Aurora escrita por Um conto em ponto


Capítulo 8
O jogo virou




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—Boa noite dorminhoco.
—Me solta daqui sua louca. –Gritou Nils que encontrava-se amarrado nu na cama do hotel.
—Pare de choramingar, trouxe um presentinho pra você. –Então Aurora com a mão esquerda jogou-lhe o cabide com um terno de luxo.
—Você tentou me matar...
 Era possível ouvir o barulho do salto de seu sapato caminhando em volta de todo o lugar, seu perfume penetrava o nariz de Nils que se senti ameaçado e muito assustado. Aurora ficou em silêncio por alguns segundos mordendo os lábios envolvidos por um batom cor de vinho, sorriu e subiu engatinhando pelo corpo do rapaz.
—Eu nunca tentei matar ninguém você está me ouvindo? –Ela podia sentir a respiração acelerada de Nils em seu rosto. –Aliás, eu nunca tento fazer nada, se não te matei foi porque eu não quis. Tentar não existe em meu vocabulário, porque eu sempre consigo o que eu quero, e você deveria estar feliz.
—O que você quer de mim ? –Perguntou com a voz trêmula evitando contato visual.
—Pare de ser frouxe moleque, eu esperava que você reagisse e me desse bons tapas na cara, esperava que me batesse, que me dominasse, não ao contrário, confesso ter ficado bem decepcionada. –Disse saindo de cima dele, desamassando o vestido vermelho que usava. Olhou-o com desprezo eu ver sua excitação.
—E mesmo achando que eu quis te matar consegue ficar excitado ? ou ta afim de virar nosso joguinho e ser o homem que tanto fala que é?
 Nils sentia-se envergonhado e inconformado.
—Pra onde vamos? Por que me amarrou?
—Sem choro bebe, amarrei porque não teria tempo de te explicar que você fraquejou, tinha compromisso, mas em fim, vou te soltar se você quiser me acompanhar no desfile ficarei lisonjeada, caso não queira –Dizia em quanto soltava o rapaz. –Está livre, tem dinheiro nos bolsos do terno.
 Quando Aurora terminou de falar e soltou a ultima amarra de Nils ele a puxou com força jogando-a na cama, segurou seus pulsos forte e a deu um beijo. Era notável o quanto estava surpresa.
—Olha, meu mendinho está virando homem –Disse em tom sarcástico. Então Nils tomou distancia com a mão direita e deu-lhe um tapa na face.
—Ai, o que é isso?
—Quem manda aqui agora ?
 Nils agora era quem a olhava com superioridade o que a deixava extremamente irritada.
—Não temos tempo, tenho horário.
 Então ele deu-lhe um novo tapa.
—Não nasci para respeitar regras.
 Nils beijou-lhe o pescoço podendo sentir sua pulsação acelerada.
—A senhora está com medo? –Disse com um sorriso malicioso e debochado.
—Sim .-Respondeu sussurrando –Tenho medo que você falhe de novo, b e b e!
 Nils passou então a mão por sua nuca e puxou seus cabelos com a outra mão acariciava suas cochas em quanto a envolvia em um beijo de tirar o folego.  Aurora dentou se desviar do rapaz, mas era tarde de mais, ele era forte e estava por cima, reinando na situação. Sem avisar ele a trouxe para mais perto, e acariciou suas pernas docemente, puxando o vestido para cima podendo ver a calcinha preta rendada que ela usava no momento, com a mão direita tocou sua virilha e acariciou-a por cima da calcinha podendo sentir sua excitação. Então puxou sua calcinha para o lado introduzindo seu pênis na vagina da mulher que lhe devolveu um gemido de prazer. E a cada vez que Aurara sentia Nils dentro de si ela o unhava, e seus gemidos faziam com que ele se movimentasse cada vez mais rápido , até ele chegar ao clímax de seu prazer. Deixando-a esperando por mais.
—Ahhh –Disse exausto caindo para o lado da mulher. –E ai, gostou?
 Aurora sorriu contra gosto e levantou arrumando os cabelos ajeitando o vestido, retocando o bato.
—Vista-se Nils temos um desfile pra ir.
—Não vai me dizer nada?
 Aurora então virou-se de frente para o rapaz que encontrava-se exausto deitado na cama.
—Quer elogios? Me faça gozar. Mas primeiro vamos ao desfile e depois te levo para um lugarzinho bem especial.
—Você não existe minha rainha. –Disse o rapaz levantando e se vestindo.
—Ah, antes que eu me esqueça, leve um lenço, você está marcado.




—Ela está limpa –Disse o segurança após revistar a psicóloga. –Pode entrar senhora Mel.
—Obrigada.
—Senhora Mel? –Disse Lucia, governanta da casa de Aurora. –Pode me acompanhar por favor?
—Claro.
—Dona Aurora está no banho, já aconselho a senhora a ter cautela, ela está bem quieta isso indica que não está em um bom dia.
—Quem é a psicologia aqui ?
—Desculpa é que eu achei..
—Esse é o problema, vocês acham, acham, acham....
—Desculpa, essa é a sala que ela pediu para que ficassem, a outra está em reforma.
 Quando Mel abriu a porta um menino aparência uns sete anos saiu correndo.
—O que faz aqui garoto? Se Aurora te ver aqui ela me mata. –Repreendeu o garoto que não deu-lhe atenção, parecia estar brincando com um avião e fazendo barulhos com a boca.-Ahh essas crianças, mas fique a vontade, vou levar o menino e já peço para trazerem um café.
 Mel nem se quer respondeu, e entrou na sala que parecia mais uma biblioteca, repleta de estantes cheias de livros e discos de vinil.  Mais ao canto havia um piano cor de madeira combinando com a aparência rustica do local, ali também tinham dois sofás, um tapete de pelo branco que sobre ele havia uma mesa com cinzeiros. Mel caminhou pelo lugar passando os dedos pelos livros e vendo se havia algum autor que lhe agradava. Aquele lugar cheirava antiguidade, Mel logo se lembrou de seu avô ao olhar uma vitrola, por quanto tempo não via aquilo? Logo se viu quando criança pedindo ao avô para colocar aquela canção dos Betles que os dois tanto gostavam de ouvir.
—Te Atrapalho? –Ouviu a voz de esperando trazendo-a de volta para o presente.
—Claro que não. –respondeu abrindo a bolsa tirando as pastas que correspondiam a paciente.
—Essa vitrola é linda não é? –Disse esmeralda sentando-se de frente com a psicóloga, com uma toalha enrolada na cabeça e uma camisola branca. –Meu avô que me deu.
 Mel arregalou os olhos demonstrando surpresa, mas logo assumiu sua posição de psicóloga.
—Vocês tinham uma boa relação?
—Não o conheci, eu era muito criança quando ele morreu, mas ouvi dizer que era um bom homem. O que você fez ? –Perguntou olhando o braço machucado da doutora.
—Nada de mais, bati o carro.
—Meu Deus, e você está bem?
—Claro que estou, obrigada por perguntar. –Mel sorriu, mas os olhos pareciam tristes. O pior de tudo era pensar que Marcelo nem se quer tinha reparado. –Me diga, o que fez você me ligar naquela noite?
—Eu estava desesperada, eu matei um homem.
—E você ia me contar por telefone?
—Naquele momento eu não tinha matado ainda. Eu o enforquei, eu quase o matei, mas desisti, eu não queria que você me olhasse e sentisse que seu trabalho tinha sido em vão, eu realmente não quis fazer aquilo.
 Mel engoliu a seco , e foi tomada por um sentimento de culpa.
—Sinto muito, mas não era horário comercial. Mas continue, como foi?
 E assim Aurora contou sobre o taxista.

—Quando olhei no relógio e vi que ele havia me atrasado para o desfile eu me senti falha, eu pude imaginar a decepção do Rafael, era o primeiro desfile dele como presidente, ele nunca vai me perdoar. Eu já tinha tido a chance de matar aquele desgraçado, e após ele ter se mostrado dominador, interesseiro, prepotente , ele certamente diria a mídia tudo, ele é capaz de tudo para chegar onde quer. Levei Nils para dar um passeio de barco, esperei não ter ninguém na praia e ele ficou surpreso por me ver dirigindo um barco, e me ver fantasiada de maruja fez com que ele ficasse muito excitado, homens adoram fantasias. Eu o provoquei até la, eu o masturbei, eu o chupei eu fiz com ele coisas diferentes dos outros, eu o convidei para entrar, iriamos fazer sexo na agua a noite, ele é um menino, aceitou na hora, eu fiz sexo com ele no barco o tempo todo imaginando como seria eu o afogando e aquilo me deu muito prazer, ele foi um cafajeste, transou comigo quando eu disse que estava atrasada, quando eu disse que não queria. E eu devolvi isso com muito prazer, quando notei que ele já estava exausto foi quando decidimos ir pra agua e o enforquei com as cordas das boias da lateral do barco em quanto ainda ouvia seus gemidos.
—E você sentiu prazer nisso?
—Claro, você já experimentou fazer sexo irritada?
—Não. Mas continue.
—Vai me dizer que nunca notou que é muito mais gostoso transar brava? Você é casada, deve brigar sempre com o marido, vai fazer greve de sexo? Além de brigar, do traste ser injusto vai ficar sem gozar?
—Escuta aqui, acho que temos que pontuar uma coisa. Eu sou a psicóloga, você é a paciente, eu te ajudo a se controlar, e você por favor não tente me descontrolar!
—Já entendi, pela raiva está brigada com o marido nesse momento. Experimente o que eu te disse, transe com ele com muita raiva, você vai ficar mais feliz.
—Já chega, eu não vou me sujeitar a isso. –Disse levantando- se.
—Onde pensa que você vai?
—Eu me demito, é isso, eu não tenho paciência pra quer pede ajuda e na verdade quer me destruir.
—Não querida –Aurora então tirou a toalha da cabeça e bateu os cabelos na mão fazendo movimentos repetitivos como se quisesse seca-lo.- A única que te demite aqui sou eu, e eu estou gostando do seu trabalho, se está ficando louca, ou se não está me controlando, ou até mesmo ficando excitada a culpa não é minha, é sua, você não esta prepara para lidar com o meu caso?
—Você é muito debochada.
—Seria caso acabasse com a sua carreira, sou influente posso fazer isso.
—Eu posso contar todos seus crimes.
—Em quem acreditariam, na psicóloga demitida, negligente, ou em mim. Eu escondo corpos, acha que eu não saberia lidar com você? Sou prevenida, você não tem provas contra mim. Sente aí e faça seu trabalho.
  Mel sentou-se incrédula no que acabara de ouvir, mas tinha que admitir, Aurora era brilhante, e muito sexy. Como poderia ser tão confiante? 



 


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