O poder da saudade escrita por ChattBug


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Olá! Trouxe mais um capítulo para vocês! Boa leitura.



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— Isso é jeito de falar com seu pai? Abaixe esse tom! — ordenou Gabriel.

— Você não respondeu a minha pergunta. — o loiro fingiu não escutar o pai — Que história é essa de me mudar para Pequim e morar com a tia Margot? — Gabriel suspirou.

— A cidade está muito perigosa, por isso resolvi…

— Resolveu? — Adrien interrompeu o pai — Resolveu me colocar em um avião e me mandar para a China sem eu saber?

— É para sua própria segurança.

— Pai, eu não posso simplesmente ir para outro país assim, do nada! — Adrien fingiu não escutar o que o pai dizia. — Eu tenho responsabilidades aqui! As pessoas precisam de mim! — Gabriel encarou o filho, confuso. — Quer dizer… tem a… escola e… meus amigos, eles precisam de mim — gaguejou — E… também tem a sua marca, eu sou seu modelo esqueceu? — parabenizou-se por encontrar uma boa desculpa para disfarçar o fato de quase ter dito que era Chat Noir.

— Quanto a isso… eu já providenciei um substituto, ou melhor, substituta.

— Quem?

— Chloé Bourgeois. — afirmou Gabriel.

— Como é? A Chloé vai me substituir? — pronunciou o nome da menina com um certo desdém.

— Por que o espanto? Pensei que vocês fossem amigos.

— Isso não importa agora, pai. Eu quero saber por que o senhor não me avisou que eu iria sair do país.

— Eu decidi isso há alguns dias, mas não estava conseguindo contato com a Margot, até pensei na possibilidade de comprar uma casa lá e…

— Eu não acredito nisso! Então você realmente quer se livrar de mim não é?

— O quê? Claro que não, meu filho. Estou pensando na sua proteção.

— Proteção? Quer me proteger me mandando para outro país? Esse é o seu conceito de proteção?

— Adrien, eu…

— Quer saber? Nada disso importa, afinal eu não vou mesmo.

— Mas é claro que você vai!

— Você não pode me obrigar!

— Enquanto você for menor de idade e morar nessa casa, eu sou a sua autoridade! Portanto, vá arrumar suas malas, o meu motorista te levará ao aeroporto às 19h.

— O quê? Você ficou maluco?

— Vá arrumar suas malas. — repetiu Gabriel, em um tom ríspido.

Adrien o encarou furioso e andou até seu quarto pisando forte e batendo a porta do cômodo.

— Calma! Quer quebrar a porta? — disse o kwami.

— Sem gracinhas, Plagg! Eu não estou em um bom dia!

— Desculpa.

O loiro se jogou na cama, ainda não acreditando que iria abandonar sua cidade, seus amigos e sua lady.

— Adrien. — chamou Plagg.

— O que foi? Já disse que não estou em um bom momento.

— Você… vai mesmo?

— Não ouviu o que meu pai disse? Eu não tenho escolha.

— É que… a cidade… como vai ficar? — o menino surpreendeu-se, pela primeira vez ouvira o kwami se preocupar com outra coisa além de queijo.

— Bom… eu não sei. — disse Adrien, se levantando da cama — Eu poderia dar meu anel para alguém, sei lá.

— Ficou doido? Você não pode fazer isso! Só o mestre pode… — o kwami repreendeu-se por falar demais.

— Mestre? Que mestre? — Plagg suspirou, agora teria que falar.

— Mestre Fu, o guardião dos miraculous. Foi ele que te deu o seu.

— Por que nunca me contou isso?

— Nem era para contar, mas como teve todo esse imprevisto… Enfim, o mestre saberá o que fazer com seu miraculous e pode contar tudo para a Ladybug.

— Caramba! A Ladybug! Preciso falar com ela!

— Não acha melhor falar com o mestre?

— Mas e se a Ladybug não conhecê-lo? Você mesmo disse que nem era para me contar, e se a kwami da Ladybug não disse nada?

— É, você tem razão. — ouviram um barulho. Era o celular de Adrien.

Nino: E aí, cara? Tudo beleza?

— Será que eu devo contar? — perguntou o loiro.

— Ele é seu amigo, deve saber. — respondeu Plagg.

Adrien: Na verdade não, acabei de saber que irei morar com a minha tia em Pequim.

Nino: Você está brincando não é?

Adrien: Não. O carro vai me levar para o aeroporto às 19h.

O loiro deu uma olhada rápida no relógio digital de seu celular.

— Já são 18:30h?

O menino arrumou suas malas rapidamente, para que pudesse falar com sua amada.

— Vai falar com o mestre? — perguntou o kwami, quando viu o loiro conferir novamente as horas em seu celular.

— Não, vou encontrar a Ladybug.

— Mas Adrien, o miraculous…

— Plagg, pode ser a última vez que vou falar com ela! — lembrou-se que seu pai não disse quanto tempo ficaria morando lá.

— Tudo bem.

— Plagg, mostrar as garras! — Já transformado, o loiro saiu pela janela do quarto e procurou Ladybug. Quando estava quase desistindo, a viu no topo da torre Eiffel.

Chat Noir chegou ao monumento, onde a joaninha estava sentada, encarando as belas luzes da cidade, distraída e de costas para ele. O gato ficou encarando a menina por alguns segundos, pensando no que dizer.

Depois que Marinette recebera a mensagem de Alya — que, por Nino, soube da notícia — avisando sobre a viagem repentina de Adrien, ela resolveu se transformar e ir para a torre Eiffel, seu lugar favorito da cidade, para se acalmar.

— L-Ladybug? — o felino gaguejou, estava muito nervoso. Mas a azulada não se virou para ele. — Eu sei que você ainda deve estar mal pelo o que houve mais cedo e eu queria te dizer que eu não estava te seguindo. Por mais que eu queira saber quem você é, eu nunca, jamais, iria desrespeitar a sua decisão de manter nossas identidades em segredo. Afinal, a curiosidade matou o gato não é? — achou que a azulada viraria para ele depois da piada sem graça, mas a menina continuou de costas — Bom, mas não foi para isso que eu vim. — suspirou, lembrando-se do real motivo de estar ali — Eu… vou embora. — pôde ver a azulada se surpreendendo, mesmo não estando virada para ele. — E… antes que diga alguma coisa, não foi por decisão minha. Eu estou sendo meio que obrigado a ir. — lembrou-se das palavras do pai: "eu sou sua autoridade!" — E… eu não sei quando vou voltar. Bom… então é isso. — ainda tinha a esperança de ver a menina se virando para ele — Adeus, Ladybug. — ficou lá por alguns segundos, achando que a joaninha iria dizer algo, mas como ela não o fez, resolveu ir.

Marinette estava confusa, era muita informação para um dia só: primeiro descobre que Adrien, seu amor secreto, vai viajar para outro país, logo agora que ela pretendia se declarar. E, depois, Chat Noir, seu parceiro, diz que vai embora e não sabe quando vai voltar. Enquanto o gato se desculpava pelo o que aconteceu mais cedo, ela ainda estava pensando o que fazer em relação a Adrien, será que deveria se declarar antes dele ir? Ou deixar as coisas acontecerem? E se o loiro dissesse que a ama? E se a rejeitasse? Alya e Nino seriam prejudicados? Muitas perguntas rondavam na cabeça da azulada, ela estava muito confusa, não sabia o que fazer, e, sem que percebesse, uma lágrima caiu. Quando ouviu Chat dizer que iria embora, as outras lágrimas rolaram pelo seu rosto, não queria que o parceiro a visse chorando e também não sabia o que dizer, por isso não se virou. Alguns segundos depois que o gato se despediu, a menina percebeu o que estava acontecendo, virou-se para trás e falou o nome do parceiro, mas Chat não estava mais lá. Ladybug se levantou e pôde ver o felino pulando nos prédios, e, rapidamente, foi atrás dele. Precisava falar com Chat, e se essa fosse a última vez que se encontrassem? Quando perdeu o parceiro de vista, parou no topo de um prédio e ligou para o felino através de seu ioiô, mas ele não atendeu. A azulada olhou rapidamente as horas no relógio digital de seu ioiô:

— 18:57h! O Adrien! — com toda essa confusão de Chat Noir, Marinette acabou se esquecendo de Adrien, ela precisava se despedir dele. Como estava perto da casa do modelo, a azulada entrou em um beco e desfez a transformação, afinal, não chegaria lá como Ladybug. A menina correu até a casa de Adrien, mas já era tarde, o carro já estava longe.

— Sinto muito, amiga. — disse Alya, colocando a mão sobre o ombro de Marinette. 


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? O próximo capítulo será postado depois de amanhã (sexta-feira). Obrigada por ler :)



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