O Tempo, a distância e a SOGRA escrita por RêEvansDarcy


Capítulo 9
9. Clara Everdeen


Notas iniciais do capítulo

Vem ai mais um capítulo...
Espero que gostem
Beijos



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Clara Everdeen, era uma menina de muitos encantos. Loira, olhos verdes, sempre muito apaixonada pela vida. Se entregava de maneira plena, em todos os projetos pelo qual participava. Era uma menina estudiosa e desde nova aprendeu o ofício dos pais na área médica.

Como toda menina sonha, ela encontrou um príncipe e se entregou de corpo e alma a ele. Infelizmente a paixão às vezes cega a mente das pessoas e seu querido Mark - moreno lindo de olhos tempestuosos e voz cristalina - era agressivo e na maior parte do dia um bêbado.
— O amor não dura se não for cultivado, Mark. Não posso continuar lutando por nós dois e por nossas filhas. Ou você me ajuda também, ou nos deixa viver em paz.
Foram essas as últimas palavras que ela disse a Mark. Ele ao escutar aquelas palavras, pegou a estrada e foi viver de música e bares em algum lugar, deixando sua esposa com duas filhas, Katniss com 6 anos e Primrose com 2 anos.
Desde então, Clara trabalhava muito para sustentar duas crianças pequenas. Teve por um tempo a ajuda de sua mãe, que cuidava das suas filhas enquanto trabalhava.
Katniss era uma criança tímida, mas muito inteligente, responsável e amorosa.
Primrose, no entanto, era danada. Sempre tão tempestuosa quanto o pai. Quando Katniss estava no seu terceiro ano de faculdade e Prim começando o ensino médio, Mark voltou com sua influência forte e doentia. Prim, acreditava nas histórias do pai e se encantava por elas. Mark, não viveu muito após isso. A vida que levara cobrou com juros todos os seus excessos.
Após a morte do pai, Prim se envolveu com drogas e em uma noite cheia de paixão e álcool um ex-namorado lhe deu um tiro certeiro no peito. Marvel se matou logo em seguida, dizendo que não poderia viver sem o amor de sua vida.
Prim era uma menina linda, para morrer tão nova, apenas 16 anos. Tinha muito o que aprender e viver.
Foi difícil tanto pra Clara, quanto pra Katniss aprender a conviver com a dor da perda.
Dois anos depois da morte de Prim, Clara estava recuperada de suas dores emocionais. Sua filha, Katniss era forte, batalhadora e companheira. Amava seu emprego. Tinha uma casa confortável, mas faltava algo pra ela se sentir inteira...

********

Katniss acompanhou, Effie e Sae até o quarto de hóspede com os lábios colados e os olhos atentos. Quando a porta se abriu viu uma figura bem conhecida por ela e seu sorriso se abriu largo e cristalino.
— Mãe!!! Não acredito, que saudades da senhora.
O abraço foi um pouco desajeitado por causa do gesso, mas foi cheio de amor.
— Filha, estava tão preocupada com você. O Peeta, mandou me buscar hoje cedo, pra eu ver como você está.
— Já estive melhor, mas eu sobrevivo.
Mãe e filha conversaram por um tempo, colocando alguns assuntos em dia.
— Peeta, parece ser um bom rapaz. Ele me disse que estava cuidando bem de você.
— Sim, mãe ele está. Se sente culpado pelo acidente, aí ele não me deixa em paz. Quero voltar pra casa e poder dormir sossegada na minha cama. Parece que esses dias não passam logo.
— Se acalme, você precisa ficar de repouso, pelo menos nas próximas duas semanas pra curar essas costelas. O Distrito12 está com o rota-vírus, não é bom você ir pra lá mesmo. Eu e o Peeta conversamos, e pensamos que pode ser melhor pra sua recuperação passar um tempo aqui. Você vai ter sempre alguém ao seu lado, cuidando da sua recuperação e aqui é mais perto do seu médico. Peeta não deixou eu dividir os gastos com ele. Disse que a responsabilidade é toda dele. E, com relação ao Raul, temos que sentarmos e decidir o que é melhor.
— Se eu vou ficar aqui as próximas duas semanas, a senhora vai ficar sozinha no 12 ?
— Meu anjo, você se lembra do Dr. George ?
— O que era apaixonado pela senhora?
— Katniss!!!
— Ahhh... ele não era ? Ele se derretia todo quando lhe via mãe. - Clara ficou vermelha.
— Então, ele abriu uma clínica médica no Distrito 4 e me chamou para ser a enfermeira chefe dele. O que você acha?
— Hummm... vejo romance no ar!
— Katniss!!!
— Vai ser bom pra senhora, tipo um recomeço, um trabalho com um salário maior, um homem de bem para lhe aquecer o coração. Um lugar longe de memórias ruins...
— Mas e você querida?
— Eu me viro, mãe. Sei me cuidar sozinha. Não se preocupe. Esse mês vai ser difícil por causa desse gesso, mas a cunhada do Peeta me ofereceu um emprego aqui na capital. Vou ver as condições. Posso vir trabalhar aqui todos os dias, por um tempo. Depois me mudo pra cá, ou algo assim. Não se preocupe mãe, eu quero que a senhora seja feliz, porque merece. Chega de sofrimento. - Mãe e filha trocaram sorrisos largos, se abraçaram e se soltaram apenas quando ouviram batidas na porta e um Peeta acanhado lhes chamando para almoçar.
O almoço seguiu descontraído e cheio de histórias. Eles aproveitaram o tempo a tarde para decidir o que seria feito com o Raul, visto que o gasto do concerto era maior do que o valor do carro que eles iam pagar o dinheiro e comprar outro semelhante. Clara, deixou tudo isso nas mãos de Peeta e Katniss.

Antes de anoitecer Haymitch levou Clara de volta para o 12. Ela tinha malas pra arrumar e uma viagem a fazer. Mãe e filha se despediram com lágrimas nos olhos e promessas de se falarem todos os dias de manhã e a noitinha. Ficou acertado que após Katniss tirar o gesso ia ficar uns dias com a mãe no Distrito 4.

— Sua mãe é tão simpática. O que deu errado em você? - Peeta a provocou, chamando a atenção de Katniss que lhe lançou um olhar ameaçador. - Brincadeira!
— Obrigado por trazer ela aqui, foi muito gentil da sua parte.
O sorriso que Katniss dava pra sua mãe, e o clima leve e descontraído compensou qualquer esforço que Peeta fez.
— Não foi nada. Você quer jantar fora, ou eu posso preparar algo pra você?
— O quê? Não, não quero te dar mais trabalho. O que você tem me feito já é o suficiente.
— Gosta de massa? Vou fazer uma lasanha pra gente.
— NÃO, não precisa ter tanto trabalho. - Katniss foi correndo atrás dele, que já havia chegado na cozinha.
— Eu estou com vontade de comer lasanha. Vou fazer e você vai pro seu quarto descascar, quando ficar pronto te chamo.
— Não mesmo, vou te ajudar.
— Você tem que ficar de repouso, era pra estar dormindo.
— Não vou ficar numa cama o dia todo.
— Você só sabe falar não?
— Não, sei falar outras coisas também!
— Vai descansar!
— Não. - Peeta bufou.
— Está vendo, bem que sua mãe falou que você é bem teimosa. Vem aqui! - Peeta a pegou no colo, trazendo um calor inexplicável a ela.
— Hei... o que você está fazendo?
— Te levando para o seu quarto, pra cama. - sua voz soou cheia de segundas intenções, mas Katniss resolveu ignorar, pois estava muito envergonhada. Peeta a colocou gentilmente na cama e ligou a TV, pondo o controle ao seu lado.
— A senhoria está proibida de levantar, até que eu volte aqui.
Katniss não sabia o que sentia, queria ficar com raiva dele, mas por que não conseguia? Pensou em sua mãe que enfim parecia viva e feliz e tentou não pensar no homem sexy que estava na cozinha. Ela se deu conta que queria ficar na cozinha só olhando ele cozinhar, mexer nas panelas e responder as provocações dele, revidar. Nas últimas horas revidar suas provocações, se tornou o seu passatempo favorito. Era engraçado ver a cara de surpresa dele e o sorriso torto que lhe dava toda vez que ela soltava uma resposta espertinha. Katniss nem reparou que cochilou, acordou com o cheiro delicioso de lasanha, uma mesinha ao lado de sua cama com pratos, uma taça de vinho e outra com suco de uva.
— Heiii bela adormecida, parabéns você foi muito obediente, vai ganhar até sobremesa.
— Na verdade, não queria olhar mais para o seu rosto.
— Ocheee... essa doeu, mas eu sei que é mentira, que você me ama e não quer mais viver sem mim.
— Você é muito convencido. Posso comer? O cheiro está me matando.
— Vou lhe servir. - Peeta cortou a lasanha toda em pequenos pedaços pra ela e colocou o prato em uma mesinha em cima dela na cama.
— Obrigada pela gentileza. - Katniss observou ele se servir e sentar na cama ao lado dela, mudando pra um canal de esportes.
— Você acha que Panem ganha o campeonato esse ano?
— Se não melhorar o setor defensivo vai ser difícil. Tresh, joga muito bem, mas não pode levar o time nas costas... hummm... essa lasanha está muito boa, aonde comprou?
— Eu que fiz.
— Fala a marca.
— Você não acredita que foi eu quem a fez?
— Eu não vi, está muito gostosa, é difícil de acreditar.
— Fiz faculdade de gastronomia, pra entender e melhorar os restaurantes. Finn, cuida da parte administrativa e eu da operacional.
— Hummmmmm... está explicado. Parabéns, muito bom.
— Tem sobremesa, gosta de mousse de chocolate? Foi a coisa mais rápida que deu pra fazer.
— Hummm... isso tá fabuloso.
Katniss nem se concentrava na conversa que Peeta tentava ter com ela, estava claramente se deliciando com o jantar que ele preparou pra ela, enquanto o rapaz se encantava com o apetite voraz dela. E, assim seguiram à noite, comendo e conversando sobre lances dos jogos.


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Notas finais do capítulo

Comentem.



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