Intrinsically escrita por Jay L


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :D



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Depois que Peeta foi embora, Katniss respirou fundo e entrou em casa. Recebida por um silêncio mordaz, pensaria que estava sozinha, se não fosse a luz da cozinha ligada. A ideia desanimadora de que Effie podia estar na casa a fez estremecer. Sem clima para falar com ninguém, foi para seu quarto. Ainda usava o maiô e o short de mais cedo, a peça de banho havia enxugado no corpo e o cabelo, com todo o cloro da piscina do Sunshine Morning, pendia seco e estranho nas costas, a textura como de palha.

Antes que alcançasse a porta do quarto, Haymitch cambaleou para fora do seu. Katniss soube na hora, ele bebera. E muito. O cheiro extremamente forte e desagradável de destilado barato com whisky a obrigou a prender a respiração. O homem estava péssimo, as roupas amassadas de quando saiu de manhã; a camisa trazia uma mancha medonha na frente que Katniss desconfiava ser bebida derramada; o cabelo, mesmo escuro, evidenciava sujeira; a barra da calça salpicada de vômito. Katniss teve uma vontade imensa de chorar. Os olhos bêbados e agitados de Haymitch a fitaram e ele se apoiou na parede com um dos ombros.

— Ah! Olha só quem voltou. - disse numa fala embolada e se empurrou da parede - Já sabe da nova? - abriu os braços como se fosse revelar um mega acontecimento e esboçou o pior e mais largo dos sorrisos - Somos uma família outra vez.

Em meio à vontade de derramar mais lágrimas e a resignação em mante-las sob controle, Katniss deu um passo na direção do pai e se arrependeu no ato, o cheiro ficou mais forte e uma ânsia atacou seu estômago.

— Pensei que já fôssemos uma família. - respondeu.

Haymitch fez um som de escárnio e o semblante se entristeceu. Ele apontou um dedo trêmulo e nada acusatório para ela, aparentava sentir dor.

— Você não gosta de mim.

A declaração a pegou desprevenida e Katniss fechou as mãos em punho ao lado do corpo. O pai da menina abaixou a cabeça, desconsolado.

— Não desde que ela se foi. - ele inspirou e o peito tremeu, como se fosse um esforço penoso jogar ar nos pulmões, como se fosse chorar - Não a culpo, sou um péssimo pai. Sinto muito por não ter sido sua família, Docinho.

Todos aqueles anos e era a primeira vez que Haymitch dizia-lhe algo real. Precisou de uma boa dose de álcool para isso, mas conseguiu. Katniss queria contradize-lo, queria mesmo. Eu o amo, pare com isso, eu o amo. As palavras embargaram, a falta de energia não permitiu que saíssem. Como ela o amava, seu pai irreverente, solitário e bêbado. A sua forma, ele era a família dela e ela, a dele. Katniss odiou Effie mais do que jamais odiou por fazê-lo tão infeliz, por fazê-la sentir-se fraca. Movida por esse sentimento, ela se empertigou e tomou a decisão de que, do que dela dependesse, não choraria por Effie, alguém que não amava ninguém além de si própria, a ordinária egoísta que era.

— Venha, pai. – falou. Adiantando-se, o firmou pelo braço e cintura.

Katniss ajudou Haymitch a se limpar e deixou-o tomando banho enquanto preparava café e sopa. Falta menos de um ano, Katniss, encorajou-se mentalmente.

Mais tarde, depois de banhar e comer, passou no quarto dele, a escuridão do cômodo vencida pela pouca claridade que penetrava na janela. Ele dormia de bruços sobre os lençóis, o cheiro de sabonete e shampoo que exalava de seu corpo chegou ao olfato de Katniss e foi bem-vindo. Ela se aproximou da cama e estendeu o cobertor sobre o homem. Quando se virou para ir embora, um retrato na cabeceira chamou-lhe a atenção. Ela segurou o retrato e viu a foto.

Haymitch carregava Katniss no alto, pendurada no pescoço dele, Effie repousava a mão no peito do marido, o braço esquerdo o abraçando. Feriado do trabalho, passaram a data em Nova York, no Central Park. Todos ostentavam sorrisos enormes e significativos. Katniss sorria banguela, faltavam-lhe os dois dentes da frente, embora estivesse, invariavelmente, se divertindo; o pai segurava uma de suas pernas e ela apoiava as mãos na cabeça dele, o cabelo preso em marias - chiquinhas. Exuberante e charmosa, a mãe olhava para a câmera com um quê de malícia, desafiando a quem olhasse a foto a não se encantar por ela. O sorriso de Haymitch era brilhante, despreocupado, realizado, a áurea de um homem que não imagina que a mulher o deixará.

Há dez anos, Haymitch era um homem bonito, de cabelos escuros e bem cortados, olhar jovial e despreocupado. Agora, havia apenas uma sombra desse homem, o cabelo despenteado quase sempre, cortava-o sob a insistência de Katniss. Bom, ela quem cortava, então não se podia esperar muito. Ela desconfiava que unicamente o trabalho na firma motivava o pai a tirar a barba.

Katniss deixou o polegar correr na moldura do quadro. Recordava-se de certa vez em que ele se arrumou, quando já era só eles dois. A garota apresentou no coral da escola aos onze anos durante o recital de Natal. Não esperava que Haymitch fosse aparecer. Assim, foi com a família Hawthorne e Gale, que participava do coral, segurou sua mão ao longo das músicas, passando-lhe segurança. Porém, durante o refrão de "A Holly Jolly Christmans", ela encarou a primeira fileira da plateia e Haymitch estava lá, de cabelo penteado, roupa passada e barbeado, tudo isso junto e não num dia de trabalho. Aquilo foi sua motivação para o resto do recital, ela soltou a mão de Gale e sorriu até o final. Queria que todos os dias fossem como no dia do recital, trazendo felicidade sorrateira e transbordante.

Extenuada, devolveu o quadro para a cabeceira e, antes de sair do quarto, disse baixinho para o pai adormecido:

— Você está errado. Eu mais do que gosto de você. Eu amo você, seu bêbado.

E fechou a porta.

Dez minutos mais tarde, deitada em sua cama, o celular vibrou com a chegada de uma mensagem de Peeta.

Espere-me às 7:20 AM. Vou buscá-la.

Katniss sorriu e digitou um Ok. Peeta era um achado valioso. Despertava nela o melhor que havia em si, era atencioso de um jeito só dele, sem extravagâncias e floreios, especial, singular. Mandaria para o inferno todos aqueles clichês sobre o tempo parar quando se beijavam. Se parasse, então o contato se prolongaria e, talvez, a satisfizesse. Mas acontecia o oposto, o tempo nunca parecia suficiente, corria apressado, veloz. Ela o amava por isso e por fazê-la rir e sorrir e dançar e sair e se divertir e se sentir querida e... E amar.

Ele mandou outra mensagem.

“A vida é uma tempestade, meu amigo. Um dia você está tomando sol e no dia seguinte o mar te lança contra as rochas. O que faz de você um homem é o que você faz quando a tempestade vem.” Uou

Ela reconheceu a citação de O Conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas. Desde que descobriram o gosto um do outro pela literatura, Peeta enviava a ela trechos que achava interessantes da obra que lia no momento. Ela também, ocasionalmente. Os trechos que Katniss enviava rarearam depois de ter mandado, na semana passada, uma citação de Virginia Woolf sobre jovens apaixonados. A infeliz coincidência de estar lendo Ao Farol e não se atentou no que implicaria a mensagem, somente achara a citação bonita. Afinal, era por isso que trocavam trechos da literatura. Para alívio dela, Peeta não deu nenhuma resposta embaraçosa ou coisa assim.

Proposital ou não, a citação de Alexandre Dumas veio a calhar e ela agarrou as sábias palavras. Não era mais a criança indefesa que chorou todo dia por seis meses com saudades da mãe, que viu o pai beber até cansar nos fins de semana, que frequentou psicólogos infantis por quatro anos, até decidir que queria tocar a vida sozinha. Se Effie fosse ficar, que ficasse. Katniss seria firme, seria a rocha, não aquela que é jogada contra elas.

Agradeceu em pensamento a perspicácia provavelmente intencional de Peeta, o garoto que, puxa, ela amava.

**

Coçando os olhos com os nós dos dedos, Haymitch bocejou e estacou na entrada da sala, agradeceu a Deus por Katniss já ter ido para a escola.

— Bom dia, amorzinho! – Effie cumprimentou animada e se levantou do sofá, a saia do vestido alcançava metade das coxas.

Haymitch não respondeu e, fingindo que nada acontecia, que sua odiosa mulher não tinha voltado para lhe roubar a paz, se virou para a cozinha. Precisava de café. Muito café. Ouviu o som dos passos de Effie, seguindo-lhe. Irritado, voltou-se para ela.

— Droga, mulher! O que você quer? Vá embora.

Effie achegou-se e arrumou o cabelo. Depois, surpreendendo a ele, ajeitou-lhe a gravata. Petrificado, Haymitch observou as feições da ex-esposa. Os anos não foram cruéis com ela, nem de longe. A beleza foi realçada com a idade, deixando-a mais madura, ainda com um toque angelical em seus quarenta e um anos de idade. Haymitch quis rir da própria observação, sabendo que a índole de Effie beirava a do diabo. Dando-se conta da proximidade, afastou-se bruscamente, ela não era saudável para sua sanidade.

Effie expirou frustrada.

— Estava com saudades, meu bem. Muita mesmo. Pensei que ficaria feliz em me ver.

Dessa vez ele não conseguiu segurar o riso, que logo se transformou numa gargalhada. De todas as coisas a serem ditas... Aquela era a mais cômica, com certeza.

— E você não pensou nisso, sei lá, uma década atrás? Teria sido mais útil, sabe. – disse, as palavras transbordando sarcasmo – E não estou nem minimamente feliz em te ver.

Era verdade. No dia anterior, enquanto Katniss estava em algum evento escolar, fora à firma pegar alguns documentos e verificar contratos. Quão assombrado ficou quando, chegando em casa perto das duas da tarde, encontrou Effie parada na varanda, sem malas, sem bolsa, apenas ela, que por si só era uma bagagem bem grande. Haymitch quase infartou, tentando se recompor o quanto pôde. A mulher sorriu e acenou, tão mais bonita do que no passado, e ele deu passos hesitantes em sua direção.

— Haymitch, meu amor. – ela dissera.

— Não me chame assim, nunca mais. – ele respondera.

E daí foram palavrões, amargura e escárnio jogados no ventilador. Em seguida, Haymitch saiu para o mercado, comprou várias garrafas de bebida e encheu a cara até não mais aguentar, até estar chorando de desgosto no chão da cozinha.

Com a primeira aparição, esperava vê-la de novo, não achou, entretanto, que seria àquelas horas da manhã de segunda-feira. Effie estalou a língua e deixou ruir a fachada de esposa arrependida. Juntou as mãos e sorriu sem mostrar os dentes.

— Está bem. Pensei que poderíamos fazer isso de uma maneira fácil para todos nós.  – suspirou dramaticamente e balançou a cabeça em negação – Já vi que não adianta. Como sempre, você continua insuperável, querido marido.

Haymitch franziu o nariz diante do uso do substantivo, não se considerava marido há muito tempo. Do que ela falava, afinal? Curioso e chateado, Haymitch continuou o trajeto à cozinha e pegou uma xícara. Viu que Katniss fizera café e, sem pressa alguma, encheu a xícara até a borda, quase derramando a bebida. Effie estacou a sua frente.

— Você sabe que esta casa – ela fez um gesto indicando ao redor – está em meu nome.

Haymitch fez careta quando a língua tocou o líquido amargo e quente e assentiu, mal pressentindo o rumo da conversa. Effie permaneceu calada, olhando-o, e a impaciência dele cresceu.

— O que tem isso? Quer expulsar a mim e Katniss, por acaso? – provocou sem falar sério.

Effie alisou o vestido.

— Não expulsar, embora precise que saiam o quanto antes. Venderei esta casa, Haymitch. – declarou.

Por um triz, o homem não cuspiu o café. Ele arregalou os olhos e, de repente, a raiva crescente se tornou indignação.

— O QUÊ?!

Como se estivesse cansada mesmo antes de explicar seus motivos, Effie suspirou, puxou uma cadeira e se sentou.

— Porque preciso.

A indignação voltou a ser raiva e Haymitch repousou a xícara na pia, mesmo sua vontade sendo a de tacá-la sobre o inox e vê-la desintegrar-se em pedaços cortantes e café quente derramado. Concentrou os impulsos raivosos em um único ponto e fechou as mão até os nós dos dedos embranquecerem.

Porque precisa? – repetiu enojado – Pelo amor de Deus, Effie. Você tem mais dinheiro do que eu posso imaginar, sempre teve. E essa casa vale, o quê, uns quinze mil dólares? Isso é só o que você gasta na sua amada Louis Vuitton! – Haymicht balançou a cabeça - Esta casa não vale nada para você, e digo isso não só no sentido financeiro.

Effie crispou os lábios e riu sem humor, os olhos azuis frios.

— Talvez eu tivesse mais dinheiro do que você imagina, querido. O que, vai por mim, não é o caso aqui.

Uma agonia repentina subiu pela garganta de Haymitch. A casa dele, a casa de Katniss, a casa deles.

— Não tenho nada, estou quebrada. Quando digo que preciso vender a casa, é porque não me sobrou um tostão. O dinheiro da venda vai me ajudar a segurar as pontas até achar outra coisa.

Até achar outra coisa para enfiar suas garras de parasita, ele completou em pensamento.

— Como isso aconteceu? – perguntou e se sentiu tolo no mesmo segundo. Ela era problema seu, mas não ao ponto de se importar com o que lhe acontecia.

Amarga, Effie brincou com uma colher que estava em cima da mesa, uma colher suja. De pronto, Haymitch soube que foi Katniss quem a deixou ali, e Effie parecia ter notado também. A mulher sempre chamava atenção da filha por tal mania.

— Katniss continua a mesma garotinha, - ela o fitou - igualzinha a você.

O comentário não tinha o intuito de elogiar, Haymitch percebeu, carregado de insulto mal disfarçado.

— Como pode saber? Pelo que me lembro, não a acompanhou por metade de sua vida. – acusou e, cruzando os braços, recostou –se na pia.

— Ontem ela estava bem ocupada, beijando um garoto louro na porta de casa. – ela comentou, cutucando as unhas.

Inevitavelmente, Haymitch desencostou-se da pia e a expressão se fechou. Não era ingênuo de imaginar que isso já não tivesse acontecido, pois a filha e o rapaz andavam juntos frequentemente. Entretanto, procurava não pensar nisso para seu próprio bem, o ciúme de pai que existia dentro dele o conduzia ao limite da exasperação.

Effie deu um sorrisinho malicioso.

— Bem bonito o rapaz. Ela sabe escolher, puxou à mãe. – gabou-se Effie, os olhos cravados em Haymitch.

Enciumado com a informação e desconfortável com o último comentário da mulher, Haymitch retomou a conversa anterior.

— Falávamos sobre o dinheiro, Effie.

Cruzando as pernas, ela falou:

— Compras além da conta. Uma bobagem. – em descaso, acenou com a mão.

Nada surpreso, Haymitch ergueu a sobrancelha. Estava um pouco decepcionado, na verdade, pois esperava um motivo mais chocante do que a previsível compulsão de compras de Effie e sua inevitável falência.

— E agora quer tirar de casa a família que deixou para trás. – ele acenou em compreensão e falsa admiração - Nossa, Effie, quando penso que você não pode me surpreender mais, você vai lá e se supera.

Effie levantou - se da cadeira e se recostou ao lado dele. Haymitch distanciou - se alguns centímetros, uma distância saudável o suficiente. A mulher inspecionou cada canto do cômodo e parou nos olhos dele. Haymitch precisou lembrar a si mesmo de não ser envolvido por aquele mar gelado. Uma vez imerso, você bate os dentes até não suportar. Ele desviou o olhar.

— Você terá tempo de encontrar outro lugar. Não é como se estivesse pedindo que saíssem hoje, e sim quando achar uma casa.

Por dentro, Haymitch se debateu. Não tinha dinheiro suficiente para comprar uma casa, nem de pagar aluguel. O fundo que criara no banco possuía fins maiores, não cogitaria mexer nele em circunstância nenhuma, nem em caso de despejo. Katniss e ele estavam em cheque.

Os dedos de Effie resvalaram nos seus, ele puxou a mão.

— O que é, querido, não posso nem tocar em você? Sou tão má assim?

Haymitch voltou-se para uma Effie com expressão charmosa e quase ferida. Manteve fresco na memória que era um jogo, como sempre fora desde que se conheceram. Ela o seduzia, ele se rendia, então, porque assim quis, o largou. Com raiva de Effie, da casa idiota e de si próprio, juntou em cada linha de expressão todo o sentimento inominável destinado a ela.

— Eu te odeio, Effie.

Numa atitude inesperada, Effie sorriu, aquele sorriso sexy, e o beijou. O cérebro de Haymitch trabalhou a todo vapor, ordenando que se afastasse, que corresse, que saísse dali, e rápido. Entretanto, uma parte mais primitiva sua, a que dormia havia uma década, o empurrou no abismo. Haymitch a beijou e enfiou toda a raiva e mágoa no ato, tornando o beijo feroz e voraz, como um faminto colocado diante de um banquete. Effie gemeu e mordeu-lhe o lábio inferior e agarrou sua camisa com força e suas costas e a fivela de seu cinto. Então, tão de repente quanto o agarrou, ela o soltou. Haymitch se odiou para sempre. Effie prendeu a gravata dele entre os dedos, mantendo-o perto e, em seu ouvido, sussurrou:

— Você me ama. Sempre amou.

Como um cachorro adestrado, Haymitch manteve a cabeça baixa, a consciência do fato adentrando aos poucos. Effie, pois, largou sua gravata, alisou-a por cima da camisa e foi embora.

Quando a porta da frente bateu, Haymitch pegou a xícara de café e jogou no chão. Cacos se espalharam pela cozinha e café sujou o piso enlajotado e respingou na parede. Suas mãos tremiam. O homem xingou e lavou o rosto. Enfurecido, humilhado e excitado, limpou a bagunça provocada, lamentando amargamente não ser capaz de ajeitar o caos de sua mente e de dentro das calças.


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Notas finais do capítulo

Agora vcs entendem o motivo da volta da Effie. Infelizmente, ela não é uma boa pessoa :(



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