Escola de Magos - Interativa escrita por Gustavo Ganark
Notas iniciais do capítulo
Boa leitura!
Kristie estava dormindo, enquanto Liedson tentava acertar Alex com sua enorme espada curvada. O mago do trovão vermelho desviava muito bem de seus ataques, mas também perdia seus contra-ataques para o mago manipulador de energia.
— Mas que saco... eu não consigo acertar esse cara. – reclamou Liedson, em pensamento.
— Essa armadura o deixou mais forte... eu tenho que fazer alguma coisa. – pensou Alex, com seu corpo eletrizado.
Alex ergueu as mãos e criou uma grande esfera de eletricidade, jogando-a contra Liedson logo em seguida. Com sua espada, Liedson conseguiu desfazer dela e partiu para cima de Alex, que baixou sua guarda. Liedson com a palma da mão, fez a Dama penetrar na barriga de Alex, que deu um salto de susto – tomando distancia dele.
— O que você colocou dentro de mim, garoto?
— A minha esfera de energia está dentro de você. Você está derrotado agora. Consigo prever todos os seus movimentos manipulando a energia de movimento. Renda-se e me diga, onde está o seu líder? – respondeu Liedson, com um tom de voz mais robusto.
O vento estava sibilando. Estava escurecendo. O corpo de Alex doía, ainda mais com a Dama em seu interior. Os pássaros voavam sobre aquela batalha, cantando a vitória que se aproximava.
— Fique quieto... isso não vai me derrotar. Eu jamais revelaria o esconderijo do meu líder! – Alex, com a sua espada, partiu para cima de Liedson. Com um desvio do inimigo e um soco no estômago, Alex cuspiu sangue e caiu com tudo no chão. Sem forças para se levantar.
— Eu disse que consigo prever seus movimentos. Não adianta nada tentar algo contra mim. Só resta a redenção. Renda-se e me revele o esconderijo do seu líder. O comandante da Coroa Vermelha.
— Há. Há. Há. Há. Há. Você acha que está no nível dele? Você tem certeza? Eu te falo sim, já que essa vai ser a única maneira de matar você. No centro da cidade há várias torres. A mais alta. Em sua cobertura. É lá que ele observa tudo e todos. Agora, me mate! Eu trai a minha guilda. Mereço a morte.
Liedson pegou o seu colar de selamento e o colocou nas costas de Alex, sugando-o magicamente. Prendendo-o em uma outra dimensão.
— O que aconteceu? – perguntou Kristie ao acordar.
— Eu prendi ele, Kristie. Ele não era o líder, mas agora eu sei onde ele se encontra. Tem algum jeito de avisar os outros? – perguntou Liedson, desfazendo-se da sua armadura (voltando ao normal).
— Use sua magia. Dê um sinal no céu. Como se fosse o Batman, sabe. Faz um símbolo de morcego ou algo do tipo.
— Há! Há! Há! Há! Mesmo numa situação dessa você consegue me fazer rir.
Liedson apontou a Dama para cima e criou várias pequenas explosões, alertando todas as outras duplas. Em vinte minutos, estavam todos reunidos. Cada um começou a comentar as suas lutas e quem tinha prendido.
— Que bom que todos nós prendemos alguém. Isso mostra o quão forte estamos, mas eu sei onde o líder está e é para lá que nós vamos. – disse Liedson, apontando para a torre mais alta da cidade que era bem visível dali.
— A torre mais alta. Eu a vi antes e nem desconfiei. É tão óbvio e clichê. – comentou Max, com algumas pontadas no peito.
— E como vamos chegar lá sem sermos vistos? – perguntou Arvel, pensativo.
Thayer, autoritário como sempre, mandou:
— Nós vamos voando com o poder de invocação da Dayna, seus idiotas. Eu acho que ela consegue invocar uma águia gigante e nos levar para lá.
— E mesmo assim vamos ser vistos, idiota. – Dayna o xingou, dando um soquinho em seu ombro.
— Isso não é problema. Eu vou usar a minha magia de atmocinese e colocar uma névoa tão intensa nessa cidade que seremos tão imperceptíveis quanto a burrice do Max.
— O que você disse, Thayer? Repete, filho da puta! – Max, nervoso, partiu para cima de Thayer, mas novamente a sua dor voltou. Seu peito doeu mais do que a primeira vez, mas ele não demonstrou isso em sua face para não alardear os demais. Ficou quieto e voltou ao seu lugar, apenas para terminar de ouvir o que o grupo tinha a dizer sobre a ideia de Thayer.
Dayna juntou poder mágico em suas mãos e em seguida as colocou abertamente no chão, criando um grande círculo mágico. Grande o suficiente para se tornar o portal de saída para um grande grifo. Metros de envergadura de suas asas. Lindo, com um bico largo e ruivo como fogo. Olhos amarelos e um piado bem elegante.
— Vamos, gente! É hora de acabar essa missão! – gritou Arvel, induzindo todo mundo a montar nas costas do grifo.
Os olhos de Thayer começaram a brilhar. Seu corpo, a levitar. A cidade inteira ficou sob nuvens carregadas e a névoa começou a se formar lentamente, mas foi questão de minutos.
O bater de asas do grifo tirou todos do chão. Enquanto sobrevoavam aquela cidade sentido à torre, Max começou a passar mal. O seu peito começou a doer tanto que precisou tirar a camisa, que o vento levou em seguida altura a baixo. Era assustador: uma mancha negra em seu peito, envolta de veias negras que pulsavam.
— Max!? O que é isso? – perguntou Shae. – Isso é um tumor?
Com dor, Max respondeu:
— Eu não sei. Apareceu depois da luta contra aquele louco dos escudos mágicos. Isso é efeito da magia dele, eu acho... está doendo muito e eu me sinto mais fraco a cada minuto que passa.
Preocupado, Brian perguntou:
— Quer que eu tente queimar isso para você? Quem sabe um pouco de cauterização não ajude.
O mago velocista ficou feliz pela ajuda, mas recusou:
— Não precisa. Eu vou ficar bem. Por conta da minha velocidade, meu corpo se regenera rapidamente. Eu acho que isso deva sumir em breve. Às vezes é uma reação da magia dele.
A preocupação do grupo bateu, mas não podiam mais voltar a sua atenção àquilo, já que estavam no topo da torre.
— Chegamos. – disse Arvel, pulando do grifo e pisando com força no chão da cobertura da torre.
Todos saíram do grifo e por último, Dayna, que beijou no rosto do grifo como forma de agradecimento, fazendo-o voltar para o círculo mágico que ela criou ali em seguida.
— Então vocês chegaram? – perguntou um mago vestido de preto, cabelo branco e longo. Olhos vermelhos e pele clara. Alto e magro. Segurava um cajado de madeira.
— Quem é você?! – perguntou Aurora.
— Meu nome é Irvin Ralf, o líder da Coroa Vermelha. Dono dessa cidade.
— E eu sou Kimmy. Prazer em conhece-los. – se apresentou ela, chegando de surpresa atrás de seu líder.
Estavam todos ali: os dois últimos magos da Coroa Vermelha e todos do Grupo 1 e 2. Era o início da batalha final. O fim da missão e o começo para a tristeza de toda a Embryo. Max caiu no chão, com a boca sangrando e a mancha em seu peito também, pelo tumor que Dayton Basil tinha causado propositalmente quando tinha o prendido na barreira mágica.
Brian foi tentar socorrer Max rapidamente, mas as suas lágrimas caíram em seguida, revelando o fim trágico e injusto de seu amigo.
Max estava morto.
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Penúltimo capítulo da temporada.