Você e eu, Eu e você - Reconstruindo um Amor! escrita por Débora Silva, SENHORA RIVERO


Capítulo 1
Capítulo 1 - "De joelhos"


Notas iniciais do capítulo

Esta aberta a nova temporada de Você e Eu - Reconstruindo um Amor.

o seu novo amor das Quartas e Sábados... kkkk

Nessa nova temporada iremos tentar concertar esse ogro do Heriberto e esperamos conseguir, Eu e Ju estamos empenhadas nessa missão quase impossível, porque nunca vi um homem tão assim, assim como ele. Espero que todas vocês gostem dessa nova temporada como gostaram da outra!

Escrita com ela que é o meu Heriberto o meu amor Juliana Ramos ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/729742/chapter/1

 

 

ANTONIETA – Vick... – chamou de novo.– Você tem visita... – falou com a voz tensa.

VICTÓRIA – O que foi, mulher?- virou sentindo o ar faltar com a imagem que viu. As pernas tremeram no mesmo momento. Nada mais saiu. Antonieta olhou firme a imagem em frente a elas, o homem estava ali, frio a olhar.

XX – Você está grávida, Victória? – A voz soou rígida e cheia de cobrança...

Victória sentia as pernas tremerem, nem com mil pesadelos ela poderia imaginar-se diante daquele homem, tremiam cada vez mais. O ar faltou e ela se manteve firme, não deixaria que ele percebesse o pavor que estava sentindo.

Era tudo misturado, dor, raiva, medo e tudo lhe veio a cabeça, cada coisa.

JOÃO – Não vai me responder?

VICTÓRIA – O que está fazendo aqui?- falou baixo se controlando para não gritar e xingar ele com todas as suas forças.

JOÃO – Vim ver a minha filha.- olhou bem ela e depois Antonieta.- Saia eu quero falar com ela a sós.- levou as mãos ao bolso.

Antonieta o olhou e depois olhou para Victória, só sairia se a amiga dissesse. Esperou por Vick que assentiu e a olhando com receio. Victória viu a amiga sair e por fim num suspiro olhou para ele dizendo.

VICTÓRIA – Eu não sou sua filha, não foi o que me disse quando me bateu da última vez? O que quer aqui, João?– falou firme ficando de pé atrás da mesa e olhando para ele.

Ele foi até a porta e a fechou. Voltou e se aproximou da mesa.

JOÃO – Eu quero conversar.

VICTÓRIA – Sai daqui, não o que conversa, o que quer comigo depois de todo esse tempo?– ela recuou com medo dele, estava tentando disfarçar, mas estava era quase impossível.

JOÃO – Primeiro me responda, separou e descobriu esse bebê ou já separou grávida? Você está grávida ou ouvi errado?

VICTÓRIA – Isso não é da sua conta, pa...– recuou, não iria chamá-lo de pai, não dizia aquele nome há anos.

JOÃO – Victória são vinte anos, não precisa mais ter medo eu não vou te bater. E tudo que diz respeito a você é da minha conta sim!

VICTÓRIA – Agora? – ela sentiu a garganta seca e os olhos se encheram de lágrimas. – Agora você quer ser meu pai? Avô do meus filhos? O que importa se estou grávida ou casada com Heriberto? Você sempre odiou Heriberto, sempre!

JOÃO – E eu tinha razão olha Onde isso foi parar, demorou mais ao fim você mesma se deu conta de que ele não presta pra você! Eu posso ser o pior homem mais sempre mostrei quem eu era.

VICTÓRIA – Não fale de meu marido! – foi ríspida.

JOÃO – Isso não me deixa feliz nenhum pouco, vivi todos esses anos me amaldiçoando por ter sido o pior pra você, minha filha.

VICTÓRIA – Você não sabe nada de Heriberto eu não me interesso pelo que você pensa dele. – Ela se calou co a declaração dele, sentia tanta mágoa. Você me batia sem eu ter culpa de nada, quando eu ainda era só uma menina que queria um pai. Não me venha com estar arrependido, eu não quero saber!

JOÃO – Eu não vim aqui falar daquele safa... Do seu marido, eu vim...

Ela saiu da mesa e começou a andar na sala.

VICTÓRIA – É claro que você não vai me bater porque eu te coloco na cadeia, João!

Ele se calou a olhando, tinha perdido tanta coisa, mal conhecia os netos só por foto de revistas e jornal, nunca ousou se aproximar dela depois do episódio em que ela apontou a faca pra ele.

JOÃO – Filha...Me perdoa, Victória.

VICTÓRIA – Sai daqui, João, eu não sou sua filha! – lacrimejou de novo olhando para ele. Sentiu uma pontada na barriga e quis fugir dali.

João se aproximou dela, Victória recuou num gesto instintivo.

VICTÓRIA – Não chega perto de mim... Vai embora, é o melhor que você faz!

JOÃO – Por favor, não fica nervosa faz mal pro seu bebê.– Ele levou a mão pra tocar o rosto dela.Queria tocar chegar perto dela, se arrependia amargamente de tudo mais pelo jeito já era tarde.

VICTÓRIA – Não!

João tocou os fios de cabelos negros dela por um momento até ela se afastar. Ela se afastou ainda mais indo até a porta para abrir Abriu a porta com as mãos tremendo, o corpo todo tremia de novo e ela o olhou.

JOÃO – Victória, eu estou aqui. -Ajoelhou. - Me perdoa filha, me perdoa!

VICTÓRIA – Quando mais precisei eu não tive pai, você me bateu e me humilhou e me chamou de vagabunda.

João chorou com o olhar baixo.

VICTÓRIA – A vagabunda, prosperou e tem uma família agora! Prosperou, tem uma família e um Império e você não faz parte disso! – estava angustiada com ele ali, mesmo de joelhos o coração doeu não era indiferente a ele.

JOÃO – Eu era um bêbado doente, Victória, doente desde que sua mãe perdeu o meu menino eu perdi a vontade de viver e só fiz tudo errado com você que estava ali viva e só precisa de carinho de pai.– a olhou nos olhos.– Eu levei anos pra entender e quando por fim, isso aconteceu e já era tarde demais, minha família já estava destruída.

Victória sentiu um nó na garganta, Heriberto tinha ficado diferente depois da perda do filho dos dois e ela sabia disso, então, a declaração dele não parecia mentirosa.

VICTÓRIA – Você nunca amou a minha mãe, só gostava de fuder com ela! E de em mim você gostava de bater! Éramos o seu passa tempo, seu saco de pancadas! – virou de costas para ele ali ajoelhado.– Por favor, se levante!

JOÃO – Eu amava sua mãe, disso você não pode duvidar nenhum momento, se não a amasse não tínhamos ficado anos juntos. Isso, Victória você não pode afirmar.

Ela suspirou tocando sua barriga, estava se sentindo mal, estava enjoada e se sentiu mareada, era a emoção.

VICTÓRIA – Amava minha mãe? Você tratou minha mãe como uma... – suspirou e olhou para ele de novo.–Eu não quero falar mais nada...

JOÃO – Eu sei tudo que fiz... Tudo e não posso concertar, mas estou aqui pelo seu perdão.

VICTÓRIA – Se você quer o perdão dela, de minha mãe, peça a ela, mas o meu você não terá. Não vou apagar o que você me fez só porque veio aqui e se ajoelhou para mim. Pode ficar ajoelhado mais vinte anos.– sofria ao dizer aquelas palavras.

JOÃO – Eu perdi tudo, Victória, tudo nessa vida, eu não sou ruim de vida tenho dinheiro mais não sou feliz. Quem disse que dinheiro compra felicidade mente! – Levantou passando a mão no rosto.

VICTÓRIA – Fique com seu dinheiro! – ela se aproximou mais de sua mesa e se apoiou. – O que quer? Voltar para minha mãe e me receber domingo com meus filhos para almoçar?

JOÃO – Eu fui castigado nessa vida e muito, perdi vocês e depois perdi a mulher que me aceitou. Eu não estou te oferecendo meu dinheiro, você tem muito mais que eu minha filha...

Ela estava mais tonta, sentia o ar faltar. Ele se aproximou dela e ficou atrás dela, tocou seu ombro e beijou seus cabelos.

VICTÓRIA – Minha mãe está feliz com o namorado dela, ela não vai nem querer ver você! Não faz isso!– saiu de perto assustada.

JOÃO – Me perdoa minha filha é só isso que eu vim fazer aqui! Não vim pra ir atrás de sua mãe e nem reaver minha família, o que tá feito tá feito.

VICTÓRIA – Eu não sou sua filha, foi você quem disse, chamando minha mãe de mentirosa e de vagabunda, duvidando dela.

João ficou frente a ela e mesmo com sua negativa e as palavras dura ele tocou seu rosto macio e sorriu de lado.

VICTÓRIA – Você nem se importa com minha mãe, nem pensou nela e nem imagina o quanto ela sofreu. Você a fez escolher entre sair de casa com a filha a dela ou ficar com o homem que ela amava. Minha mãe se sacrificou por mim. Agora, sai, daqui, sai e me deixa sozinha e não procura a minha família e nem a mim que eu disse a meus filhos que você morreu! – falou com mágoa profunda dele desviando o rosto sem olhar para ele e sofrendo.

JOÃO – Você se tornou uma mulher linda e quero que seja feliz, mesmo que for ao lado daquele bosta do Heriberto, não se preocupe, eu não vou atrás da sua família.

Estava tão mexida, queria tanto ser abraçada, estava frágil, queria Heriberto ali, implorou por Heriberto em pensamento.

VICTÓRIA – Por que você odeia meu marido?– ela a olhou com o rosto triste. – Ele nunca fez nada para que você o odiasse, me diz o que você tanto odeia em Heriberto? É por que ele me amava e você não? É por que ele sempre foi um homem e você não?

JOÃO – Porque eu sou um invejoso, via nele o que eu nunca fui capaz de fazer por minha mulher. – Confessou. – Eu via no olhar dele o que eu nunca fui pra nenhuma de vocês e sim, eu nunca fui um homem de verdade!

Victória sentia sinceridade nas palavras dele, mas não queria se sentir assim com ele.

VICTÓRIA – Mas você poderia ter sido, minha mãe sempre disse que por um tempo você foi. Você tinha um vício, uma doença, mas antes de tudo você tinha uma família!

JOÃO – As vezes uma perda não superada nos faz cair no abismo e foi isso que aconteceu, me entreguei a bebida e virei um bosta de homem, só fiz mal a vocês. Você já perdeu uma coisa que mais desejava na vida e sentiu que não conseguiria mais seguir em frente? Eu acho que não, você é feliz apesar de tudo você alcançou o sucesso e mostrou pra mim e pro mundo que podia sim, ser grande!

VICTÓRIA – Você não sabe nada sobre mim! – ela se afastou dele de novo a ferida estava aberta.

Para João era impossível segurar a vontade de tocá-la, Victória foi até a porta.

VICTÓRIA – Sai daqui, eu não quero mais te ver!

Ele a seguiu com o olhar.

VICTÓRIA – Vá embora agora! – ela falou com a porta aberta e com raiva.

Ele suspirou resignado e andou até a porta ficando frente a ela.

JOÃO – Você tem razão eu não sei nada sobre você! Me desculpe!– Mesmo contra gosto dela a segurou pelo rosto com as duas mãos e beijou sua testa. – Eu amo você, filha.– sem mais, saiu da sala e foi embora.

Victória sentiu o coração desesperar e sem forças ela foi até sua mesa se apoiando. Antonieta viu João sair e entrou correndo na sala, porque estava na porta esperando, não queria que amiga ficasse sozinha com o pai.

ANTONIETA – Victória!

As pernas tremeram e o ar faltou, ela não queria chorar mais era impossível. Antonieta entrou nervosa indo até a amiga que corava. O nó que formou em sua garganta era maior.

ANTONIETA – Amiga, o que ele disse? – Foi ate ela e a abraçou com força. Queria que a amiga se sentisse segura. – O que ele queria, por que apareceu agora?

Victória gemeu de dor e o choro engasgado rolou por seu rosto enquanto abraçou sua amiga. Victória nada disse só chorou, amargando aquele momento. Pepino nesse momento e como sempre extravagante não percebeu que ela chorava e falou.

PEPINO– Que passa? E esse abraço de comadres sem mim.

Antonieta o olhou e levou a mão no peito.

ANTONIETA– O pai de Vick veio aqui, Pepino!– falou com pavor sentando a amiga na cadeira.

PEPINO– Quê? – deu um grito.

ANTONIETA – Sim, Pepino, ele mesmo em carne e osso! – ela mirou ele e fez uma careta de nervoso. Olhou para os dois lados e pegou o braço do manequim e voltou a procurar por ele.– Victória se acalme, você precisa se acalmar por causa do bebê!

PEPINO– Onde está que eu vou matar esse velho, o que ele fez com a minha rainha!

Antonieta pegou o telefone e pediu uma água com açúcar. Pepino se aproximou e ajoelhou segurando a mão dela.

PEPINO – O que ele fez amore mio?– Perguntou angustiado, Victória não conseguia falar o choro era mais que ela e ela soluçou, parecia doer.

ANTONIETA – Não podemos deixar ela desse jeito. – Antonieta saiu da sala nervosa e fez uma ligação. Precisa de ajuda com Victória, tinha medo que algo acontecesse com o bebê.

Victória levou a mão a barriga, o soluço fazia doer e ela chorava mais. Pepino ficou ali com ela e entregou a água e ela bebeu só um pouquinho quase engasgado.

PEPINO – Victória vem, vamos sentar ali no sofá sim? É mais confortável. – Ele levantou e a pegou com cuidado a levando para o sofá.

Pepino sentou ao lado dela e a abraçou, deixou ela chorar já que ela não falava nada. Em menos de dez minutos, assustado e com uma expressão de medo, Heriberto parou na porta olhando para ela. Ele estava com uma bermuda branca, uma blusa social azul e usava óculos escuros. Os sapatos mocassins eram azuis também. Estava bem mais magro, o rosto mais bonito do que nunca e seu cheiro foi sentindo em toda sala assim que ele entrou.

HERIBERTO – Victória...– Ela soluçou e chorou mais ainda. A voz rouca e penetrante invadiu o espaço da sala e ele entrou em direção a ela sem se preocupar em como ela o receberia. Foi até ela e se abaixou diante dela no sofá. – Meu Deus, minha vida, o que você tem? – aquelas palavras eram tão fortes e tão verdadeiras que ele soltou sem perceber. Ela era a vida dele e seu amor para sempre...

Antonieta olhou Pepino e fez sinal para que saísse e ela saiu sem dizer nada, aquele momento era unicamente deles.

PEPINO – Ela não fala, Deus grego só chora.– Falou sem poder se conter.

HERIBERTO – Obrigada, Pepino, eu vou cuidar dela. – ele sorriu para ele e agradeceu o cuidado que sempre tinha com ela. – Peça para trazerem um chá. – Ela não podia tomar chá, mas ele não sabia que estava grávida.

Heriberto beijou os cabelos dela e saiu fechando a porta. Segurou as mãos dela e beijou com carinho olhando para ela que ainda não tinha olhado em seus olhos. Ela o olhava com o rosto molhado de lágrimas.

HERIBERTO – O que houve? – limpou as lágrimas dela com as pontas dos dedos.

Ela fechou os olhos ao sentir o toque dele e tentou respirar fundo doía e ela levou a mão novamente a barriga. Queria ficar calma mais aquele encontro foi de mais até para ela.

HERIBERTO – Está com dor na barriga?– ele a tocou com cuidado na barriga.– Está com dor aonde? Antonieta não me disse nada apenas que precisava que eu te examinasse. O que você tem Vick? Quer ir a um hospital?

Ela sentiu o corpo tremer com o toque dele em sua barriga.

VICTÓRIA – Ele veio aqui...– Falou quase num sussurro.

Heriberto a olhou.

HERIBERTO – Ele quem, Victória? Ele quem?

Ela o olhou engolindo o choro.

VICTÓRIA – Meu pai...

Heriberto sentiu o rosto embranquecer e se sentou ao lado dela na mesma hora a puxando para ele e para seu peito.

HERIBERTO – Meu Deus, Victória, depois de todos esses anos. O que ele veio fazer aqui...

Ela agarrou a camisa dele e chorou de novo. Ele a abraçou forte, recebendo o pequeno corpo dela no seu, ele sabia que dor era aquela, como ela ficava abalada só em falar.

HERIBERTO – Ele fez alguma coisa contra você, Vick?

VICTÓRIA – Ele... Ele veio me pedir perdão.

HERIBERTO – Ele te maltratou?

Ela negou com a cabeça. Heriberto a olhou, ainda abraçado a ela.

HERIBERTO – Pedir perdão?

Victória confirmou com a cabeça. Heriberto estava surpreso e imaginando o que ela estava sentindo.

HERIBERTO – Vamos para sua casa, eu vou te levar, você não pode ficar aqui! Você consegue andar? Ou quer que te leve no colo?– ele falou de modo natural, ela estava em choque e ele era um médico.

Victória não sabia o que pensar, as palavras do pai ainda ecoavam e sua cabeça, estava atordoada e sua cabeça doeu um pouco o enjoo bateu forte. Ela respirou fundo.

VICTÓRIA – Pega água pra mim... – Falou rápida e sentindo que ia se entregar ali na frente dele.

Heriberto se soltou dela e pegou água, voltou e entregou a ela.

HERIBERTO – Beba de vagar e vamos para casa, você precisa descansar um pouco. Foi uma emoção muito forte. Nosso filhos estão em casa?

Ela pegou e tomou segurando a barriga era quase um movimento involuntário. Tomou toda a água.

VICTÓRIA – Não, estão num evento que a empresa vai realizar.

Heriberto pegou o copo e colocou sobre a mesa.

HERIBERTO – Victória, você não pode ficar assim aqui, você está pálida! Está passando mal, precisa descansar.

Passou a mão no rosto já com as lágrimas mais brandas.

HERIBERTO – Ainda está trabalhando até uma da manhã todos os dias?

VICTÓRIA – Eu trabalho até às cinco! – Foi levantar para calçar os sapatos e sentiu dor voltando a se sentar. – Merda! – Fez cara feia.

Ele a olhou e suspirou, era sempre a mesma coisa.

HERIBERTO – Você precisa de férias, Victória, não tivemos dias fáceis nesses últimos dias a e agora seu pai... Você tem que ter um tempo para você.

VICTÓRIA – Ele não é meu pai!

O telefone dele tocou e ele atendeu.

HERIBERTO – Não posso estou em uma emergência com Victória, passe para outro médico, por favor.

Ela deitou no sofá rezando pra que seu bebê não a entregasse e ela precisasse ir para o hospital e ele desligou sem mais explicações o telefone.

HERIBERTO – Está enjoada? Quando ficamos muito tensos e nervosos, sentimos enjoo.

VICTÓRIA – Sim é só enjoo e um pouco de dor de cabeça vai passar.– respirou fundo. Queria acariciar a barriga mais com ele a olhando, ela não arriscou, não estava pronta para contar do bebê.

Heriberto se sentou de novo com ela e a amparou.

HERIBERTO – Você não precisa ser forte sempre, Vick, você tem direito de ser humana! – beijou os cabelos dela e foi gentil.– Eu prefiro te levar para sua casa, mas se está segura de que quer ficar, eu chamarei Rafael para que fique de olho em você. Tudo bem? Ele fica com você...

VICTÓRIA – Eu vou para casa, preciso repousar, agora mais do que nunca não posso me arriscar. – Sentou e levantou com cuidado indo até os sapatos, sentou colocando eles.

Heriberto a olhou, o que significava o agora mais do que nunca, mas não era hora de questioná-la, não a queria nervosa. Olhou pra mesa e viu o último chocolate, comeu. Então, ele pegou a bolsa dela e esperou que ela andasse.

Do lado de fora os funcionários se acumulavam, focando e pensando em como ela poderia ser a rainha da moda e mesmo assim ter uma vida tão cheia de problemas. Ela ficou de pé mastigando e foi até o banheiro limpou o rosto e voltou, pegou o celular e as chaves em cima da mesa e o olhou.

HERIBERTO – Vamos! – deu o braço a ela para que se apoiasse e esperou que ela pegasse. Ela não pegou. Era tinhosa demais, mesmo quando precisava. Andou devagar na frente dele.

Ela deu umas quantas ordem para secretária e pediu que Antonieta assumisse a reunião no lugar dela.Heriberto, então, caminhou com ela em direção ao elevador em silêncio. Quando saíram do elevador e desceram ao estacionamento, ele a olhou...

HERIBERTO – Quer ir no seu carro ou no meu?

Ela o olhou.

VICTÓRIA – Tanto faz, eu só quero ir pra casa e descansar! – Colocou os óculos escuros.

Heriberto abriu o carro dele, era novo, maior e mais bonito, tinha trocado naquela semana. Abriu a porta para que ela entrasse.

HERIBERTO – Vamos, então!

Ela entrou e observou o carro. Ele fechou a porta e foi até o outro lado, sentou e fechando a porta colocou o cinto e ligou o carro para irem embora. Ela colocou o cinto e recostou a cabeça no vidro, estava inquieta. Heriberto ligou uma musica calma e começou a dirigir.

HERIBERTO – Tem certeza que não quer ir a um hospital? Eu posso ir com você e te examinam num minutos....

VICTÓRIA – Não...

Ele estava prestando atenção ao trânsito.

VICTÓRIA – Não precisa!

O telefone tocou de novo e ele atendeu no Bluetooth do carro. Ela suspirou cansada, era mais uma chamada para que ele comparecesse ao hospital e ele mais uma vez disse que não podia e que estava em uma emergência, desligou o celular e suspirou, estava com fome.

HERIBERTO – Quer comer alguma coisa em um restaurante? Eu estou com fome.

VICTÓRIA – Eu não posso comer qualquer coisa! – Estava mais cuidadosa do que nunca.

HERIBERTO – Por que, Victória? Está de dieta?– ele a olhou de relance.– Está doente? O que você tem? – o coração dele doeu só de pensar.

Com certeza ele iria perceber que ela estava uns dois quilos pelo menos mais gordinha.

VICTÓRIA – Eu estou bem, melhor do que nunca só não posso comer qualquer coisa.

HERIBERTO – Por que?

VICTÓRIA – É melhor ir para casa, se quiser almoçamos lá, eu sempre almoço em casa todos os dias com as crianças.

HERIBERTO – Não quero incomodar você! Prefiro comer em outro local, não quero dar trabalho.

VICTÓRIA – Não se nega um prato de comida a ninguém! E você me ajudou a se acalmar nada mais justo, se não fosse você eu poderia estar no hospital e... – Parou de falar.

HERIBERTO – Tudo, bem se não vou incomodar, eu quero almoçar, sim que estou com fome! Eu nunca deixaria de atender a uma chamado da minha m...– parou de falar.

Ela suspirou e olhou para a rua...

HERIBERTO – Um chamado da mãe dos meus filhos...

Ela sorriu involuntariamente.

HERIBERTO – Eu quero te perguntar uma coisa, mas prefiro que conversemos em casa, na sua casa!

VICTÓRIA – Como quiser.

HERIBERTO – Quero que você se acalme primeiro. – ele riu, era o primeiro momento que ria naquele dia.

VICTÓRIA – Eu já estou mais calma, não posso ficar aborrecida.

HERIBERTO – Victória, nossa filha está cozinhando!

A cada passo que abria a boca se entregava mais.

HERIBERTO – Você acredita que no fim de semana quando ela dormiu no meu apartamento ela fez um jantar delicioso para nós. – Heriberto estava prestando atenção em cada palavra dela, mas a pergunta que queria fazer não seria feita no carro. Depois do almoço dele conversaria de modo franco com ela.

Vick sorriu a filha estava mais carinhosa do que nunca.

HERIBERTO – E eu provei tudo que ela fez...

VICTÓRIA – Ela está treinando, e temos que ser cobaia!

HERIBERTO – Foi fazer compras comigo e você nem imagina o que comprou. Só comidas saudáveis, disse que eu precisava emagrecer por causa dela estou mesmo 10 quilos mais magro.

VICTÓRIA – E precisava mesmo!

Ele riu, falou sem querer.

HERIBERTO – Sim, mas ainda vou perder mais seis com a malhação. – ele respondeu sem mais delongas e parando em um sinal.

VICTÓRIA – Faz bem pra saúde!

HERIBERTO – Estamos quase chegando!

VICTÓRIA – Eu preciso fazer xixi, Heriberto.– se ajeitou no banco.

HERIBERTO – Ela me disse que preciso estar gato, nossa filha é uma figura. Agora, Vick, não dá paras segurar, em dez minutos estamos em casa? – ele a olhou.

VICTÓRIA – Tá mais vai logo. – Se segurou.

Ele acelerou e em cinco minutos desceram em casa. Ela desceu na frente e entrou correndo indo no banheiro do andar de baixo.Heriberto entrou se sentindo estranho naquela casa. A casa estava cheia de caixas para todo lado. Não era mais a sua casa e sempre que levava a filha ele não entrava, quase vazia estava. Esperou Vick voltar do banheiro e a olhou...

HERIBERTO – Você vai se mudar?

Ela voltou arrumando o vestido e o olhou com a pergunta.

VICTÓRIA – Sim! – Falou naturalmente.

HERIBERTO – Para onde vão? Eu posso saber? Por que quer sair desta casa?– os olhos dele fixos nela.

VICTÓRIA – Você vai saber de qualquer jeito! Essa casa está grande demais e eu e meus filhos vamos para minha casa!

HERIBERTO – É por causa do bebê?

Victória gelou, ele soltou de uma vez olhando para ela com as mãos no bolso.

VICTÓRIA – O... O que?

HERIBERTO – Hoje eu percebi que está com sede, com enjoo, querendo ir ao banheiro, mudou sua dieta e está com medo de trabalhar demais e ficar nervosa. Você está grávida? Está esperando um filho meu, Victória? – ele sentiu o coração gelar com a possível resposta.

A garganta secou e Victória passou as mãos no cabelo. Não poderia negar e ela havia se entregado em vários momentos.

VICTÓRIA – Sim! Sim eu estou grávida!– Esperou a reação dele.

Heriberto a olhou e seus olhos brilhavam, ele sentiu o coração explodir, em seu pensamento foi até ela e a abraçou louca de felicidade lhe dando um beijo delicioso na boca. Mas na realidade apenas sonhou naqueles segundos... teve vontade de pegar Victória e beijar sua boca, mas não fez.

HERIBERTO – Eu serei pai, de novo...– proferiu baixo como se quisesse repetir para si mesmo e acreditar naquilo que estava dizendo. – Deu dois passos e e olhou para ela. – Você está grávida...

Ela recuou e confirmou com a cabeça. Os olhos dele encheram-se de lágrimas.

HERIBERTO – E quando você ia me contar? – falou calmo. – Quando nosso filho nascesse? – limpou suas lágrimas e a olhava atento.

VICTÓRIA – Quando você merecesse! – Foi dura e se arrependeu.Mas não voltou atrás. – As coisas não mudam só porque eu estou esperando mais um filho teu!

HERIBERTO – Sim as coisas todas mudam, Victória Sandoval! O que não quer dizer estarmos juntos, mas não vou ficar longe de meu filho! Eu tenho direito de acompanhar essa gravidez! A coisa que mais quis nos últimos anos foi ser pai de novo!

VICTÓRIA – Enquanto estiver na minha barriga, você vai se limitar, sim! Eu preciso de paz e tranquilidade o meu bebê também. E veio logo quando já não estamos mais casados.

Victória tirou os sapatos deixando de lado. Pegou a bolsa e abriu pegando seu celular. Olhou e viu a chamada do filho e retornou. Conversou com ele uns minutos e depois desligou. Heriberto sentia o coração aos pedaços e ao mesmo tempo estava alagado de felicidade. Era tudo que mais queria com ela, o sonho de mais de uma década.

HERIBERTO – Eu vou embora, agradeço pelo almoço e espero que você descanse!

VICTÓRIA – Eu vou trocar de roupa e volto pra gente comer, fique a vontade!

Não podia discutir com ela, precisava que ela ficasse calma.

VICTÓRIA – Você não disse que estava com fome? E queria falar comigo?

HERIBERTO – Eu preciso pensar, Victória, olha o que acabou de dizer e age como se não fosse nada demais! É o nosso filho tão desejado. Eu não quero brigar você já sofreu demais por hoje. Por isso vou embora e volto outra hora para conversarmos. Você precisa descansar!

O telefone dele tocou de novo e ele se enfureceu.

VICTÓRIA – Vai impor sua presença e interferir na minha gravidez?

HERIBERTO – Que merda, já disse que nã...Nádia, me desculpe, sim, posso, remarque a consulta, obrigada! – ele sorriu, era sua terapeuta, Victória não sabia, mas ele tinha começado sua terapia a mais de três semanas e estava medicado.

Victória mordeu os lábios, pegou sua bolsa e virou subindo as escadas. Nádia estava eficiente em sua função, ele já se sentia controlando bem melhor seus acessos de raiva e sua vontade de beber. Heriberto suspirou e virou-se indo para a porta.

HERIBERTO – Que descanse, Victória!– ele estava na porta quando disse. Ela não respondeu e foi para o quarto.

Heriberto saiu de casa com o coração parecendo que tinha levado um tiro. Era só felicidade, queria gritar como louco, queria dizer a todos que era pai de novo, sentia a alegria invadir seu coração. Não conseguindo se conter saiu dali direto para um shopping e comprou um lindo macacão branco que serviria fosse menina ou menino e depois foi almoçar.

Na casa de Vick , Virgínia foi ao quarto da mãe sorrindo, bateu na porta e entrou depois de ouvir que podia.

VIVI – Mãe...

Ela entrou para o quarto e tirou a roupa e foi para o banho, tomou uma ducha rápida e logo saiu, vestiu uma camisola e pediu seu almoço no quarto, comeu e ligou a TV. Estava deitava com seus pensamentos a mil e só se deu conta da hora quando viu a Filha.

VICTÓRIA – Filha, oi Virgínia! – Sorriu chamado ela.

Virgínia foi até a cama e beijou ela com amor.

VICTÓRIA – Como foi lá no evento?– Perguntou depois de beijar a filha.

VIVI – Foi tudo ótimo... – riu e tirou uma coisa de trás das costas. – Olha o que tem aqui para comermos juntas...– mostrou a caixa de bombom e deitou na cama beijando a mãe.

VICTÓRIA – Você só quer me engordar, garota! – Sorriu se ajeitando na cama.

VIVI – Vamos, ser felizes mãe, já que não fazemos amor! – ela riu soltando a novidade para a mãe.

VICTÓRIA – Você é virgem, minha filha, não brinca com o coração da mamãe!– Abriu a caixa.

VIVI – Mãe...– ela suspirou e riu.

VICTÓRIA – Você não tem idade, é um bebê.

VIVI – Tenho dezenove, mãe e...

VICTÓRIA – E não tem que casar! – Brincou.

Virgínia ficou em silêncio e comeu um chocolate depois virou de bruços e olhou a mãe.

VIVI – Sabe o Léo? Leonardo Souza, o empresário, mãe, mais velho.

VICTÓRIA – Virgínia quem foi? Sabe que teu pai vai matar! – Victória teve um "parocardiaco", como dizia Pepino.

VIVI – Aquele que faz negócios com a casa de modas e que é solteiro assumido?

VICTÓRIA – Minha filha você não...

Virgínia tinha um brilho nos olhos.

VIVI– Mãe, estamos namorando a mais de três meses, eu só não tinha contado antes desde que você me pediu para trabalhar na casa de modas. – pegou outro chocolate. – A três semanas eu me tornei a mulher dele, mamãe, somos um do outro agora...

VICTÓRIA – E você deu para ele em três meses? Minha filha, tinha que esperar mais! – Mordeu o chocolate.

VIVI – Mãe, eu namorei por mais de três anos o meu cabeludo e não quis, eu quis, mas não era a hora. Leonardo me deixou segura e me deixou em paz, meu pai disse que é porque ele é mais velho, que homens mais velhos são mais cuidadosos. – soltou assim de modo leve aquelas informações.

VICTÓRIA – Heriberto sabe disso? – Ficou brava. – Teu pai sabe disso e eu não?

VIVI – Sabe sim, mãe, eu contei a ele nesse fim de semana que dormi lá com ele porque Leo foi me buscar para irmos ao cinema e eu sai às quatro da tarde e só voltei uma da manhã. Meu pai estava me esperando e me disse sério... quando você vai me contar Virgínia que está se entregando a esse homem?– riu do jeito sério do pai.

Victória mordeu dois chocolates de uma vez só, frustrada pela a filha nunca contar para ela prometo.

VICTÓRIA – Desgraçado sempre roubando a minha vez. – Falou chateada e atacando os chocolates.

VIVI – Mãe, só tem três dias que contei a ele. Contei porque estava com ele no apartamento, senão não teria contado. – Meu pai me esperou e me pressionou!

VICTÓRIA – Já faz três semanas, Virgínia, três que você dorme com ele homem e contou para o seu pai primeiro? Obrigada!

Ela abraçou a mãe beijando.

VICTÓRIA – Tira isso daqui! – Enjoou.

VIVI – Mãe só ia contar depois de cinco meses!

Victória chorou. Virgínia retirou a caixa e a olhou.

VIVI – Mãe, não chora, por que tá chorando, ele me faz tão feliz. Eu o amo. – Victória estava com os nervos e os hormônios lá em cima. Ele me trata como uma princesa.

VICTÓRIA – Eu sou uma péssima mãe.

VIVI– Eu quero te contar tudo, mas se ficar chorando não consigo. Não é mãe...– abraçou ela com amor e ternura, apertou a mãe beijando. – Minha ciumenta Sandoval!

VICTÓRIA – Sou sim, você ama mais ele do que a mim e eu sei que sou culpada! Não me apertar que eu vômito!

VIVI– Você ama mais o Rafa do que a mim? O Rafa ama mais você que meu pai? Não, você me disse que mesmo com problemas nos amamos todos, não disse isso e não foi assim que comecei minhas análises?

VICTÓRIA – Eu nunca amei mais seu irmão do que você, posso ser a bruxa má de conto, mas eu amo vocês igual!

VIVI – Meu pai também, ele sente muita falta do Rafa. – Sabe mãe, cada vez que ele compra algo para mim ele compra pro Rafa e guarda, disse que quando eles estiverem bem, ele entrega.

VICTÓRIA – Teu irmão tá chateado, teu pai foi um brucutu.

VIVI – Já esta um quarto cheio de coisas, meu pai é um exagerado. – ela riu orgulhosa do pai.– Ele me deu tantos presentes no fim de semana, eu fiz o jantar para nós, Tio Otávio, Leo e Drª. Nádia.

VICTÓRIA – Não tem com o que gastar dinheiro e fica aí gastando com vocês!– Victória sentiu o estômago revirar. – E Laura? – Questionou.

VIVI – Ela não foi, mas Tio Otávio jantou conosco e depois foi embora encontrar com ela na igreja.– riu da mulher.– Ela continua doida. Saímos quase juntos porque Léo quis passear também.

VICTÓRIA – Mais agora da do jeito que ele gosta! – Victória mordeu os lábios de novo mais não ia perguntar quem era fulana. – Onde está seu irmão? – Trocou de assunto.

VIVI – Ele disse que ia ver a namorada dele, estavam brigados. Você sabe quem é mamãe?– ela riu comendo os chocolates e se levantando da cama.

VICTÓRIA – Não, mas suspeito! Rafa estava gritando no celular.

Vivi ficou de pé com a caixa na mão.

VICTÓRIA – Onde vai?

VIVI–Eu vou tomar um banho, meu pai vem me buscar.

VICTÓRIA – Já vai me trocar?

VIVI – Vamos juntos ao parque de animais, ele está de folga hoje e amanhã. – ela sorriu.

VICTÓRIA – Você já está com suas coisas prontas? Amanhã o caminhão vem para levar o resto das coisas.

VIVI – Deixe disso que estou sempre aqui com você. Tudo pronto, mas tem coisa que quero deixar no apartamento do meu pai, meu quarto está lindo, ele me comprou uma linda estante de livros.

VICTÓRIA – Liga pro teu pai e diz que na hora que ele vir te buscar que é pra trazer uma jaca grande! – Se acomodou debaixo das cobertas.

Virgínia olhou a mãe.

VIVI – Jaca? Que isso, mãe, pra que?

VICTÓRIA – E que esteja madura porque eu quero comer hoje!

VIVI – Meu pai só vem a noite, ele vai demorar.

VICTÓRIA – Liga que ele vem correndo quer apostar?– Sorriu. – Liga agora aqui na minha frente!

VIVI – Vem não que hoje ele ia jogar poker tarde com os amigos médicos!

VICTÓRIA – Virgínia, liga!– Riu mais.

VIVI – Tá bem, mamãe.– Virgínia ligou para o pai.

VICTÓRIA – Aqui na minha frente!

VIVI – Oi pai...

HERIBERTO – Oi princesa! – ele respondeu no primeiro toque.

Victória se alinhou nos travesseiros e esperou.

HERIBERTO – Já está pronta?

VIVI– Pai, minha mãe pediu jaca. – falou meio incrédula.

HERIBERTO – Pergunta se ela quer jaca pau ou manteiga.– falou sem discutir.

VIVI– Mãe ele disse se você quer jaca pau ou jaca manteiga?

Victória começou a rir da cara da filha, Virgínia fez uma cara surpresa e esperou pela mãe.

VICTÓRIA – Eu quero doce e madura!

VIVI – Ela quer doce e madura.– Virgínia sorriu e provocou. – Ela falou papai que você pode dormir aqui com ela. – Victória riu mais. – Que ela está com saudades de você.

Victória sentou e tocou o travesseiro nela.

VICTÓRIA – Garota, eu te quebro!

Riu sabendo que o pai ia ver que era armação.

HERIBERTO – Filha, diga a sua mãe que em meia hora, eu mando alguém entregar a jaca dela, fique bem e te pego a noite, minha princesa.– ele ignorou o comentário e desligou.

VICTÓRIA – Você quer apanhar, Virgínia?

Virgínia a olhou e fez careta.

VIVI – Mãe, ele nem respondeu, só disse que alguém trará a jaca.

Victória se surpreendeu, mas fez cara de paisagem.

VICTÓRIA – Tudo bem, obrigada! Eu vou descansar um pouco estou com sono! – Ajeitou os travesseiros.

VIVI– Tá, vou tomar banho e mãe. – ela a olhou de novo. – Você vai me deixar viajar com meu pai?

Victória a olhou, ainda não tinha falado da viagem.

VICTÓRIA – Eu acho que não posso proibir nada relacionado ao seu pai. Você e seus irmãos vamos poder ficar com ele sempre!

VIVI – Meus irmãos? – olhou séria para ela.– Que irmãos, mamãe?

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Você e eu, Eu e você - Reconstruindo um Amor!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.