“Minha esperança está em chamas,

Os meus sonhos estão à venda

Eu danço num fio, mas não quero deixá-la.

Eu caminho contra a corrente,

Luto por aquilo em que acredito

Eu corro para o fim, tentando não desistir.”

Trecho traduzido da música Lost- Withim Temptation

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Dana volta ao trabalho, já que Mulder estava viajando alguém precisava cuidar do escritório e isso a distrairia mesmo que ficasse só preenchendo relatórios. Quando alguém bate à porta.

—Entra. Dana manda entrar.

—Bom dia. Tudo Bem?- Jeffrey Spender entra e cumprimenta a cunhada.

—Bom dia, está tudo bem? Senta. –Dana indica uma cadeira a sua frente.

—Precisamos conversar.

— Pode falar. – Dana o incentiva a fala.

—Eu descobri o que fizeram com o William e como podemos curá-lo de certa forma.

—Como você descobriu?

—Tenho alguns contatos na organização do meu pai.

—Mas, se ele descobrir que você está por trás disso ele vai te matar também, e eu não quero que mais pessoas morram por causa disso.

—Meu pai acha que eu morri, ele não sabe que eu resisti a tudo isso e que graças a você estou aqui, e agora é a minha vez de retribuir tudo o que você e o Mulder fizeram por mim.

—E como será isso?

—Esses meus contatos me ajudaram a descobrir o que aconteceu com o William, mesmo que eles não tiveram nada haver diretamente ao que houve com o garoto. Mas a coisa é complicada porque foi feito com o William exatamente o oposto que com o Mulder quando eles o sequestraram há 18 anos atrás.  Você lembra disso o Mulder foi encontrado “morto”, mas depois que o Billy “voltou a vida” você desconfiou que o Mulder podia estar vivo e não errou, mas tudo aquilo que ele passou foi porque ele estava com o vírus e ele estava se tornando um tipo de alien,  mas com o William é diferente ele realmente está morrendo, nada foi inserido nele só retirado. Ele passou por um processo que fez com que todo o seu DNA se tornasse 100% humano e o seu corpo entrou em falência. O que ele precisa é do DNA-A, de novo, esse meu contato me explicou o que é necessário fazer, mas o problema é que vai ser um processo complicado.

—É muita coisa, porque ele fez isso?- Dana caminhava de um lado a outro da sala.

—Mas o problema é para que o procedimento seja realizado com sucesso alguém vai ter que morrer.

—Como assim? Já não morreu gente demais? –ela se senta na cadeira de Mulder.

—Mas sem esse sacrifício não terá muito que se fazer. Será necessário inserir o DNA-A em alguém com a medula compatível com a do William e o DNA-A irá se desenvolver nessa medula, porem, essa pessoa provavelmente não irá sobreviver porque seu corpo tentara rejeitar esse novo DNA, mas como o DNA-A é forte ele irá se desenvolver e no momento certo deve ser feito o transplante. Tem um problema, nem você, eu ou Mulder somos compatíveis, isso tudo também está no relatório – Spender entrega a pasta a Dana- precisamos achar alguém que seja compatível, a questão é: Você vai querer sacrificar a vida de outras pessoas em troca da vida do garoto? O meu pai tem tudo pronto, a medula está pronta, mas o problema é que ele só irá entregar se o Mulder estiver morto, ele não negocia essa condição, e a Mônica irá ajudar no que for preciso.

—E o quê a Mônica tem haver com isso? Porque ela está tão preocupada? Ela nos traiu. Eu não confio nela.

— Quando ela descobriu que meu pai estava vivo, ela entrou em choque porque ela estava lá quando explodiram a montanha. Ela fugiu dele, mas ele a encontrou e conseguiu convencer ela.

—Então ela foi convencida tão facilmente, é inacreditável.

—Ela tem um motivo muito forte pra ter ficado ao lado do meu pai. A Mônica tem uma filha, a menina tem 10 anos e está doente e ele a convenceu que dará a cura pra menina se ela fizer exatamente o que ele quer.

—Ela não me disse nada, nós ficamos algumas horas juntas quando fui àquela reunião com seu pai.

—Ela não sabe o que eu sei. A menina não  vive com ela, mas com o pai.

—E quem é o pai dela? –Dana pergunta curiosa.

—John Dogget.  Na época que fecharam o Arquivo X  eles foram designados para outro departamento e acabaram ficando juntos,  depois de 4 anos a Mônica engravidou e saiu do FBI, 1 ano depois ela foi abordada pelo pessoal do meu pai e como ela eles já haviam descoberto a doença da Anna meu pai usou isso para convence-la, quando Dogget descobriu ele se separou dela e foi embora com a menina, quando a menina estava com 3 anos  ele recebeu a proposta de ir para o Havaí e foi a Monica não sabe que ele está lá, mas ela disse não querer saber para que não prejudiquem os dois.

—Sinto muito por ela, mas isso não me fará confiar mais nela. O que me importa agora é o que eu farei pra ajudar meu filho. Vou ter que falar com os pais adotivos quanto a esse procedimento e com o médico dele.

— Eu só vou precisar de ajuda pra conseguir a amostra do DNA-A, o laboratório é bem protegido com guardas e câmeras de segurança.

— Eu te ajudo no que for preciso. – Dana fala enquanto olha as fotos de vigilância do local.

—Eu também. –os dois olham pra ver quem estava ali.

—Mônica você não tem nada pra fazer aqui. –Dana se exalta ao ver a mulher ali. Mesmo sabendo e entendendo o porquê dela estar do lado daquele homem. Ela ainda não confiava na mulher a sua frente.

—Eu sei como te ajudar.

—E como você vai me ajudar?

—Eu vou conseguir aquela medula pra você. Eu tenho acesso ao laboratório. Eu posso te dar a medula, mas preciso que você faça algo por mim, ajude a minha filha, ela precisa de uma cirurgia e não tem quem possa fazer, pois ela é bem complexa. E eu sei que você pode ajudar ela.

— Eu verei o que posso fazer, mas eu não sei se posso confiar em você. Você está trabalhando do lado meu maior inimigo e isso a torna a pessoa menos confiável.

—Jeffrey eu vou precisar de sua ajuda, ainda mais que seu pai não sabe que você está vivo.

—E como você pretende fazer isso sem que o meu pai descubra?

—Eu vou até lá eu pego o que for preciso e te entrego. Quando eu estiver com tudo ligarei para Dana. –Monica sai.

—Eu já vou Dana, vou ligar para o meu contato e te aviso o que eu conseguir resolver.

—Será que conseguimos resolver isso até amanhã, pois o médico não vai mais esperar.

—Espero que sim, te ligo assim que tiver noticias. - Ele se levanta e sai.

Dana liga para o pai de William e conversa com ele sobre a solução encontrada, mas ela não entra em detalhes. Ele diz a ela pra fazer todo o necessário pra salvar o menino.