A minha bailarina preferida escrita por LaurenGreen


Capítulo 7
Capítulo 7




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— Eu também tenho sentimentos. E cada um deles quer você comigo. E eu falei que vou fazer de tudo para nós duas acabarmos juntas. Então se você escolher ficar com ela, vou contar sobre o áudio para ela. – Falou Joyce me ameaçando.

— Acha que ela vai acreditar em você? – Falei dando uma risada. Dudis nunca acreditaria em uma palavra da Joyce.

— Mas ela vai ouvir isso de você. – Falou levantando a mão com o celular, que nem tinha visto até então, e botando um áudio para tocar. Era a conversa que eu tive com a Amanda mais cedo. Droga! Agora ela me pegou. Não tinha pensado na possibilidade dela ter gravado.

— Não! Por favor, Joyce. – Falei quase chorando. Minha amizade com Dudis não poderia acabar assim. Como eu gostaria de voltar no tempo e falar outra coisa. Que eu amava Dudis e queria ela comigo independente do nosso futuro. Se fosse em uma casa bonita ou em baixo de uma ponto. Ter ela ao meu lado já é o suficiente.

— Então seja minha que nada de mal ira acontecer com você e sua amada. – O olhar de Joyce não era agora o mesmo de sempre. Era um olhar doentio que dava medo. Eu chegava até a estar acreditando no que ela falava. Quando tive uma ideia. Talvez a ideia mais estúpida possível, mas a única.

— Tudo bem. – Falei me rendendo. – Eu vou ser só sua. Não vou ter mais nada com Dudis... Ops! Eduarda. – Joyce abriu um sorriso. Levou a mão que segurava meu braço até meu rosto, o acariciando e depositando um demorado selinho em minha boca.

— Mas para ter certeza de que você vai mesmo fazer isso, vou mostrar a ela a gravação. – Falou me soltando e eu fingindo estar surpresa com o que ela falava. Ela fez exatamente o que pensei que faria. Não pude deixar de sorrir quando ela saiu. Ela já estava se metendo de mais no meu relacionamento com Dudis. E eu vou botar um fim nisso.

            Chegando em casa recebo uma mensagem de voz do meu pai. Provavelmente está falando que foram trabalhar fora. Inicio-a e fico escutando.

— Oi, filha. – Falou meu pai. – Eu e sua mãe tivemos que sair de ultima hora pra apresentar em outro estado. Não vamos poder participar do seu aniversario, desculpa. Mas deixamos um dinheiro em cima da cama do nosso quarto para você poder comprar alguns doces e salgados. O que você acha de fazer uma festa do pijama? Convida algumas amigas e compra algumas coisas para comer. Papai e mamãe te amam. Beijos. – E terminou o áudio. Maravilha! Mais um ano em que estariam longe de mim no meu aniversários.

Lembro-me que nos outros anos eles me mandavam na casa de parentes para comemorar com eles, mas agora não. Literalmente falaram “se vira pra fazer uma festa de aniversário boa”.

Conformada com a situação mandei uma mensagem de que ia fazer o que ele sugeriu. Depois mandei um áudio para Amanda explicando a minha ideia que tive para apagar o áudio que Joyce tinha gravado.

Minutos depois Amanda enviou um áudio falando que ela não iria fazer isso e que áudio era esse. Expliquei e ela começou há ceder um pouco, mas não o suficiente. Ficamos discutindo ainda muito tempo, mas ela depois aceitou. Sentindo-me vitoriosa comi uma lata de sardinha de almoço.

Liguei para Eduarda, que tinha agendado o numero dela no meu celular, em um intervalo. Ela atendeu com uma voz preguiçosa e arrastada.

— Oi? Quem é? – Perguntou.

— Sua futura namorada. – Falei brincando.

— Espero que seja mesmo. – E corei na hora. – Parece que eu consigo ver você corada agora. – Falou rindo. Como essa garota me conhecia.

— Voltando ao assunto principal. Quero te convidar pra festa do pijama que vai acontecer na minha casa amanhã de noite. Vai ser eu, você, Amanda e algumas outras garotas das escolas que eu vou.

— Amanhã eu tenho que ir à igreja, mas vou fazer o máximo pra chegar ai a tempo de festejar. – Falou e ficamos em silencio por um tempo. – Por que você esta fazendo uma festa do pijama tão de repente?

— É que amanhã é meu aniversário.

— É sério? Porque não me falou isso antes! – Falou espantada - Não vou ter nem presente pra te levar.

— Você estando comigo no meu aniversário já é um presente, Dudis. – Falei e eu sabia que ela estava sorrindo agora.

— Eu te amo Luca. – Falou sussurrando e acabei arrepiando na hora. Ouvir aquilo dela foi tão gostoso. Dei um sorrisinho.

— Eu também te amo Dudis. Muito!

Ficamos mais alguns minutos falando “eu te amo” e depois desligamos. Nunca fui muito de demonstrar o que sinto ou ficar falando que “eu te amo”, mas Dudis estava me mudando. Com ela tudo era diferente. Sentia que podia ser eu mesma sem medo de ser zoada ou julgada.

Passei mais alguns minutos telefonando para algumas amigas minhas e convidando-as. E depois encomendei alguns doces e salgados de uma vizinha. Eu queria mesmo era que só eu e Dudis estivéssemos juntas, mas ela estando do meu lado já é o suficiente. E também achariam estranho. Odeio me importar tanto com o que as pessoas pensam a respeito dos meus relacionamentos.

Mas agora a única coisa que faltava para tudo ficar bem é Amanda conseguir realizar o plano que eu confiei a ela. O áudio da nossa conversa nunca poderá chegar nos ouvidos da Dudis. Principalmente depois de ela falar que me ama.

AMANDA

Luca só podia estar de brincadeira. Mandar-me fazer uma coisa dessas. Mas como não sei dizer não pra ela acabei aceitando. Tudo por causa da namoradinha dela. Se soubesse que agora estaria entrando escondida no vestiário das bailarinas, para furtar o celular dela e excluir um áudio, nem teria desafiado a Luca a descobrir coisas novas da Eduarda. Ela acabou levando a sério de mais.

Esperei Joyce entrar no banho que ela tomava quase sempre no final das aulas e peguei a mochila dela. Nenhuma garota estava por perto, o que por sinal era um milagre. Ela estava sempre rodeada das amigas dela onde é que estivesse.

Abri a mochila e peguei o celular que estava em cima de tudo, desbloqueado. Estava tudo fácil de mais. Isso é uma armadilha! Joyce nunca seria boba a esse ponto. Larguei as coisas e sai correndo para fora do vestiário, mas fui parada quando senti me puxarem para trás. Eu estava totalmente ferrada!

— É feio mexer nas coisas dos outros sem pedir a permissão. – Falou Joyce com uma toalha amarada ao redor do corpo. Ela estava completamente molhada e trazia um sorriso anormal. Será que ela estava ficando maluca? – Eu sabia que a sua prima, e minha futura namorada, ia ter um plano. Então já me adiantei e fiquei um passo a frente dela. – Falava me botando contra a parede e as amigas dela faziam uma roda ao redor.

— Vamos bater nessa garota para ela aprender uma lição. – Falou uma garota alta e entroncada. Se eu apanhava feio para a Luca que não era nem metade do tamanho dessa garota que falou, imagina para ela.

— Não! Ou talvez, sim. – Falou me olhando ainda com um sorriso que me amedrontava. Pegou o celular e começou a mexer nele, logo em seguida me mostrando que enviou o áudio para a Eduarda. Luca vai me matar!

— Não! – Gritei tentando pegar o celular, mas as amigas da Joyce me seguraram e me jogaram de volta contra a parede. Minha costa começou a doer completamente e comecei a chorar involuntariamente.

— Que garotinha chorona. – Falou Joyce irritada. – Calem-na!

E já pude ver várias garotas indo para cima de mim. Uma chegou me tapeando, outra chutando, beliscando, puxando meu cabelo,... Quando não agüentei mais ficar em pé acabei caindo no chão e foi ai que se aproveitaram. Foi ai que começaram a me bater de verdade e não pude fazer nada a mais que chorar de dor.


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Notas finais do capítulo

Próximo tentarei escrever mais :3



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