Meu pecado é você escrita por Débora Silva


Capítulo 4
Capitulo 3




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— bem vinda ao mundo Lia.

Sorriu feliz com seu pequeno botão do céu em seus braços, o medico logo chegou e ela foi levada para o ambulatório costurada, medicada e a pequena examinada e por mais que não tivesse havido um acompanhamento medico a pequena Lia era saudável e forte.

Cristina sentiu sua pequena cheirar sua roupa em busca de alimento e num instinto desceu o pano que a cobria e deu o peito a ela que sugou com pressa e fome, chorou por não conseguir o que queria e Cristina se pós nervosa e insistiu em dar o peito a ela que quando pegou fez Cris chorar pela dor que sentiu e ao mesmo tempo por ter um serzinho tão lindo em seus braços.

Nathalia entrou na sala e sorriu era a freira mais próxima a ela e foi pega de surpresa tanto quando as outras... - porque não me contou Cris?

— eu fiquei com medo.

Sorria pra filha a olhando mamar enquanto acariciava seus cabelos negros que não eram poucos, Lia estava enrolada num pano não tinha se quer uma roupinha pra usar.

— a madre superiora quer falar com você, esta em nervos lá fora falando com o medico.

— ela vai me mandar embora e eu vou ficar na rua com minha filha.

A olhou desesperada

— calma, vai dar tudo certo seus pais vão te aceitar você vai ver.

Ela suspirou cheia de medo sabia perfeitamente que o pai iria a por pra fora sem piedade, sem se importar com a pequena que tinha nos braços.

A madre superiora entrou e a olhou nos olhos, Cristina sentiu-se diminuir e encolheu os ombros e como já era de imaginar Cristina não poderia ficar ali com sua filha, deu três meses para que ela contasse aos pais e fosse pra casa com sua filha. Cristina desesperou-se sabia que ao chegar em sua casa com a filha em braços voltaria por onde entrou.

Os dias que seguiram foram de aceitação, ela tinha três meses pra resolver se iria ou não para sua casa e falar com seus pais. Era jovem mais sua bagagem já era enorme, odiava Frederico todos os dias e a cada dia mais.

Já havia se passado um ano e ele nem se quer apareceu ou deu as caras chorando por ela ou algo do tipo, lembrava dos momentos juntos e se odiava por ter aceitado em seu coração um amor tão covarde e seu coração quebrava cada dia mais. Se reerguer seria difícil ainda mais com um bebê nos braços.

Cristina mal saiu do resguardo e já foi procurar por trabalho, procurou por semanas até que encontrou uma casa onde a aceitaram como empregada, mesmo com uma recém nascida nos braços. Ela agradeceu a senhora que ali tinha e foi buscar sua filha e as poucas coisas que tinha começaria no dia seguinte mais teria que se ajeitar no quartinho que ali tinha pra ela.

Chegou ao convento e contou tudo a sua amiga que não entendia o porquê dela não queria ir pra casa, Cristina não contou o real motivo que era o medo da rejeição que teria do pai. Arrumou suas coisas e foi falar com a madre superiora, não contou tudo a ela não queria ninguém preocupado, despediu-se de todas pegou suas coisas e saiu sem olhar pra trás.

Lia crescia lindamente já estava com seus três meses e era linda como a mãe,  Cristina não havia ido falar com os pais ainda mais a hora tinha chegado. Deixou sua pequena com a outra empregada da casa e seguiu até a casa, chegou e foi recebida pelo Abraço de uma mãe que deu graças a deus de ter a filha ali em seus braços.

— meu amor, onde esteve?

Cristina a olhou cheia de amor em acariciou seu rosto... – mamãe, precisamos conversar. Eu, você é o papai sim?

Regina assentiu e entraram, foram até a sala onde o pai estava seu coração bateu rápido cheio de medo mais precisava enfrentar a verdade e foi o que fez depois de cumprimentar o pai ela contou toda a verdade, menos a parte em que o pai da filha dela era Frederico.

Ela esperou a reação do pai, pois a mãe já chorava. Ele levantou estavam rara foi em direção a Cristina e a pegou pelos cabelos a fazendo levantar o ódio era estampado em seu olhar.

— papai...

Segurou a mão dele já com lágrimas nos olhos.

— vagabunda, foi essa a educação que eu te dei? Pra sair dando por aí a qualquer um?... Deu um tapa em sua face a fazendo cair no sofá... - não fez um inferno pra entrar no convento e agora me aparece com uma bastarda nos braços?

Arrancou o sinto e deu pelo menos duas cintadas em suas pernas antes de Regina entrar no meio e tomar a terceira por ela.

— Perdida. Não te quero na minha casa, sua da minha casa Cristina.

Cristina chorava com a mão no rosto ainda sentada no sofá amparada por sua mãe que chorava junto a ela.

— homem por Deus ela é nossa filha.

— eu não tenho filha e muito menos uma bastarda como neta! Saia da minha casa Cristina antes que eu te jogue lá no meio da rua e mostre a sua vergonha.

Cristina ouvia cada palavra como facadas em seu corpo, como se o resto de vida que lhe restasse fosse tirado ali naquele momento. Mas levantou e o olhou nos olhos afogando-se em seu próprio choro falou:

— um dia você ainda irá querer fazer parte da minha vida e nesse dia eu vou estar lá te esperando.

Saiu correndo da sala e Regina foi atrás dela a fazendo a fazendo esperar. Subiu em seu quarto correndo e voltou com uma sacola na mão  e entregou a ela.

— eram suas de bebê. Use em minha neta.

Sorriu com os olhos triste e Cristina a abraçou forte e beijou seu rosto.

— eu te ligo e trago Lia pra que a veja.

Soltou a mãe quase não querendo mais tinha que ir, Regina segurou sua mãe e lhe deu um envelope com todas suas economias.

— não recuse é  pra você e minha neta use e quando puder e sei que vai me devolva.

Cristina chorou muito nos braços da mãe e se foi deixando ali o seu passado.

CONTINUA!


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