Contrato de Amor escrita por Lelly Everllark


Capítulo 3
Ok, isso foi uma péssima ideia.


Notas iniciais do capítulo

Oi minna!! Voltei u.u
Eu já disse que não costumo postar assim com tanta frequência não é? Mas eu estou tão, mais tão empolgada com essa fic, que simplesmente não consigo me controlar kkkkk
Mas é isso, cá estou com um capítulo novinho com loucura, loucura e mais um pouco de loucura, por que convenhamos que a Elisa é doida kkkkk ♥
BOA LEITURA amores!! :D



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Seguimos pelo corredor até a sala da Dra. Stuart e eu fiquei meio surpresa quando Anthony entrou sem bater, ele parecia ser do tipo que seguia todas as regras. Nós entramos e mais uma vez fiquei surpresa em descobrir que a Dra. Stuart parecia pouco mais velha que eu, morena com olhos escuros, ela devia ter no máximo uns trinta anos, sorriu pra gente e fez sinal para que nos sentássemos.

  - Anthony, que bom que veio - ela disse sorrindo. - Então essa é a garota de quem falou? - perguntou olhando pra mim.

  Anthony assentiu.

  - É essa mesma Dra. Stuart, seu nome é Elisa Banks, Srta. Banks essa é a doutora Marina Stuart.

  - É um prazer Elisa - a doutora falou sorrindo e estendeu a mão, eu apertei sorrindo também, ela se virou para Anthony quando soltou a minha mão. - Já disse pra me chamar pelo meu nome Anthony, é Marina, sabe? Nós somos amigos ou não?

  Anthony suspirou e eu segurei o riso, será que ele tem algum problema com pessoas e intimidade?

  - Agora não é hora pra isso, você vai me ajudar ou não?

  - Certo - ela deu de ombros. - Vou precisar de uma amostra de sangue da Elisa, algumas horas para o resultado e que ela responda a um questionário, tudo bem?

  Ambos me olharam esperando uma resposta e eu assenti.

  - Tudo bem, o que precisar.

  - Certo - ela sorriu e ficou de pé. - Por favor, deite-se ali - apontou para a maca no fundo da sala.

  Eu fui até lá e me deitei, ela prendeu um elástico um pouco acima do meu cotovelo direito e limpou o lugar onde pretendia tirar sangue, pegou uma agulha, mas parou com ela a centímetros do meu braço.

  - Eu esqueci de dizer, mas você tinha que ficar de jejum Elisa - ela disse me olhando como quem se desculpava. - Você comeu alguma coisa hoje?

  Neguei com a cabeça.

  - Eu acordei atrasada, então não deu tempo de comer.

  - Isso é ótimo! - ela falou sorrindo e enfiou a agulha em mim, fiz uma careta, mas não me mexi.

  A coleta de sangue não durou muito, só alguns minutos e ela tinha três tubos cheios do meu sangue, eu tinha voltado ao meu lugar ao lado de Anthony enquanto a doutora entregava o sangue a uma enfermeira.

  - Traga os resultados pra mim o mais rápido que conseguir Anna - ela pediu e a enfermeira assentiu. - E traga também um lanche para Elisa, ela precisa comer.

  - Eu estou bem - garanti e a doutora suspirou mandando a enfermeira embora e se sentando na sua cadeira outra vez.

  - Você acabou de tirar sangue e não foi pouco Elisa, precisa comer.

  - Tudo bem - concordei por que eu realmente estava com fome.

  - Certo, vamos começar com o questionário - ela disse sorrindo e tirando alguns papéis dá gaveta de sua mesa. Ela anotou alguma coisa no topo da primeira folha e me olhou. - Coisas como tipo sanguíneo e sua condição de saúde o exame de sangue vai mostrar, aqui eu só quero algumas respostas mais rápidas, OK?

  Assenti.

  - Pode começar.

  - Tudo bem então, quando foi a última vez que bebeu?

  - Deve ter mais de um ano - falei me lembrando da péssima ideia de Helena de beber até cair quando foi reprovada na prova de admissão do curso de agronomia. 

  - Isso é alguma exceção ou você não costuma beber? - perguntou depois de anotar alguma coisa nos papéis.

  - Eu não costumo beber, nem gosto muito de bebida - esclareci.

  - Certo - ela anotou mais alguma coisa. - Isso é ótimo, e quanto a cigarro, a senhorita fuma? Não que pareça, mas eu tenho que perguntar.

  - Eu não fumo - garanti - Nem nunca fumei.

  - Maravilha - sorriu. - Você é alérgica a alguma coisa?

  - Pimenta - respondi e ambos me encararam. - O que? Tem algum problema eu ser alérgica a pimenta?

  - Não - a doutora garantiu sorrindo - É só incomum, mas vamos continuar - disse e eu assenti. Ela continuou perguntando várias coisas pra mim, sobre meus hábitos alimentares e quantas horas de sono eu tinha, e no meio disso a enfermeira realmente voltou com um lanche que eu comi de boa vontade, estava faminta. Enquanto eu comia e continuava a responder as perguntas, Anthony apenas observava. - Certo, acho que isso é tudo - ela disse conferindo o questionário. - Espera, tem mais uma coisa, quando foi a sua última relação sexual?

  Eu engasguei com o pãozinho que estava comendo.

  - Como? - perguntei só pra ter certeza de que tinha ouvido direito.

  - Quando foi a sua última relação sexual? - ela repetiu e eu corei.

  - Preciso responder? 

  - Sim - ela garantiu e eu suspirei.

  - Tem mais de um ano - murmurei - Foi junto com a bebida, tudo culpa de uma amiga minha.

  - Maravilha, isso é tudo, vamos... - duas batidas na porta interromperam o que quer que a doutora fosse dizer.

  - Doutora, desculpe interromper - a mesma enfermeira que tinha me traga o lanche e levado o meu sangue apareceu na porta com um envelope na mão. - São os resultados dos exames da Srta. Banks.

  A doutora sorriu e fez sinal para que a enfermeira deixasse em sua mesa. Eu estava prestes a perguntar algo como, “Já?”, mas quando olhei para o relógio que tinha na parede fiquei surpresa em ver quem já eram onze e meia, quando tinha ficado tão tarde?

  A doutora verificou os papéis que estavam dentro do envelope e sorriu.

  - Isso é ótimo, sua saúde é muito boa Elisa, talvez devesse consumir um pouco mais de vitaminas, mas fora isso está ótima. Talvez com duas ou três tentativas vocês consigam ter o bebê.

  Seu comentário me fez sentir meio desconfortável, mesmo que estivéssemos ali pra isso ainda era esquisito pensar que eu teria um bebê com um estranho.

  - Podemos prosseguir? - ela perguntou - Isso é claro se estiver tudo bem pra você Anthony.

  - Pode continuar - ele concordou.

  - Agora? - quis saber surpresa.

  - Claro - a doutora sorriu - Quanto antes fizemos à primeira tentativa, mas rápido saberemos se deu certo ou vamos precisar tentar outra vez, fora que o procedimento é bem rápido e simples.

  - Tudo bem - suspirei - Vamos nessa.

  Como a doutora prometeu o procedimento foi incrivelmente rápido, mais ou menos uma hora depois eu e Anthony estávamos nos preparando para ir embora, a doutora tinha pedido para que voltássemos amanhã para fazer o teste e ver se eu realmente tinha ficado grávida ou se precisaríamos de uma segunda tentativa, amanhã seria o dia da verdade.

  Anthony me deixou em casa e depois de me trocar deitei na cama encarando o teto, começando a me perguntar realmente se isso tudo tinha sido uma boa ideia. Por que não importava mais por onde eu olhava, isso tudo parecia uma grande loucura, passei o meu resto de sábado trancada em meu apartamento queimando meus neurônios pensando na confusão em que tinha me metido. Quando o despertador tocou no dia seguinte eu levantei desejando que meu “plano” desse certo, não me importava mais com o dinheiro só queria sair dessa confusão antes dos meus amigos chegarem no final da tarde.

  Anthony e eu não trocamos uma única palavra durante o caminho, hoje quando ele chegou eu estava pronta então não teve gritos nem invasão. Quando chegamos à clínica eu já estava suando frio, fomos ao mesmo balcão que da última vez e a atendente disse com a mesma voz melosa que a doutora iria nos atender, hoje não tinha ninguém aqui além de nós, isso não me fez sentir melhor.

  Quando chegamos à sala da doutora ela estava sorrindo.

  - É bom vê-los outra vez - disse animada, mas como nenhum de nós respondeu nada ela suspirou e pediu para que eu me sentasse na maca que havia em sua sala outra vez. 

  Ela tirou meu sangue e como da outra vez deu a uma enfermeira para levá-lo, mas como hoje não tínhamos mais nada o que fazer em sua sala, então ela pediu que esperássemos na lanchonete no térreo onde eu poderia comer alguma coisa, seguimos para lá e eu pedi um sanduíche de peito de peru e suco e Anthony apenas um café, nos ainda não tínhamos trocado nenhuma palavra, eu suspirei, precisava dizer a ele o que queria.

  - Eu mudei de ideia - disse meio que do nada e ele me encarou.

  - Como? - perguntou sem entender.

  - Eu disse que mudei de ideia sobre esse nosso acordo.

  - Mudou de ideia é?

  - Desculpe, mas eu cheguei à conclusão de que isso tudo é muito louco e eu espero que não fique chateado comigo, eu só acho que é melhor eu arrumar um emprego mais normal.

  - Entendo - Anthony disse calmamente tomando outro gole de café. - Você está basicamente se demitindo, e eu não posso nem falar nada uma vez que não assinamos nenhum contrato ou qualquer coisa assim, mas e se você estiver grávida? O que vai fazer?

  - Se eu estiver grávida vamos continuar, afinal este bebê vai ser seu, mas se eu não estiver, por favor, entenda que eu não pretendo tentar uma segunda vez.

  - Tudo bem - ele disse suspirando. - Eu imaginei que talvez você chegasse a alguma conclusão assim. Vamos fazer como você quer então.

  - Você está mesmo bem com isso? - quis saber.

  - Honestamente não, mas não possa obrigá-la a me ajudar, então vamos esperar pra ver o que vai acontecer agora.

  Assenti sorrindo.

  - Vamos - concordei.

  Quando pegamos o elevador para voltar para a sala da doutora eu já estava suando frio.

  - Se acalme - pediu Anthony. - Não te disse que dificilmente a mulher engravida na primeira tentativa?

  - É, mas ainda existe uma chance e como eu sou azarada é bem capaz de acontecer, tudo bem que não é culpa sua, eu aceitei isso e...

  - Apenas se acalme OK? - Anthony pediu me interrompendo. - Nós não chegamos a assinar nenhum contrato e você com certeza não está grávida, então depois que a doutora der os resultados nós podemos seguir caminhos diferentes. Simples assim.

  Respirei fundo.

  - Tudo bem - concordei e nós seguimos para a sala da doutora.

  Quando chegamos lá ela já estava com dois envelopes nas mãos.

  - Sentem-se - pediu e nós o fizemos. - Aqui está o resultado do exame de sangue da Srta. Elisa - ela disse entregando um envelope a cada um de nós.

  Eu abri o envelope quase tremendo, Anthony tinha conseguido me acalmar um pouco, mas uma pequena parte de mim ainda achava que podia estar grávida. Com a minha sorte, eu não duvidava de nada.

  Quando finalmente tomei coragem e peguei a folha de dentro do envelope Anthony já encarava o resultado no final da folha, corri os olhos pelos vários termos médicos dos quais eu não entendia nada e cheguei ao final onde havia uma única palavra em letras maiúsculas: NEGATIVO.

  Eu suspirei com tanto alívio que quase caí da cadeira.

  - Então é isso - ele suspirou.

  - Como esperado - a doutora garantiu. - Nós podemos marcar a próxima tentativa.

   - Não vai ter uma próxima - Anthony respondeu e a doutora o olhou com confusão.

  - Como assim não vai ter uma próxima?

  - A Srta. Banks mudou de ideia, não vai ter uma próxima tentativa. Acho que vou ter que encontrar outra pessoa ou outro jeito de fazer isso.

  - Não tem outro jeito de fazer isso Anthony - A Dra. Stuart suspirou e se virou pra mim - Se é assim tudo bem, mas no fim é uma pena.

  - Por quê? - perguntei.

  - Por que quando o Anthony veio com essa ideia maluca eu realmente cogitei não ajudá-lo, mas aí ele apareceu com você e eu pensei “Talvez isso dê certo afinal”, você parecia realmente o tipo de pessoa que faria isso dar certo.

  Suas palavras me pegaram de surpresa, porque eu tinha a leve impressão de que “isso” não se referia só ao bebê.

  - Sinto muito - disse sinceramente. - Eu só cheguei à conclusão de que isso pode ser realmente uma péssima ideia.

  - Tudo bem - Anthony garantiu ficando de pé. - Vamos, eu vou levá-la pra casa.

  - Mas...

  - Vamos Srta. Banks - ele chamou me interrompendo.

  - Certo - suspirei ficando de pé. - Tchau doutora, foi um prazer conhecê-la.

  - O prazer foi meu, Elisa - ela disse sorrindo e nós seguimos para a porta.

  Nenhum de nós disse uma única palavra durante o caminho até o carro e quando nos sentamos nos bancos Anthony suspirou.

  - Não se preocupe eu vou te pagar - ele disse e eu o olhei sem entender.

  - Como assim me pagar?

  - Você veio até aqui, então eu te devo - ele disse sério e eu fechei a cara.

 - Nada disso, eu não fiz nada, na verdade no fim até desisti de continuar, então nem comece a dizer que vai me pagar.

  - Mas...

  - Eu até ganhei uns exames legais - foi a minha vez de interromper. - Então, por favor, não toque mais nesse assunto.

  Ele fez menção eu dizer alguma coisa, mas mudou de ideia e sorriu assentindo.

  - Como quiser.

  Eu sorri também e o resto do caminho nós fizemos em silêncio, cada um preso em seus próprios pensamentos e quando o carro finalmente parou em frente ao meu prédio eu não sabia o que dizer.

  - Acho que isso é um adeus - Anthony resolveu o dilema por mim e foi o primeiro a falar.

  - Acho que sim - concordei - Foi um prazer conhecê-lo Anthony e tente evitar ficar atropelando as pessoas por aí.

  - Eu não te atropelei - ele disse com um meio sorriso. - Mas pode deixar, vou fazer o possível para não atropelar ninguém. E foi um prazer também Srta. Banks - ele disse enquanto eu saia do carro, me verei na mesma hora e o olhei feio.

  - É Elisa! - disse indignada e ele riu fechando a porta.

  Enquanto eu via o carro ir embora eu tive a sensação que essa não ia ser a última vez.


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Notas finais do capítulo

E então?
Opiniões? Sugestões? Críticas?
Comentem please... :3
Beijocas e até o próximo capítulo!! :*



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