Núpcias escrita por Pandora Imperatrix


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

N/A: Pode ler, é Neji-free XD.



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Ele afastou uma mecha de cabelo índigo do vale dos seios dela, empurrando os fios para trás dos ombros de sua esposa.

— Como você não tem outras cicatrizes além dessa? — ele circulou com a ponta dos dedos a marca que, ele sabia, havia sido deixada na pele dela como lembrança do que ela era capaz de fazer por amor.

— Mas eu tenho outras cicatrizes — ela sorriu, seus olhos estavam fechados, exausta, não demoraria até que ela pegasse no sono — quem não tem nenhuma cicatriz é você, Naruto-kun.

Mesmo com a luz precária do luar, ele reparou que as bochechas dela haviam corado, ele sempre reparava agora quando ela ficava vermelha e gostava de catalogar os motivos. O atual, ele inferia, ser o fato de que mesmo com os olhos fechados ela podia ter certeza da afirmação que fizera.

— Mas eu tenho o Kurama’ttebayo. E eu não tenho cicatrizes agora porque faz tempo que não saio em missões — ele estava de licença por causa do casamento — mas você vai ver quando eu voltar à ativa. Vão aparecer um monte. Só que elas somem rápido.

— Hmmm.

— Mas qual a sua desculpa’ttebayo?

— Primeiro, eu não sou tão desastrada como certas pessoas — ela abriu os olhos para ver a expressão dele ao ouvi-la dizer aquilo, mas ser presenteada com a figura completamente nua de Naruto a sua frente ainda era algo com que ela não estava acostumada e fazia com que ela não conseguisse achar tanta graça assim na expressão de ultraje no rosto dele.

— E...?

— O-o que eu estava dizendo?

— Eu não acredito depois de tudo que nós fizemos, você ainda está com vergonha’ttebayo!

Ela cobriu o gosto com as mãos e fez um barulhinho que ele considerou adorável.

Hinata.

Ela o olhou por entre os dedos. Ele reparou que o vermelho havia se espalhado do rosto para o pescoço e colo. Um pequeno sorriso enviesado surgiu em seus lados, o tempo que havia passado acordado a noite imaginando até onde iria aquele corado parecia uma eternidade, mas o resultado da espera havia sido recompensador.

— Eu uso punho gentil e ninjutsu, raramente deixo que cheguem perto o bastante para me acertarem e uso um creme inventado pela minha mãe quando tenho alguma ferida.

— Aquele com cheiro bom?

— Isso.

Eles fizeram silêncio por alguns momentos. Ela tirou as mãos do rosto e as uniu, deitando o queixo sobre elas.

— Naruto-kun.

— Hm?

— Você... N-não foi... Ah...

— O que foi, dattebayo? Você sabe que pode falar sobre o que quiser comigo, não sabe?

— E-eu sei, é só que...

Ele acariciou o rosto dela.

— Hinata, por mais que eu ache fofo, eu gostaria que você se sentisse mais à vontade comigo. Nós estamos casados, você sabe que eu te amo, do que você tem medo’ttebayo?

Ela meneou o rosto em direção ao carinho e suspirou.

— Eu não tenho medo de nada quando estou com você... Mas é que algumas coisas são difíceis de dizer.

— Como o que?

— Você parece não à vontade agora e antes... B-bem... N-não foi a primeira vez que você fez isso, não foi?

— Ah... – ele afastou a mão do rosto dela para fazer o gesto característico de coçar a nuca demonstrando nervosismo — isso...

Ela não podia mentir que não estava sentindo uma certa dorzinha no coração ao ver ele corar — coisa que fazia tão raramente — e não negar. Mas continuou em silêncio, esperando ele terminar.

— Eu já tinha sim feito... er. — Ele respirou fundo. — Você lembra do meu padrinho, não lembra?

— Jiraya-sama?

— Então, o Ero-sennin. Eu passei três anos com ele lembra’ttebayo?

Claro que ela lembrava. Como havia sentido a ausência dele durante aquele tempo. Ela fez que sim com a cabeça.

— Então, tinha motivos para eu chamar ele de “Ero-sennin” dattebayo. Um deles era que a gente nunca ficava em hospedarias normais, eram sempre hospedarias que ofereciam certos er... serviços.

Oh céus. Ela sabia onde ele estava querendo chegar.

— Quando eu era pequeno, não tinha nada demais, dependendo de como o Ero-sennin havia se comportado eu era até bem tratado. Ele gostava de dormir até tarde depois das bebedeiras, então as moças que trabalhavam nesses lugares me davam atenção durante o dia. Não era ruim.

Hinata tentava, mas às vezes era muito difícil não ficar chocada com o quão diferente havia sido sua vida e a de Naruto. Por mais solitária que também tenha sido sua infância, algo assim jamais poderia ter acontecido com ela, não com a herdeira rejeitada de Hyuuga Hiashi que mesmo sendo desonrada e pouco amada, jamais pisaria num lugar como os que Naruto havia sido hospede.

— Quando eu fiz quinze anos, Ero-sennin achou que seria uma boa ideia de presente pagar uma dessas moças pra passar a noite comigo — ele fez uma careta — foi estranho. Hinata, você não está dizendo nada, se você não quiser ouvir mais essa história, eu vou entender’ttebayo.

— N-não! – Ela engoliu em seco – quero dizer, não é que não me soe no mínimo estranho, mas eu não vou te julgar por isso, Naruto-kun... E eu sempre quero saber mais sobre você...

Mas ele estudou o rosto dela por alguns momentos antes de continuar.

— Ok... —Disse ele soltando o ar de seus pulmões. — Então, ela se chamava Naomi e não devia ser muito mais velha que eu, só tinha idade o suficiente, sabe? Era a primeira vez dela também fazendo aquilo, eu estava nervoso, ainda achava que gostava da Sakura-chan e não achava nada daquilo uma boa ideia, pra ganhar tempo, comecei a puxar assunto e ficamos conversando a noite toda. Contei a ela tudo sobre o Teme, meu treino com o Ero-sennin, sobre a vila e meus sonhos de virar Hokage um dia. Ela me disse que era de uma vila no interior muito tradicional, os pais dela tinham expulsado ela de casa quando descobriram que ela tinha dormido com o namorado que sumiu no mundo, no fim, ela ouviu mais do que falou, era tímida e com certeza estava na profissão errada’ttebayo.

— Mas então vocês não... hmmm?

— Naquela noite não. Mas eu disse pro Ero-sennin que tinha. Capaz dele pedir o dinheiro de volta caso contrário – ele riu, Hinata sorriu — mas na minha última noite lá ela veio no meu quarto.

— Oh...

— Yeah... Eu não me arrependo daquela noite’ttebayo. Mas gostaria que você tivesse sido minha primeira também. Você não está brava por não ser, está?

— N-não — embora o coração dela doesse um pouquinho, não era raiva de fato o que sentia — Na verdade fico feliz por um de nós dois saber o que fazer.

Ele riu e a beijou, pegando Hinata de surpresa.

— Como você consegue ser tão fofa’ttebayo?

Ele a beijou de novo, mas se o último beijo havia sido um simples tocar de lábios, esse era mais languido e demorado. Ele desceu a mão que estava no ombro dela para o braço e cintura, costas e quando vou chegando em regiões mais ao sul, ela descolou os lábios do dele, suspirando.

— De novo? – ela perguntou, sem ar.

— De novo.

 


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Notas finais do capítulo

N/A: Haha e esse é o mais próximo de smut que eu consigo chegar com NaruHina



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