How to be the Queen of England escrita por Emily Rhondes


Capítulo 15
How NOT die


Notas iniciais do capítulo

****LEIAM AS NOTAS FINAIS****



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/729723/chapter/15

— Tudo tão turbulento. - Jean disse, levando o garfo a boca, sentada na cadeira ao lado de Hlenah e Eron. - Mason. A briga deles. O ataque em Emily. A possivel guerra contra a Polonia e Croácia. E a ERMI de Steve.
— Pois é. Que coisa. Tudo acontecendo tão rapido. - Hlenah suspirou, encarando Emily que dava comida a Wanda com a cara fechada.
— Pelo menos Mason só chega no fim de semana que vem. Ele é um verdadeiro perturbado. - Eron diz, bebendo o suco.
— Você conheceu Mason? - Andrew entra na conversa, com as sobrancelhas erguidas.
— Eu estava aqui quando ele empurrou Jason da escada.
— Você nunca me contou isso. Pode ir abrindo a boca. - Hlenah se apoia na mesa, interessada.
— Certo. Mason sempre vivia na sombra de Jason. Sempre. Os pais os amavam, claro, Briana ainda deve amar ele... De um certo jeito. Até ele começar a aprontar, claro que os pais passaram a usar o herdeiro do trono como referência, e ele era constantemente comparado e ficava sempre de castigo. Chegaram a coloca-lo na terapeuta. Ele não tinha amigos, ninguém gostava dele, gritava com as empregadas, e quando criaram o jornal oficial, ele se recusou a aparecer em qualquer matéria, em qualquer gravação. Ficou invisível, e ninguém sabia dele. Os que sabiam e tentarm espalhar a história do irmão gêmeo do príncipe, levava risada na cara, e assim criou o boato em que poucos acreditavam. Quase não saia do quarto. Claro que ficou maluco. Depois de adolescente começou a viajar pra Groenlândia sempre, passava muito tempo lá, fugia dos guardas, sem dar sinal de vida por semanas, fazia o que desse na cuca, e voltava porque era obrigado.
— Que coisa mais triste. - Jean abraça o corpo.
— Sim. Um dia, quando voltou de uma dessas vagens, a Rainha Mãe Briana surtou. Os três surtaram com ele. Não sei o que disseram, porque disseram, só lembro dos gritos sendo ouvidos por todo o castelo durante horas. E quando estava no corredor, vi Jason rindo de Mason. Ele estava com a pior cara que já vi na vida. Uma cara de quem ia fazer algo horrível. E quando Jason se virou na escada, ele o empurrou.
— Meu Deus. - Hlenah engoliu em seco, arregalando os olhos. - E depois?
— Eu vi uma mancha de sangue se formar ao redor de Jason. - Ele suspira. Viajava nos cantos mais profundos e intactos de sua memória, todo mundo lembra exatamente daquele dia. - Achei que ele estava morto. Corri até ele, e comecei a gritar, desesperado. Achei que Jason estava morto.— Sua voz falha por um instante, vasculhando as memórias. - Eu vivi para ver Mason soluçar encostado na parede, encarando o que fez. Ele quase morreu, a cicatriz que tem na cabeça é escondida com 7 chaves. Quebrou uma costela, e quando acordou de um coma de 2 meses, Mason estava preso. Fizeram testes de psicopatia, transtorno bipolar, transtorno de identidade. Nada. Até que encontraram disfunção na produção de serotonina, e diagnosticaram com transtorno explosivo intermitente.
— O mesmo do Rei Peter. - Andrew sussurra, mas eles ouvem. - Isso é esquisito demais, não há pesquisas indicando fatores genéticos no TEI.
— Sim. Ele foi tratado em Hagrathone, não o liberariam se ainda estivesse doente.
— Como Jason reagiu ao irmão? - Jean perguntou, mordendo os lábios.
— Muito mal. Ele se culpava pelo transtorno. Ele dizia que "Não cuidou do seu irmãozinho". E Mason se culpava também, acho que não quis fazer isso. Acho. Perdeu metade da vida na prisão. Jason ligava em chamada de vídeo todo dia depois que se recuperou. Até que Mason pediu para não ligar mais, e Jason não ligou, superou, hoje nutre só raiva, e esqueceu do papo do irmãozinho.
— Ele sabia que o dia de Mason voltar chegaria. - Andrew se apoiou na mesa, e seu olhar encontrou o de Jason. Ele o desviou.
— Estou sentindo pena do Mason. - Hlenah comenta. - Não devia, mas estou.
— Foi uma coisa horrível. - Jean concordou, ajeitando o enorme vestido azul.
Emily respirou fundo. Aquele lugar exalava tensão. Era tudo irritante. Pressionado. Jason mal respirava a seu lado. Os filhos nem olhavam para eles. O resto conversava normalmente, mas sentiam.
Sua cabeça girava. O coração batia rápido, e a respiração passou a ficar irregular. Seus dedos tremiam.
Emily os encarou, tentando entender o que estava acontecendo, nervosa.
— Você está bem? - Ela ouviu a voz de Jason, mas não conseguiu olhar para o lado, apenas fechou os olhos.
E quando abriu, estavam escuros. Ah não. Ela sabia o que isso era. A mesma coisa com Britney, quando recebeu a notícia de que Jason foi preso.
Droga. Por um instante ela pensou que nunca mais se sentiria assim.
Emily tentou se levantar, com as pernas tremendo e os braços dormentes, e se apoiou na cadeira, com os olhos fechados e sem nenhum equilíbrio.
Tudo rodava, e essa era a única coisa em que ela conseguiu pensar.
— Emily? - Jason disse, preocupado, já se levantando. Ela pode sentir todos encarando-a, confusos.
Essa é a última coisa que ela vê. Seu corpo já estava caindo em direção ao chão, e sua mente cede, desligando.
O grito de Briana alarmou a todos, e Jason já dava a volta pela cadeira como um raio partindo pra cima dela. Seu mundo inteiro estava desabando em sua frente. 
— Não, Emily, Emily! - Ele segurou seu rosto, tentando achar alguma mancha de sangue, algo que indicasse o que era aquilo. Seus lábios tremiam. Ele analisava seus olhos fechados com desespero. Sabia que na vida real as pessoas não desmaiam atoa.
— Chamem os médicos! - Andrew grita, afastando Steve, que fitava a mãe com horror no olhar.
— Mãe. - Ele resmungou, respirando desregularmente. - Mãe.
Britney segurou sua mão, e com a outra, fez Callie encostar a cabeça cheia de perguntas e medo em sua perna. Aly pegou Briana no colo, com os olhos cheios de lágrimas e as mãos trêmulas segurando firme a menina que chorava.
— Andrew, Andrew... - Jason tinha os olhos cheios de lágrimas fitando o rosto de Emily. Seus dedos percorriam toda sua face, com o coração apertado.
— Jason. - Andrew o puxou para larga-la, mas ele nem se mexeu. Seu mundo estava caíndo. Emily é seu mundo. Verificou sua pulsação. Viva. Graças a Deus.
Uma equipe médica entrou as pressas na sala, e Andrew forçou o rei a larga-la e deixa-los trabalhar.
— Andrew... - Jason passou as mãos na cabeça, nervoso, com as lágrimas que pesavam uma tonelada começando a rolar.
— Jason. Está tudo bem. - Ele o abraçou, deixando o amigo chorar em seu terno.
Eles imobilizam Emily, e a colocaram em uma maca.
— Jean, leve as crianças pra cima. - Andrew mandou, com as mãos nas costas de Jason, já saindo da sala.
(...)
Os ouvidos de Jason estavam anestesiados. Eles conversavam ao fundo, mas o único som que ouvia era seu pé batendo incessantemente no chão. Ele massageava as têmporas, e apertava os olhos com força.
Emily não podia morrer. Ele não sabia se era o caso realmente, mas ela não podia deixa-lo. Nem se lembrava de sua vida sem Emily. Era algo horrível. Jason não queria viver sem ela. Ele não podia viver sem ela.
— Hey. - Andrew se sentou ao seu lado, e ele abriu os olhos. Estavam borrados. Mas aceitou o copo de água em sua mão. - Você está bem? - Andrew perguntou, suspirando.
— Vou ficar quando tiver notícias.
— Eu também. - Ele tocou seu ombro.
Hlenah estava sentada com Eron e Jean em um sofá, Britney e Aly em outro. Steve massageava as mãos, andando pra lá e pra cá, com os olhos nervosos percorrendo a sala.
— Querido. O que foi? - Jean tocou seu ombro.
— É culpa minha. - Ele parou, em frente a janela, fitando seu reflexo.
— O que? Não, Steve. Não é culpa sua. Logo vamos saber o que aconteceu.
"É minha culpa. Eu devia ter contado ao meu pai". Esse pensamento martelava em sua mente cansada.
Passaram-se alguns milhares de minutos, e o médico finalmente apareceu.
Jason mal consegui levantar e já estava pendurado no senhor.
— Ela está bem, por ora. - Foi o suficiente para todos respirarem aliviados.
— O que quer dizer por ora? O que ela tem? - Hlenah disse, atropelando as palavras de nervosismo.
— Fizemos alguns exames, logo teremos os resultados. Ela não acordou, mas temos dados e uma hipótese ruim. - Merda. Merda. Era a única palavra na mente de Jason que fazia os olhos se encherem de lágrimas. - A pressão dela caiu drasticamente em segundos. Mas não foi só isso. Não sabemos exatamente, precisamos de um exame de sangue completo. Em outras palavras, por algum motivo, sua energia foi totalmente sugada.
A palavra vem na mente de todos como um raio, literalmente: raios.
— Seu corpo praticamente deu uma pausa. Se acontecer novamente ela pode entrar em coma. Ou pior. - ele faz uma pausa, respirando. - Foi pior que da outra vez, e minha recomend...
— Espera. - A voz de Jason espantava tanta surpresa quanto seus olhos. - Outra vez?
O médico o fitou confuso por alguns segundos.
— O senhor não sabia, Majestade?
— Como assim? - Andrew aumentou o tom, e os outros se olharam. Aly e Britney ficaram tensas.
— Ela teve outra recaída enquanto o senhor estava fora. Não identificamos nada, e a rainha não quis fazer os exames.
Jason encarou o homem, sem acreditar em nada do que ouviu.
— O que? - Até o médico se encolheu com o tom ameaçador do rei.
— Pai... - Steve começou, e Jason apenas moveu os olhos irados para encara-lo.
— Me diz que você não sabia.
— A mamãe disse pra não...
— STEVE. - Jason gritou, fazendo todos pularem de susto. - Me diz. Que. Você. Não. Sabia.
Ele não disse nada. Apenas o encarou. Ninguém ousou respirar, petrificados. 
— Sua mãe foi hospitalizada e você não me contou?! VOCÊ ESTAVA NO COMANDO, STEVE, ERA SUA FUNÇÃO PROTEGE-LA!
— Pai...
— CALA A PORRA DA BOCA, STEVE. SÓ CALA A BOCA. - Ele fechou os olhos, mordendo os lábios com força. Se não o fizesse, daria um soco em seu filho, e isso estava absolutamente fora de questão. - Você ouviu o médico? STEVE, se algo acontecer com sua mãe, é culpa sua, VOCÊ ME OUVIU? - Cada vez mais ele se aproximava do garoto colado na janela.
— Jason. - Andrew segurou seu ombro, e ele o afastou com um tapa, o que fez Eron levantar.
— Ah, não. - Jean segurou a mão de Hlenah.
— Ela está numa droga de cama de hospital! Vocês estão vendo isso? Ela pode morrer! E tudo é SUA CULPA!
Steve ouvia tudo em silêncio. As lágrimas se formando, mas ele não iria chorar. Era culpa dele mesmo. Agora tinha que assumir a responsabilidade enfrentar.
— EU te deixei no comando, EU te deixei por três dias na droga do comando, era SEU dever proteger sua família, e A ÚNICA COISA QUE VOCÊ FAZ, É QUASE MATAR SUA MÃE!
— JASON, CHEGA! - Andrew se coloca na frente de Steve, e Jason agarra sua gola. Jean grita, e Aly faz Britney levantar do sofá, já em lágrimas.
— JASON, LARGUE-O. - Eron segurou seu braço, tentando se manter calmo. - Largue-o.
Ele obedece, tirando todos os dedos de Andrew, e esfrega os cabelos com força.
— Todo mundo pra fora, AGORA! - Jason grita, e  Eron e Kiro ignoram o fato de serem reis. As garotas os deixam, junto com Eron. Andrew segura o braço de Steve, o tirando de perto do pai. - Some.
A única coisa que Jason diz, já com suavidade na voz.
E ele obedece. Tudo rodava. A palma de suas mãos sangravam com as unhas que fincaram.
— Andrew...
— Não. - Ele impede, e o garoto se cala, entrando no primeiro quarto que vê.
Trancou a porta, e deslizou até o chão, com os soluços rasgando sua garganta.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Aqui eu anuncio o HIATUS. Sim, vou colocar essa fanfic de férias. Volto no dia 29 DE FEVEREIRO.

29/02 a Emily e Jason voltam.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "How to be the Queen of England" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.