Tudo no mundo é sentido escrita por Anthony Luiz


Capítulo 3
III - Sozinhos


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é a republicação de uma pequena poesia original que havia publicado como um livro independente aqui no site. Originalmente ela foi publicada no dia 11/07/2017, ou seja, faz um bom tempo. Nesse dia eu tinha quinze anos de idade e é muito curioso ver minha vida nos olhos do meu eu de anos atrás, ainda mais quando tenho que tentar entender o que eu estava dizendo. Boa leitura!

Obs: O texto não foi revisado para republicação.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/730276/chapter/3

As vezes o sofrimento é tão vazio, que nos sentimos até melhores em sofrer do que em ficarmos felizes. As vezes o amor é tão raso, que preferíamos ficar amando qualquer um do que simplesmente estarmos sozinhos, mas de certa maneira sempre estamos sozinhos. Nossa cabeça é nossa solidão. Ninguém divide seus pensamentos, e ninguém sabe dizer exatamente o que está sentindo. Uma hora ou outra sempre iremos nos enrolar, então começaremos a falar sobre coisas, sobre filmes, piadas, de qualquer outra coisa a não ser nossa solidão. De certa maneira ninguém se importa com sua solidão. Vivemos onde as pessoas gostam de estar com outras para justamente acabar esse sentimento de se sentirem sozinhas, mas sempre estão sozinhas. Quando você publica algo que está se sentindo triste as pessoas ignoram, por que não querem se sentir sozinhas, embora sempre estejam. Ninguém divide seus pensamentos, a menos que se sinta sozinha, mas ninguém se importa realmente.

 

Por qual motivo as pessoas não se importam?

Por qual razão passamos despercebidos por tantas pessoas?

Vivemos assim e acabou. Somos obrigados a nós fazermos felizes diante de condições. Vivemos assim e acabou.

Não podemos pensar, por que sempre estaremos sozinhos dentro da nossa cabeça. Sempre meus pensamentos serão guardados e esquecidos aqui dentro, da mesma maneira que nossa presença é esquecida do lado de fora.

Então nós vamos para a lixeira.

O mundo é a lixeira, e nós somos o lixo. Somos aquele papel amassado, onde ninguém abre para ver o que tem escrito. Somos todos iguais, de certa maneira sim. Somos apenas bolinhas de papéis, e quem tenta se desamassar começa a ser queimado, então vamos para o ar. O ar! Onde que o ar está? Em todo lugar. Nossos problemas estão em todos, em tudo, somos apenas lixo do mundo imundo, nossa lixeira.

Oh, Deus!

Não posso deixar as pessoas me transformarem apenas no ar. Não quero estar em todos os lugares. Quero ser apenas minha pessoa, com meus pensamentos, com minhas paixões vazias, com meu sangue puro ainda dentro de minha alma, que treme de frio, o frio que as pessoas se reservam a ficar. Não sabem amar mais, não sabem viver, não sabem ser quem são, por que sempre estão sozinhas dentro de suas cabeças. Seus pensamentos e ideologias são delas mesmas, ninguém lê seus olhos e enxuga suas lágrimas, por que preferem estar sozinhas do que mostrar ao mundo do que é capaz. Preciso chutar essa lixeira, nem que eu vá junto. Ninguém precisa ficar sozinho, mas é isso que estamos vivendo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Tudo no mundo é sentido" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.