Hell Of A Girl escrita por liamara234


Capítulo 8
Correria


Notas iniciais do capítulo

Oi!
Tudo bem, nada desculpa minha demora, mas eu tentei vir mais cedo, ok? E por falar em mais cedo, ainda tenho que ensaiar para o seminário que tenho que apresentar na quarta-feira e isso está me deixando paranoica! Mandem energias boas, por favor, ou então eu vou explodir de medo.

Enfim, fora essa bagaça que tenho que fazer, tinhas provas, trabalhos e mil coisas por que eu estou quase de férias e parece que nessas horas os professores estão com mais sede de vingança - eles querem é ferrar com a gente, né não??

Chega de falatório e vamos para o capítulo.



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O vento da noite era bem fresco enquanto os dois andavam bem devagar pelas pedras em torno do campo de futebol americano. O local estava sem ninguém aquela hora da noite a não ser os dois intrusos que se embrenhavam para cruzar o pedaço de cerca aberto. 

— Isso é invasão, sabia? - informou Hermione ao ver Rony afastando uma espécie de porta de arame ao redor do campo. - Podemos ser extraídos. Ou pior, podemos ser presos. 

Rony revirou os olhos para a tagarelice da morena desde o momento em que ela decifrara a onde ele a levaria. Forçou um pouco o arame até ele ficar de um jeito que desse para os dois entrarem e se virou para a advogada que continuava a falar. 

— ...de acordo com o artigo 11, da lei n° 6.964, de 09.12.1981, qualquer individuo que entrar em um país e cometer quaisquer crime será... 

— ...extraído do mesmo e será mantido preso até que uma audiência ocorra. - completou o ruivo para a perplexidade de Hermione. A morena tinha parado de andar de um lado para o outro como fazia e encarava Rony de boca aberta. 

O homem se aproximou dela devagar e sorriu, tocando seu queixo e fazendo uma pose teatral ao fechar a boca da morena. 

— Pode entrar moscas. 

— Espera, - ela retirou a mão do ruivo do seu rosto e ficou vermelha. - eu sou a advogada aqui. Eu que dito as leis. 

— Mas acho que não é a única que conhece as leis. 

— Sou a única que trabalho com elas - a morena ergueu uma sobrancelha e cruzou os braços. A briga iria começar. 

 - Sabe, não deveria ser tão convencida - Rony falou. - Algumas pessoas podem se interessar em decorar leis. 

— Não sou convencida! - Hermione respondeu mais alto. - O quê? Não sou mesmo e pare de me olhar assim! Nada do que faça me fará mudar o que penso. 

Rony retornou a ficar mais perto da morena, deixando-a nervosa e colocou as mãos sobre o seu quadril. Ficaram se fitando - Hermione tendo que erguer a cabeça pela diferença quase monstruosa de altura - e o ruivo sorriu ainda mais com as faces rosadas dela. 

— Nem com isso? - e a atacou fazendo cócegas. Surpreendida, Hermione se curvou para frente e depois para trás, caindo no chão pelas mãos do ruivo que cravavam-se em sua barriga. A morena gargalhava alto se debatendo e Rony gargalhava pela reação da mulher - a seriedade de advogada bem longe dali.

 Parecia que o quanto mais tentava se soltar, mais cócegas o ruivo tratava de fazer em Hermione e foi quase esgotada de forças quando pode revidar o ataque. Com um impulso, fez ele rolar de costas no chão e subiu em sua cintura, prendendo seus braços em cada lado da cabeça. Péssima ideia. 

 As risadas cessaram e ficaram em silêncio, suas respirações falhas e seus rostos perigosamente muito perto. As madeixas de Hermione roscavam na bochecha do ruivo e, conseguindo soltar um braço do aperto dela, tocou em uma parte do cabelo e o passou para trás de uma orelha. O azul e castanho se chocavam forte, transmitindo ondas quentes para o corpo dos dois. Como a advogada estava inclinada sobre o corpo do homem, foi apenas quando ele puxou seu rosto para mais perto que o bom senso lhe alertou. 

— Não... - sussurrou. Rony pareceu também ter acordado do transe soltou o rosto dela. Hermione suspirou e colou a testa no ombro do ruivo, fechando os olhos com força e sentiu braços quentes lhe circularem. 

— Me desculpe - murmurou mais uma vez e se soltou, levantando. Estendeu uma mão para ajudar Rony e sorriram envergonhados um para o outro quando de pé. 

— Bom, já que estamos aqui - ela falou, lutando para dispensar a névoa de sua cabeça. - Vamos invadir logo. 

— Entrar - corrigiu Rony. 

— Ah, tanto faz. 

Riram e finalmente entraram. O campo era enorme e as luzes que iluminavam o local estavam baixas. Aquele passeio noturno fora uma coisa de última hora quando, ao passarem na frente do estádio, viram o portão parcialmente aberto. Como não tinha nenhum segurança a vista, entraram na surdina com o intuito apenas de observem como era sem os inúmeros fãs gritando, os jogadores, técnicos ou a imprensa toda. 

E, bem... era diferente. Os dois se entreolharam e negaram com a cabeça. O lugar era bem chato sem tudo aquilo. Mas antes que concordasse em irem embora, uma terceira voz soou assustando-os e viraram na mesma direção afim de verem quem era. 

— Ei, vocês dois! - o estranho gritou e caminhava com uma lanterna na mão que tremia a medida que se aproximava. - O que estão fazendo aqui? 

Sem uma concordância sonora, Rony e Hermione se colocaram a correr no sentido contrário. Estreitando um pouco os olhos durante a correria, o ruivo conseguiu distinguir aonde era a porta de saída e a porta do vestiário. Puxou Hermione pelo pulso e a guiou pela passagem correta e, já do lado de fora, não pararam de correr, mesmo sobre o som estridente do apito do guarda. 

Já estavam quase perto do hotel quando a morena teve que parar para respirar um pouco. 

— R-rony - tentou falar sem ar. - Não... co-consigo m-mais... 

O ruivo também tinha parado, arfando com as mãos nos joelhos. 

— Tudo bem... - suspirou, sugando mais ar e aquietando os batimentos cardíacos. - Isso foi loucura. 

Hermione o olhou irada. Com o rosto já vermelho pela corrida, marchou até ele e o socou no ombro. 

Loucura? - repetiu com a voz esganiçada. - Aquilo foi bem pior! E se tivéssemos sido pegos? 

— Explicaríamos tudo, ora - Rony também respondeu a altura. 

— Tudo? Tudo o quê? Que tínhamos invadido um local privado? 

O ruivo deu de ombros e recebeu mais um golpe no ombro. 

 - Será que da para parar de me bater? - pediu, massageando o local. - Seu punho é forte! 

— É bom se lembrar disso na próxima vez que ter uma ideia idiota daquelas! - retrucou a morena e retornou a andar, deixando o homem para trás. 

Só quando se viu sozinho foi que notou as outras pessoas o encarando, umas sorrindo em deboche, outras olhando feio. Gemeu de cansaço e correu para alcançar a morena que chegava perto das escadarias de entrada do hotel. A puxou para uma parede contrária e, mantendo uma distancia considerada boa e segura, pediu desculpas. 

— Não desculpo - Hermione se soltou e cruzou os braços. Com um bico de irritação, Rony prendeu o riso e controlou-se para não fazer o que via, decorrentemente, querendo acontecer. 

 - Ah, vamos, não faça birra - ele falou. - Não foi tão ruim assim. 

— Foi muito ruim. 

— Ok, talvez tenha sido mesmo muito ruim - ele assentiu. - Mas pelo menos rimos um pouco. E, - alongou a pronuncia da letra com graça. - nos esquecemos um pouco o motivo dessa viajem. 

De certo, ele tinha razão. A advogada não se divertia daquele jeito a anos e os momentos de descontração tinham ficado mais escassos com o início de namoro com Córmaco. 

E Rony, desde o dia em que pedira Lílá em casamento, as saídas com amigos ou os encontros no final de semana com os mesmos tinham se encerrado e, no curto tempo em que o compromisso com ele ainda abitava na mente da loira, os preparativos para o casamento era só do que tratavam. 

 - Espere sentado se estiver esperando que eu diga que tem razão - a castanha murmurou, mais relaxada. 

Rony revirou os olhos. 

 - É por isso que é uma advogada. 

Eles riram e, para sua surpresa, ela surgiu com uma pequena flor vermelha nas mãos, entres seus rostos. 

— Também concordei em entrar lá - a mulher falou como uma desculpa dando de ombros. Rony pegou a flor sorrindo. - Agora corre! 

Sem aviso prévio, ela o puxou pelo pulso e começaram a correr de novo. O que ele não viu foi que, ao lado da parede onde estavam, uma florista vendia flores e Hermione tinha obtido uma dali. 

Estavam cansados, corados e suados quando chegaram ao saguão do hotel. 

— Hmm, bebida por minha conta hoje. 

— Quem sou eu para discordar - brincou Hermione quando se separaram no elevador. 

 A verdade era que aquela situação durava já a mais de duas semanas. Os passeios, as refeições juntos estavam cada vez mais frequentes. Não queriam se render ao sentimento que crescia e ficava forte a todo segundo, mas, por um lado, servia para quando se rendessem de vez, o sentimento durasse. 

Depois de um longo banho, Rony vestiu uma calça jeans e uma blusa de mangas cumpridas, erguendo-as até o cotovelo. Passava uma toalha sem vontade nos cabelos vermelhos - enquanto mordiscava um sanduíche que tinha pedido -, para secá-los quando alguém bateu na porta. 

Ao abri-la, levou um susto:

— Lilá? 


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Notas finais do capítulo

Pois é, né? Eu sei que esse seria o último capítulo, mas é que se eu fosse continuar, mais a letra da música que eu iria colocar, o final ficaria muito monótono. E não quero que achem o final de "Hell Of A Girl" chato.

Lembraram de algum filme na parte em que a Hermione dá uma flor ao Rony? Eu estava com essa ideia desde o começo da fic e tirei esse momento do filme "Monte Carlo", aquele com a Selena Gomez. Lembraram? Se não, procurem assistir, é um romance bem legalzinho.

O próximo não vai demorar e vai ter a participação de dois indesejados que farão tretas na fic. O que será que a Lilá quer? Teorias? Querem matar ela?

Até a próxima meus amores.



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