Você e eu, Eu e você - Reconstruindo um Amor! escrita por Débora Silva, SENHORA RIVERO


Capítulo 4
Capítulo 4 - "O passado bate a porta!"




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HERIBERTO— AAhhhhhh...– Heriberto gritou acordando suado nu em sua cama...

Passou a mão pelos cabelos sentindo o suor enrolado na cama completamente sem roupa e se recuperando daquele pesadelo terrível. A cabeça parecia que ia explodir com aquela sensação de traição que ele experimentou. Não! Ele nunca estaria com outra mulher, ele queria Victória.

Procurou o celular e discou, estava sentindo o corpo inteiro retesado de pavor. Ficou esperando o que ela atendesse....

VICTÓRIA— Alô...– A voz soou fraca.

HERIBERTO — Graças a Deus! – Ele suspirou nervoso. – Só liguei para saber se você está bem.

Ela bocejou.

VICTÓRIA— Estou! Aconteceu alguma coisa?

HERIBERTO— Não, nada, vou dormir! E vou dormir de novo na verdade eu já estive dormindo mas acordei. 

VICTÓRIA— Esta nervoso por que?

HERIBERTO— Vai dormir, Vitória, conversamos amanhã, eu só queria saber se você estava bem. Eu vou desligar!

VICTÓRIA — Tudo bem, então! Eu já comi meu frango, obrigada!

HERIBERTO— Quem te deu frango? Você não está se sentindo mal?

VICTÓRIA — Minha mãe me deu, estou me sentindo bem mais cheias.

HERIBERTO – Dorme bem, tá amor.–  ele suspirou, ela sorriu.

VICTÓRIA— Você também, descansa!

HERIBERTO— Estou morto... o plantão foi terrível. Eu quero apenas descansar.

VICTÓRIA — Então, descansa, nós estamos bem e amanhã vamos estar melhor ainda, eu não senti dor e quero que fique bem.

HERIBERTO— Você precisa se cuidar! Vai ficar em casa amanhã? Vai fazer o repouso?

VICTÓRIA— Vou ficar todos os dias que for preciso em casa, não vou arriscar o que tiver que fazer na empresa farei daqui.

HERIBERTO— Eu vou ver você e minha filha... Amanhã, mas não vou logo cedo.

VICTÓRIA— Rafael também mora aqui, Heriberto!

HERIBERTO— Amor, estou falando de minha filha na sua barriga!– Riu dela arisca e falou se divertindo. – Arisca demais a minha mulher!

VICTÓRIA— Idiota!– ela riu.– Me traga meus chocolates!

HERIBERTO— Vou levar...

VICTÓRIA— Eu sei que tem um monte aqui mais eu quero mais!

HERIBERTO— Eu levo, dorme bem. Não deita por cima...

VICTÓRIA— Obrigada, agora eu vou dormi, você já está com a voz mais calma.– Não deita por cima de onde?

HERIBERTO – Da sua barriga, amor!

VICTÓRIA— Não faço, minha mão ainda dói um pouco! – Bocejou de novo.

HERIBERTO— Ainda, Vick? Já era para estar curada, vamos examinar amanhã.

VICTÓRIA— É normal, eu tenho que força na fitoterapia e acaba que dói um pouco só isso nada mais.

HERIBERTO — Tudo bem mas amanha batemos um radiografia.– Ele suspirou tocando o peito.

VICTÓRIA— Eu não posso estou grávida, esses exames é contra indicado para gestantes! Eu vou desligar. – Cortou o assunto, estava cansada e cheia de sono. Sabia que Heriberto sabia que não podia e achou que ele só queria criar assunto com ela.

HERIBERTO — Te amo...– Heriberto sorriu e desligou. Virou para o lado e sentiu o corpo relaxar, estava mais calmo, se ajeitou e dormiu.

Victória virou para mãe que sorriu para ela, Vick se aconchegou em seus braços e logo adormeceu.

ALGUNS DIAS DEPOIS...

Victória já estava fora do repouso e voltava a sua rotina normal de trabalho, passava mais tempo em casa do que na casa de modas, estava preocupada em mimar os filhos e comer muitas coisas que ela nem se quer comia antes. Tereza só fazia rir da cara dela, João não voltou a aparecer naqueles últimos dias o que fez as duas agradecer.

Vick não deixou que Heriberto a beijasse, mas se viam e pouco falavam, ela mantinha a distância mesmo tendo que tomar banho quando era impossível controlar o seu desejo. Heriberto passou todo tempo trabalhando e se dedicando a suas consultas e a estar ao pendente de Victória. Tinham sido longos dias, mas tinha sempre a presença de Virgínia em sua vida.

Luciano e Beth estavam próximos de Victória e apoiavam todas as decisões dela, embora Beth ainda conservasse sua postura de defesa ao filho. Tereza estava se encontrando com o namorado Paulo, mas o namoro não estava vingando como ela gostaria que ele vingasse.

Vivi, estava firme em seu namoro e seguia feliz com as possibilidades de ser uma mulher adulta, como ela era agora. Estava sempre do lado da mãe na casa de modas e estava desenhando como nunca, a felicidade era como um estímulo aos desenhos que produzia.

Tereza estava e sua casa, quando a campainha tocou, estava sozinha, tinha ido buscar suas roupas para ficar mais dias com Vick e pensou ser Paulo. Abriu a porta sorrindo e o olhou do lado de fora...

 

TEREZA— Esqueceu o que ... – parou de falar naquele instante, era quase impossível acreditar que estava diante dele de novo. – João?

Um lindo sorriu foi ofertado a ela.

TEREZA— O que você quer? – falou com a mão na porta pronta para fechar.

Ele levantou as mãos para cima em sinal de paz.

JOÃO— Calma, eu só quero conversa, você é bem difícil de achar mulher!– Sorriu de novo

Tereza o olhou de modo direto e sentiu um misto de tudo, medo, dor, lembranças, desejo e curiosidade.

JOÃO— Me dê cinco minutos do seu tempo!

TEREZA — Entre, o que você quer para ficar me procurando?

Ele a olhou de cima a baixo analisando cada detalhe de seu corpo e entrou. Olhou o lugar e sorriu, tinha o cheiro e o jeito dela.

JOÃO — Isso é cheiro de café, Tereza?

TEREZA — É sim, eu estava fazendo para depois sair...

Respirou fundo sentido aquele cheiro que há muitos anos não sentia. Ela fechou a porta e veio até ele que já caminhava em sua sala. 

JOÃO—Há anos não tomo um café descente. – Se ajeitou e puxou um pouco a blusa que era decotado no seio.

TEREZA— Por onde você andou não tinha café? – foi irônica.

JOÃO— Tinha, já tomei café de todos os tipos e gostos mais nenhum como o seu!

TEREZA— Eu sou a melhor, eu sei!

Ele riu.

JOÃO— Pode apostar que sim!

Ela falou séria não estava para brincadeira, mas era um flerte consentido.

TEREZA— Um café é tudo que você terá nesta casa porque eu não negaria nem a um mendigo!

JOÃO— Arisca...– Falou brincando, estava ali em missão de paz. – Então, me sirva um gole a esse pobre mendigo!

TEREZA— Você não é pobre e nem mendigo!Mendigo não cheira a perfume francês!

Ele se sentou, estava numa camisa social azul bebê, o corpo definido se fazia presente ali naquela camisa, a calça social feita sobe medida deixava em evidência tudo que ele tinha a ofertar a qualquer mulher que o olhasse. Os cabelos trazia bem penteados e sim o perfume era um dos melhores que tinha em sua casa, nem de longe se via aquele bêbado que foi anos atrás.

Tereza sentiu o coração acelerar, sabia que seria uma desgraça quando o visse, sem saber o que sentir e como reagir. Estava de saia e blusa. A blusa estava com alguns botões abertos e mostrava seus seios de modo ousado e a saia marcava suas curvas, agora mais largas do que antes. Ela foi até a cozinha pegou duas xícaras de café e trouxe até ele, o serviu e se sentou longe dele.

JOÃO— Obrigada!

TEREZA— O que o trás aqui em minha casa? Como conseguiu meu endereço?

Tomou um gole antes de responder e se deliciou com o café, fresco e no ponto certo.

JOÃO— Tenho boas pessoas trabalhando pra mim! Você é mãe da rainha da moda, não é difícil te achar. Quer dizer, quando está no país!

TEREZA — Anda me vigiando? – falou arisca e tomando seu café sentada longe dele.

Ele tomou mais um gole.

JOÃO — Maravilhoso Tereza e respondendo a sua pergunta... Não eu não estou te vigiando nem seguindo. Eu não vim aqui pra conversa fiada e nem uma visita de velhos amigos ou conhecidos! – Terminou seu café e deixou a xícara sob a mesinha a sua frente. – Perdão acho que é pouco pra te pedir, eu fui um desgraçado e bati em quem dizia amar, me ensinaram amor de um jeito estúpido e a cachaça me desgraçou a vida, Tereza! Depois da surra que aquele Bernal me deu, eu nunca mais tive coragem de chegar perto de vocês de novo!

Tereza estava atenta a cada palavra dele e ao modo com ele prestava atenção a ela.

TEREZA— Do que está falando?– ela o olhou sem saber do que ele estava falando naquele momento. Bebeu seu café nervosa, sentindo o mundo todo ao contrário quando olhava para ele ali pedindo desculpas. Tinha sido o seu amor, era o pai de sua filha...

JOÃO — Depois daquele episódio com Vick, eu fiquei no hospital e depois de uns dias meses não sei eu só vivia na cachaça, dormia e comia onde dava, um dia não sei o que aconteceu uns cara me pegaram me levaram, me deixaram lá até curar meu porre e depois sentaram o cassete em mim! Três dias, eu passei desacordado, me fizeram jurar que ia sumir e foi isso que eu fiz até agora.

Tereza estava horrorizada com o que ouvia mas sabia que quando Luciano tinha dito que resolveria, no estado em que João estava, só poderia ser desse modo. Olhou para ele e terminou seu café com os olhos atentos.

TEREZA— Eu sinto por você, mas foi melhor estarmos longe. Eu não quero que procure minha filha! – foi direta com ele e firme.– Deixe Vick, em paz!

JOÃO— Eu não vou procurar ela, não se preocupe! – Levantou foi até ela e ajoelhou na sua frente.

Tereza tremeu e sentiu a garganta seca, olhou para ele ali e perdeu o centro na hora.

JOÃO— Só estou aqui pra te pedir perdão, Tereza, só isso eu sei que isso não basta e nem apaga mas, eu estou aqui pra isso! Me perdoa por ter sido o melhor e o pior homem na sua vida em uma única vida.– Os olhos atentos aos dela esperava uma reação. – Um boçal em não ter cuidado da minha família!

TEREZA— Por Deus, não se ajoelhe. – puxou ele para que saísse daquela posição, ficava constrangida com ele ali e se sentiu completamente mal. Ele tocou as mãos dela e beijou, sentindo seu cheiro. – Você está bem agora? Está feliz com sua família? – era um modo de saber se ele não estava com outra mulher.

JOÃO— Eu aprendi a duras penas a lição, eu não tenho mais ninguém. Perdi minha família em um acidente de carro! Só sobrou, eu e o dinheiro que ganhei depois de deixar de ser um boçal. Sozinho, Tereza, sozinho!Não há castigo pior pra mim! – Ainda segurava as mãos dela.

TEREZA— Eu imagino que deva ser triste e apesar de tudo eu sinto muito por sua família!– Soltou-se dele e descruzou as pernas.

Ele sentiu o corpo tremer, ainda estava de joelhos e achou ter visto a calcinha branca dela. Tereza estava afetada com ele ali, com ele perto, com sentir aquele cheiro que ela amava.

JOÃO — Eu procurei, Victória porque achei que era hora, Tereza! Pedi perdão a ela como estou aqui na sua frente pedindo.

TEREZA — Ela não está pronta para o que você quer...o perdão. Minha filha está ferida.

JOÃO — Eu sei disso e é por isso que eu não vou insistir!

TEREZA — Minha filha nunca superou as coisas que você fez! Minha filha não precisa que você surja do nada mais de vinte anos depois!

Ele passou as mãos no cabelo bagunçando um pouco os fios.

JOÃO— Eu tinha que tentar pra tentar viver um pouco mais em paz comigo mesmo! Ela é a única coisa boa que sobrou de mim, eu tenho netos que nem sei como são, só sei o que vejo nas revistas.

TEREZA— Ótimo, que bom que tentou, ela não vai perdoar e você merece que minha filha não perdoe, embora isso faça mal a ela! Netos?– ela sorriu irônica olhando para ele.– Você não tem netos porque você não tem filha! Ela é minha filha, só minha filha!– se levantou do sofá com raiva e ficou de pé no centro da sala.

João se levantou sentindo as palavras dela como facadas entrando por todo seu corpo.

JOÃO — Sim, sua filha! – Passou a mão novamente no cabelo. Olhou com raiva dele e sofreu ao ouvi-lo. 

TEREZA— Você não disse isso a ela quando me bateu da ultima vez? Não disse que não era pai dela! – os olhos encheram-se de lágrimas. – Eu nunca teria coragem de uma coisa assim, mas você!

JOÃO— Eu era um bêbado, um bêbado que não enxergava nem um pau a frente da garrafa.– Se alterou um pouco.

TEREZA — Você me chamou de vagabunda na frente de minha filha dizendo que não era pai dela.

JOÃO— Eu era doente e louco!– Ofegou com raiva de si mesmo.

TEREZA — Quer bom que você sabe, João, porque você acabou com tudo e quase acabou com minha vida!

JOÃO— Eu sei de tudo e o que não sei me contam!

TEREZA— Me fez escolher entre o homem que amo e minha filha. – soltou sem querer se entregando.

Ele sentiu o coração pulsar mais alto com as palavras dela e não pensou avançou sobre ela e a pegou pela nuca com as duas mãos pra ela não ter chance de escapar, olhou nos olhos dela enquanto ofegava e falou.

JOÃO— Eu vou te beijar, eu vou beijar porque é isso que eu quero desde que você abriu aquela porta!

Tereza sentiu o corpo todo retesar e seu coração veio a boca sentindo as pernas tremerem com o toque dele. Ele passou os lábios sob os dela. Ela fingiu resistência com as mãos mas não falou uma palavra.

Ele mordeu de leve os lábios dela e a beijou ganhando espaço nos lábios em busca da língua dela que logo foi encontrada, chupou desesperado e desceu uma das mãos e trouxe o corpo dela para mais junto do seu. Girou a cabeça ditando o ritmo do beijo que ficava cada vez mais intenso a medida que as línguas se encontravam. João cessou o beijo e a olhou...

Tereza sentiu o coração acelerado, as mãos estava congeladas e ela não conseguia sair daquele enlace, estava presa a ele, aquele momento com alguém que era tão importante para ela depois de todo aquele tempo. Mas como se sentisse um sino em sua mente, ela se deu conta do que acontecia, de como ele a queria e que aquilo ela saia onde iria dar.

TEREZA — Para, João, o que está fazendo...– Se afastou dele confusa, tocando os lábios que ele tinha beijado e o com a boca seca.

JOÃO— Me desculpe, Tereza mas eu não consigo, eu te vejo e fico de pau duro! – Falou do jeito que ele sabia falar.

TEREZA— É isso que veio fazer aqui? Me foder? – respondeu com a mesma rudeza dele.

JOÃO— Eu não vim aqui pra te comer, nem pra te beijar aconteceu e olha como você me deixa!– Tocou seu membro preso dentro da calça.

TEREZA— É melhor você ir embora, porque isso não vai nos levar a nada!

Ele se aproximou mais dela, era impossível não olhar o volume dele dentro das calças.

JOÃO— Eu também acho melhor ir embora, mas depois desse beijo eu... – Puxou o corpo dela para ele de novo.

TEREZA— Foi só um beijo...– ofegou olhando para ele e sentindo o corpo arrepiar. – Passou mais de vinte anos longe de nós, cuidando de sua família e sendo para eles o que não foi para mim e minha filha e espera que eu simplesmente abra as minhas pernas para você?

Ele ofegou.

JOÃO— Eu vivi por mais de dez anos sozinho e quando consegui me libertar do álcool e encontrar alguém que me quisesse, eu só consegui viver isso por nove anos e depois eles foram me tirado. – A soltou.

TEREZA— Eu sempre te amei, eu te amava loucamente!

JOÃO— Eu recai na bebida e dirigi o carro em alta velocidade, matei o nosso filho que íamos ter e a minha família!

TEREZA — Você e Victória eram a minha vida! – Tereza encheu os olhos de lágrimas.– Eu não quero saber, eu também perdi o meu filho!

Confessou, era a sua realidade o álcool sempre tirou tudo dele até que por fim ele parou e viu que aquela vida não era certa e que se continuasse assim iria morrer na sarjeta. Ela se afastou dele, mas desta vez as lágrimas caíram dos olhos.

Ele também chorou era a realidade deles.

JOÃO — Eu também te amei, nunca amei nenhuma mulher como eu amo você. Eliza foi uma boa mulher, mas, eu não a amei como amo você, Tereza!

TEREZA — Eu perdi meu filho assim como você perdeu o seu! Batia nela também?– se afastou enciumada, sofrendo querendo cuspir suas verdades de cara dele.– todas as verdades.

JOÃO — Você sempre foi a mulher pra mim e eu perdi! Eu nunca toquei nela! Até o dia que voltei a beber.– O remorso tocou forte naquele momento.

TEREZA— E você bateu nela também!

Secou as lágrimas respirou fundo. A olhou nos olhos.

TEREZA— Sabe como eu me sinto? Como uma tola porque mesmo depois de tudo que aconteceu, eu não sei odiar você! – limpou os olhos de modo gentil.

Ele a olhou atenta.

TEREZA— Uma tola que ficou feliz em saber que você você está vivo e bem! A tola que está molhada por um homem que bateu nela!

João sentiu a pau arder e queimar dentro da cueca, queria sair de dentro da roupa somente com as palavras dela

JOÃO — Tereza...– Se aproximou mais, se aproximou perigosamente e esperou para ver se ela iria recuar.

TEREZA — Você só vai ter isso de mim...– ela ofegou. – Sexo, meu corpo, prazer para você e para mim, quando acabar você vai embora e não vai me perseguir, nem vai voltar aqui de novo!

JOÃO— Eu só volto quando você pedir!

Tereza o olhou nos olhos e com agitação abriu a blusa num ímpeto mostrando os seios. Ele passou a ponta dos dedos entre os seios sentindo a pele dela arrepiar, desceu até a cintura onde a puxou chocando seus corpos.

Tereza suspendeu a saia, estava sim, desejosa dele, estava sim sendo louca em ceder, mas quem disse que estava pensando em alguma coisa naquele momento? João a suspendeu pelas pernas e a levou até a mesa, apertou seu traseiro antes de sentar ela.

A olhou por completo ali e sorriu. Abriu sua camisa deixando o peito a mostra, abriu o cinto e o botão da calça, aproximou e tirou a calcinha dela. A tocou e beijou sua boca. Os dedos se moveram em sua intimidade deslizando facilmente, estava molhada e o deixava ainda mais duro.

Tereza arranhou as costas dele deixando crateras com as unhas, depois mordeu seu ombro quando o sentia bem perto. João beijou o queixo e o pescoço, gemeu sentindo as unhas dela e baixou sua blusa abrindo o sutiã o arrancando.

Ele a puxou para beijar na boca, ela chupou a língua dele com gosto. Ela segurou a cabeça dele para manter em seu seio sugando e sentir a melhor de todas as sensações. Ele puxou os cabelos dela e a olhou, enquanto baixava as calças deixando o membro a mostra passou nela lentamente.

JOÃO— Eu quero você gemendo, Tereza, muito.

Tereza fechou os olhos de gemeu, ele era tão duro, tão viril, não existia homem como ele! Ela gemeu, a contragosto, mas gemeu.Ele se posicionou e entrou abrindo mais as pernas dela enquanto olhava em seus olhos. Saiu e entrou de novo, voltou a fazer, queria que ela gemesse.

Ficou assim até ouviu o som que queria. Entrava e saia lentamente de dentro do corpo dela. Tereza cravava as unhas no ombro dele olhando dentro de seus olhos, mas não gemeu mais, estava muda e não queria que ele parasse, queria mais daquele membro latejante por ela.

TEREZA— Há quando tempo que você não faz sexo com alguém?

JOÃO — Seis anos...– Parou dentro dela.

Tereza não disse nada e moveu seu quadril acomodando ele. Ele levantou sua perna esquerda e se moveu rápido sentindo o chocar dos corpos, fazendo o barulho ecoar pela casa toda. Ela sentia aquela sensação perfeita, segurou com um braço no pescoço dele e abriu mais as pernas, de ser preenchida. 

Buscou o ouvido dele, sussurrou.

TEREZA— O que está fazendo comigo, fala!

Ele se movia mais rápido e sentiu o membro mais duro com a pergunta dela.

JOÃO — Estou fodendo você, Tereza e não quero parar nunca mais...

TEREZA— Repete...– Gemeu sem vergonha se movendo com ele. 

Gemeu e levou a mão até o clitóris dela e apertou de leve.

JOÃO— Estou fodendo você, gostosa!

Tereza fechou os olhos e tremeu sentindo o toque em seu clitóris. Tereza estava sem um único pelo, estava como ela gostava de dizer, limpinha. João a beijou e depois saiu de dentro dela, a desceu da mesa, a saia ainda estava pendurada em sua cintura. A virou e alisou seu lindo traseiro e depois deu um tapa.

TEREZA— Ahhhhh! – Gemeu por fim fechando as pernas de imediato.

Ele a debruçou sobre a mesa e passou a cabeça de seu membro por várias vezes em seu clitóris queria ela gemendo com aquele atrito. Ela aranhava a mesa e gemia com a cabeça suspensa, estava ficando alucinada de tanto desejo que sentia. Ele voltou a entrar nela e com mais um tapa a sentiu tremer.

Estocou com força sentindo que podia gozar ali e morrer.

TEREZA — Admite que isso é o que mais gosta de fazer na vida, fala, João!

Ele puxou os cabelos dela e beijou suas costas a deixando quase de pé sussurrou pra ela apertando o bico de seu peito.

JOÃO— Só se você admitir que sentiu falta disse toda a vida, alguém já te comeu como eu como Tereza? Te come do jeito que eu como...

TEREZA — Não vou te dizer nada, não direi!

Continuava a entrar e sair do corpo pela enquanto acarinhava seus mamilos, ela falou firme com ele e sentindo o gozo chegar. 

TEREZA—Me chupa!– ordenou fechando os olhos e esperando as respostas dele.

JOÃO— Quer gozar com minha boca, Tereza? É isso? Então pede, pede que eu dou.

TEREZA — Sim, eu quero, eu quero gozar na sua boca!– abriu as perna mais ainda para ele, empinou a bunda.– Eu vou gozar, me chupa!

Ele sorriu e saiu de dentro dela a virou e a colocou de volta na mesa a deitando, abriu suas pernas a colocando uma de cada lado da mesa e sorriu era a visão mais perfeita do mundo, abaixou seus lábios até a intimidade ela e sugou forte como ela gostava.

Segurou os quadril dela para que ela não saísse. Tereza se contorceu e serpenteou com loucura sentindo os lábios dele em seu corpo, gritou alto quando o gozo chegou e deixou se soltar por isso. Ele chupou, chupou muito até sentir o gosto dela em seus lábios.  Ficou ali com sua língua até a ver sorriu e respirar um pouco mais devagar e subiu os beijos até os seios, chupou um a um e foi até seus lábios e sussurrou ao se encaixar dentro dela novamente.

JOÃO — Goza mais, eu sei que você é intensa, Tereza! – Moveu o corpo para o seu prazer e o dela.

TEREZA— Me fode, João, me fode com força!– Tereza gemeu implorando. As unhas cravando nele de novo.

JOÃO — Ahhhh...

O enlaçou com as pernas pedindo mais, ele urrou e moveu cada vez mais intenso. Tereza queria João todo dentro dela e com mais prazer a caminho, mais forte, mais rápido, urrando e sentindo seu gozo chegar.

TEREZA— Entra forte, isso! Ahhhhh, meu deus! – Ela gritou intensa com aqueles movimentos. – Não goza dentro de mim! – ela falou em meio ao caos que estava seu corpo.

JOÃO –Goza comigo Tereza, eu não vou parar!– Falou quase sem voz tomado pelo desejo e pelo gozo. 

TEREZA— Não goza dentro de mim, não!

JOÃO — Então, me deixa na sua boca...

Tereza assentiu, ele saiu dela rapidamente e a tirou da mesa, seu gozo chegava e ele estava dolorido já eram anos só na mão. Esperou ela ajoelhar em sua frente e Tereza o tomou na boca com fome e desejo.

JOÃO— Do jeito que eu gosto, Tereza e engole tudo!– Querendo o gozo dele para ela.

Ele urrou e segurou os cabelo dela a ajudando com os movimentos. Ela agarrou o quadril dele e cravou as unhas na bunda dele depois, Tereza chupou tão forte, tão intensa, que João soltou um jato de gozo dentro da boca dela e  ela o recebeu, mas não engoliu.

O rosto avermelhou-se e ele urrou jogando a cabeça pra trás enquanto gozava dentro da boca dela. Tereza cuspiu e limpou sua boca com a camisa que estava no chão. Ficou de pé e esperou que ele lhe desse seu outro gozo. Ele respirava forte.

TEREZA — Enfia os dedos em mim e me faz gozar! –Sussurrou agarrando ele com força, segurando o pau dela já perdendo a ereção.

João a beijou primeiro em agrado e a sentou na mesa, enfiou seus dedos nela enquanto acariciava seu clitóris com o dedão numa carícia suave enquanto chutava seus seios.

TEREZA — Você é um demônio! – Ela sussurrou sentindo tudo girar e gozo vir firme.

JOÃO— E você é tão gostosa como antes, só madurou mais! – Moveu os dedos mais intenso e esperou o corpo dela tremer novamente com o gozo.  Beijou a boca dela novamente e foi mais fundo.

TEREZA— Ahhhh, isso!– Revirou os olhos de prazer.– Acaba comigo desgraçado! – Arranhou ele nos braço.

JOÃO— Vai me lanhar todo, Tereza... Está me deixando duro de novo! 

TEREZA — O que disse João?

Ele moveu os dedos mais rápido ainda.

JOÃO — Disse que vou te comer no chuveiro.

TEREZA — Não vai! – Falou abrindo um sorriso.– Quem disse que vou deixar você entrar no meu quarto? Ou me comer de novo?

JOÃO— Você tem um banheiro bem ali, Tereza não vou no seu quarto!– Tirou os dedos de dentro dela.

TEREZA — Por que essa tara com banheiro? – Pegou a mão dele e levou de volta e colocou entre suas pernas. – Está gostosa como você sempre disse?

JOÃO — Duas vezes melhor...– Mordeu o pescoço dela. Movia os dedos enquanto tirava as calças com os pés, o membro já tomava formas e ele não iria sair dali só com uma gozada. Ele moveu os dedos ainda mais rápido tocando o ponto G dela e esperou a reação que teria, a conhecia, mas não sabia mais se era tão sensível ali como era antes.

Tereza gritou e se contorceu, o corpo todo se arqueou.

JOÃO— Isso, goza pra mim!

TEREZA— Enterra tudo! – ela pediu com os olhos fechados. Ele entrou os dedos mais ainda e a viu gozar. Sorriu feliz por ver que o rosto dela ainda avermelhada todo quando gozava para ele.

JOÃO— Tetê, Tetê.

Ela o olhou de modo arfante, estava ali diante da escolha. João se afastou novamente e terminou de tirar a roupa, olhou os braços estava marcado e suado. A pegou no colo e foi para o banheiro.

JOÃO— Não precisa nem me dar é só banho! – Falou e sorriu abrindo a saia dela e a tirando.

TEREZA— Por que? Está com saudades de tomar banho comigo?

JOÃO— Saudades de tudo que envolve você, Tereza

Tereza entrou no boxe e ligou o chuveiro se banhando ao lado dele. João sempre passava a mão em algum canto e admirava as curvas novas dela. Tereza parou num dado momento e o olhou.

TEREZA— Você não era feliz comigo? Por isso bebia tanto? Era infeliz com nossa vida e nossa família?

JOÃO— Sempre me faltou uma parte e quando se fica doente entregue a cachaça tudo falta.

TEREZA — Mas isso não importa mais, acabou. – ela voltou a se ensaboar e virou de costas para ele o cabelo estava preso num coque falso.

Ele suspirou.

JOÃO — Sim, acabou! – Se aproximou mais e se roçou nela. – Você ganhou novas formas e maiores. – Beijou o ombro dela.

TEREZA— Vamos terminar esse banho, você precisa ir, meu marido deve estar chegando. – falou seca sentindo que o tempo fecharia naquele momento e mentindo porque não estava casada.

JOÃO— Como quiser!

Afagou e lavou o corpo na água rapidamente e buscou a toalha saindo antes dela. Tereza saiu em seguida desligando o chuveiro se enxugando sem falar com ele. Ele se olhou no espelho com a toalha enrolada na cintura. Tocou os braços e por fim sentiu arder, olhou as costas e estava cheia de vergões.

JOÃO— Selvagem...– Foi o único que disse.

Tereza o olhou e passou seu perfume, vestindo um roupão e penteando os cabelos molhados, olhou para ele de modo natural.

TEREZA— Você pode usar uma roupa de meu marido se quiser...– apontou com a escova.–  Tem ali.

Ele a olhou e gargalhou

JOÃO — Muito obrigada, mas dispenso minha roupa não está suja ou está? – Se lembrou da chupada dela. – Por que não me deixou gozar em você?

TEREZA – Por que há mais de vinte ano nem te vejo.– ela o olhou de modo sério e caminhou no quarto. – Eu não quis sua semente dentro de mim...

Ele sorriu e saiu seguindo ela é foi pra sala sem responder nada pegou suas roupas e deixou a toalha sobre a cadeira e começou a se vestir.

TEREZA — Você também mudou. – ela falou olhando em suas formas.

JOÃO— São muitos anos! A única coisa que não muda aqui é o badalo!– Tocou por cima da cueca.

TEREZA— Muda sim.– ela riu como se desdenhasse.

Ele vestiu a calça, sentou e colocou as meias e sapato. Pegou a camisa e a olhou.

JOÃO— Se limpou com ela, Tereza, obrigada!

TEREZA— Sim, pego outra pra você. – ela falou o olhando nos olhos.

JOÃO — Respeita minha história, Tereza. – Ele se levantou e foi até ela com a toalha e a camisa. – Obrigada pelo banho e pela tarde, me ligue quando quiser mais. – Deu a camisa e a toalha a ela.– Para você recordar, meu motorista está aí fora me esperando sempre tenho uma camisa extra na mala.

Ela sorriu o olhando e piscou para ela, aquela camisa seria uma lembrança.

TEREZA — Como você não teria, não é mesmo? São muitas prostitutas que você come por ai!

JOÃO — Pelo jeito não ouviu o que te respondi quando me perguntou a quanto tempo estava sem sexo. Seis anos, desde que a minha mulher morreu.

TEREZA — Por favor, João! – Ela andou passando a escova nos cabelos. – Espera que eu acredite nisso?

JOÃO — Não espero que você acredite em nada do que eu falar até porque  não vai, Tereza, ou você acredita ou não. – Foi um pouco rude.

TEREZA — Mas isso também não é da minha conta! Você segue com sua vida como quiser. – Tinha gozado tanto aquele encontro, mas não ia ficar ali dizendo coisas românticas. Estava mordida com ele não dizer coisas gentis.

JOÃO — Tereza, você mesma acabou de me jogar na cara que é casada, se eu soubesse nem tinha te pegado de jeito! – Falou rindo e a pegou pela cintura, cheirou o pescoço dela. – Deliciosa, maravilhosa e um perfume da vida toda e o que eu mais gosto sempre. – Beijou o pescoço dela e o rosto.

TEREZA — Que foi? Você não tem jeito!

Ele riu.

JOÃO— Vinte e cinco anos depois e você ainda usa o perfume que eu gosto! Eu tenho ele na minha casa.

TEREZA — Vinte cinco anos depois e você ainda fode de um jeito que me enlouquece!– ela o beijou nos lábios e depois mordeu. Ele a correspondeu.

JOÃO — Eu só fodo assim com você, Tereza! Você é tão intensa, eu gosto de sexo, eu sempre gostei de sexo!  Esse nunca foi um problema para você ou para mim. Nunca mesmo! – Ele afastou e pegou o telefone que tocava, atendeu.– Sim, Lívia... Estou indo... Eu sei disso, tudo bem saio agora é chegou em meia hora... Certo. Até daqui a pouco

Desligou e olhou Tereza.

TEREZA— Vá, sua Lívia o espera! – falou caminhando para a porta.

Ele riu. Pegou a carteira de cima da mesa e tirou um cartão.

JOÃO— Meu endereço de casa e meu telefone, sempre que seu marido não der conta no seu fogo, me liga!– Beijou ela rapidamente sabia que ia ficar furiosa pelo jeito dele falar. – Espero sua ligação, gostosa!

TEREZA— Ele dá conta, João.– ela sorriu.– É bom saber que você virou padre! – gargalhou dele sentindo alegria em ser debochada.

JOÃO— Eu sei que dá, mas quando não, me liga. Agora que comi da maçã depois de seis longos anos, acho que vou provar outras!– provocou.

TEREZA— Tudo bem, senhor seis anos sem sexo... Mas não vai acontecer, foi um momento de debilidade.–ela abriu o roupão e se olhou procurando marcas.– Espero que não tenha ficado nenhuma marca!

JOÃO— Só no pescoço, Tereza. – Falou e saiu da casa.

Tereza colocou a mão no pescoço e gargalhou enquanto pensava na loucura que tinha sido aquele encontro. Ele entrou em seu carro e foi embora sorrindo.

NA CASA DE VICTÓRIA...

Victória esperava por Heriberto impaciente era sua primeira consulta de pré natal depois do mal estar dela, andava de um lado para o outro olhando o relógio e se perguntando onde estava ele. Será que não viria?

Estava a ponto de ir sozinha faltava apenas meia hora pra que chegasse a hora da consulta e nada dele. Heriberto parou com o carro na porta de casa, estava silencioso e atento a ela quando a chamou na sala.

HERIBERTO — Victória, vamos! – Ela o olhou claramente nos olhos dela mostrava que estava brava.

VICTÓRIA— Você nunca se atrasa, Heriberto porque logo hoje?

HERIBERTO— Vamos! – ele se limitou a dizer apenas isso e se virando educado depois dela, ele seguiu o carro.

Ele estava aborrecido, chateado, com a ideia de que o homem quele detestava seria o obstetra de sua esposa. Abriu a porta do carro para ela em silêncio. Ela entrou no carro e ficou em silêncio, ele fechou a porta e foi para seu lado do carro. Assim que ela colocou o cinto o celular dela tocou, era Pepino.

VICTÓRIA— O que aconteceu, Pepino? – Ele gritou do outro lado da linha. – Pare de gritar e me diga com calma?

PEPINO— Vick eu preciso de você aqui, Virgínia não me deixa trabalhar eu preciso do meu espaço! – Falou sofrido e ela riu.

VICTÓRIA— Eu vou ao médico e volto pra casa de moda, Pepino para te dar o seu espaço. 

PEPINO—Se não vier eu me demito, eu estou cansado de duas megeras aqui nessa empresa!

Victória riu alto.

VICTÓRIA— Nós também te amamos, Pepino, mas você ligou só pra se queixar?

PEPINO— Sim e já me arrependi! Cuida no nosso neném e volte logo ou eu vou morrer!

 Ela riu mais e depois de mais alguns segundos ela desligou. Guardou o telefone na bolsa e olhou pela janela. Olhando os outros carros e o tempo que parecia chover.

HERIBERTO— Está tudo bem com Pepino?– por fim ele falava alguma coisa e estava calmo e educado.

VICTÓRIA — Está, ele sempre exagera!

HERIBERTO — Ele é um bom amigo! Me ligou esses dias para saber como estava.

VICTÓRIA— Ele é o melhor amigo que alguém poderia ter! – Continuava olhando pela janela.

Heriberto olhou a barriga e nem havia sinal de gravidez ainda. Ela olhou o relógio.

HERIBERTO— Dormiu bem?

VICTÓRIA— Assim vamos nos atrasar! Sim, dormi.

HERIBERTO — Não vou correr é perigoso.

VICTÓRIA— Você está fazendo de propósito! – Não o olhava e batia as pontas dos dedos na bolsa.

HERIBERTO— O que, Vick?– Ele estava concentrado no trânsito.

VICTÓRIA— Se atrasar porque não quer ver o seu desafeto!

HERIBERTO— Não vou vê-lo, esperarei você na recepção. Vou ficar te aguardando.

Ela se enfureceu.

VICTÓRIA — Então, por que toda essa palhaçada de ir me levar se não vai entrar? Eu poderia ter vindo sozinha e não iria me atrasar.

HERIBERTO— Achei que você não me queria dentro das consultas! Foi o que eu entendi da última vez que conversamos que você não me queria dentro do consultório.

VICTÓRIA— Você só entende o que quer, Heriberto, só o que quer! Se não quisesse perto nem teria te dito que tinha medico hoje. Aliás, se for pra ficar na recepção é melhor nem entrar, eu cuido do meu bebê sozinha. Achei que era o que mais queria na vida!– Esbravejou a última frase baixo

HERIBERTO— É a segunda coisa que mais quero na vida... A primeira é você! – Falou com um tom de mágoa como se ela fosse algo perdido perdido para ele. E deu uma olhada rápida para ela.– Não te quero aborrecida... por isso não ia entrar na sua consulta para que você tivesse liberdade com seu obstetra. Eu sou médico e sei que a maioria dos pacientes prefere as consultas assim.

VICTÓRIA — Eu prefiro o meu marido, o pai do meu bebê, era só isso que eu queria.

HERIBERTO— Estou aqui...Vick... também, estou aqui com você, meu amor. Eu me atrasei e peço desculpas não vai se repetir. – Tocou a mão dela.

Ela suspirou e ficou em silêncio não queria brigar, não naquele momento. Ele acelerou e chegou a clinica. Abriu a porta para ela e entraram. Ela entregou os documentos e aguardou.  A enfermeira os encaminhou para a sala de consultas. Victória entrou na sala e sorriu.

Heriberto entrou atrás dela em seguida, tentaria ser cordial.Heriberto pensou em todos os passos de controle que tinha que ter, pensou que tinha treinado a semana toda e iria conseguir. Esperou que os dois se cumprimentassem e foi até o médico e estendeu a mão.

HERIBERTO— Bom dia, Henrique, como vai?

Victória o olhou.

VICTÓRIA— Miguel, Heriberto!

Ele respondeu e soltou a mão dele.

HERIBERTO— Nos conhecemos...– Heriberto pigarreou.

MIGUEL— Vick como esta? Depois daquele dia não me ligou mais sinal que te deixaram comer tudo que tinha vontade certo? Sente-se!

Vick sorriu e sentou. Heriberto se sentou ao lado dela em silêncio.

VICTÓRIA— Sim, eu quase tive que fazer greve pra que eles me deixassem comer, estou exageradamente com fome. Sempre!

Ele sorriu e abriu a pasta dela.

HERIBERTO— Existem coisas que ela não deve comer...– Heriberto sentenciou com a voz baixa.

MIGUEL— Alguma alteração desde que ficou nervosa aquele dia?– Ele olhou Heriberto. – Isso é verdade Heriberto, por isso que ela tem a dieta dela, ela está comendo direitinho? Você sabe me dizer? Eu não quero que ela engorde de mais! – Brincou e ela riu.

HERIBERTO— Ela tem enjoado com frequência, Miguel e isso me preocupa.– falou atencioso.

MIGUEL — Enjoa com frequência?

HERIBERTO— Não quero que ela fique fraca demais.

MIGUEL— Come e joga fora?– Fazia todas as perguntas a ele.

HERIBERTO— Sim, ela está enjoando e depois fica debilitada por algum tempo.– Heriberto olhou para ela com carinho mas não sorriu...

Ele anotava as informações todas

MIGUEL — Vou pedir alguns exames a ela, que podem ser feitos aqui no hospital mesmo e hoje, Vick você tem que tomar todas as vitaminas e os suplementos para o bebê, são três por dia, durante toda a gravidez. – Depois de enjoar você fica quanto tempo debilitada?

Heriberto olhou o médico e sentiu firmeza na forma como ele estava cuidando de sua esposa. Olhou para ela. E por se sentir seguro, ele relaxou e aguardou que ela respondesse.

VICTÓRIA— Umas duas horas todos os dias, nas manhãs, eu já não trabalho mais porque eu não consigo.

Heriberto sentiu o coração doer, sabia o quanto o trabalho era importante para ela.

MIGUEL— Certo, eu vou te receitar um remédio também para seus enjoos! Já diminuiu a rotina de trabalho?

VICTÓRIA— Sim são de quatro horas por dia, quando vou.– Ele sorriu.

MIGUEL—Os três primeiros meses são mais complicados depois só piora. – Brincou com eles. – Victória não te quero comendo doces demais.

VICTÓRIA— Impossível, eu como todos os dias, Heriberto quem me da!

MIGUEL – Então, Heriberto cancele os chocolates, você como médico não a quer com diabetes ou algo que prejudique ela e o bebê certo? Te deixo comer uma vez na semana e sem exageros!

Anotava tudo esperando Heriberto se manifestar.

HERIBERTO— Ela não terá os chocolates! – Heriberto riu pela primeira vez na consulta.

Vick o olhou no mesmo momento e Miguel riu.

MIGUEL — Ótimo,preciso saber quantas vezes na semana vocês tem relação e se dói quando à penetração.– Olhou os dois ali na em sua frente. Vick mordeu os lábios envergonhada e deixou que Heriberto respondesse essa parte.

HERIBERTO — Não estamos tendo relações, Miguel, estamos separados.– Heriberto sentia o rosto arder de tristeza.

MIGUEL — Sabe que esses momentos juntos na gravidez é de importância, não estou obrigando vocês a estarem juntos, mas sabe que ela está cheia de hormônios e não quero ela aborrecida.

HERIBERTO— Estarei a disposição dela, Miguel... Fazer amor com minha esposa e deixá la satisfeita é o que mais gosto de fazer. Será quando ela quiser do jeito que desejar.– Heriberto disse esposa de modo natural.

Vick ficou vermelha de imediato.

MIGUEL— Ótimo, Vick se sentir vontade não duvide em o chamar  Heriberto, ele está a disposição. – Falou suave e terminou de anotar.

VICTÓRIA— Vocês dois combinaram isso não foi? – Olhou os dois. 

MIGUEL— Eu não tenho nada com isso, eu só sou o medico e agora vamos dar uma olhada em seu bebê. 

Heriberto riu, estava tão satisfeito com saber que Miguel cuidava dela.

HERIBERTO— Pode ter certeza que não, Victória! 

Todos levantaram e ela foi até a maca e deitou.  Vick levantou a camisa e baixou um pouco mais sua saia e  ele começou o exame mediu o pequeno feto.

MIGUEL — Preparados pra ouvir o coração de seu bebê?

Victória buscou a mão de Heriberto e segurou firme.

VICTÓRIA— Sim,  Miguel!

Heriberto suspirou e seus olhos enxeram se de lágrimas. Estava orgulhoso dela e teriam um bebê! Sorriu feliz, apertou carinhoso a mão dela.

HERIBERTO— Estamos prontos para isso a nossa vida toda! Miguel... amamos o nosso filho ou filha de um jeito que nem conseguimos explicar para você!

Ele sorriu e aumentou mais o volume e o som do coraçãozinho soou por todo o quarto, forte e mostrando que seria cheio de vida. Vick ao ouvir chorou de imediato, era a vida dando um novo começo a eles. Heriberto suspirou e num gesto automático e emocionado ele foi ate ela beijando, um beijo curto e doce nos lábios.

Depois beijou sua mão com carinho e ficou atento ao barulho.

MIGUEL— O bebê é saudável e você está por entrar no segundo mês, vamos se alimentar bem e na próxima consulta te quero com o mesmo peso vick. Você já engordou três quilos.

Ela sorriu secando as lágrimas.

VICTÓRIA — Só vou comer a dieta e morrer de fome. – Miguel riu e deu a ela o papel para limpar a barriga.

MIGUEL— É depois a senhorita irá me agradecer!

Heriberto so sabia sorrir, os olhos desejosos de mais e mais alegrias. Era o momento mais lindo que vivia naqueles anos todos, ele queria ser pai de novo e agora, ele era... Vick limpou a barriga e levantou sentando. Heriberto deu a mão a ela e sorriu. 

HERIBERTO— Vai ser uma menina, Vick, uma linda e doce menina!

VICTÓRIA— Eu sei que vai, eu sinto! Dois homens, duas mulheres ao todo.

HERIBERTO— Sim, meu amor, ao todo...– ele estava tão feliz que a beijou de novo, um selinho.

VICTÓRIA— E você não queria entrar. – Se afastou e ajeitou a roupa.

Heriberto a olhou.

HERIBERTO— E você parece que não me conhece, é claro que eu ia entrar, Vick! Meu bebê e minha mulher...– ele a olhou de modo sensual. Ela o olhou e sorriu.

VICTÓRIA— Eu vou escolher o nome, não quero que dessa vez ela se chame virgem!

HERIBERTO— Melissa! Não há nome melhor! É delicado e meloso como ela será!– ele a olhou desafiante.

VICTÓRIA— Nunca ela vai se chamar, Lais Victória! – Saiu de perto dele e foi até Miguel.

HERIBERTO— Nada de Laís, Victória, nada de Laís, vai ser Melissa!

Ela o olhou e depois olhou Miguel que sorria. 

MIGUEL— Vick, você escolheu o melhor nome e não é puxar o saco. – Riu mais.– Aqui estão suas receitas e te espero em três semanas para nova consulta.

HERIBERTO— Miguel, não perca o ponto que ganhou! – Heriberto sorriu para ele e estendeu a mão sendo educado.– Obrigada! – Ele a pegou e apertou.

MIGUEL— Não a de que, eu amo o que faço!

Heriberto abriu a porta e esperou por ela.

VICTÓRIA — Obrigada Miguel até a próxima consulta.– Sorriu e saiu com ele. – Estou com fome, quero tomar café, não comi hoje!

HERIBERTO— Você quer ir comigo a uma cafeteria ou quer que te leve em casa primeiro?– ele caminhava ao lado dela e pegou sua mão de modo furtivo, fingindo não imaginar que ela poderia não aceitar.

VICTÓRIA — Eu quero bolo de cenoura com cobertura de chocolate! – Andava segurando a mão dele, era natural para ela.

HERIBERTO— Então, vamos, que quero um bom pedaço de bolo de chocolate para me ajudar a..

Ela o olhou. Ele parou de falar e continuou caminhando. Estava se referindo ao fato de que sem sexo, chocolate era o que o ajudaria ser feliz. Ela parou perto do carro quando ele foi abrir a porta. 

VICTÓRIA—  Então, o que achou de Miguel? Desde que descobri de Lais, ele me tratou muito bem!

Sorriu e foi para entrar no carro. Ele a ajudou e fechou a porta.

HERIBERTO— Ele precisa te tratar bem, você merece ser bem tratada!– Ele entrou no carro e sorriu para ela. – Melissa também merece! – tocou a barriga dela...

VICTÓRIA — Se continuar assim, Heriberto não me provoque!

Heriberto sorriu e ligou o carro.

HERIBERTO — Vamos comer, minha gulosinha... Eu já perdi muitos quilos, mas não resisto a um bolo! Sempre quero mais um pedaço.

Heriberto tinha ficado leve ao ouvir o bebê. Foram apenas alguns minutos de viagem e ele parou em uma cafeteria muito linda e elegante.  Vick desceu sorrindo e de mãos dadas a ele entraram...

Heriberto pediu a mesa mais linda, arejada e de frente para um deck de madeira com uma vista linda. Ele sorriu e viu o garçom trazer o cardápio e sem grandes questões eles escolheram. Heriberto pediu seu bolo de chocolate e mais um pedaço de bolo de macujá com coco e para ela o bolo de cenoura com cobertura extra de chocolate como ela queria.

VICTÓRIA— Heriberto, guloso, dois pedaços! – Brincou

HERIBERTO— E você vai querer comer do meu de maracujá que eu já sei!– ele sorriu olhando para ela. – Você sempre come um pedaço dos meus!

VICTÓRIA — Eu queria comer você... – Falou baixinho só pra ela.

Heriberto sorriu e a olhou.

HERIBERTO— Isso nunca foi um problema, meu amor. – ele chegou bem perto dela e sorriu e foi beijando a mão dela com carinho.  – Quando sairmos daqui podemos nos amar onde você quiser, na sua casa, na minha.

Ela ficou vermelha envergonhada.Heriberto beijou de novo a mão dela e sorriu lindamente.

HERIBERTO— Você nunca esteve tão linda como você está agora... Você é perfeita, meu amor, mas agora, o seu rosto está brilhando!

Ela sorriu e se aproximou um pouco mais dele.

VICTÓRIA— E o que faria comigo assim tão linda? – Queria provocar ele.

HERIBERTO— Eu posso pensar em tantas coisas que eu faria, mas penso em uma que é especial, Vick, uma que posso fazer com a minha língua!– ele chegou bem perto e a beijou gostosamente segurando o pescoço dela e intensificando o beijo. Ela segurou ele e se deliciou com o o beijo, o mordeu de leve e o soltou.

Heriberto desceu as mãos em massagem no corpo dela e ficou acariciando. Se eu soubesse que ia ficar me agarrando, eu teria passado mais perfume, ele beijou o pescoço dela de leve e sorriu.

VICTÓRIA— Baboso!– Se afastou dele. – Fica se achando que não te deixo mais chegar perto! Ouviu o que Miguel disse quando eu quiser!

Heriberto sorriu.

HERIBERTO— Eu te chamei para um café e um bolo e você me disse que queria sanduíche de peru! – ele sorriu. – Não fui, rainha!

Ela riu alto.

VICTÓRIA— Não me faz rir que eu faço xixi na roupa!

Heriberto riu também da declaração dela. Era maravilhoso saber que estava feliz...


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