Kisses and Shots escrita por Nina Arik


Capítulo 5
A vida é muito importante para ser levada a sério.- Oscar Wilde


Notas iniciais do capítulo

Bom dia Leitores!



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Vou até o seu quarto e não bato, apenas abro. Ele está deitado.

— Merda! Vá dormir Donatella! Não vou ti foder hoje. – ele diz com a voz sem emoção sem me olhar. Era suposto eu me encolher de vergonha e medo?  Vou até sua cama e deslizo para cima. – Eu não quero você aqui. – ele diz.

— Marido, ontem você não me queria e eu acho que nós acabamos chegando a um entendimento. – digo quando o toco. Rastejo minha mão em seu abdômen trincado. Ele se endurece.

— Donatella. Você não entende que eu não quero você?- Acendo a luz do abajur. Seus olhos arregalam quando veem meu body. Meus mamilos são visíveis. Ele morde os lábios. Abaixo minha mão até o meio de suas pernas, seu membro está duro e pesado. Suspiro melancolicamente. Deu um aperto final ao seu membro e me movo.

— Tudo bem, marido. – eu digo. – Se você não me quer, vou resolver o problema com minhas próprias mãos como se diz. – eu sorrio. Eu viro as costas para ele e saiu do quarto. Não demora muito a ouvir passos vindo para mim.

— Você está malditamente me provocando mulher! – ele grita entrando no meu quarto em seguida.

— Não estou. Já que estamos casados achei que podíamos nos divertir. Mas, aparentemente marido você não conhece o conceito de diversão. – ele rosna levemente.

— Você não sabe com quem está lidando.

— Certamente marido. Eu não sei. E você aparentemente nem vai me deixar saber.

— Eu não quero você.

— Você está convencendo a mim ou a si mesmo, marido?

— Foda-se Donnatella. Eu estou dizendo isso a você. 

— Certo marido. Continue dizendo isso pra se sentir melhor consigo mesmo. 

— Donna...

— Olha. Faça um favor pra mim agora? Se você não vai me dar o que eu quero, saia pra que eu possa resolver sozinha. – Ele morde os lábios e pondera por uns segundos. E sai do quarto com relutância. Pode ser que eu não tenha ganhado a batalha, mas veremos quem ganha a guerra.

 

 

Meu celular toca pela manhã, Veri me chama para fazer uma trilha, pego minha mochila coloco algumas garrafas de água, barras de cereais, uns sanduíches e coloco minha roupa e botas confortáveis. Eu saio antes mesmo que o dia clareie totalmente. Estou totalmente disposta a fazer desta lua de mel a melhor lua de mel do mundo, mesmo que meu marido não esteja presente. Muitas pessoas me achariam futil, ou mimada, mas ninguém nunca vai entender o que é estar presa e sem expectativa nenhuma da vida, só esperando um destino desconhecido. Essa viagem pra mim é o mais perto que cheguei de tocar a liberdade. E essa sensação. Independente de qualquer outra coisa não tem preço.

Veri, seu marido e o grupo de pessoas estão reunidos em seu estabelecimento. Ele me entrega uma mochila extra e me diz para não perguntar. Nos saímos em seguida. Caminhamos por horas por uma trilha linda nas montanhas, a conversa é fluida e o tempo voa, até estarmos no topo. A visão da praia daqui de cima é divina, simplesmente me roubou o folego. Algumas nuvens tocam o chão.

— Se vocês estão pensando que vamos voltar o caminho todo andando estão enganados. – Veri diz animadamente. – Coloquem a mochila extra que eu dei a vocês senhores, é um paraquedas. Isso é, se vocês tiverem coragem o suficiente. – ele diz animadamente. Sua mochila está presa em seu corpo e em seguida ele pula, seu marido logo atrás e eu nunca pararia para pensar! Eu coloco a mochila e prendo, a outra eu engancho na minha frente, eu corro em direção ao nada e o nada me abraça e aceita com fingida familiaridade. E logo estou em queda livre. E é a melhor sensação que eu já senti em toda minha vida. Eu almejo isso, eu anseio por isso, a falsa liberdade. Adrenalina que me faz sentir viva. Eu puxo o paraquedas, passo a metros em cima da água até aterrissar na areia da praia. E eu rio com todas as minhas energias! Isso foi simplesmente demais.

— Vejo que você gostou. – Veri diz se aproximando com um sorriso.

— Eu simplesmente amei.

— Vamos fazer um luau na nossa casa essa noite. – O marido dele diz. – Apenas algumas pessoas, nada demais, uma musica que nosso amigo faz e comida boa, o que você pensa?

— Eu acho maravilhoso! Eu só não sei nada dessa cidade, provavelmente me perderia mesmo com o endereço em mãos!

— Eu vou buscar você querida!

— Mas, não posso fazer o anfitrião me buscar!

— Claro que pode, nós nos identificamos Donatella. – ele diz sorrindo. – Não sei se é o amor pelos esportes radicais ou a facilidade de conversar com você, mas eu gosto de você garota!

— Obrigada Veri vai ser um prazer então. – eu sorrio.

Quando volto para casa Harley não está.

Então tomo um banho longo e vasculho o meu companheiro saco de veludo vermelho. Pego algo preto, deixo meu quarto aberto por que sei que quando ele chegar vai ter que passar por ali para ir ao seu próprio quarto. Visto uma minúscula calcinha preta, e um sutiã sem alças e  com aro que empurra meus seios mais altos, coloco a cinta liga de renda na cintura mesmo que eu não vá usar meias para ligar  elas, é apenas para a imaginação e coloco também a cinta liga dá coxa para apoiar minha faca. Ouço passos quando termino de ajeitar a cinta da coxa. Ele passa por mim direto para o seu quarto. Resista agora Harley... eu sorrio.

Coloco um  top azul marinho com detalhes em dourado e uma saia rodada que vai até o meio de minhas coxas o conjunto deixa uma faixa da minha barriga a mostra. Brincos grandes e completo o visual com sandálias de salto médio. Solto o cabelo e passo um pouco de maquiagem bem a tempo de ouvir a campainha tocar. Me olho no espelho para checar e desço.

Harley está abrindo a porta...

— Pois não?- ele pergunta com a voz profunda. Eu me estremeço toda com esse tom.

— Eu vim pegar Donnatella.

— E quem diabos é você?


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