Bendito culpava o vento por fazer barulho, no momento que menos queria. Não conseguia se concentrar assustado, mas mesmo assim tentava ouvir qualquer sinal de vida de Querido. Ele ainda não tinha chegado na árvore, e isso preocupava muito o meio monstro. Travado por seus próprios medos, Bendito encarava a escuridão. Ela nada lhe revelava.

Sua vontade de sair brigava com a vontade de ficar. E se ele estivesse lá fora, precisando de ajuda? E se tivesse morrido, do que adiantaria? Mas não se pode ter certeza até sair. Posso sair amanhã de manhã. E se for tarde demais?

Então Bendito desceu da árvore. Depois de prestar atenção, percebeu o motivo de não estar identificando nada: Ele já estava em outro lugar.