Colors escrita por Jack O Frost


Capítulo 1
"Estenda a sua mão"


Notas iniciais do capítulo

Bom dia, boa tarde ou boa noite.
Uau, fazia tempo que o Rei (eu) não postava fanfic de animes, não é mesmo? Ando pesquisando temas de animes para postar, mas ando tão desanimada com o tema que nossa senhora.. Desculpem por não atender os pedidos de fanfics, espero que possam me perdoam.
Essa fanfic somente começou a existir por causa da tradução de Colors, do DAY6 e como homenagem à banda, usei o nome da musica na fanfic.
Desejo a vocês uma boa leitura.



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Como poderia pensar que odiava a cor vermelha? Na verdade, como esse pensamento ousava passar por sua mente? Pensamentos complicados eram coisas que a rodeavam nos últimos meses e era praticamente impossível se focar em qualquer coisa. Rin era o motivo de tudo isso.

Sempre ele.


Estou sem fôlego
(Nan sumeul jugigo)
Sem qualquer luz 
(Bicheul jibeosamkin)
Completamente sozinho em um profundo túnel
(Gipeun teoneol hollo nama)
Na escura estrada à frente
(Hanchi apdo boiji anhneun)
Não vejo um único passo à frente
(Kamkamhan nae apgiren)
Eu não posso ver nada
(Amygeotdo boiji anha)
Eu não posso sentir nada
(Tto neukkyeojijiga anha)


Ignorava o cronômetro em suas pequenas mãos e apenas ficava a observar o seu reflexo na água. A franja lhe caía suavemente sobre os olhos, ruivos. Vermelhos tão vivos e tão bonito... E essa cor sempre levava a ele. Não importasse o quanto tentava o odiar, o evitar ou ficar de olho nos corpos de outras pessoas, seu coração sempre ia em busca de Rin. E odiava quando Haruka nadava ao lado de seu tão querido irmão. Odiava, mas também amava.

Poderia olhar para aqueles músculos que beiravam a perfeição. 

Também poderia se perder ao som da risada de seu irmão e nos olhares que ele lhe lançava. O modo protetor de seu irmão sempre era ativado quando se aproximava de algum rapaz que ele não conhecia ou não "aprovava". Poderia dizer que no começo se sentia sufocada e presa, mas depois começou a se sentir inquieta e envergonhada e mesmo esses sentimentos confusos haviam sumido e dado lugar a insegurança, medo e paixão. Medo de ser descoberta o paquerando. Insegura por gostar de seu irmão e paixão... Paixão por aqueles olhos agressivos.


Assim como nas fotos preto e branco
(Heukbaek sajin sok nae moseupdo)
O meu mundo que se tornou totalmente preto
(Ontong geomge beonjyeobeorin naui sesangdo)
Estou tão cansado, exausto
(Neomu jichyeoseo jichyeosseo)
Agora tudo é tão monótono
(Ijen jigyeopgo jigyeowo)
Eu notei que as suas cores estão em todos os lugares
(Gotgose boineun neoraneun saegeun)
Isso me põe para cima porque você possui uma cor única
(Nal ireukyeo yuilhage jagi saegeul gajiga inneun neoraseo)


Adorava como qualquer roupa preta combinava com seu irmão. Mas amava o fato de as jaquetas o deixarem em um estilo bad boy. Se sentia sufocada em apenas sentar ao lado dele e o ouvir conversar com seus amigos sobre competições e o tempo de natação. Seria tão errado gostar de Rin assim? Seria tão errado querer segurar a mão de seu irmão entre as suas? Se sentia tão pequena e indefesa perto de Rin que chegava a desejar por ser protegida pelos ombros largos. 

Fechava os olhos e se inclinava levemente para frente, seu corpo era sustentado apenas pela ponta de seus delicados pés. Suspirava baixo e deixava o cronômetro cair sobre a piscina.

Haruka ainda nadava loucamente e não notava que a jovem nem ligava mais para o tempo. Na verdade, seria estranho se Haruka notasse alguma coisa, aquele viciado em água era totalmente incurável e tão focado em apenas ficar na água que nada lhe tirava a atenção. 

Sentia sua mão tocar a água e não se importava se metade dela já estava submersa. Estava caindo.

Na verdade, estava caindo para a água era o que menos a preocupava. 

Havia caído de desejos por seu irmão. Seu corpo já lhe implorava por um leve selar de lábios, um leve roçar de pele... Queria poder abraçar o seu irmão como sempre tivera vontade quando menor, mas agora era diferente... Era desejoso.


Mesmo que eu estenda a minha mão
(Soneul ppeodeoseo)
Para tentar alcançá-la
(Neol jabeuryeo haebwado)
Mais distante você se torna
(Jeomjeom deo meoreohyeo)
Estenda a sua mão
(Soneul ppeodeoseo)
Me pinte como raios daquele pôr-do-sol vermelho
(Burkeun noeul bitcheoreom nal muldeuryeojwo)
Assim eu não irei me perder *Cores, cores*
(Nareul irchi anke *colors, colors*)


O som da água espirrando ao redor. 

Seu nome sendo chamado aos berros. "Que tolice" era o que pensava sobre isso. 

Sabia nadar muito bem, não se deixaria afogar assim.

A queda era apenas a sua queda para o delírio completo e o amor insano. Queria e desejava seu irmão mais velho e não sabia mais o que fazer sobre isso. Quando tempo havia se passado desde que descobrirá o sentimento? Desde quando não conseguia olhar para o rosto de seu querido irmão, sem ter suas bochechas pegando fogo?

Amor.

O amava. 

Ao fechar os olhos, conseguia ver-se agachada sobre os joelhos e Rin bem a sua frente. A diferença da largura dos ombros era imensa e a altura não ficava devendo. Rin era realmente alto e forte. Também era um ótimo estereótipo masculino, onde as garotas sempre o olhavam e se apaixonavam rapidamente. Os cabelos repicados de Rin sempre foram um tanto rebeldes, mas charmosamente rebeldes. 

Conseguia visualizar o sorriso de seu querido "avermelhado" e sentia sua bochechas queimarem. 

Rin lembrava o pôr-do-sol, pois por mais que ele estivesse perigosamente perto, ele estava a quilômetros de distância. Então, tolamente e inutilmente, deixava seu braço se esticar na água e tentar tocar a imagem de Rin, a imagem que sua mente havia criado. Falhava. Não o alcançava.

Nunca iria o tocar.


A minha respiração está presa
(Teok kkeutkkaji sumi chaolla)
Como se eu corresse para um profundo oceano
(Byeoreul jibeosemkin)
Que sozinho engoliu todas as estrelas
(Gipeun badassogeul hollo dallyeo)


Soltava a respiração que estava segurando e sentia seu corpo tocar o fundo da piscina. Não abriria os olhos até seus pulmões começarem a se convulsionar... Até o amor evaporar de seu peito.

Algo a puxava para cima, a fazendo abrir os olhos e a única coisa definida que notava era um braço esticado e bolhas. 

Não sabia dizer quem havia sido ou como havia parado ao lado da piscina, tossindo mais do que a água para fora de seu corpo, mas seus pulmões também. Ouvia xingamentos e sentia toques sobre seus cabelos ruivos, onde depositavam uma toalha do topo logo em seguida.

Sem pensar no que fazia, as lágrimas começavam a escorrer e o desespero tomava conta de seu peito.

Gemia, gritava e ofegava.

Suas pequenas mãos, porque tudo em si era tão pequeno, se agarravam a frente de sua camiseta no seu ataque de desespero. Olhava para o chão molhado e tentava focar sua visão, mas tudo estava tão embaçado quando seus pensamentos.

"Rin."

"Rin, por favor."

"Rin..."

Soluçava mais alto e a cada nova ofegação, parecia que uma enorme onda de ar era jogada para fora de seus lábios. Seus companheiros a tocavam e ela os afastava. Não queria ser tocada, não queria sentir nada.

Seu corpo tremia com os espasmos e as lágrimas não paravam de sair.


Vagamente eu vejo
(Eoryeompusi boigo inneun)
O seu toque, como uma doce chuva
(Memareun ttangeul jeoksineun)
Lava a seca terra ao longe
(Danbi gateun neoui songire)
E também colore o meu coração
(Nae mami muldeulgo isseo)


Alguém a puxava com força, pegando-a no colo e a levando para longe de todas as pessoas e falas. O silêncio tomava conta do local, menos seu compulsivo choro. Não importava o que pensasse, não conseguiria parar de chorar... Não pararia de chorar até que ficasse desidratada. 

O toque era tão carinhoso que seus pensamentos começavam a sumir, um por um. Lentamente, seu choro começava a ser controlado, mas os espasmos em seu corpo ainda continuavam, juntamente com os soluços. Sua visão não se demorava para se focar e avistava Rin a lhe encarar, sentado sobre a sombra de uma árvore e o olhar totalmente preocupado.

— Rin... - Odiava como sua voz parecia mais um gemido do que dor.

Ele assentia, fazendo seu coração se despedaçar quando o rapaz sorria de forma dolorosa.

Olhava para as roupas escuras de Rin e notava que ele não estava tão molhado... Na verdade, seu cabelo permanecia perfeitamente seco e bagunçado, como sempre.

— Foi o Haruka. - Ele dizia, a voz parecia se arrastar um pouco. — Nagisa praticamente me arrastou até lá, me dizendo que você estava tendo um ataque de choro e que empurrava todo mundo. 

Totalmente envergonhada, saia do colo de Rin e se sentava ao lado dele, olhando para qualquer canto, menos para ele. 

— Você não deveria empurrar as pessoas que estavam preocupadas com você, Rin. 

O modo como ele falava a irritava.

Rin não era o exemplo perfeito, ele havia se tornado frio e se afastado de seus amigos... 


No topo do meu mundo que está cheia de rabiscos
(Nakseoro gadeunkhan nae sesang geu wie)
*Cores, cores* Oh, cores
(*Colors, colors* Oh, colors)
Com a sua mão pura
(Saehayan soneuro)
Cubra-me com a sua cor
(Neoui saegeuro nareul deopeojwo)


Não sabia dizer por quanto tempo Rin havia ficado quieto e nem porque motivos ele simplesmente não se erguia e saia caminhando, como sempre fizera antes. Ele não era do tipo que se importava com sua querida irmã mais nova...

Se erguia e parava em frente ao seu irmão, o encarando com tanta seriedade que o fazia erguer a sobrancelha, o olhar se tornando frio como antigamente. Erguia a mão para ele, com as segundas intenções mais escondidas no fundo dos seus olhos o quanto fosse permitido. 

Rin encarava a mão, sorria e negava.

— Vou ficar aqui, Gou.

Então era essa a sensação de ser rejeitada. Era exatamente essa a sensação...

Era como se estivesse se afogando em um mar colorido. Era como se seus pulmões fossem invadido por seu próprio sangue. 

"Odeio vermelho."

"Odeio o modo como vermelho seja nossas cores."

"Odeio o modo como meus olhos buscam pelos seus."

— Rin. - Engolia em seco, um sorriso começava a brotar em seus lábios, um sorriso triste. 

Virava as costas para seu irmão e corria o mais rápido que pudesse.

Rin jamais lhe daria a mão.

Ele jamais lhe daria seu coração.

Ele jamais a olharia como algo além de uma irmã mais nova.

Sempre sonhara com o dia que se apaixonaria loucamente por alguém, pelos olhos dessa pessoa e por sua voz, porém agora deseja que isso sumisse, que fosse embora para sempre. Não precisava de um sentimento tão humano.

Amor era vermelho. Rin era vermelho. A maioria de suas roupas eram vermelhas... Seu sangue era vermelho.


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Notas finais do capítulo

Um drama... Precisava escrever um drama.
Espero que tenham gostado.
Mereço comentários?
Até breve.
Ciao, ciao.



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