Contrato de Amor escrita por Lelly Everllark


Capítulo 1
Dia de azar e uma proposta nada a ver.


Notas iniciais do capítulo

Eai gente, sentiram a minha falta?
Não deu tempo, não é? Eu admito que não sou lá um poço de paciência, mal terminei uma fic já postei outra, mas é assim que funciona, certo?
Espero que vocês gostem dessa nova história de romance maluca que eu inventei, e que se apaixonem pelos personagens como eu já me apaixonei!!
Enfim é isso, vamos com tudo!!
BOA LEITURA MEUS AMORES!! :3



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Hoje definitivamente não era o meu dia, por que depois de um barraco horrível eu finalmente tinha sido demitida, mas em minha defesa aquele idiota tinha merecido o copo de cerveja na cara, só que acho que meu, no caso, ex-chefe não pensava igual, mas claro que aparentemente ser demitida não era o suficiente, eu tinha que ter esquecido a carteira em casa, motivo pelo qual eu estava agora andando as onze quadras que existem entre a lanchonete onde eu trabalhava e o meu apartamento, onde a situação não está muito melhor afinal estou devendo nada mais, nada menos que dois meses de aluguel, só que definitivamente, para o universo isso não parece ser o bastante, tinha - é claro - começado a chover, por que afinal não existe nada ruim que não possa ficar pior.

  Mas eu não tinha ideia de como isso ainda iria piorar.

  Eu já estava tão encharcada que não estava fazendo esforço nenhum para não me molhar, sinceramente não me importava mais, só que estava tão concertada em pensar em como minha vida estava ruim que não percebi o carro vindo na minha direção quando fui atravessar a rua, o que me fez acordar foi a buzina alta do motorista, mas já era tarde de mais, ele freou com tudo e parou a poucos milímetros de mim, no susto dei um pulo pra trás e cai sentada em uma poça d'água, como eu disse, não há nada ruim que não possa ficar pior.

  - Ai meu Deus! - o motorista exclamou saindo de dentro do carro, ele usava terno e tinha alguns cabelos brancos, parecia ter uns cinquenta anos. - A senhorita está bem? - ele perguntou me ajudando a levantar. Aceitei sua ajuda e fiquei de pé.

  - Eu estou bem - garanti e ele me olhou de cima a baixo - Sério - voltei a afirmar.

  - Ela está bem Marco, ela não acabou de dizer? Nós temos que ir, estou atrasado para a minha reunião. - uma voz que até então não fazia parte da conversa se pronunciou, o dono dela se mostrou um cara alto de olhos escuros intensos usando terno preto e destoando completamente do seu look, um cabelo escuro arrepiado. Ele estava debaixo de um guarda chuva diferente de mim e Marco.

  - Educação passou longe em? - perguntei irônica e ele me olhou de cara feia.

  - Você acabou de dizer que está bem, e na verdade a culpa é sua por se meter na frente do carro.

  - Ora seu... Quer saber? Acho que estou um pouco tonta, talvez eu tenha quebrado alguma coisa importante quando você me atropelou.

  - Eu não te atropelei! - ele contrapôs se aproximando de mim. - Foi você quem se enfiou na frente do meu carro!

  - Você me atropelou! E se quiser posso te processar por isso! 

  - Senhor, senhorita, por favor, vamos manter a calma - pediu o motorista, Marco.

  - Tudo bem - murmurei. - Que seja, meu dia já está uma droga, um atropelamento a mais ou a menos não vai fazer diferença mesmo. Até nunca mais - disse encarando o bonitão de terno e me virei para ir embora.

  - Hei! Espera aí! - ele chamou, mas eu não me virei, só queria chegar em casa, tomar um banho e fingir que esse dia se quer existiu.

  Estava prestes a virar em uma esquina quando um carro parou na minha frente, definitivamente ser sequestrada era tudo o que estava faltando pra esse meu dia ficar pior, mas no fim o carro não tinha parado pra me sequestrar, reconheci os vidros escuros do carro do bonitão de terno. Ele abaixou o vidro do banco de trás e me encarou.

  - Você vai pegar um resfriado assim - comentou e eu consegui sentir a nota de divertimento em sua voz.

  - Me seguiu até aqui só pra dizer isso? - perguntei irônica. - Acho que isso dava pra deduzir sozinha dado o fato de que estou encharcada.

  Eu pensei que ele fosse fazer alguma piadinha, mas pra minha surpresa ele ficou sério.

  - Não, eu não vim aqui só pra isso, eu queria me desculpar por antes - ele disse e eu fiquei surpresa com sua declaração. - Eu fui um idiota, então queria saber se você gostaria de tomar um café comigo para eu poder me desculpar.

  - Agora? - foi tudo o que consegui dizer, era a informação de mais pra absorver.

  - Por que não?

  - Por que você é o estranho maluco que tentou me atropelar e eu estou encharcada.

  Ele deu um sorriso e saiu do carro com o guarda chuva sobre si.

  - Marco eu vou a uma lanchonete com a senhorita, OK? Me espere do outro lado da rua.

  - Sim senhor - Marco respondeu do banco do motorista.

  - Vamos? - o bonitão me chamou e eu o olhei sem acreditar.

  - Você está mesmo me chamado pra comer a essa altura do campeonato?

  - Exatamente - confirmou se aproximando de mim para que seu guarda chuva pudesse me cobrir também. - Podemos ir?

  Eu ponderei a ideia, ainda faltavam sete quadras para chegar ao meu apartamento, a chuva estava cada vez pior e eu estava com fome, por mais encharcada que estivesse, ainda era melhor esperar a chuva passar em uma lanchonete quente (e com comida) do que correndo o risco de pegar uma pneumonia no caminho de casa, o que dada a minha sorte do dia era bem possível.

  - Pode ser - disse por fim.

  Nós nos viramos pelo caminho que eu tinha vindo e voltamos alguns metros para entramos numa lanchonete, minha experiência com a última que eu tinha estado não era das melhores, mas ainda sim não hesitei. Só que assim como eu imaginei que aconteceria todo mundo olhou pra mim, eu devia estar horrível, mas não me importei, fiz menção em ir para a mesa mais próxima só que o bonitão não deixou, ele me parou com o braço e me estendeu seu paletó.

  - Vista isso - disse e eu encarei a peça, era super gentil e tudo mais, mas era quase caridade e isso eu não ia aceitar, meu orgulho me faria morrer de pneumonia, mas eu não me importava.

  - Não, obrigada - agradeci e tentei andar outra vez, ele não deixou.

  - Se eu fosse você aceitava - ele deu de ombros. - Dá pra ver seu sutiã.

  - O que!? - exclamei olhando pra baixo e sim minha blusa branca tinha ficado transparente e dava pra ver meu sutiã cor de rosa, dessa vez a vergonha superou o orgulho e corando aceitei o paletó, assim que o coloquei nós fomos em direção a uma mesa.

  - Então o que querem? - a garçonete perguntou (ao bonitão, parecia que eu nem estava ali) assim que nos sentamos.

  - Dois cafés - ele respondeu e a garçonete se debruçou mais sobre ele, o bonitão a ignorou completamente e me encarou - Vai querer mais alguma coisa? - eu hesitei e ele sorriu - Eu pago.

  - Se é assim eu quero uma fatia de bolo de chocolate.

  - Tudo bem então - ele disse encarando a garçonete. - Dois cafés e um bolo.

  - Certo - ela respondeu de má vontade depois de ser ignorada se virando para ir embora.

  - Antes de tudo, eu sou Anthony Whitmore - se pronunciou e estendeu a mão.

  - Elisa Banks, e seria um prazer conhecê-lo se você não tivesse me atropelado - disse e apertei sua mão. Ele sorriu.

  - Eu já disse que a culpa não foi minha, mas me desculpo de novo se você quiser.

  Foi a minha vez de rir.

  - Precisa não, o café já está bom - disse e só pra me sacanear meu estômago roncou. Anthony me olhou arqueando uma sobrancelha. - Já faz algum tempo que eu comi - admiti suspirando, já era quase hora do jantar e eu não tinha nem almoçado.

  - Eu não te trouxe aqui só para te pagar um café - ele admitiu depois de uns minutos de silêncio.

  - Não?

  - Não, eu queria saber se está interessada em trabalhar pra mim.

  - Trabalhar pra você? Como assim? - perguntei sem entender.

  - Primeiro eu quero saber se você está interessada, sim ou não?

  - Eu acabei de ser demitida, então sim, por mais incomum que essa “entrevista de emprego” possa ser, eu estou interessada.

  - Ótimo - ele disse com um meio sorriso.

  - Então, que tipo de emprego é? - perguntei quando ele não disse mais nada.

  Ele hesitou e depois suspirou e isso acabou me deixando nervosa, ele queria que eu fizesse o que? Eu não estava tão desesperada assim. Mas depois de pensar em como eram as roupas e o carro dele, decidi que era mais fácil ele ser um empresário super rico do que alguém que trafica pessoas.

  - Como não tem um jeito fácil de dizer isso, eu vou direto ao ponto - ele disse por fim me olhando sério. - Eu quero que tenha um filho meu.

  Eu engasguei com a minha própria saliva quando ele terminou de falar.

  - Como assim um filho seu? - perguntei piscando incrédula.

  - Não me entenda mal, eu não sou nenhum louco Srta. Banks, é só que eu quero um filho, mas não tenho esposa e nem pretendo ter, então preciso de alguém que gere esse filho por nove meses pra mim.

  - Me chame de Elisa - murmurei. - E por que eu? - foi tudo que consegui perguntar, lá estava ele de novo com informações de mais.

  - Por que tomei essa decisão hoje de manhã e você foi a primeira mulher com quem esbarrei - ele disse e eu não sabia dizer se estava brincando ou não.

  - Eu estou falando sério! 

  - Eu também - ele garantiu - Não sei se já percebeu, mas eu sou um cara bem rico.

  - Claro que percebi, seu carro deve custar mais do que o meu prédio todo, mas e o que isso tem a ver?

  - Tem a ver que, se eu chegasse a anunciar que precisava de alguém pra isso, as mulheres interesseiras a minha volta cairiam matando. Então preciso de alguém normal pra fazer isso, estava me perguntando como encontraria mulheres assim quando você literalmente se jogou na frente do meu carro.

  Eu o encarei por uns dois minutos processando o que ele tinha dito, pra só depois dizer alguma coisa, abri a boca para responder, mas a garçonete oferecida voltou com nosso pedidos e eu não tive chance. Ela colocou o meu na minha frente e o de Anthony na frente dele.

  - Se precisar de mais alguma coisa, é só me chamar - ela disse sorrindo pra ele e dando uma piscadela antes de sair.

  Ataquei o meu bolo e só parei para respirar outra vez depois de comer metade dele. Anthony tomava seu café e me observava, por causa disso, mesmo com fome, decidi manter a classe ou o mínimo dela.

  - E então? - ele perguntou me encarando - Você ainda não me disse o que achava de tudo o que te disse.

  - É muita loucura - disse simplesmente - É isso que é tudo o que me disse. E por que eu? - perguntei outra vez - Aquela garçonete que estava aqui ficaria muito feliz em ter um filho seu, até dois se pedisse, então por que eu?

  - Justamente por isso - ele disse me deixando mais confusa - Você não é uma socialite mimada nem ninguém que queira ir pra cama comigo, por que por mais que o bebê herde metade dos seus genes de você e fique na sua barriga por nove meses, no fim ele não é nada seu, isso é uma transação de negócios, nada mais, eu estou, por falta de palavra melhor, alugando seu corpo por nove meses e pra fazer isso eu preciso de alguém em quem possa confiar, alguém que definitivamente não queria ir pra cama comigo e que não queria o bebê no final desse tempo.

  - Acho que entendi - murmurei - E eu definitivamente não quero um bebê, mas por que você não simplifica tudo e adota uma criança?

  - Por que essa criança vai ser herdeiro de uma enorme fortuna, e se ele não for meu filho biológico é bem capaz de alguém tentar roubá-lo.

  - Vida de gente rica é complicada - murmurei e Anthony sorriu.

  - Você não faz ideia, mas e então? Você aceita minha proposta?

  - Isso é muito louco e repentino e bem... Você não disse quanto é...

  - Quanto você vai receber se aceitar?

  - É.

   Ele disse o valor e eu engasguei outra vez só que agora com o café.

  - O que disse?

  - Disse que se você aceitar o emprego é isso que vai receber e é claro que despesas com médicos, hospitais e remédios vão ser por minha conta, assim como roupas e outras coisas que precisará durante a gravidez. O dinheiro será seu para gastar como quiser.

  - Uau! Isso é muito dinheiro. - disse espantada e ele deu um meio sorriso.

  - E então o que me diz?

  Abri a boca para responder, mas a verdade é que eu não tinha resposta nenhuma, como é que se diz sim ou não pra uma proposta dessas assim do nada?

  - Você se importa se eu pensar um pouco? - perguntei e ele suspirou.

  - Imaginei que pediria algo assim, mas eu não tenho muito tempo, vou precisar fazer uma viagem de negócios durante umas semanas, você vai ter que me dar uma resposta até amanhã, Ok?

  Foi a minha vez de suspirar.

  - Se não tem jeito, amanhã então. Mas onde?

  - Pode ser aqui, às 17h00m? 

  - Ok, combinado - disse sorrindo e ele ficou de pé, tirou uma nota da carteira e colocou em cima da mesa.

  - Fique a vontade e termine de comer, nos vemos amanhã - disse e saiu, quando eu me lembrei que ainda estava com o seu paletó, era tarde de mais, ele já tinha ido.

  Encarei a porta da lanchonete por onde ele tinha saído sem ter a mínima ideia do que pensar sobre sua incomum proposta.


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Notas finais do capítulo

Eai? Eu tô viajando de mais? Vocês gostaram? Quero opiniões...
Minhas fics não são movidas por comentários, mas é sempre bom saber o que vocês estão achando, então, por favor, me ajudem!!
Beijocas de pudim e até a próxima :*
PS: Vocês devem ter achado a Elisa louca por pensar em aceitar essa proposta maluca, mas ela é meio louca mesmo, então está tudo certo kkkk



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