O poder da saudade escrita por ChattBug


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Olá! Aqui está o capítulo seis! Espero que gostem e boa leitura!



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Uma semana havia se passado desde a viagem de Adrien. E, por mais que tentasse evitar, todos os dias Marinette chorava por sentir falta de seu amor secreto. Sempre que olhava para aquela parede cheia de fotos do modelo, lembrava de todos os momentos que tinham passado juntos e daquele carro desaparecendo pelas ruas de Paris, levando, consigo, o loiro de olhos verdes que tinha encantado seu coração. Aquelas fotos que a lembrava de tudo aquilo, que a fazia chorar todos os dias. Aquelas malditas fotos.

Quando Marinette lembrou que, há uma semana, Adrien tinha ido embora, olhou para a parede com as fotos e deixou uma lágrima cair, o que fez a menina perder a paciência. Não aguentava mais aquilo, todos os dias chorava por conta de Adrien, o garoto que roubou seu coração e que nunca deixou uma prova concreta de que a amava também. Marinette não aguentava mais viver de incertezas, queria saber o que o seu amor secreto pensava dela, achava que era apenas uma amiga ou poderia ser algo a mais? De qualquer maneira, ela nunca ia saber. A azulada tinha o número do loiro, mas o que não possuía era coragem para perguntar o que ele sentia por ela, isso se conseguisse ligar e dizer pelo menos uma palavra para o garoto. Mas ela nem precisava perguntar, já sabia a resposta. O que o modelo teen mais cobiçado de Paris veria nela? Estava cansada de sofrer por uma pessoa que nunca demonstrou seus sentimentos por ela. Estava cansada de chorar, cansada daquelas malditas fotos penduradas na parede. Marinette esfregou as mãos bruscamente pelo rosto, para secar as lágrimas que insistiam em cair, tirou os pôsteres do loiro da parede e foi rasgando, um a um, jogando os pedaços das fotos no chão de seu quarto e, logo em seguida, se ajoelhou em cima dos papéis rasgados, derramando o restante das lágrimas. Estava decidido: era a última vez que chorava por Adrien.

O loiro estava se acostumando com o horário local e sua pronúncia havia melhorado muito. Às vezes falava com Nino, contava como estava sendo sua "vida nova", embora não gostasse desse termo, já que ainda tinha a esperança de, a qualquer momento, o seu pai ligar e pedir para que ele voltasse. Sempre visitava blogs e sites que informavam sobre Paris, já sabia que Ladybug tinha novas parceiras e que a azulada não respondia as perguntas dos jornalistas sobre Chat Noir. Ele sentiu um pouco de ciúmes quando soube que foi substituído, mas logo percebeu que Volpina e Queen Bee estavam lá para ajudar Ladybug, já que os akumas de Hawk Moth vinham ficando mais fortes. Estava tão preocupado com a sua lady, será que ainda estava com raiva dele? Queria tanto que seus olhos se encontrassem novamente. Ah, aqueles belos olhos azuis… "Marinette" — novamente o nome da menina passou pela sua mente. Adrien sacudiu a cabeça. Por que estava pensando nela? Ele amava Ladybug, a menina com os cabelos azulados, amarrados em marias-chiquinhas… — o nome "Marinette" passou pela sua cabeça novamente, e, sem perceber, ele sorriu. Marinette, a menina desastrada, que chegava atrasada nas aulas e que era tão incrível quanto Ladybug. Lembrou os poucos momentos que ele a menina tiveram sozinhos e ela se mostrou uma pessoa maravilhosa.

— Pensando na Ladybug? — Plagg perguntou assim que viu Adrien com um sorriso bobo no rosto. O garoto fingiu não escutar e continuou visualizando o site com notícias de Paris.

Tikki estava dormindo, depois da batalha que Ladybug teve mais cedo, a kwami ficou exausta. Quando acordou, viu Marinette chorando, ajoelhada sobre papéis rasgados. Assim que olhou para a parede, soube de onde eles vieram: eram as fotos de Adrien.

— Marinette, você não quer conversar? Estou ficando muito preocupada, todos os dias você chora por conta dele e… — a kwami foi interrompida.

— Chorava. — a azulada sussurrou.

— O que disse?

— Eu não vou mais chorar por conta dele, Tikki. — dizendo isso, a menina se levantou e jogou os papéis na lixeira. — Estou cansada de sofrer por pessoas que não me dão valor.

A kwami resolveu não dizer nada, depois de viver mais de cinco mil anos, aprendeu a se calar em momentos como esses. Marinette também ficou em silêncio e foi dormir.

As semanas foram passando e as pessoas foram esquecendo um pouco a ausência de Adrien e Chat Noir. Alya, Chloé e Marinette eram amigas agora e a azulada também já tinha se acostumado com suas novas parceiras, Volpina e Queen Bee, embora ainda sentisse um vazio estranho dentro de si, principalmente quando se transformava em Ladybug.

Quando, após uma luta contra um akuma, a menina, por força do hábito, esticou o braço para fazer o famoso "zerou", o cumprimento com seu antigo parceiro, ela entendeu de onde vinha aquele vazio. Naquela noite, assim como as muitas outras depois dessa, Marinette não conseguiu pegar no sono tão depressa como era antes. Então, resolveu se transformar e dar uma volta pela cidade, para ver se ficava cansada o suficiente ao ponto de chegar em casa e dormir. A menina parou no topo da torre Eiffel que estava vazia, pois já era muito tarde. A azulada ficou observando as luzes da cidade e lembrou da última vez em que esteve ali, quando Chat Noir tinha dito que iria embora e ela nem sequer virou-se para encará-lo. "Chat Noir" — o nome de seu parceiro, ou melhor, antigo parceiro passou pela sua cabeça e ela lembrou dos momentos em que passaram juntos. Quando ele a salvou, diversas vezes, de ser atacada por um akuma, lembrou de suas piadas sem graça, de todas as vezes em que ele tentou, em vão, se aproximar, e do beijo que lhe deu para salvá-lo do feitiço da flecha atirada por Cupido Negro, a qual, se não fosse por Chat, a teria atingido. Marinette sorriu ao lembrar da última parte. De repente, olhou para seu ioiô, e viu a foto de Volpina, Queen Bee e Chat Noir. Ela poderia ligar para ele. Por que não? Estava tão arrependida de não ter se despedido do parceiro, queria saber onde ele estava, por que teve que ir, se estava bravo com ela e, principalmente, queria olhar naqueles lindos olhos verdes parecidos com o de um verdadeiro gato. Então, ligou. Esperou, mas ele não atendeu. "Deve estar ocupado agora" — pensou. Quando olhou no relógio digital de seu ioiô, viu que já tinha passado da meia-noite, então, voltou para casa, amanhã teria que acordar cedo para a aula. Mal sabia Marinette que suas ligações para Chat Noir começariam a fazer parte de sua rotina.

Um mês se passou e, todos os dias, a azulada ligava para o parceiro, na esperança de, um dia, ser atendida. A cada dia que passava, a menina ficava mais apreensiva, pensando nos motivos para Chat não atender e nem retornar suas ligações. Será que ele tinha perdido seu miraculous? Será que ainda estava com raiva porque ela não deu a mínima importância quando ele disse que iria embora? Será que… Não. Isso não podia ter acontecido. Chat estava vivo, com certeza. Ou será que não? Essas dúvidas atormentavam o sono de Marinette e, a cada ligação que não era atendida, ela ficava mais preocupada.

Certa madrugada, Tikki acordou e viu a azulada olhando para o teto, pensativa.

— Marinette, ainda está acordada? O que aconteceu? — perguntou a kwami.

— É o Chat Noir. Já faz mais de um mês que ele sumiu e nunca atendeu minhas ligações. Estou muito preocupada.

— Mari, não se preocupe com isso, tenho certeza que o Chat tem um bom motivo para não te atender.

— Esse é o problema, Tikki, eu não sei qual é o motivo. E se… — a azulada deixou uma lágrima cair, assim que pensou na possibilidade de ter perdido seu parceiro para sempre, e colocou as mãos sobre o rosto. — E se aconteceu o pior, Tikki? — perguntou, ainda chorando.

— Ah, Marinette… — a kwami voou para perto da azulada, abraçando sua bochecha.

— Eu sinto tanta falta dele…

— Olha, eu sei de uma pessoa que pode te ajudar.

Na manhã seguinte, a menina acordou cedo e foi visitar a casa do grande guardião.

— Olá, mestre. — disse, assim que chegou ao local.

— Olá, Marinette. Está tudo bem? — o senhor perguntou assim que viu o semblante sério da menina. — É sobre suas novas parceiras?

— Não, Volpina e Queen Bee são incríveis. Para falar a verdade, sinto que conheço as duas, principalmente a Volpina, há um bom tempo. — Mestre Fu sorriu, mas a azulada não percebeu.

— Então o que foi? Por que está tão triste? — perguntou o homem.

— É o Chat Noir. Não tenho notícias dele há mais de um mês. Estou muito preocupada. O senhor sabe onde ele está?

— Infelizmente, não

— No começo, pensei que ele apenas fosse ficar uma semana fora, mas o tempo foi passando e… — suspirou — Eu não consigo mais dormir, tento ligar do meu ioiô todas as noites, mas ele não me atende. Sinto tanta falta dele.

— Não se preocupe, Marinette, vou encontrá-lo.

— Sério? — o homem assentiu — Obrigada, obrigada, obrigada! — disse, o abraçando — Bom, eu tenho que ir, não quero me atrasar. Tchau!

— Tchau!

*

Como Adrien não se transformava em Chat Noir, não via as ligações de Ladybug para o seu bastão. Depois das aulas de Nathalie, sua tia disse que iria comprar algumas coisas que estavam faltando e o loiro foi beber um copo de suco. De repente, ouviu barulhos de passos. Sua tia tinha acabado de sair, sabia que não era ela.

— Plagg! Plagg! — sussurrou o nome do kwami, para que, quem quer que fosse não pudesse ouvir. — Preciso me transformar! — continuou sussurrando, mas viu que o kwami estava dormindo. Então, pegou a primeira coisa que viu, uma vassoura, para lhe servir de arma. Os passos pareciam se aproximar e o loiro ergueu o objeto.

— Olá, Chat Noir.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? No sábado, eu terei um compromisso, por isso não poderei postar o próximo capítulo no horário de sempre (18h ou 19h), mas, provavelmente, postarei por volta de 14h ou 15h. Me desculpem por isso e obrigada por ler!



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