Lost In The World Of Holidays escrita por MaryDiAngelo, Semideusadorock


Capítulo 9
E a teleflecha estragou tudo


Notas iniciais do capítulo

Hey cerejinhas e amorinhas, como estão?
Queremos desejar um feliz dia dos namorados e lhe presenteamos com um capítulo que eu posso dizer que fez jus a data. Esperamos que gostem!
Boa leitura!



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Thalia arregalou os olhos ao sentir os dedos gélidos do di Angelo tocando sua pele, olhando por cima do ombro ao constatar que ele estava dormindo enquanto a envolvia em uma conchinha. Ah, pronto, era só o que me faltava, galera.

Contudo, quando ela tentou rastejar para fora do círculo dos braços dele parecendo uma minhoca, ele, ainda adormecido, a puxou contra seu corpo, o que a fez arregalar os olhos ao chegar à conclusão que aquilo sim era uma pegada.

A Grace comprimiu os lábios, suspirando baixo e mexendo levemente a cintura. Depois, passou a língua pelo lábio inferior para molha-lo, semicerrando os olhos quando notou que não estava se sentindo tão desconfortável como sentia quando alguém fazia isso com ela.

E tudo só (melhorou) piorou quando Nico encaixou o rosto em seu pescoço, colando seus corpos e a fazendo se arrepiar involuntariamente. Não tendo escolha, ela se viu tendo que se adequar ao espaço, tentando empurrar a mão dele para longe de si, querendo soltar seus braços. Não satisfeito, ele a amassou mais ainda, a fazendo gemer baixo em desaprovação.

— Nico... Nico... Pelo amor de cupido, Nico! — ela começou o chamar em voz baixa para que não acordasse os outros. — Nico, por favor acorda, nunca te pedi nada... Oh, caralhos, hein?

Thalia suspirou, dando-se por vencida e não tendo outra escolha a não ser se acomodar, torcendo para que se acostumasse com a ideia de ter os braços de seu amigo em sua volta.

Assim que sentiu que ela relaxou, o di Angelo, ainda inconsciente, fez o favor de passar o nariz suavemente pela nuca da cupido, que teve um treco e se encolheu todinha, constatando que aquilo era sim muito bom, mas não naquela hora e não daquele jeito.

A Grace começou a relaxar depois que ele parou, parecendo entrar em coma de novo, a fazendo voltar a adormecer.

E é claro que ela acordou com um “oh caralho, viu?”, vindo da porta. E é claro que ela entrou em desespero ao notar que era Zeus, seu pai.

— Pai? Pai? Pai? — Thalia falou em voz baixa, começando a entrar em desespero ao notar que o uniforme que o próprio cupido usava era o de “vou fuder a vida de duas pessoas... Quer dizer, vou flechar alguém”.

Se fosse ela (o que seria estranho) ela estava fudida. Além de estar ali, em um casulo que mais parecia uma prisão, não conseguiria escapar e sair correndo. Tampouco esgoelar por ajuda.

E ainda vinha mais complicações, como, por exemplo, o fato de Leo estar ali ó, de boas, deitadinho e tirando um cochilo ao lado de Bianca. Claro, porque é super comum um humano no mundo dos feriados.

Thalia começou a se debater levemente nos braços de Nico, tentando sair de qualquer jeito para tirar Zeus dali, que tinha seu teleflecha na mão e estava procurando a pessoa que iria flechar através do aparelho, franzindo o cenho ao ler o nome de Bianca di Angelo, mas já sabia que era ela que tinha ido ali flechar.

— Relaxa aí, não é você não! — o cupido tranquilizou a filha, negando em reprovação e posicionando a flecha.

O teleflecha começou a apitar baixo, indicando que deveria ir um pouco mais para o lado para entrar no ângulo certo. E Bianca estava flechada.

Thalia arregalou os olhos quando viu que Zeus estava encarando Leo, voltando seus olhos para o aparelho de flechar. Ela sabia que daria merda. Daria muita merda. Ainda mais quando dissesse a espécie de Leo no aparelho.

Sabendo disso, ela deslizou sua mão até a perna de Nico, beliscando-o com tamanha prioridade que até sentiu dó, ainda mais quando o aperto em si se intensificou mais, mostrando que ele havia acordado e não havia gostado muito do método utilizado.

— Me escuta — Thalia sussurrou. — Tá me ouvindo? — ele assentiu meio perdido, ficando com medo de se mexer e estar em um pré apocalipse ali mesmo. — Quando eu falar já, você vai levantar, pegar o Leo, e correr o mais rápido possível para o local do nosso plano inicial, ok?

Nico assentiu de novo, mesmo que estivesse estranhando o fato de estar tão próximo de Thalia. Depois, notou o que estava acontecendo ali e em que posição ambos se encontravam, começando a deslizar suas mãos pela pele nua da cintura da garota, fazendo-a segurar seu braço e deixar ali, entrelaçando seus dedos para que não houvesse nenhuma movimentação. Que Zeus não notasse ele acordado, por favor.

— Leonidas... Valdez... — Zeus franziu o cenho, falando consigo mesmo. — Humano... — ele observou o teleflecha mandando ele ir um centímetro para o lado, quando o fez, flechou Leo. — Humano?

— Já! — Thalia sussurrou.

O que aconteceu depois? É, pois é, até hoje estamos tentando entender. Mas, segundos relatos, Nico levantou usando sua velocidade premiada de coelho, pegando Leo (e quase morrendo com isso), indo para fora do quarto e seguindo o plano que eles haviam traçado inicialmente. Depois, Thalia gritou que havia fudido tudo e, aproveitando o choque de Zeus – que não conseguia processar o que estava acontecendo, tampouco se mexer – pulou em Bianca, avisando Annabeth para seguir o plano e saindo pela janela com a coelha, que gritou e se agarrou nas pernas da cupido como se sua vida dependesse disso, temendo a altura.

Leo e Nico já estavam parados perto dos trilhos do trem que vinha ao longe em uma velocidade razoável. Aquele era a hora que eles teriam que sair dali e atravessar o mundo para ir atrás do portal que levaria o humano de volta para seu mundo. No entanto, a calmaria deles durou pouco, já que a cupido foi perdendo altitude e soltou um gritinho poucos segundos antes de Bianca se soltar dela, indo de frente com Leo e derrubando-o no chão. O que não demorou a acontecer com Thalia também, que chocou seu corpo violentamente com o de Nico, fazendo ambos arfarem antes de irem para o chão.

— Aí. — Nico murmurou, sentindo o corpo dela em cima de si.

Contudo, ele não esperava que a garota começasse a chorar, o que o fez entrar em estado de alerta, arregalando os olhos.

— O que foi? — questionou, buscando o olhar dela. E quando Thalia o fitou, notou que era de dor. — Thals, o que houve? Você...

Antes que ele terminasse de perguntar se ela havia se machucado, Bianca arquejou atrás deles.

— Sua asa!

Foi então que Nico notou: a parte mais alta de sua asa do lado direito havia quebrado.

— Leo, ajuda aqui — ele pediu e o humano veio a seu socorro, ajudando Thalia a se levantar, que, primeiramente, secou suas lágrimas, depois respirou fundo, começando a enxergar pontinhos negros em sua visão por conta da dor.

— Eu... — Thalia ofegou. — Preciso colocar minha asa para dentro.

— E? — Bianca questionou meio sem entender, sentindo o desespero aflorar por seu corpo, começando a bater o pé muito rápido no chão graças a seu lado coelho.

Annabeth e Percy apareceram um pouco mais para o lado, ambos assustados e sem saber o que estava acontecendo direito.

— A Annabeth pode te ajudar com isso, não pode? — Nico questionou para a loira, que franziu o cenho até perceber que a asa da cupido havia se quebrado.

— O trem está vindo gente.... — Bianca começou a mexer as mãos, sentindo suas pernas fraquejarem por um curto período. Com certeza ficar nervosa era algo que seu corpo odiava.

— Eu não posso! Ou é ajudar na asa, ou é levar ela para dentro do trem, porque suponho que Thalia não vai conseguir se jogar para dentro daquele treco em alta velocidade desse jeito, não é mesmo? — Annabeth pensou rápido, se aproximando da amiga e a fitando. — Thalia, o que você quer fazer?

— Me leva para dentro, lá dentro eu resolvo. — Respondeu, crispando os lábios e prendendo um gemido de dor quando Leo a virou junto com seu corpo.

Annabeth a abraçou pela cintura, tomando o devido cuidado com a asa e, quando a locomotiva passou na frente deles, a bruxa mentalizou um dos vagões e canalizou sua energia, levando as duas para dentro. Contudo, o que não esperava era que sua consciência se esvaísse com tamanha facilidade.

Assim, Thalia se viu caindo junto de Annabeth. Um grito escapou de seus lábios assim que atingiu o chão com a loira desmaiada. Mas, como já estava sentindo dor mesmo, resolveu comprimir os lábios e se esforçar para colocar suas asas para dentro. A sensação era como se seus ossos estivessem sendo esmagados, a fazendo gemer baixo, se contendo.

Nico passou pela porta do vagão, se segurando e olhando para o lado de fora, esticando a mão para que segurasse na de Leo, puxando-o para dentro, assim como puxou a de Percy também – não vou nem mencionar que ele quase caiu para fora quando tentou entrar, não é mesmo? – e, depois, Bianca se virou, subindo sozinha e quase caindo em cima do irmão.

A coelha foi a mais rápida, fechando a porta e suspirando alto.

— O que houve? — Percy questionou, começando a ficar preocupado ao ver Thalia de quatro no chão, sendo que sua ficante estava inerte abaixo dela.

— Ela desmaiou. — A cupido respondeu. Estava ofegante, seu peito subia e descia muito rápido e ela sentia o suor presente em seu colo e em sua testa. Como a dor já havia diminuído um pouco, fez um movimento arriscado de se sentar sobre as coxas, respirando fundo.

Leo esbarrou em umas caixas que estavam no vagão, subindo as sobrancelhas quando achou um lampião, não demorando a acende-lo e sorrindo quando conseguiu ver as pessoas nitidamente, sem necessitar dos poucos raios da luz da lua que vinham de fora através da pequena fresta da porta não totalmente fechada.

Aos poucos, eles foram se acomodando entre os fenos.

— O que aconteceu? — Bianca questionou por fim, observando Annabeth se levantar nos braços de Percy, com os olhos arregalados e parecendo meio perdida. — Além de ela ter desmaiado, claro.

— Ah, então foi isso que aconteceu. — A loira murmurou, sentindo uma repentina fraqueza tomar seu corpo que a fez se recostar no corpo do ficante.

Thalia, que estava sentada ao lado de Nico em um amontoado de fenos, suspirou baixo, puxando mais suas pernas contra seu torso.

— Meu pai descobriu que Leo era o humano, ele descobriu que estava com a gente, ou seja: logo nossas carinhas vão estar por todo lugar, dizendo que estamos com uma pessoa que não deveria estar aqui. Então estamos fudidos. E, como nós tínhamos planejado, estamos indo para o meu lindo mundinho que, no caso, é horrível.

— Temos que levar ele o mais rápido possível, mas o próximo feriado é daqui a um mês e... Bom, é do outro lado do mundo. — Annabeth negou em reprovação, sentindo que estavam na merda de um jeito ou de outro. E agora tudo iria piorar, já que eles tinham tentado fugir (e conseguido), o que talvez viria a calhar para servirem de cúmplices e, provavelmente, iriam morrer.

— Quando chegarmos no meu mundo, vamos dar um jeito nas nossas aparências para não chamarmos atenção e começaremos a viagem o mais rápido possível, nos mantendo escondidos. — A Grace estabeleceu.


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Notas finais do capítulo

- O que acharam?
— Esperamos que tenham gostado! Vejamos vocês em breve.
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