O Apanhador de Almas escrita por SoaresGabis


Capítulo 6
A Busca pela Floresta


Notas iniciais do capítulo

Olaaaaa
Capítulo novo na área. Espero que gostem : )



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Lucy

— Hora da punição, Hime? – Virgo perguntou arrancando risadas de Roku.

Sae a observava com olhos ansiosos e surpresos. Soltou minha mão e correu até ela para abraçá-la.

— Você é tão bonita. Parece uma boneca. – Ela sorria tão brilhantemente quanto seus olhos.

Gostaria de mostrar um pouco da minha magia, antes que abordasse Sae sobre a possível magia que ela tem.

— Hime, sua filha não se parece nada com você. – Ela mexia nas bochechas da Sae, apertando e movendo o rosto da pequena Sae enquanto analisava cada detalhe.

Eu já havia explicado tudo para meus espíritos celestiais. A reação de todos não foi exatamente como eu esperava.

Horas antes

Chamei um a um para explicar minha situação. Precisava deixá-los ciente do que estava acontecendo e também de quem estava me acompanhando.

“Lucy você interrompeu meu encontro novamente. Espero que isso não se repita, não me importo se sua filha quer me ver.”

Aquarius reagiu como sempre imaginava, exceto por se referir a Sae como minha filha.

“Não é uma versão mirim da minha linda Lucy? Isso me deixou zangado moo. Não importa, vou proteger o lindo corpão da Lucy e sua filha também moo...”

Taurus sempre com seu comportamento pervertido. Até ele se referiu a Sae como minha filha. Assim como todos os outros, mesmo depois de ter explicado como a conheci e a relação recente que compartilhamos.

“Lindos cabelos cinzas, ebi. Adorei sua filha. Lucy-sama foi bem rápida, ebi.”

Câncer ficou tentado a cortar as lindas mechas cinzas do cabelo da Sae.

“Hime, não sabia que você tem se relacionado com outra pessoa senão Natsu-san.”

Não preciso comentar quem falou, não é?

“Whoa, Lucy-san é muito irada. Mas sua filha não tem cabelos rosas.” Scorpio disse com seu jeito informal. Mesmo que não sejamos tão próximos, isso não impediu que ele também pensasse como os outros espíritos.

“Lucy-san tem uma filha linda, moshi-moshi.”

“Sumimasen, Lucy-san. Sumimasen. Não sabia que Lucy já tinha relações assim. Sumimasen.”

“Lucy, me sinto lisonjeado por finalmente conhecer a sucessora de minha querida mestra. Layla-sama adoraria conhecer sua neta, apesar de não possuir traços da família Heartfilia.”

“Lucy, minha princesa. Por que você me traiu desta forma? Eu deveria ser o pai de seus filhos. Se bem que não vejo traços semelhantes aos de Natsu.”

Capricórnio e Loke ficaram por um tempo prolongado tentando entender a situação. Capricórnio falava como minha mãe estaria orgulhosa da minha mais nova família e Loke lamentava por não ser meu par.

Sem dúvida, a reação de cada um de meus espíritos foi cômica. Apesar de que Gemini, por uma razão desconhecida, não pôde atender meu chamado.

Não conseguia entender porque eles cismaram que Sae é como uma filha. Eu nunca beijei nenhum garoto, como poderia chegar a tal nível sem nem estar me relacionando?

Senti minhas bochechas ruborizando. Natsu não me via dessa forma, então com que outra pessoa, senão Natsu, eu poderia me relacionar e um dia casar, formar uma família?

— Hime, Natsu sabe desse seu relacionamento secreto? – Virgo perguntou fazendo com que minha atenção fosse recobrada.

Se Natsu sabe desse relacionamento secreto? Que relacionamento? Natsu não sabe nada relacionado a esta missão, menos ainda da existência de Sae ou Roku.

— Não vejo razão para o mesmo se importar nem porque vocês tanto pensam que Sae é minha filha. – Me arrependi do que falei quando notei olhos magoados vidrados em mim.

Sae sentou no chão e se pôs a chorar. Roku sentou ao seu lado e cruzou seus bracinhos peludos enquanto fazia um biquinho.

Virgo assentiu negativamente me condenando pelo que havia falado. Não era minha intenção falar tal coisa. Bem, não dessa forma. Não é como se eu pudesse assumir esta responsabilidade e título da noite para o dia.

Tenho apenas dezessete anos e mal consigo bancar meu apartamento, como poderia cuidar de uma criança?

— Sae, sinto muito pelo que disse. Não foi... – Sae me interrompeu e virou de costas para mim.

— Lucy não gostaria de ser minha mamãe. – Ela falou entre soluços.

Me aproximei dela e sentei ao seu lado. A puxei para o meu colo junto com Roku. Estendi meus dedinhos mindinhos para cada um recebendo olhares confusos.

— Vamos prometer assim. Se vocês se comportarem muito bem, depois que concluirmos esta missão, prometo cuidar de vocês. – Esperei que eles aceitassem minhas desculpas.

Eu sabia que adoraria cuidar dos dois, mas imagino que assumir o posto de mãe é algo inesperado demais.

Sae cruzou seu dedinho ao meu e Roku se negou a fazer o mesmo, contudo, agarrou meu pescoço chorando.

— Vamos nos comportar Roku e então finalmente teremos uma mamãe. – Sae sorria abertamente conseguindo que tudo fluísse como ela quer.

Definitivamente ela se parece muito com Natsu. Lembrando deles, como será que vão reagir ao notarem minha ausência?

Depois que Sae e Roku se acalmaram, seguimos caminho até a Floresta das fadas.

Apresentei os dois a cada um dos meus espíritos celestiais. Sei que me arrisquei e gastei parte da minha magia, contudo, eu não perderia essa oportunidade de apresentar a magia para Sae.

— Entendeu como funciona Sae? Assim é a Magia Celestial. Cada um pode ter o seu tipo. Esta é a minha magia. Tenho amigos que adorariam te conhecer. – Sorri para ela vendo que estávamos cada vez mais perto do nosso destino.

— Oh, isso é muito legal Onee-chan. – Seguimos nosso caminho até que alcançamos a entrada da Floresta das Fadas.

Natsu

Andava de um lado para o outro. Como assim Lucy aceitou ir atrás deste item ridículo e se arriscar indo atrás de um dragão?

Queria socar paredes, quebrar bancos. Estava furioso com a Luce e agora ela não estava aqui para se defender.

Erza estava pensativa e Gray estava a ponto de me chutar para que eu parasse num canto quieto. Sinto muito Gray, você não vai conseguir conter minha fúria quando a minha Lucy pode estar em perigo e está sendo uma completa idiota por me manter longe.

— Natsu-san, fui eu que pedi para manter segredo de vocês. Sei quão próximos vocês são. – Ela me olhava séria esperando que eu compreendesse sua intenção.

O inferno que vou compreender. Ela foi a culpada por colocar esta idéia idiota na cabeça da Lucy e aquela boba confiou. Por que ela tem de ser sempre assim? Tão proativa, prestativa e gentil.

Me sentia um inútil por ter me afastado da Lucy e não estar próximo dela para impedir que a mesma tomasse esta atitude.

— Natsu, a princesa Hisui já nos informou que faz um tempo desde que Lucy saiu em busca deste item. Não há nada que possamos fazer a não ser esperá-la. – Erza falou.

Não acredito que eles poderiam pensar em ficar quieto esperando Lucy retornar. E se ela levar meses para concluir esta missão? Ou então se levar um ano? Não posso ficar esperando até que ela retorne.

— Não vou esperar ela retornar. Vou até lá busca-la e trazê-la a força. – Estava irritado.

Tão irritado que estava deixando de lado uma missão onde posso encontrar informações sobre dragões, talvez até sobre Igneel.

— Sei que o primeiro lugar onde ela vai procurar é na Floresta das Fadas, em seguida, talvez, ela seguirá o caminho que passa pelo Monte Hakobe. – Princesa Hisui me entregou um esboço de um mapa com áreas circuladas.

Erza continuou conversando com a princesa tomando algumas informações importantes. Eu não conseguia organizar meus pensamentos, nem prestar atenção ao que falavam.

Preciso ir até onde Lucy está e acabar com este pressentimento ruim.

— Hey foguinho. Você não escutou? Vamos até onde Lucy está! – Gray falou me empurrando para fora do castelo.

Happy estava cabisbaixo. Me preocupei tanto com meus sentimentos que esqueci de ver como Happy está lidando com tudo isso.

Caminhei em sua direção e o peguei em meu colo. Ele me abraçou e abaixou a cabeça. Não precisava falar nada para que eu entendesse como estava magoado.

Seguimos nosso caminho até a trilha que levava a floresta.

— A princesa disse que devemos ir atrás da Lucy e então saberíamos do que se trata este item. – Erza falou pensativa.

Só saberíamos do que se trata esta missão e este item quando encontrássemos Lucy? Tudo isso só me deixava mais desconfortável. Algo me dizia que perigo se aproximava.

Erza optou por pegar alguns atalhos pela cidade até que nos aproximamos do rota indicada. O caminho que nos levaria até onde Lucy está.

Caminhei mais apressadamente na intenção de alcança-la o mais rápido possível. Quero vê-la e constatar que está bem. Erza e Gray me acompanharam sem nada falar até que Erza se agitou e pegou um lacrima que alarmava.

“Levy está tudo bem?” Erza perguntou e deixou o lacrima posicionado de forma que tanto eu quanto Gray conseguíssemos ver.

“Erza eu esqueci de falar uma coisa muito importante.” Levy parecia agitada e muito preocupada.

Erza ficou vermelha como se deixassem ela por fora de um assunto muito importante.

“Este lacrima que te entreguei tem a função de localização.” Levy riu nervosamente quase deixando o lacrima cair de mão.

Erza respirou profundamente antes de voltar a falar. Seu olho direito tinha pequenos espasmos mostrando que a mesma estava a ponto de estourar.

“Conversamos sobre isso quando retornamos para casa com Lucy. Agora me explique como posso ativar esta função?”

Erza revirava o lacrima a procura de algum botão. Sei bem que ela certamente saberia ativar o que Levy falou, no entanto, no momento estava irritada demais para pensar.

Levy passou as instruções e logo em seguida consegui notar um pequeno mapa se abrir como uma projeção. Parecia como o esboço que a Princesa Hisui nos entregou, porém, ao invés de conter círculos pelo mapa, havia três pontos que estavam se movendo em direção a Floresta das Fadas.

Seriam estes pontos a localização da Lucy? Quem estaria com ela? Teria ela chamado outra pessoa em meu lugar para acompanhá-la? Me senti magoado e com mais vontade de tirar satisfações com essa tonta.

Corri em direção a Floresta podendo vê-la ao final da rota. Parei quando senti uma energia muito forte passar por mim. Olhei para Erza e Gray, ambos tão confusos quanto eu estava.

Novamente a energia passou nosso corpo se dissipando para além da rota, longe da floresta, como se indicasse que deveríamos fazer o caminho contrário para longe do nosso foco.

Seriam verdadeiras as lendas criadas sobre esta floresta? Encontraríamos lá criaturas tão estranhas e perigosas como falam? E se Lucy entrou lá... Senti meu corpo ficar tenso lembrando das pessoas que desapareceram ao entrar em tal floresta.

Corri o mais rápido que pude sendo seguido pelos meus amigos. Precisava encontrar Lucy antes que a chance de perdê-la seja confirmada.


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Notas finais do capítulo

Até mais !



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