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Vida de Cão

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Peter estava atrapalhado, tentando abrir a tampa da sua cerveja amanteigada, e sequer reparou. Lupin percebeu, achou vulgar, e resolveu não tirar os olhos tampo da mesa. James lançou um olhar de esguelha, mas não era Lily, então não merecia mais do que isso da sua atenção.

Sirius, por sua vez, torceu o pescoço, assoviou e sorriu. A menina que passara rebolando por eles há um segundo o avaliou de cima abaixo antes de decidir sorrir de volta. Murmurando um “com licença” cheio de implicações Sirius se levantou e seguiu a garota para o canto mais escuro do Cabeça de Javali.

Remus suspirou quando o amigo retornou, não mais do que alguns minutos depois, com a gravata do uniforme frouxa e denunciantes marcas vermelhas no pescoço.

— Sabe, Sirius — James comentou num tom solene —, um cachorro é mesmo o animal perfeito para você. Vive correndo atrás de um rabo.

Sirius parecia satisfeito demais consigo mesmo para se importar com as conotações negativas da frase, e todos riram, e brindaram àquilo, e Remus chegou a se engasgar com um gole longo demais de uísque de fogo.

Eram jovens, estavam felizes, e mesmo que a vida fosse provar que não eram invencíveis, quem se importava? Naquele instante eles eram irresistíveis.