Castle on the Hill escrita por Beatrix Costa


Capítulo 5
We found weekend jobs


Notas iniciais do capítulo

Oi maltinha, de volta com mais um capítulo! Este é um pouco mais longo...
BOA LEITURA ♥



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We found weekend jobs, when we got paid

We'd buy cheap spirits and drink them straight

Me and my friends have not thrown up in so long

Oh how we've grown

But I can't wait to go home

Trabalhar num bar Muggle acabou por não se tornar uma experiência assim tão má, até porque tinha o meu melhor amigo Lysander mesmo no antiquário ao lado. Ambos estivemos em part-time durante o verão inteiro! Era ótimo ter o meu próprio dinheiro… Em dois dias eu faria 17 anos, e o James planeou-me uma grande festa na toca (que nessa noite ficaria a nosso cargo). O último ano em Hogwarts estava muito perto de acontecer, e eu iria aproveitá-lo ao máximo! A partir dos 15 anos decidi seguir o conselho do James e começar a viver mais e a aproveitar as pequenas coisas que a vida me ia trazendo.

Passara-se os tais dois dias e eu estava muito MUITO feliz! Finalmente atingi a maioridade e fiquei a saber que o Teddy e a Victoire iriam ser pais!!!!! Ah, e finalmente decidiram casar! Quando ele me contou pessoalmente eu abracei-o o mais forte que pude e enchi-o de beijos. Sempre adorei o Teddy, ele sabia interpretar o que eu dizia num simples olhar. Os meus anos eram a um sábado, e, portanto, não tive de ir trabalhar, o que me deixou muito mais aliviada. Embora fosse só um part-time levava o meu trabalho muito a sério, pois no final do mês as míseras 400 libras que ganhava transformava-se em valiosos 80 galiões de ouro! Durante a tarde as minhas primas Rose e Roxanne fizeram o favor de me por o mais bonita possível. Depois de duas difíceis horas a decidir, finalmente ficamos as três satisfeitas com uma maquiagem suave, batom tão vermelho quanto as rosas do quintal da minha avó e um vestido curto da mesma cor. Os sapatos pretos de pequeno salto deram o requinte final.

Assim que desci as escadas, fui “surpreendida” com uma grande multidão. Alguns já não os via desde o final do ano em Hogwarts, nomeadamente as minhas colegas de quarto Mary e Lana, que foram as primeiras a ser enterradas nos meus calorosos braços. Durante uma hora a festa baseou-se em música irlandesa (a minha favorita), cumprimentos, receções, tabaco, álcool, prendas, tudo o que me fazia sentir bem, mas faltava algo, ou alguém… O Lysander! Ele prometeu que quando terminasse o seu turno no antiquário iria ter diretamente à festa, e eu queria tanto que ele viesse! Queria poder abraçá-lo, enche-lo de carinhos e falar. Provavelmente ele iria ficar a dormir lá em casa nessa noite, portanto iriamos ter muito tempo para conversas, caso não estivéssemos podres de bêbados, o que provavelmente iria acontecer. Eu vagueava por entre a casa em conversas aleatórias com as pessoas até que subi para ir à casa de banho e vi algo que causou pouca surpresa em mim, por ser a confirmação de algo que eu suspeitava fazia alguns anos. Um rosto moreno e outro mais branquinho, um loiro e outro de cabelos escuros, num beijo carinhoso e duradoiro. Um sorriso instalou-se na minha face. Não pensei em interromper, mais tarde esclareceria com o meu irmão Albus o facto de ele não me ter contado da sua relação com o “melhor amigo” Scorpius.

—Lily! Anda cá fora depressa – chamou a Lucy apressadamente, tirando-me do meu transe.

Como se ela estivesse a falar para todos os convidados e não só para mim, a multidão dirigiu-se toda para o exterior. Assim que cruzei a porta deparei-me com o meu rapazinho loiro, de varinha em pune, rodeado por sorrisos desmascarados.

—Mas afinal o que é que se passa aqui? – questionei eu impaciente e curiosa.

O Lysander olhou-me profundamente, todo ele era alegria, e disse baixinho e confiante depois de me abraçar:

—Parabéns mommy!

“Mommy” era a alcunha que ele usava para mim quando estávamos sozinhos, por eu ter o mesmo nome que a sua mãe, Luna Lovegood. Era estranho, mas querido. Então ele voltou a afastar-se, elevou a varinha apontando-a para as estrelas características de final de verão e fê-las brilhar num gigantesco e excêntrico fogo de artificio do qual eu não consegui tirar o olhar durante um tempo indeterminado. No final, os meus olhos não resistiram em derramar lágrimas de alegria, que foram secadas por um gigantesco abraço de grupo!

Foi perfeito! O meu 17º aniversário tinha sido o melhor de sempre, e ainda não tinha acabado…

Subi para o meu quarto com o Lysander, já o relógio marcava as 4:37 da manhã. Não me sentia com forças para vestir o pijama, portanto decidi simplesmente tirar os sapatos e deitar o meu corpo sonolento em cima da cama. O meu loirinho também se mostrava bastante cansado, e, portanto, tratou simplesmente de tirar a camisola mostrando os seus avultados abdominais e encostou-se a mim na cama. Cada vez que nos deitávamos na mesma cama (o que não era assim tão incomum) o seu comportamento era semelhante ao de um urso fofinho, porque os seus braços faziam questão de rodear as minhas formas.

—Gostas-te mommy? – perguntou ele num sussurro, já de olhos fechados.

—Muito mesmo… obrigada pela surpresa fantástica.

—Já sabes que não precisas de agradecer. Além disso, diverti-me muito a experimentar o feitiço na estufa do meu bisavô hahaha.

—O teu pai vai deserdar-te! Tu sabes o quanto ele adora aquela estufa – disse eu, sentindo-me um pouco culpada.

—Neste momento ele está mais preocupado com a minha mãe do que propriamente com as asneiras que eu faço.

—A Luna continua mal… - constatei eu, sem saber se deveria perguntar ou afirmar.

—Cada dia pior. Ela nunca mais foi a mesma desde a morte do Lorcan, mas ultimamente parece tão confusa, como se não soubesse que rumo há de tomar na vida. E o pior é a impotência que todos sentimos em relação a isso, ninguém a consegue ajudar, nem o teu pai.

O Lysander falava da morte do irmão com uma naturalidade peculiar, mais ainda do que a do meu tio George. É como se o seu espelho Ravenclaw continuasse naquele mundo, como se o visse todos os dias, como se ainda estivesse entre nós… mas não estava! E eu ansiava pelo dia em que pudesse vingar todos, que pudesse fazer justiça à sua morte, e que pelo menos pudesse cessar um pouco da dor do Lysander, mas especialmente da Luna. O meu pai nunca se tinha conformado com o ataque, com a maneira como os seguidores do Grindelwald tinham assassinado uma criança sem dó nem piedade. E cada vez que havia uma pista, parecia que mais longe estavam de descobrir a verdade.

—Não penses mais nisso, por favor – pediu-me ele.

—É impossível não pensar! – só me vinham à cabeça imagens do Lorcan.

—Acho que não vai ser assim tão impossível…

—O quê? Não me digas que me vais lançar um obliviate…

—Nem por isso, mas espero que tenha o mesmo efeito.

Eu fiquei confusa e encarei-o. Num movimento rápido os nossos lábios cruzaram-se e o efeito relaxante do rum que ele havia tomado entranhou-se na minha mente e corpo. Entramos num jogo de línguas pouco entediante. A sanidade que me restava dizia que era errado, que eu não queria fazer aquilo! Mas o coração palpitava na direção contrária, e naquela noite eu deixei-me levar pelo momento. E foi aí que eu me apercebi que nós tínhamos crescido, que já tínhamos idade para arcar com as consequências dos nossos atos. O caminho mais fácil seria culpar o álcool no dia seguinte, mas eu não iria fazer isso, e espero que ele também não…

Tirei a t-shirt, os beijos dele descendo rapidamente até aos meus seios; dei-lhe carta branca para me tirar o sutiã, ao que ele assentiu; brinquei com cada um dos seus formosos abdominais e levei uma das minhas mãos até às suas calças, movimento ao qual ele gemeu; de súbito fui rodada e ele ficou por cima (por segundos senti o whisky de fogo a vir-me à garganta, mas contive-me); ambos arrancamos as calças um do outro e satisfizemos o nosso desejo entre beijos e apertões, porém, não demorou muito até eu querer mais… precisar de mais! Encaixou-se em mim e provocou a minha intimidade, deixando-me completamente molhada. Eu já não aguentava mais e, numa voz exigente pedi-lhe:

—Anda… por favor!

Consumamos maravilhosamente o ato. Foi a minha 1ª vez, e a dele também. Eu sabia que sim, porque nós falávamos de tudo, e quando digo tudo é mesmo tudo! Foi tão bom, como se tivesse libertado um desejo que nem sabia que existia, mas que estava encarcerado à anos. Ficamos em silêncio por longos momentos, como que a refletir. Os únicos sons que se ouviam eram as nossas respirações ofegantes, até que ele decidiu quebrar o meu coração em dúvida.

Eu amo-te tanto! – disse ele convicto.

A verdade é que eu também o amava, mas sentia-me incapaz de fazer parte de sua vida como família. Aliás, depois da perda do Lorcan, quase me senti tentada a não fazer parte de sua vida por completo…

Eu conhecia o poder das palavras e naquele momento de confusão, vi-me obrigada a jogar com elas:

—Também gosto muito de ti.

O meu tom saiu frio e insensível, mas perante o seu olhar pude perceber que ele compreendeu as minhas defesas. Encostou-se mais a mim oferecendo-me calor, e, neste cenário adormecemos embalados pela pacificidade da noite.


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Notas finais do capítulo

O que vocês estão achando??? A sério, é muito importante para mim saber a vossa opinião, até porque estou pensando escrever outra fanfic no mesmo género :D
A pergunta continua de pé: Que acham que matou o Lorcan?
BJS & ATÉ AO PRÓXIMO!



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