Aurora escrita por Um conto em ponto


Capítulo 28
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 Mel sempre foi muito organizada, até a extremo. Na manhã de sábado, dia da sua festa de inauguração preparou um café reforçado para o Marcelo mas nem ficou para comer, faltava comprar alguns últimos detalhes, saiu antes mesmo que o homem acordasse. Ligou para Daniele e seguiu para os últimos ajustes de uma festa que começaria as dez da noite, o que reforçava o fato dela ser ansiosa e muito nervosa. 
—Dani meu bem, está tudo pronto? 
—Sim senhora. -Respondeu anotando algumas coisas em seu novo celular. 
—Hum, está de celular novo? -Mel sempre muito observadora. -Gostei dos óculos também. 
É, ganhei.- Disse dando-lhe um sorriso largo.
—Imaginei mesmo, porque o salário que eu te pago não dá pra você comprar tantas coisas. 
 Danielle engoliu seco e não respondeu nada a respeito do que Mel havia dito. E seguiram acertando detalhes, até chegarem a na porta do novo consultório, estava linda a fachada. Doutora Melanie. 
—Nossa, acabei de me lembrar esuqeci de fazer uma coisa. 
—O que foi Danielle? 
—Posso sair rapidinho? 
—Claro, mas é grave? pela sua cara. 
—Não,Já volto.
 Mel estranhou, mas estava preocupada de mais com a noite então seguiu. Era uma pessoa sem paciência de esperar elevador, seguiu pelas escadas, degrau por degrau imaginando que roupa usaria, o que diria, se Marcelo iria e em fim seu pensamento chegou em Aurora. Serrou os dentes e se imaginou batendo na mulher, como pode ser traída, mas ao mesmo tempo pensava que não foi traída que talvez tudo fosse criação de sua mente, em fim digitou a senha na porta e em seguida colocou a chave, girou e se deparou com Aurora em seu divã, deitada fumando um cigarro black. 
—Bom dia doutora, chegou na hora certa, sempre admirei sua pontualidade. 
—O que faz aqui? 
—Vim te ver, sentiu saudades? 
 Mel fechou a porta e colocou as chaves em uma mesa atrás de si. 
—O tapa que eu te dei deve ter sido gostoso pra você querer mais não é? vá embora agora se não eu chamo....
—Você não vai chamar ninguém, sabe por que? porque você é o tipo de pessoa que só passa vontade, você tem vontade disso, daquilo, de me beijar por exemplo, não faz porque precisa de vinho pra isso, e com a Danielle como foi? 
—O que? -Disse Mel tentando entender de onde Aurora conhecia Danielle.
—Sim, você conheceu uma mulher, Danielle. 
 Então Mel se sentou em seu sofá.
—Danielle não é formada em psicologia. -Disse agora se sentando no divã- Ou iniciada em letras, ou recomendada, com currículo brilhante. 
—Do que você está falando?
—Ela é uma prostituta da cidade ao lado, contratei pra saber tudo que você faz ou fazia, a essa hora ela deve estar pegando um voo pra ficar com sua família não via eles a anos coitada. 
—Como pode ser assim, não acredito em nada que você diz. -Disse levantando-se. 
—Essas chaves você deu a ela não é? ela era ótima, escolheu até o vinho que você gostava não é? te deu um vestido que tenho certeza que você amou, eu que escolhi. 
—Ah sua desgraçada. -Correu em direção a Aurora que se defendeu com os braços. Mas Mel a segurou pelos punhos e a deitou no divã. Aurora deu-lhe um sorriso lindo, que mesmo em meio a toda sua raiva reconheceu o quão lindo aquele sorriso era. Mel então se aproximou do rosto de Aurora, chegando perto de seus lábios. 
—Você está louca? -Cochichou Aurora, que não conseguia se desprender dos braços da psicologa. Virava o rosto desviando dos possíveis beijos. Mas Mel foi tão leve se aproximou tão de vagar, tirou uns fios de cabelo que estavam na boca da empresária, e finalmente tocou aqueles lábios, podendo sentir seu hálito fresco exatamente igual imaginou tantas vezes, fechou os olhos as duas e se entregaram uma no beijo da outra, Mel então foi soltando os pulsos da assassina, que estavam marcadas pelas mãos da doutora. Deixando as mãos de Aurora livres podendo explorar suas costas, sua nuca, seus cabelos.
—Isso é loucura. -Disse Aurora em voz baixa.
—Você está acostumada. -Respondeu-lhe sorrindo entre um beijo e outro. -Me provocou tanto e agora quer fugir? 
—Fugir? jamais. -Aurora então sentou-se e com a mão apoiada nas costas de Mel virou-a deitando por cima dela, mas Mel não deixou.
—Você mata as pessoas quando da prazer a elas, então deixa eu dar a você, me diz tudo que quer que eu faça, e eu vou fazer. 
—O que está acontecendo aqui? -Uma voz masculina tirou-lhes a atenção. Olharam Marcelo, as duas amarrotadas e descabeladas, e ele as olhando fixamente esperando uma explicação do que tinha acabado de ver. 


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Notas finais do capítulo

Futuramente haverá continuação..... Espero que tenham gostado e agradeço a todos que participaram comigo dessa história.



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