Gemas magicas _Interativa escrita por Bella


Capítulo 2
Capitulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, voltei! Sei que demorei um pouco, mas estou de volta.
Novo capitulo pra vocês, espero que gostem.
Boa leitura!



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 Avistei um estranho brilho vindo da floresta, me levantei instintivamente com a câmera em mãos, gravando.

 —Gente, vocês estão vendo aquilo? –perguntei fazendo alguns dos meus amigos se levantarem.

 —Sim... —respondeu Iris. —Vamos ver o que é? —sugeriu.

 —Acho melhor darmos uma olhada. Pode ser um foco de incêndio ou algo assim... —respondi.

 —Focos de incêndio nesse frio? Você tá maluca?! —indagou Castiel.

 —Eu espero que não!

 —Angel, vamos com você! Eu e Alexy estamos curiosos. —disse Armin.

 —E eu também! —afirmou Rosa.

 De um à um foram concordando com a ideia ate todos estarem de acordo, mas a ultima palavra era de Castiel. Ele olhou para todos nós, revirou os olhos dando um suspiro enquanto se levantava do chão.

 —Eu também vou! —afirmou.

 Fomos, em grupo, dentre a floresta. Lá parecia que o frio só aumentava. Alguns procuravam se aquecer perto dos outros. A cada passo, eu sentia minha curiosidade aumentando, e isso me ajudava a ignorar o frio.

 —Fiquem todos juntos! Evitem se afastar demais, pode ser perigoso! —Castiel anunciou. Estávamos juntos na liderança de um certo modo. —Esta com frio? —perguntou para mim.

 —Não muito, eu estou bem. —respondi, o que não impediu ele me envolver em seus braços com a intenção de me aquecer.

 Caminhamos calmamente ate a fonte do misterioso brilho. Era um brilho branco que ultrapassava a fina camada de terra que o enterrava, em frente a uma grande árvore. Tratei de filmar tudo ao meu redor.

 —Porra, vou lá pegar uma pá dentro do carro e já volto! —falou Castiel. Mirei a câmera para seu rosto o impedindo de ir segurando seu braço.

 —Não precisa, vamos cavar com as mãos mesmo. —afirmei me ajoelhando depois de registrar sua expressão curiosa. —Iris, pode segurar a câmera mirando pra cá? —perguntei.

 —Claro! —ela pegou a câmara com cuidado filmando na direção que eu orientei.

 Comecei a cavar, inicialmente sozinha, mas não me sentia constrangida ou julgada pelos meus amigos. Pensei que teria que cavar mais rápido por consequência do meu voluntarismo solo, ate que me assustei com os joelhos que tocaram o chão e as mãos que começaram a escavar a terra. Era aquele que sempre estava do meu lado, Castiel.

 O encarei surpresa, porém ele não olhou pra mim, mas eu sabia que ele podia me ver através da visão periférica. Soltei uma pequena gargalhada e voltei ao trabalho.

 —Me dá licença. Uma beldade como você não deveria sujar suas belas mãos de terra! —falou Dake se ajoelhando entre mim e Castiel.

 —Ah obrigado, mas eu não jogo pra esse time! —respondeu Castiel debochadamente como se o elogio fosse pra ele. Todos riram nessa hora.

 —Não to falando com você, animal! —rebateu Dake.

 —Ah, jura?! Nem percebi! Desculpa, eu não queria te magoar! —falou Castiel, debochado novamente.

 —Falso... —falei, rindo logo depois.

 —Só sai da frente e me deixe ajudar! —falou Dake conquistando um espaço no meio de nós dois.

 Nathaniel, Kentin e Lysandre também se abaixaram para nos ajudar. O que quer que fosse a fonte do brilho, estava mais enterrado do que eu imaginei. Eu não aguentava mais minha curiosidade formigando dentro de mim e resolvi cavar mais rápido, mas era mais do que curiosidade, eu me sentia atraia por aquilo de uma forma bem estranha.

 Eu comecei a sentir uma textura diferente da terra úmida em minhas mãos. A textura era dura e fria, e o brilho se acendeu ainda mais.

 —Gente, me ajudem aqui! — caçamos as extremidades do objeto e o puxamos para fora da terra e a jogamos no solo da floresta.

 Ficamos um tempo analisando o objeto que se tratava de um grande baú feito de madeira com uma fechadura estranha. Limpei a fechadura com minhas mãos sujas de terra e me levantei, batendo-as uma mão na outra para limpa-las da terra.

 —O que fazemos com isso? —perguntou Castiel de braços cruzados e rosto sujo. —Tentamos abrir? —questionou.

 —Alguém ai tem alguma coisa que possa ajudar abrir? —perguntou Nathaniel.

 —Esperem, tem alguma coisa escrita perto da fechadura! —afirmei me abaixando novamente. —Alguém ai trouxe alguma lanterna ou celular?

 —Eu! —afirmou Rosa ativando a lanterna do celular.

 —Obrigada, Rosa! —agradeci.

 Comecei tentando identificar qual era o idioma que a frase estava escrita. Identifiquei como sendo latim, uma língua morta, porém ainda muito conhecida.

 —O que tá escrito, Angelique? —perguntou Castiel.

 —Eu ainda não sei, mas esta em latim! —respondi.

 —Latim?! Essa caixa só pode estar de brincadeira! —afirmou irritado.

 —Quer discutir isso com ela depois? Eu tenho que decifrar! —falei.

 —Você sabe latim?! —perguntou Armin, Kentin e Alexy em sincronia.

 —Sim! Minha mãe gostava de me ensinar quando eu era criança. —respondi.

 —Quais idiomas você sabe? —indagou Rosa.

 —Inglês, espanhol, alemão, latim, turco, sueco, polonês, coreano, chinês ,japonês, italiano, irlandês e um pouco da língua grega e romana antiga! Ah, e estou aprendendo dinamarquês. —respondi.

 —Como isso é possível?! Por que você quis aprender tantos idiomas? —perguntou Nathaniel, perplexo.

 —Porque sim! Sempre fui muito curiosa pra saber como outras nações se comunicam, ou se comunicavam. Não tenho um motivo certo. —respondi. —Agora calem a boca, deixa eu me concentrar!

 Depois de ler a frase, mesmo não entendendo onde aquilo queria chegar, resolvi anunciar.

 —Esta escrito “Et aperire buxum ad solum angelicorum qui portant sanguine.”

 —Sim, claro! Agora traduz, por favor! —pediu “educadamente” Castiel.

 —Você que não me deixou terminar! Esta escrito “ A caixa só se abrirá para aquele que portar o sangue angelical”. Foi o que eu consegui traduzir.

 —Quer saber?! Cansei dessa baboseira! Isso vai abrir nem que seja na base da porrada! —falou Castiel caminhando furiosamente ate a caixa.

 —Calma, acho que descobri o que ela quer! —declarei procurando alguma coisa pontiaguda pelo chão.

 —O que você tá fazendo, Angel? —perguntou Alexy curioso.

 —Você vai ver! —eu passei minhas mãos pelo chão ate que achei uma lasca de graveto. O peguei e o usei para furar a ponta do meu dedo indicador direito.

 —Você tá maluca? O que você tá fazendo?! —questionou Rosa.

 —Deixem a Angelique fazer as coisas do jeito dela. —disse Lysandre.

 —Pelo menos alguém aqui confia em mim! Obrigada, Lysandre. —agradeci sorrindo.

 Voltei meus olhos para o baú. Aquela era a hora da verdade. Esse tipo de situação sempre foi muito literal, ou sou eu que estou sendo literal demais? De qualquer forma, eu não tinha tempo pra pensar nisso. Passei meu dedo pela fechadura deixando que meu sangue se espalhasse por toda sua superfície.

 A fechadura absorveu meu sangue fazendo com que a caixa se iluminar ainda mais.  Deu para ouvir um estalo e o brilho se dissipou totalmente. Em um impulso joguei a tampa do baú para trás, revelando um apunhado de pedras brilhantes e coloridas.

 —Uau... —suspirei admirada. O brilho intenso das pedras me cegava, mas eu não ligava. Aquilo era maior do que uma simples dor nos olhos.

 —Meu Deus, achamos um tesouro... —falou Nathaniel.

 —O que fazendo agora? —perguntou Armin.

 —Já sei! Cada um pega uma! Sem mais, sem menos. —sugeri.

 —E se sobrar? —perguntou Dake.

 —Depois cuidamos disso! —declarei.

 Todos ficaram perante o baú para pegarem uma pedra de seu agrado.

 Nathaniel pegou uma azul, que mesclava entre tons claros e escuros.

 Castiel pegou uma vermelha, que aparecia ate que estava em chamas.

 Lysandre pegou uma branca, dava a impressão que havia ar dentro do objeto.

 Rosa pego a roxa, já era previsível.

 Kentin pegou a que mais parecia mesclar com tons de suas roupas camufladas.

 E foi assim ate o ultimo pegar sua pedra. Eu não peguei nenhuma, não era minha intenção e muito menos o que eu desejava. Apenas fiquei feliz em vê-los tão alegres e admirados com seus “Presentes de natal dados por mim”. Peguei minha câmera de volta e segui registrando aquele momento.

 Castiel andou ate mim. Reparando que eu não tinha nenhuma pedra na mão, estranhou de inicio, mas pude ver um traço de alivio em seu olhar.

 —Você não pegou nenhuma? —perguntou serenamente. Apenas balancei a cabeça, confirmando. —Por quê?

 —Sei lá... Só de ver vocês felizes por uma coisa que eu fiz já me considero satisfeita! —respondi desligando a câmera.

 —Então eu tenho um presente pra você! —ele tirou uma pedra do bolso da jaqueta. Era a mais brilhante e colorida de todas, e a mais linda também. —Feliz natal, Angelique. —ele sorriu e estendeu a mão para me entregar a pedra. —Que isso se repita por muitos anos.

 —Igualmente... —aceitei a pedra a pegando de sua mão. —...Feliz natal, Castiel!

 Nesse momento comecei ver tudo dobrado. Me senti tonta e pude ver que mais pessoas também sentiram isso. Estávamos desorientados e alguns caiam ao chão, desmaiados. Eu estava pedida, minha cabeça girava e doía muito, minha visão não funcionava e minhas pernas ficaram bambas e fracas. Não pude resistir quando minhas pernas ficaram dormentes e praticamente me jogaram ao chão, cai deitada em meio a terra e as plantas. Pude ver meus amigos caindo por terra, e eu não podemos fazer nada, essa sensação era horrível. O ultimo rosto que eu consegui ver foi o de Castiel, caindo em minha frente, já desacordado. Meus olhos foram se fechando e eu desmaiei.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Comentários e sugestões são bem-vindas!
E não esqueçam suas perguntas e desafios.
Beijos escarlates pra vocês! ♥♥♥



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