O Complicado e a Perfeitinha escrita por Yas Keehl


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente: FELIZ ANIVERSARIO, LOIRAAAA ♥ cara, CARA! Eu tô tão feliz que esse dia finalmente chegou! *-* E que eu posso postar essa fic (que eu amei escrever cofcof). Me preparei desde o mês passado, mas eu já tava ficando desesperada, porque nem uma fucking ideia aparecia T.T até que eu tava ouvindo a opening de Yamada-kun and the seven witches (recomendo muito) e por alguma razão, o Miyamura me lembrou o Hiroto e eu acabei tendo essa ideia *-* e que combinou muito, SERIO! Pelo menos pra mim, mas o importante é o que você vai achar dela *-* espero muito que você goste ♥



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 — O Veterano Problemático, e a Representante Responsável -

 

[❀H+H❀] 

 

Era o último ano dele na escola, e como esperado de um garoto problemático e despreocupado, Hiroto encontrava-se no terraço do colégio. Deitado no chão, fazendo os seus braços serem o seu travesseiro enquanto sorria observando as inúmeras formas que as nuvens desenhavam no céu. Hana não se surpreendeu ao encontra-lo, ele sempre estava lá, afinal. Sorriu e se aproximou em surdina, pegando um pouco de água da garrafinha em sua mão, e respingando sobre seu rosto para desperta-lo. 

— Hana! - Levantou com pressa secando o rosto com a camisa do uniforme - Caiu no meu olho, cacete! 

 Ela gargalhou enquanto ele se segurava para não xinga-la de coisas mais pesadas. No fim, acabou deitando novamente e ela permaneceu sentada ao seu lado, comendo um sanduíche que ele havia lhe oferecido e Haruki aceitara de prontidão, pois nem havia passado na cantina ainda.

— Você não toma jeito, né Hiroto? Já perdi a conta de quantas vezes te vi cabulando aula aqui, no terraço. - Seu sermão o fez olha-la com um sorriso travesso, que Hana tentou ignorar - Não tem medo de repetir de novo, não? 

— Eu não vou repetir, é meu último ano e os professores não aguentam mais olhar pra minha cara. - Sorriu convencido. Ele estava passando pela segunda vez o terror do último ano na escola, era repetente e ocasionalmente, veterano em relação à Haruki, que estava no seu primeiro ano do colegial. 

  Ele tinha dezoito e ela, dezesseis; Hana era dedicada e esforçada, inteligente por natureza e capaz de trilhar um futuro acadêmico brilhante. Já Hiroto, era despreocupado, relaxado, o famoso clichê de bad boy, mas sem o histórico de brigas que outros como ele tinham, como Fudou Akio.

Hana bebericou o refrigerante e após pensar em uma resposta não ofensiva, replicou: 

— É, nisso eu tenho que concordar – riu - você é o assunto favorito deles nas reuniões - Disse com certa ironia o "favorito", já que sempre que tocavam no nome do ruivo, vários escorraços eram proferidos pelos educadores a respeito do garoto. 

— Ué, como você sabe que eles falam de mim? - Sentou novamente a olhando de cima, a diferença de altura entre os dois era muito visível. 

— Eu sou representante de classe, é normal que eu saiba essas coisas. - Respondeu em um tom igualmente presunçoso, enrolando uma de suas mechas onduladas entre os dedos mandando um beijinho estalado para o ruivo, que desviou o olhar por alguma razão, rindo e balançando negativamente a cabeça. 

— É mesmo, esqueci que você é toda certinha. 

  Ficou sério de repente. Disse de um jeito tão desdenhoso, que Haruki sentiu uma vontade imensa de deixar de ser representante e viver a vida loucamente, como ele fazia. Sacudiu brevemente a cabeça, ignorando aquele desejo, ouvindo de longe ele remexer nos anéis que usava em suas mãos. 

— Isso não é verdade, eu tenho muita coragem de fugir da escola e cabular a hora que eu bem entender.

Empinou o nariz cruzando os braços com total convicção do que acabara de dizer. 

— Então vamos fugir agora? 

Piscou e virou o rosto na direção da voz de Hiroto ao ouvir aquela proposta, se arrependendo imediatamente tê-lo feito. 

  Seu rosto estava á uma distância de uns cinco centímetros de sua boca, delineada com um sorriso lindo e desafiador. Uma chama ardente podia ser vista dentro de seus órbes esmeraldinos, e ela não teve reação alguma além de corar vergonhosamente na frente dele, após arriscar descer um pouco o seu olhar e admirar por meros segundos o seu peito desnudo pela camisa aberta até metade de seu tórax, vislumbrando aquela correntinha de trevo de quatro folhas que ele nunca tirava do pescoço. Sentia-se uma idiota por isso, perguntando-se se ele havia notado. O que poderia ser verdade, já que ele riu e se afastou, recompondo sua antiga posição ao lado dela. 

— Bom, vamos mudar de assunto. 

 Ela abriu a boca algumas vezes, tentando responder, mas nenhum som saia. Chegou ao cúmulo de sua irritação e resolveu deixar pra lá, inflando com raiva suas bochechas, franzindo o cenho. 

— Adivinha quem se declarou pra mim hoje? 

 Irritou-se mais ainda com aquela pergunta, revirou os olhos ao inclinar seu rosto para o lado oposto ao dele. 

— Não faço a mínima ideia. - Tentou falar em um tom que não deixasse transparecer sua raiva, e conseguiu. Ele não havia percebido. 

— Ulvida. - Não conseguiu não gargalhar ao dizer o nome da garota, que sempre jurou odiá-lo com todas as forças e, de uma hora pra outra, resolveu admitir que era louca por ele. Hana já sabia que era aquilo que ele ia dizer, e esse era um dos motivos maiores que a faziam amar e odiar a garota. Ulvida era como uma inspiração para a loira: determinada, linda e confiante,. Notas sempre impecáveis. Mas aquela relação que tinha com Hiroto era de tira-la do sério, e ela nem sabia dizer exatamente o porquê. 

— Quem diria, heim? 

— Né? Hahaha, ela vivia falando que eu era um inútil e beijava mal - eles já haviam ficado, lembrava-se de quando Kiyama veio correndo contar para ela aquela novidade -, mas agora pediu pra namorar comigo e disse que me amava. 

Engoliu em seco.

— Nossa... - Falou e sua voz saiu engasgada. Ele era o melhor amigo dela, tudo o que acontecia com eles era motivo de uma boa e duradoura conversa, e Hiroto compartilhava com Haruki aquele sentimento de "Eu posso contar tudo pra você, você é a pessoa que eu mais confio", mas Hana sentia-se mal com aquele assunto. Não é como se ela não quisesse ouvi-lo, mas falar de uma garota que ele sabia muito bem que ela não gostava, e dizer que ela queria namora-lo era algo que ela realmente não queria saber, pois machucava. Não queria nem ver qual seria sua própria reação, caso a resposta dele tivesse sido um sim. Aliás, o que será que ele respondeu pra ela? 

— E você aceitou? 

— Mas é claro que sim! 

 Uma pontada atingiu o seu peito, sentiu sua garganta arder e, seus olhos quererem marejar, ao mesmo tempo em que uma raiva tomava conta de si dentro de seu coração batendo apertado. Cerrou os punhos olhando para o chão, deixando sua franja encobrir seus olhos. 

— Ela é chata, mas é a mais gata da sala. - Riu e finalmente virou sua atenção para a menina cabisbaixa ao seu lado, assustando-se com o jeito que ela estava. - Hana? 

—... 

 Permaneceu calada, pois sabia que se tentasse dizer qualquer coisa, nem que fosse para xinga-lo de todos os palavrões que conhecia, iria chorar ali mesmo, e não teria ninguém para ampara-la. 

— Ei - passou o braço por dentro de seus cabelos, até alcançar seu ombro e abraça-la de lado, aproximando seu corpo do dela. - Você sabe que eu tô brincando, né? 

— O que?! –Soltou-se dele exasperada, levantando rapidamente o encarando furiosa - Seu idiota! Por que fica me dizendo essas coisas?!!

— V-você tá chorando? 

— Eu não...! - Tocou seu rosto de leve, assustada. Sentindo as lágrimas rolarem sobre suas bochechas, limpou-as drasticamente enquanto começava a soluçar. - É claro que não, seu burro! 

 Afastou-se dele irritada, virando de costas para que ele não pudesse vê-la chorar, abraçando-se sem conseguir controlar e muito menos diminuir seu choro aliviado e irritado, ao mesmo tempo. Kiyama levantou do chão na mesma velocidade em que ela virou, depositando as mãos sobre os ombros tensos dela, ouvindo-a desabar enquanto arfava. 

— Oh minha pequena... – Disse sorrindo nervosamente, tentando acalma-la - você não sabe que eu brinco o tempo todo? - Riu, a abraçando a ponto de deixar seu queixo apoiado na cabeça dela, dando um beijo em seus cabelos dourados. 

— Vai se ferrar. 

— Calma... - Ela deu um pisão em seu pé. - Aú! Hana, sua ruim! Eu tô me desculpando e você faz isso?! 

 Ela retornou para ele indignada, o mirando com os olhos vermelhos e inchados. 

— Se desculpar?! Quando que você pediu desculpas por ser um idiota?! 

— Você nem me deu tempo! – Rebateu ainda mais alto, tentou se apoiar no ombro dela pra massagear o pé dolorido, mas ela desviou. - Primeiramente; me desculpa por brincar com algo sério, ok? 

— Hum... - Virou a cara, cruzando os braços à altura de seu peito, estufando-os. 

— E... - Suspirou a olhando, pela primeira vez mostrava um pouco mais de seriedade - Eu não aceitei de verdade, se é isso que você queria ouvir... – Pausou brevemente para ver se ela voltava a encara-lo, mas Haruki nem se mexeu, apenas direcionou seu olhar parcialmente encoberto pelo cabelo e irritado para ele. – E-eu... Meio que tô gostando de outra pessoa...

— Nem precisa me dizer quem é! – Esbravejou alteando as mãos à altura de seu rosto, balançando-as freneticamente.

— Sério? - Murmurou baixo fazendo um biquinho fofo - Nem se essa pessoa for você? 

"Nem se essa pessoa for você..." 

  Hana pareceu congelar por alguns instantes, os olhos azuis arregalados e um pouco vermelhos ainda com vestígios de lágrimas davam a ela uma feição meiga, que deixavam Hiroto com uma vontade absurda de abraça-la. 

— E-eu... - Reprimiu-se mentalmente por gaguejar - Sou mais nova... 

— Eu sei. - Sorriu tombando a cabeça para o lado, a fim de olha-la de um jeito mais terno e profundo. 

— Mas isso não faz sentido... – Sibilou e ele revirou os olhos. 

— Aaah lá vem você querer saber o porquê de todas as coisas. Hana, eu tô apaixonado por você. O que mais você quer saber além disso? 

— O que te fez gostar de mim? - Perguntou em um tom infantil e Hiroto sentiu suas bochechas esquentarem. 

— O-o q-que? - Ela assentiu como se falasse para prosseguir, pois ela estava realmente fazendo aquela pergunta para ele. Kiyama mordeu os lábios e resmungou, olhando-a como se reprovasse totalmente tudo aquilo. - Fisicamente? - Ela lhe lançou um olhar raivoso. 

— Hiroto Kiyama, você me conhece á quase três anos e não sabe de nada sobre a minha personalidade?!! 

— N-não! Não foi isso que eu disse! É só que... Argh, ok! - Corou mais ainda - Eu gosto de tudo em você... - fez uma pausa para vê-la sorrir e logo desviou o olhar de novo, coçando a nuca - Desde as suas brincadeiras, até suas mil e uma risadas, que se diferem de acordo com o seu humor e com quem está com você... - Olhou-a rapidamente e Hana acenou com a cabeça, como se pedisse para ele prosseguir - Seu jeito otimista, a força que você tem pra conseguir o que quer, o fato de você ser muito mais inteligente e esperta do que eu... - Ela riu timidamente, o hipnotizando - E esse seu sorriso... – O riso dela foi interrompido naquela parte. Sem perceber, ele deu dois passos diante dela e acariciou suas bochechas delicadamente, aproveitando a textura de sua pele macia e quente - Os seus olhos, a sua boca, o seu cabelo... Tudo! Hana, são muitas coisas, tá legal?! Não dá pra listar tudo agora, de cabeça. 

 Ele deu-se por vencido quando ela começou a rir de sua confusão, deu um peteleco na testa dela e se deixou levar por aquela gargalhada contagiante. 

— Satisfeita? 

— Acho que sim... – Confessou, pondo uma mecha dos fios ondulados atrás da orelha - Mas isso é tão estranho, nunca pensei que alguém como você fosse gostar de mim.

— Você não é como o resto, e... Eu amo isso. - Hana abaixou a cabeça, passando a mão pelos braços. Ele assistiu o movimento de seus lábios róseos serem umedecidos por sua língua calmamente e sem pretensão nenhuma. Ele mordeu sua própria boca e sentiu seu coração palpitar. - Agora... Posso te beijar logo? Tô me segurando há um tempão, tá ficando cada vez mais difícil... – Entregou-se rindo e mais uma vez coçando a nuca, vergonhosamente constrangido.

 Ela riu de novo, escondendo a face envergonhada com as mãos. Ele chegou mais perto e segurou-as, tirando-as dali para poder encara-la. Era como se ambos pudessem ouvir as batidas do coração um do outro, ele tocou seu rosto com as duas mãos e se aproximou lentamente, rindo quando Hana sorriu ao sentir a respiração dele contra seus lábios. 

Ela era tão linda. 

 Seu olhar alternava entre seus olhos brilhando mais do que qualquer constelação que vira, e seus lábios entre abertos, aguardando sua vinda. Ele sorriu de lado encantado com aquela visão e mordeu a própria boca lentamente, quebrando a distância que os mantinham afastados. 

 O beijo foi calmo e apaixonado, sem nenhum vestígio de um contato mais libidinoso de nenhum dos dois. Ao se afastarem, ambos permaneceram com os olhos fechados, sentindo ainda aquela magia os adornarem. 

— Uau... - Sorriu a puxando mais pela cintura. 

— Hiro. 

— Hum. 

— A Ulvida disse que você beijava mal? - Ele riu. 

— Sim... Você concorda com ela? 

— Definitivamente não. 

 Trocaram olhares confidentes em um sorriso verdadeiro, e se abraçaram sentindo uma brisa suave os tocarem. 

— Você teve o ano todo pra dizer o que sentia, e escolheu logo o penúltimo bimestre... Parabéns, Hiroto. 

— Não se preocupa – acariciou os cabelos dela, jogando-os todo para o ombro - Se eu conseguir passar de ano e sair da escola, eu vou continuar vindo aqui pra te perturbar. 

— Ué, você tava todo confiante dizendo que ia passar, o que aconteceu? - Ergueu a cabeça para olha-lo e o ruivo, sem conseguir resistir, roubou-lhe um selinho e a apertou mais forte.

— Quem sabe eu não repita de propósito, só pra não deixar nenhum novato idiota chegar perto de você? 

— Você não é nem doido de fazer isso! - Gargalharam e retomaram mais um beijo. Dessa vez, um pouco mais agitado e desesperado. - Sabe... Eu tô muito afim de fugir agora... 

— Sério? - Disse próximo ao seu ouvido. 

— Sim...

— Meu Deus, eu acabei de te corromper, que demais! 

— Cala a boca! - Deu um tapa em seu peito, tentando ignorar o riso do ruivo - Vai me levar ou eu vou precisar pedir pro Haruya? 

— Não! Pode parar com essa história de Haruya, eu te levo. - Disse em um tom superior. 

— Ótimo, então vam... Ah! Hiroto, o que você tá fazendo?! 

Ele havia a pego no colo, ao estilo nupcial indo em direção das escadas que davam ao pátio. 

— O muro é meio alto, não quero que minha pequena se machuque. 

— Idiota... - Riu e inclinou-se para beija-lo no rosto, mas Hiro balbuciou um "Roubei" e virou a cara, tirando mais um selinho dela. - Ei! 

— Eu sei...  - Se entre olharam, disfarçando muito mal seus sorrisos involuntários. - Eu também te amo. 

—... Idiota. 

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

É... Eu não sou boa com finais ;-;
Confessem: O HIROTO E A HANA COMBINAM DEMAIS SENDO O VETERANO QUE S



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