Tudo começa com mais um dia tipico na Soul Society.

O inverno havia chegado, mas a papelada não diminuía, pelo contrário.

Agora que Matsumoto, estava afastada por conta de um forte resfriado, Hitsugaya se via ainda mais atarefado com a papelada.

Afinal, mesmo que a loira não fosse muito dedicada ao trabalho, pelo menos lhe fazia companhia e isso ajudava a fazer com que as horas passassem mais ligeiro.

TOC TOC TOC

— Entre!

O taichou disse sem tirar os olhos da papelada. Isto é, até a bela fukataichou de Hirako entrar no recinto.

— Olá, Shiro-kun! A Rangiku-san, pediu que viesse ver se você precisa de uma mão...

Ela dissera com timidez, enquanto o rubor encobria suas bochechas.

— É Hitsugaya-taichou, Hinamori. Quantas vezes vou ter de te dizer?

— Não precisa, ser tão grosso!

Ela reclamou já indo embora.

— Espere...

— O que foi? 

— Fique! - Ele falara baixo ainda impassível.

— O que disse?

Ela perguntou exultante pela resposta não pronunciada pelo taichou que ainda fingia se concentrar na papelada chata.

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Na saída:

— Uau, terminamos na metade do tempo.

— Estou surpreso! Graças a você terminamos na metade do tempo, Hinamori.

— Não se esqueça que eu estive cuidando um tempão uma divisão inteira, sem ajuda de ninguém.

Ela dissera sentindo sem querer os olhos ficarem marejados.

Hitsugaya se sentiu um idiota por ter tocado no assunto daquela maneira tão estúpida.

Foi quando ele a surpreendeu, ao envolver as mãos dela, com as mãos frias dele.

Mas, antes que ela pudesse dizer alguma coisa.

Ele a puxou com força.

— Vem, vou te levar pra casa.

Desse jeito os dois andaram vários quarteirões de mãos dadas.

— Shiro-kun! 

Ele iria protestar, mas ela então apontara para o céu, com os olhos brilhando, quase como se fosse uma criança.

— Uma estrela cadente!

— Bem, você sabe sobre o que dizem as lendas Hinamori... 

— Se eu pudesse escolher algo, eu escolheria passar mais tempo com você, Shiro-kun...

A sinceridade da menina o atingiu em cheio. Quer dizer, ele sempre achou que ela fosse pedir alguma coisa relacionada, a Aizen.

Mas, agora ela estava lhe dizendo que só queria uma oportunidade para estar um pouco mais perto dele.

Aquilo aqueceu o coração do capitão de gelo, mesmo num dia frio de inverno.

— Vamos, Hinamori, você vai pegar um resfriado. Se continuar aqui fora.

— Mas, e você Shiro-kun, se você pedisse alguma coisa, o que você iria pedir?

A resposta para aquela pergunta era fácil. Ele iria pedir para tornar aquele momento eterno, quem sabe só assim ele tivesse uma coragem, para dizer.

Mas, então a doce fukataichou apenas sorriu, e o puxou pela mão o conduzindo por um caminho cheio de estrelas.