Amor Criminal escrita por Panda Terrorista


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oi oi gente !!!!! Tudo bem com vocês?
Seguinte, essa é minha primeira fic publicada, por isso sejam bonzinhos kkk
Boa leitura !!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/729864/chapter/1

Clic, clic. É o único som a ser escutado no grande corredor que ligava a sala do chefe ao restante do departamento. A jovem investigadora rumava a sala do seu chefe, com a intenção inicial de falar umas poucas e boas para o mesmo por ter designado a ela o novo recruta, coisa que deixava a mulher de sangue irlandês revoltada, “maldito seja, me chamou no meio do dia só pra encher o saco, tenho certeza” pensava a mulher enquanto seguia pelo longo corredor, amaldiçoando seu chefe e todos os homens folgados daquele prédio. Ser considerada menor do que realmente era apenas por ser mulher deixava a moça indignada, então toda vez que seu chefe a chamava ela tinha que contar até dez pra não perder a calma e se comportar como a ótima profissional que era, o que não a impedia de praguejar contra ele em seus pensamentos.

— Mandou me chamar senhor? – perguntou enquanto se aproximava e se sentava em uma das cadeiras de mogno que acompanhava a decoração da ampla sala virada pra o Rio Tamisa.

— Que bom que você chegou na hora dessa vez! – Liz tinha que se segurar toda vez que aquele homem odioso zombava dela, ela era conhecida por sua competência e pontualidade digna de um britânico, o que a fez se tornar a mais nova chefe em toda a história da Scotland Yard, feito do qual a moça se orgulhava, mas parecia não fazer diferença para seu chefe. - Enfim, chamei você aqui hoje por um motivo. Hoje de manhã um de seus colegas, David, reclamou que você está sendo agressiva e que o agrediu tanto verbalmente quanto fisicamente, causando a ele constrangimento e um nariz quebrado.

—Com todo respeito senhor, mas ele estava atrapalhando meu desempenho, sou conhecida como a melhor por um motivo, e não iria deixar aquele novato estragar minha reputação – “coisa que ninguém aqui parece ligar” completou em pensamento. – Então quando fui dizer isso a ele, o mesmo se irritou e agiu como um animal, então eu o coloquei em seu devido lugar. Se eu não tivesse que bancar a babá o tempo todo com certeza aquele maldito estripador seria pego.

—Então você acha que pode fazer melhor?

— Pode ter a maldita certeza que sim.

— Ótimo, como chefe do departamento de investigação você está no comando da investigação, todas as evidências passam por você, se alguma coisa der errada a culpa é sua, estamos entendidos?

— Mas eu não sou chefe do departamento.

— Você é agora, anda, arrasta essa bunda até sua nova sala e faça seu trabalho, já que é tão boa nele – novamente aquele sorrisinho de zombaria que tirava a paciência de Liz foi usado. Edgar Jones era um homem corpulento que devia ter sido muito bonito quando jovem, mas nos seus 50 anos, o dano causado pelo cigarro e pela bebida já se fazia presente, dando a ele uma aparência um pouco assustadora.

— Sim senhor. – Liz estava sem palavras, acabara de ganhar a promoção que pensava que levaria, no mínimo, mais quatro anos para conseguir.

Ela ainda tentava processar o acontecimento enquanto rumava para sua sala. “Quem diria que aquele incompetente do David faria algum bem no fim das contas” Se atrevia a pensar a mais nova chefe do departamento de investigações.

Elizabeth sempre fora uma mulher simples, mas muito ambiciosa. Irlandesa de nascença veio para a Inglaterra ainda criança, passando a infância do interior. Sempre quis ser como o pai, um agente da Scotland Yard que dava duro para sustentar a filha e a esposa a distância.

Com seus 28 anos, belos fios acobreados batendo nos ombros e um corpo mediano, sem nada de especial além das grandes orbes azul cristal, Liz, como gosta de ser chamada, vive sozinha em um apartamento em Londres, no lado Sul da cidade. Como a típica policial, ela só foca em sua carreira, sem se preocupar em arrumar um namorado ou até mesmo um cachorro para lhe fazer companhia.

Até aquele dia.

Liz, atolada em sua obsessão em descobrir quem estaria cometendo tais atrocidades retratadas nas fotos em sua mesa, revive a conversa escutada à surdina ainda aquele dia, enquanto procurava seu amigo e parceiro William.

Estava ela procurando Will, fora até sua sala e não o achou. “Onde aquele idiota se meteu?” Pensava enquanto ia para a sala comum, quando ouviu quem menos queria naquele dia, Valerie, a assistente do legista. Iria passar por elas e ir para sua sala quando ouviu seu nome sendo citado na tal conversa.

— Mas e a Elizabeth, Val? – disse Clarissa, uma mulher amarga e invejosa, uma csi que acabara de sair da academia.

— O que tem ela? – Valerie, a mulher causadora das enxaquecas de Liz respondeu, logo abrindo um sorriso maldoso.

— A quanto tempo você acha que ela não transa? - nesse momento Liz ferveu, “Quem elas pensam que são pra falar assim de mim?” murmurava Liz enquanto se aproximava mais da parede tentando, em vão, disfarçar seu interesse na conversa perante seus colegas que passavam no corredor.

—...pelo menos é o que eu acho, frigida do jeito que é, tem aquele gato do William Blanc aos pés dela e nem se toca, sinceramente, não sei o que ele vê nela, aqueles cabelos não devem ver uma hidratação há anos, sem falar que...- Não querendo saber mais daquelas invejosas, Liz voltou para sua sala, onde as lembranças daquela infeliz conversa a assombravam.

“Eu não sou frígida, só me preocupo mais com a minha carreira que com sexo, alias nem sei por que estou perdendo meu tempo pensando nisso” Pensava a ruiva enquanto andava de um lado para o outro “ Preciso me concentrar no caso, ou aquele idiota do Jones vai me comer viva”

O motivo de todo o estresse da moça, o caso que lutou para conseguir, o mesmo que deixava Liz com calafrios, o maior serial killer que Londres já viu. Sem pistas, sem padrões, nada que ligasse uma vitima a outra além de todas serem casadas, o mesmo tendo se tornado um fantasma, a única coisa provando sua existência sendo suas vitima, com as gargantas cortadas e faltando um dedo, que também não foram achados em nenhuma das cenas, o que fazia Liz supor que esses eram os troféus do mesmo. ”Esse nível de violência índica que ele estava punindo suas vitimas, o que conseqüentemente indica possível abuso na infância”.  Com os pensamentos a mil, a ruiva continuava perfilando o maldito maníaco.

— Pensando na possibilidade de abuso, isso o torna um psicopata em potencial, o fato de guardar os dedos onde se coloca a aliança de casamento sugere uma relação com o mesmo. O padrão das facadas mais o tamanho dos homens atacados condizem com um assassino homem. – murmurava enquanto seus olhos vagam pelo quadro de evidencias a sua frente, tão concentrada que nem percebeu a presença atrás dela.

William, parceiro e melhor amigo de Liz, soubera que a mesma estava procurando-o e fora de encontro a ela, que tão distraída como estava não percebeu sua presença, e o mesmo não conseguiu controlar sua vontade de assustá-la, então se aproximou sorrateiramente por trás dela.

— Oi- ele sussurra em seu ouvido assustando-a.

— Will! Seu sem graça, que susto! Eu poderia ter tido um ataque cardíaco seu idiota! – bronqueia a moça, com as feições coradas e o coração acelerado.

William Blanc era um verdadeiro “fuckboy” como diria Liz. Alto, loiro e dono de grandes olho azuis, conquistava todas sem muito esforço, menos Liz, o que contribuiu generosamente para a amizade dos dois.

— Me desculpa Lizzie, mas eu não agüentei – responde rindo, enquanto puxa a mais baixa para um abraço, o qual é correspondido prontamente e no mesmo entusiasmo – E então, onde estamos? – pergunta enquanto se senta na mesa de frente para o quadro encarando-o como a mulher ao seu lado estivera fazendo a manhã inteira.

— Em um beco sem saída, o elemento não deixou nada para trás, nem uma poeira, nas cenas, ou ele é muito cuidadoso ou...

— É experiente – diz William enquanto a ruiva ao seu lado concorda – Eu pensei exatamente isso, mas ele teria deixado uma trilha de corpos pra nós seguirmos, certo? – fala e logo encara Liz, que encara pensativa o quadro na sua frente, pensando na possibilidade apresentada pelo parceiro.

— Ele gosta de chamar a atenção, de mostrar que o que ele esta fazendo, de esfregar na nossa cara que não conseguimos pega-lo, mas ao mesmo tempo ele é meticuloso, até demais, o que me faz pensar, e se ele começou a matar publicamente é por que alguma coisa apertou seu gatilho, ele teria praticado antes sim, teria treinado, mas alguma coisa aconteceu e atrapalhou seus planos, o que o fez retaliar e mostrar que ele tem o controle da situação. – Sua mente estava a mil, tudo começava a fazer sentido, se encaixando como em um quebra cabeça -  Ah meu Deus Will! Estamos olhando errado! Temos que procurar por desaparecimentos sutis, não em massa, no interior e não na cidade, entende? Preciso que você me faça um favor, procure por homens entre quarenta e quarenta e cinco anos, casados e com filhos, desaparecidos entre 2000 e 2010, o que pelo meu palpite diz que o elemento tem entre seus trinta e trinta e cinco anos, o que o daria tempo para aperfeiçoar suas técnicas sem ser notado – dizia Liz enquanto andava até o quadro, eufórica por finalmente ter algo – Procure por jovens prodígio nas turmas de ’97 em toda a Grã Bretanha, ele pode não ser necessariamente britânico e com histórico de violência.

“Até que esse dia não está sendo tão ruim assim” pensava a moça, feliz por ter alguma coisa para trabalhar em cima finalmente.

— Hey Liz, eu estava pensando – fala Will enquanto passa seu braço pelos ombros da mulher.

— Você pensa? – fala a ruiva, com seu bom humor recuperado.

— Haha, engraçadinha. Mas sério, eu estava pensando, você anda tão tensa com esse caso ultimamente, o que acha de irmos a algum lugar pra relaxar?

— Só nós dois? – pergunta Liz, subitamente nervosa com a possibilidade de saírem apenas ela e Will.

— Sim, o que me diz? – pergunta Will com esperança nos olhos.

— Bem, eu ...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, e comentem ok!
Até semana que vem, muitos beijinhos de luz pra vocês ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amor Criminal" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.