How to be the Queen of England escrita por Emily Rhondes


Capítulo 10
how NOT to lose control


Notas iniciais do capítulo

Esse é tenso.



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— Não sei, ela nunca me ligou de volta. - Hiro disse, tomando uma golada de refrigerante.
Todos eles estavam na sala de jogos com garrafas de refrigerante nas mãos.
— Não chora. - Aly sorriu, sem tirar os olhos do livro que lia, desinteressada.
— Eu não ligaria, você deixou ela sozinha no bar depois de ter dado dois bolos nela.. você merecia um chute na canela, não uma ligação. - Marysa sorriu, e Hiro revirou os olhos.
— Concordo. - Steve, riu.
— A pessoa já é doente de sair com ele, agora, aguentar dois bolos? Minha nossa senhora. - Havinah balançou a cabeça, e Mary gargalhou. - Se Charls tivesse feito isso comigo...
— Ahh, Charls isso, Charls aquilo... Conheceu esse cara a algumas horas. - Hiro a olhou de soslaio.
— É amor a primeira vista.
— Você realmente não pegou minha pulseira, Steve? - Britney perguntou, chorosa, se abaixando para procurar em todo ludar.
— Não.
— Que pulseira? - Havinah pergunta.
— Seria essa daqui? - Emily surgiu na porta, com Jason e Andrew do lado.
— Sim. - Ela sorriu, tirando a pulseira das mãos de Emily. - Onde estava?
— Lá em baixo.
Emily solta um sorriso raivoso, pronta para eletrocuta-los.
— Beem lá em baixo. Tipo, lá embaixo mesmo! - Emily gritou, fazendo Britney recuar, e Steve entende o que acinteceu.
— Oh, droga.
— Oh droga mesmo. - Jason coloca as mãos na cintura. - Os três. Agora.
Até Aly pula do sofá sem soltar um pio com seu tom ameaçador. Eles NUNCA tinham falado com os filhos assim.
Os seis sairam da sala, e foram andando. Eles sabiam que os pais estavam furiosos.
Steve engoliu em seco. Para mata-los, seria preciso apenas um empurrão da janela lá de cima.
— Eles sabem. - Steve explicou, num tom que elas quase não ouvem, e Aly morde os labios.
— Jura?
— E é culpa minha. - Britney escondeu os olhos cheios de lágrimas com a mão.
— Sim. Culpa sua. Parabéns, Britney.
— Aly. - Steve a repreende. - Não se preocupe, Brit.
— Eles vão me devolver para o internato?
— O que? Claro que não. Nem pensa nisso. Não é uma opção. Não vou deixar. - Ela assente, e Steve segura sua mão.
— Inscesto ta liberado. - Aly resmunga, e os dois fingem que não ouviram. - Nunca vi o papai tão bravo. A mamãe já, mas ele.. Caramba.
— Nunca ouvi você chama-los de mamãe e papai. Tem uma primeira vez pra tudo... - Steve envole em seco, começando a subir as escadas.
Emily parou, pegando dois enfeites em forma de cisne, e continou o caminho.
— Acha que ela vai jogar aquilo na gente? - Aly arregala os olhos.
— Acho. - Britney mordeu os lábios com força.
Assim que eles pisam na sala, Emily explode, jogando o cisne contra uma parede, estilhaçado o enfeite.
— O QUE DEU EM VOCÊS? - O outro pato vai ao chão com força, espirrando cacos para todo lado. Britney treme, e Aly envolve o corpo com os braços.
— Eu não sei nem por onde começar! - Jason fransiu o cenho, apertando as mãos com força.
— Sinceramente, acho que quem devia começar sou eu. - Steve assumiu a mesma postura dos pais, e Britney arregala os olhos. Decisão errada. - De onde diabos veio aquele tanto de corpos?!
— Não. Não, Steve. QUEM COMEÇA SOU EU, nem ouse! - Emily grita, andando contra eles, o que os faz se pressionarem contra a parede. - Nem ouse começar! Aquela é uma Ala proibida! Sabiam que existe uma lei protegendo-a?! Se nós quisermos podemos prender vocês pro resto de suas vidas!
— Mas não vamos. - Andrew resmunga.
— ANDREW! - Os dois Londres rugem, e Britney olha pro chão.
— Mãe...
— CALA A BOCA! Eu nem sei nem o que fazer com vocês! - Ela gritou, derrubando tudo que estava em cima da mesa num estrondo que os fez pular.
— De onde tiraram que tinham o dierito de invadir nossa privacidade desse jeito?! - Jason franziu o cenho, sem parar de apertar a própria mão. Emily andava de um lado ao outro, com as mãos no cabelo.
— Nós não sabemos nada sobre nós mesmos. Não sabemos sobre nossa família. Não sabemos sobre vocês. - Aly disse, sentindo lágrimas formando. Ela desvia o olhar dos olhos de Jason que os cortavam como uma navalha. A decepção misturada de ódio doía no fundo de suas almas.
— Nunca pensei que pudessem ser tão egoístas! - Emily piscou pra conter as lágrimas de raiva, mas elas rolaram mesmo assim. - Vocês acham que seria fácil contar tudo o que viram lá embaixo!? Vocês acham que aquela história é uma história feliz!? - Ela faz uma pausa para respirar fundo. Seu peito doía, corroendo de raiva que agora virava remorso e dor. - Acham que essas cicatrizes não doeram? - Emily  abaixa o tom, e naquele momento, Steve preferia os gritos. - VOCÊS ACHAM, que eu não tenho pesadelos com tudo aquilo que aconteceu? Acham que eu nunca contaria a vocês quando chegasse a hora certa?
A essa altura, as luzes pelo resto do castelo já haviam começado a piscar loucamente. Ela estava perdendo o controle. Jason esquece toda a raiva por um segundo quando ela se apoia no criado, sem forças.
— Sabemos daquele lugar a anos. - A voz de Steve nem saiu. Eles nunca deviam ter achado aquela sala.
Emily ficou impassível, encarando seu rosto com as lágrimas quentes rolando a quilômetros por hora. Seus dentes trincavam. Mas nada comparado a dor de seus dedos fincando a pele.
A luz na sala brilhou. Brilhou tanto que eles tiveram que fechar os olhos. E depois começou a piscar tão rápido quanto suas lágrimas caindo.
— Emily. - Jason segurou seu rosto, e ela olhou para baixo, vendo faíscas brancas e luminosas tomando conta de seu corpo. - Se acalme.
Não adianta. Ela não tinha controle.
EMILY, se acalme! - Ele grita, e a luz estoura, fazendo Britney gritar de susto.
Lágrimas rolavam no rosto de todos. Não coseguiam se mexer. O silêncio rasgava o peito os três.
Jason a abraça, e Andrew relaxa, feliz por ninguém ter explodido além da lâmpada.
Saiam. - É só o que o rei conseguiu dizer, e os três não hesitam em sair da sala correndo.
— Steve. - Aly disse, com as mãos tremendo, e ele a abraçou. - O que fizemos?
Britney apenas conseguiu se encolher num canto tremendo e chorando.
— O que aconteceu? - Hlenah apareceu no corredor, alarmada, seguido por guardas, Kiro, Jean, Eron e seus filhos.
Nenhum deles consegue falar.
Andrew apareceu no corredor com os olhos vermelhos, sendo o único vestígio que se abalou.
Ele se agaixou na frente de Britney, que ergue a cabeça pra ele.
— Está tudo bem. Se acalme. - Ele a ajudou a levantar, e limpou suas lágrimas. - Já acabou. - Andrew deu um sorriso gentil, e ela assente, mais controlada.
Steve faz o mesmo com Aly.
— Ahm... Precisamos de uma lâmpada nova. - Andrew sorri para os guardas. - Não sei o que aconteceu com as luzes. Vão descobrir. - seu sorriso não morre mesmo com os guardas atônitos com sua calma no meio de tudo isso. - Vamos, vamos.
Andrew os espantou como um bando de gatinhos.
— Quem quer bolo?
— Andrew.. Você está bem? - Jean disse. - Parece... Em choque.
— Não. Estou bem. Por que não vão se preparar para o jantar? - Maryssa entende pelo olhar de Andrew que deviam sair.
— É. Vamos, Britney. - Ela envolve-a com um braço em suas costas, e vão com os outros adolescentes corredor a fora.
— O que aconteceu? - Kiro sussurra, chegando mais perto.
— Steve, Aly e Britney entraram na Ala Proibida.
— Ah meu Deus. - Jean toca a tempora. - Sabia que um dia aquela sala traria problemas.
— Todos sabíamos. - Eron dá de ombros, mordendo o lábio. - O que aconteceu com a luz?
— Emily perdeu o controle. - Andrew suspira. - Ela estava tão melhor...
Hlenah suspira.
— Que coisa horrível. O que esses garotos tinham pra fazer lá dentro?
— Não deviam ter entrado. - Jean morde o lábio, negando com a cabeça.
— Vamos deixar Jason cuidar dessa. - Eron diz, passando o braço pelas costas de Hlenah, e os acompanhando corredor abaixo.
(...)
Steve revirava de um lado ao outro na cama. A imagem de sua mãe chorando não saia de sua mente. Emily não chorava atoa. Eles tinham feito-a chorar.
Ele suspirou. Não deviam ter invadido a privacidade deles assim. Sua mãe estava certa. Aquilo lá dentro devia ser no mínimo traumatizante.
Mas... Todos aqueles corpos... Ele os encarava como se fossem terroristas... Mas e se fossem amigos, familiares deles? Não gostava nem de pensar.
Wanda, uma das únicas garotas "inteiras". Quem ela era? A curiosidade era enorme. Mas esperaria quando eles estivessem prontos para perguntar.
Steve se levantou, vestiu o roupão, e ignorou o relógio que marcava 4:03 da manhã. Ele seguiu pelos corredores até o quarto de Britney. Talvez ela estava tão abalada quanto ele.
— Steve?
— Te acordei?
— Não. Não consegui dormir.
— Nem eu.
Eles se encaram, engolindo em seco, ambos parados na porta com cara de taxo.
— Posso entrar?
Ela assentiu, e deixou passar, sentando na cama. Steve olhou em volta, surpreso. O quarto era exatamente igual aos outros de hóspedes. Ela devia te-lo decorado como quisesse.
— Por que não decorou?
— Não tenho personalidade suficiente para isso. - Ela sorriu, e Steve riu 
— Tem sim.
— Talvez.. Mas não saberia como decorar. Gosto assim.
— Você gosta de flores. - Steve senta a seu lado, e ela assente. - Seria um bom começo.
— Acho que não precisa. - Steve dá de ombros.
— Por que não conseguiu dormir?
— Fiquei assustada, só. E não consigo parar de pensar no que ela disse... eu nem conheço-os direito... e entrei assim...
— Eu entendo como você se sente. Eu também não os conheço direito... Então acho que não podem negar que nos devem alguma explicação. Mas eu devia ter esperado eles estarem prontos.
— Sim. - Ela concordou. - Sua mãe está pior agora.
— Pois é. Mas ela vai voltar pra terapeuta, acho que é um começo. Quero arrumar um jeito de me desculpar com eles.
— Você vai. Não se preocupe. - Ela coloca uma mão em seu ombro, e ele sorri.
— Obrigado.
— Eu que o diga.
Os dois deitam, fitando o teto escuro.


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Notas finais do capítulo

Desculpem a demora! Comentem!



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