajudou-o a se distrair até que terminasse o banho.

Após se trocar com certa rapidez, resolveu esperar por Naruto nas arquibancadas.

Caralho, Sasuke! Ta certo que você é um adolescente com os hormônios à flor da pele, mas tenha um pouco de auto controle!, ele pensava consigo mesmo, suspirando e fechando os olhos. Ele não fazia a mínima idéia do que faria. Sabia que se sentia atraído por Naruto, assim como também sabia que não era algo apenas carnal; gostava de passar tempo com ele, se sentia bem ao seu lado.

Dizer a verdade a Naruto poderia se tornar problemático, assim como não contar poderia se tornar doloroso para si mesmo. Mas talvez eu só esteja sofrendo de abstinência. 

— Bela adormecida, vamos!

Sasuke abriu os olhos, vendo Naruto e Hinata parados a sua frente. Ele se levantou e se pôs a caminho de casa, assim como eles.

                                                 ...

— Chegamos, mãe! – Naruto anunciou assim que fechou a porta atrás deles.

Ao ouvi-los, Kushina desceu as grandes escadas, abrindo um enorme sorriso ao ver Sasuke.

— Sasuke, que bom te ver! Quer dizer que meu filho cabeça de vento finalmente decidiu te convidar para jantar conosco?

— É, - Sasuke riu, para logo em seguida se aproximar de Kushina, como se estivesse prestes a contar algo confidencial - mas ele me ameaçou dizendo que eu só poderia comer se eu fizesse os deveres de casa dele.

— Mentira! – Naruto se apressou em dizer, tapando a boca do amigo.

Kushina ria da expressão ofendida do filho, sabendo que não passava de fingimento.

— Não pode falar essas coisas, ela vai achar que é verdade – protestava ao passo em que Sasuke apenas ria; suas risadas sendo abafadas pela mão em seus lábios.

— Bom, vocês podem ir fazer as tarefas de vocês enquanto preparo o jantar. Hoje a mesa vai estar cheia, - dizia já se dirigindo para a cozinha – seu pai diz que volta mais cedo para comer conosco.

O rosto de Naruto se iluminou ao ouvir a notícia. Sasuke aproveitou que ele havia se distraído e lambeu a palma da mão que ainda tapava sua boca, fazendo com que ele o largasse e limpasse a saliva na própria camisa, distraído. O moreno se deu conta de que nunca havia perguntado sobre o pai Naruto; apenas sabia que se chamava Minato e que quase nunca estava em casa.

— Naruto, - Sasuke o chamou assim que adentraram seu quarto – seu pai trabalha com o que? Ele parece ser bem ocupado.

— Ele é o prefeito da cidade – o orgulho em sua voz era evidente. Sasuke ergueu as sobrancelhas numa clara expressão de surpresa. – E você tem razão, ele é bem ocupado, quase nunca ta em casa. Você deu sorte hoje, ele nem sempre chega a tempo de jantar com a gente.

Sasuke se pegou pensando em como seria o pai de Naruto, se teria a mesma personalidade radiante do loiro, o mesmo carisma, que tornava o filho tão querido por todos que conhecia.

— Acho que vocês vão se dar bem – Naruto dizia, distraído. Estava sentado na cama, abrindo seus livros e cadernos e espalhando-os à sua frente. – Agora senta aqui logo, - mencionou o espaço ao seu lado – não temos o dia todo.

A impressão que Sasuke teve era de que o outro só se encontrava naquele ânimo todo para estudar por causa da notícia que recebera, pois passada meia hora em que estavam concentrados, Naruto se jogou de costas na cama, suspirando alto como se estivessem ali a horas.

— Chega, não consigo mais me concentrar.

— Naruto, nós não fizemos praticamente nada.

— É claro que fizemos, estamos aqui a um tempão!

— Não, não estamos - Sasuke insistia.

— Ah, vamos fazer uma pausa, vai... – Naruto implorava, agarrando a camisa do moreno e sacudindo-o de leve.

— Ta bem...

— Você é tão gentil – brincou, deitando a cabeça e fechando os olhos; as mãos ainda segurando Sasuke.

— Ei! É só uma pausa, não é pra você dormir.

— Só cinco minutinhos.

— Pra você, nem um minuto – Sasuke já ficava impaciente e balançava os ombros de Naruto, que fingia estar dormindo. - Pare de fingir, eu sei que está acordado.

Ainda balançando-o, Sasuke pressionou o cotovelo nas costelas de Naruto, fazendo-o soltar uma risada involuntária e tentar se proteger. Ao se mexer, no entanto, o loiro esbarrou no braço de Sasuke, que acabou perdendo o equilíbrio.

O peso que, de repente, fazia pressão em seu peito fez Naruto abrir os olhos. Azuis claro encontraram ônix, ambos sem noção de mais nada a sua volta.

Todo o ar dos pulmões de Sasuke desapareceram por um momento; seu coração batia forte em seu peito.

— S-sasuke...?

— O que?

— A-acho melhor irmos ver se... se mamãe precisa de alguma ajuda na cozinha.

— É... boa idéia...

Com uma expressão de alívio no rosto, Sasuke se levantou e seguiu para as escadas, Naruto indo logo atrás dele.

— Já estudaram? – Kushina perguntou assim que os viu.

— Mais ou menos – o filho respondeu, suas bochechas e orelhas ganhando um tom rosado. Sua mãe olhou-o, desconfiada.

— Precisa de alguma ajuda? – Sasuke ofereceu, antes que ela pudesse fazer mais perguntas.

— Ah, querido, obrigada, mas já estou quase acabando aqui. Mas eu adoraria ter companhia, se não se importam.

Os dois assentiram; Naruto sentou-se na bancada enquanto começava a contar sobre como fora o dia deles na escola. Quando chegava na parte em que tivera de competir pela segunda vez com Sasuke, durante a aula de educação física, foi interrompido pelo barulho da porta da frente batendo.

Logo em seguida, um versão adulta de Naruto entrava na cozinha. Minato era mais alto e tinha os cabelos um pouco mais longos; os olhos, no entanto, eram do mesmo azul cristalino dos de Naruto. Ele abriu um sorriso assim que viu Kushina vindo em sua direção, beijando-lhe os lábios gentilmente.

— Bom te ver – ele disse, fazendo-a dar uma risadinha enquanto selava seus lábios novamente, dessa vez mais demorado.

Hem hem— Naruto os chamou a atenção.

Minato sorriu para o filho que, retribuindo o gesto, pulou da bancada e foi até o pai, abraçando-o. O momento em família parecia tão intimo que Sasuke sentiu estar atrapalhando.

— E este deve ser o famoso Sasuke – Minato se desvencilhou do abraço, virando para o moreno. – Naruto não se cansa de me falar sobre você. É bom finalmente conhecê-lo.

— Pai... – Naruto reclamou.

— É um prazer, senhor – Sasuke disse, educado.

— Por favor, me chame de Minato.

— Agora que já se conhecem, - Kushina dizia, animada – que tal começarmos a arrumar a mesa? Mas lavem as mãos primeiro, por favor, devem estar imundas!

                                               ...

Sasuke não se lembrava da última vez que teve um jantar tão animado; se é que já teve um desses alguma vez. Naruto e Kushina davam vida à conversa enquanto Minato parecia se divertir, provocando-os e fazendo comentários inteligentes de vez em quando. Sasuke ocasionalmente era incluído no assunto, o que fez com que sentisse um gostinho de como seria ter uma família alegre daquelas.

As refeições na residência dos Uchiha geralmente ocorriam com conversas educadas à mesa; falar alto e fazer brincadeiras simplesmente não eram comportamentos apropriados para tal hora.

Assim, quando já estavam todos de barriga cheia, Sasuke se levantou para ir embora. Esperava na sala de estar com os pais de Naruto, enquanto o loiro subia até o quarto para pegar sua mochila.

— Tem certeza de que não quer passar a noite? – Minato o perguntava.

— Sim, não quero incomodá-los.

— Mas não estaria nos incomodando. Muito pelo contrário, aposto que Naruto iria adorar – Kushina disse, segurando um risinho.

Um sorriso chegou ao canto dos lábios de Sasuke, involuntariamente.

— Não, tudo bem. Um outro dia, quem sabe.

— Aqui está – Naruto acabara de descer as escadas, entregando a mochila a Sasuke.

Ele se despediu do casal ao sair; Naruto insistira em levá-lo até em casa. A lua já podia ser vista no céu, iluminando as casas e a rua.

— Sabe, eu moro aqui do lado, literalmente.

— Eu sei, mas minha mãe me mataria se eu não viesse – o loiro disse enquanto andavam lado a lado na calçada. Sasuke teve a impressão, e realmente esperava, que aquele não fosse o verdadeiro motivo.

— Sei... – Sasuke o observou. – Você e seu pai não se parecem muito.

— Como assim? Somos quase idênticos!

— Não estou falando da aparência. Quero dizer suas personalidades.

— Ah...

— Sei pai é bem mais legal.

— Idiota – Naruto o empurrou de leve com o ombro e ambos riram.

Pararam de andar, chegando em frente à casa.

— Nos vemos amanhã, então.

Assentindo, Sasuke observou Naruto voltar, logo desaparecendo de vista.

Que dia!, pensou. Tudo o que precisava no momento era sua cama e uma boa noite de sono.


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Notas finais do capítulo

MINATO AMOR DA MINHA VIDA
Ele apareceu pouco, eu sei T.T
Naru e Sasu não se aguentam quando estão em cima de uma cama o.o
To tentando postar o máximo enquanto ainda tenho tempo, então nos vemos em breve! ;*



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