Meu pecado é você escrita por Débora Silva
— Sua filha está bem, mas acho que as notícias não são boas, principalmente pra idade dela.
Cristina sentiu o corpo gelar e segurou a mão de Frederico.
— Fala doutor.
Ela pediu tentando manter Frederico ali junto a ela, pois sabia que ele iria ficar maluco.
— Jennifer esta grávida.
O medico soltou aquela informação tão rápido que Frederico pareceu não entender.
— Co... Como?
Sorriu sem sentimentos.
— Me desculpe ter que dar uma noticia assim, nenhum pai quer sua filha grávida ainda na adolescência.
Frederico deu um pulo da cadeira e se levantou passando as mãos no cabelo, nervoso o rosto começou a se avermelhar e ele levou a mão ao peito. Cristina levantou de imediato e foi ate ele o segurando pelo braço.
— Frederico... Amor olha pra mim...
Frederico a olhou mais parecia não ver ela, Cristina o amparou com seus braços e ele desfaleceu em seus braços indo ao chão, Cristina não teve se quer tempo de segurá-lo e se segurasse ela iria ao chão com ele. O medico veio ate ele de imediato e abaixou junto a eles.
— Doutor ele já teve um começo de infarto e isso não é bom para ele!
O medico levantou e foi ate o corredor pegou uma maca e dois enfermeiros e voltou à sala, levaram Frederico e Cristina se desesperou por um momento mais tentou manter a calma, pediu para ver Jennifer e quando chegou perto da porta ouviu.
— Fique longe da minha filha!
Cristina virou-se para olhar Isabela e sentiu o rosto arder com o tapa que levou, foram segundos de um zumbido em seu ouvido ate que ela voltou seu rosto para olhar aquela mulher desequilibrada em sua frente. Cristina não pensou e só devolveu.
— Não volte a encostar a mão em mim sua maluca!... Isabela a olhou e levantou a mão para bater novamente, mas Cristina a segurou... – Não ouse ou eu quebro todos esses dentes que tem na boca.
A soltou e a empurrou para longe dela.
— Vagabunda o que fez com minha filha?
— Perguntar é bom sua idiota, me agredir não vai adiantar nada! E volto a repetir, encosta em mim e eu vou acabar com você!
Cristina achou melhor sair de perto dela ou iria acabar fazendo uma loucura e quebraria a cara dela ali mesmo. Foi atrás de informações sobre Frederico e o medico a levou ate ele, ele estava acordado mais olhava para o teto ainda em choque. Ela se aproximou e tocou a mão dele, Frederico a olhou e a puxou para um abraço e chorou, Cristina ficou em silencio somente o abraçando.
...
Isabela entrou no quarto e viu a filha, logo deixou a bolsa sobre a poltrona e foi ate a cama, tocou a mão de Jennifer e ela a olhou.
— Como esta?
— Um pouco enjoada ainda mais bem...
— O que você tem minha filha? Aquela mulher esta te envenenando aos poucos é isso?
Jennifer se arrumou melhor na cama já havia recebido o diagnostico de sua “doença”, suspirou e falou.
— Cristina não esta fazendo nada comigo, foi eu mesma quem fiz!
— O que quer dizer com isso Jennifer?
— O que quero dizer mamãe é que o meu comportamento infundado por uma raiva que não deveria ter do meu pai e que você contribuiu e muito ouve conseqüências, mas eu não posso culpar ninguém por algo que eu fiz a mim mesma tentando punir vocês!... Isabela ficou sem entender... – Eu estou grávida!
Falou de uma vez e Isabela levantou de imediato sem acreditar no que ouvia e em sua cabeça só havia um culpado, ou melhor, culpada e essa pessoa era Cristina. Isabela levou a mão ate a boca sem acreditar ainda e depois de uns quantos segundos ela falou.
— Você vai abortar essa criança!
Jennifer arregalou os olhos e de imediato balançou a cabeça em negativa, Isabela não pensou e foi ate ela e começou a estapear Jennifer sem pensar onde os tapas pegariam e gritava com ela que já chorava.
— Você vai abortar sim, você tem uma vida pela frente e não vai estragar assim, não vai!
Jennifer tentou se esquivar mais era quase impossível, Isabela a segurava forte pelo braço e ela gritou por ajuda, Cristina que já estava de volta ao quarto por insistência de Frederico ouviu a menina gritar e correu entrando no quarto e ao ver aquela cena Cristina nem pensou e pegou Isabela pelos cabelos e lhe deu dois tapas bem forte na cara e a jogou para fora do quarto.
— Não volte a chegar perto dela e muito menos se for pra bater, idiota, ridícula!
Voltou ao quarto e pegou a bolsa dela jogando no chão e batendo a porta ela virou indo ate a cama, Jennifer chorava encolhida na cama e Cristina sentiu o coração encolher e foi ate a cama e deitou ao lado dela a puxando para seus braços. Jennifer se agarrou mais a ela e chorou.
— Não chora meu amor, ela não merece!
Acariciava os cabelos dela a apertando em seus braços dando a segurança que ela precisava naquele momento em que a vida dela iria mudar significativamente para sempre.
— Ela... Soluçou... – Ela disse que eu tenho que abortar.
Chorou mais e apertou Cristina que ficou indignada com o que acabará de ouvir.
— Como assim Jennifer? Sua mãe disse que você tem que abortar?
— Sim... Eu neguei e ela me bateu!
Frederico que estava entrando e ouviu a ultima parte fez se presente e falou:
— Não vai fazer isso, é um bebê inocente e não merece pagar por seus erros!
As duas se voltaram para ele e Frederico se aproximou, Jennifer se encolheu mais abraçando Cristina com medo.
— Não posso dizer que estou feliz com essa situação minha filha, mas nos vamos passar por isso juntos! Eu, você e Cristina.
Deitou na cama junto a elas e beijou os cabelos de Jennifer e os lábios de Cristina que sorriu com a atitude dele.
— Você esta magoado comigo pai...
Soluçou e Frederico a trouxe para seus braços a beijando com calma, Cristina fui sair da cama e ele não permitiu e os três ficaram ali naquela cama pequena enquanto conversavam.
— Minha filha eu não estou magoado, mas eu queria que você casasse, tivesse um lar e depois construísse família, você só tem dezesseis anos minha filha é uma criança ainda para ser mãe!
— Eu fui uma tola papai me perdoa!
O olhou e Frederico secou o rosto dela banhado de lagrimas e beijou sua testa.
— Não tenho o que perdoar minha filha nós vamos passar por isso juntos.
Ela o beijou e deitou em seu peito ficando ali acalmando seu coração e Frederico se apegou mais a ela, não adiantaria mais brigar as conseqüências dos atos dela estavam ali e ela teria que arcar com eles.
...
UMA SEMANA DEPOIS...
Jennifer não havia contado a seu namorado que estava grávida tinha medo dele a rejeitar e passou a semana calada somente assimilando a sua nova realidade, Pietro estava sempre com ela na escola perguntando o que estava acontecendo e ela sempre se calava ou o beijava para que o assunto fosse escondido.
Frederico estava numa grande mistura de sentimentos e depois de descobrir o que Isabela havia feito a proibiu se quer de chegar perto da filha, ela por sua vez estava surtada com aquela noticia e não queria que aquilo fosse verdade e se prontificou a resolver aquela situação.
Era fim de tarde quando o motorista deixou Jennifer na porta da casa de Frederico, ela se despediu de sua irmã e entrou para casa, jogou a mochila no sofá e foi ate a cozinha e pegou uma maça para comer, voltou a sala e se sentou, a campainha tocou e ela se levantou reclamando e atendeu.
Jennifer olhou Isabela ali em sua frente e sentiu um frio percorrer seu corpo, queria fechar a porta mais os olhos sem vida de sua mãe a hipnotizava e ela não conseguia se mexer.
— Não vai me convidar para entrar?
Isabela falou com um meio sorriso e como um gesto automático ela deu espaço para que a mãe entrasse, Isabela entrou e olhou a casa e sorriu era a cara de Frederico. Jennifer fechou a porta e olhou a mãe.
— O que quer?
Isabela a olhou e se aproximou dela a beijou e abraçou.
— Me perdoa filha, eu fiquei fora de mim e não pensei só agi e estou aqui para que me perdoe! Você e meu neto.
Tocou a barriga da filha e Jennifer sorriu e a abraçou, era tudo que queria a mãe perto dela naquele momento.
— Mãe eu preciso tanto da senhora!
Isabela a puxou e a levou ate o sofá a olhou e sorriu.
— Você já comeu? Você não pode ficar sem comer!
— A empregada já deve estar chegando para fazer o jantar.
Isabela levantou.
— Não meu amor eu faço algo para gente tomar um café da tarde ate chegar a hora do jantar você precisa se alimentar bem, só me diz onde é a cozinha e eu faço algo rapidinho.
Sorriu e Jennifer levantou mostrando tua a ela. Meia hora depois elas estava na sala sentadas com uma bandeja com chá, um lanche natural e algumas bolachas e café, Jennifer foi a primeira a comer e beber seu chá. Sorriu para a mãe que a olhava comendo mais era como se estivesse longe, bem longe.
Elas comeram em silencio e depois de alguns minutos quando elas limparam seus respectivos pratos, Isabela levantou e Jennifer se sentiu estranha e tocou a barriga. Isabela a olhou nervosa o que tinha feito logo iria surtir efeito e ela falou.
— Eu tenho que ir!
Queria fugir para não ver ela passar mal, Jennifer sentiu uma pontada na barriga.
— O que fez comigo?
Falou sentindo medo da resposta.
— Eu estou te salvando.
Pegou sua bolsa e foi rumo à saída, Jennifer levantou de imediato para ir atrás de sua mãe mais a dor veio mais intensa e ela caiu no chão e se retorceu de dor e gritou.
— MÃE... MÃE O QUE FEZ...
Ela chorou e sentiu a dor piorar e sentiu como se algo se rompia dentro dela e tentou alcançar o telefone mais foi impossível.
DO LADO DE FORA...
Frederico que virava a esquina viu quando Isabela saiu correndo de dentro de sua casa e se desesperou, acelerou mais e aparou frente a sua casa, a chamou e ela correu mais, ele entrou correndo para dentro de casa e chamou pela filha que não respondeu, ele foi ate a sala e a viu jogada no chão e já desacordada.
Frederico correu ate a filha e a olhou, o sangue já se fazia presente e ele a pegou no colo e foi de imediato para o carro, dirigiu rapidamente ate o hospital mais próximo e quando entrou os médicos a levaram para dentro.
Ele ligou para Cristina que minutos depois estava lá junto a ele, os médicos demoraram e ele andou de um lado para o outro quase arrancando os cabelos de tanta preocupação ate que o medico saiu com uma cara que não era uma das melhores. Frederico foi ate ele e esperou ele falar.
Continua!
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