Aurora escrita por Um conto em ponto


Capítulo 19
Foi acidente




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 Após uma semana fechada em casa, ouvindo canções na antiga vitrola do avô, Mel decidiu limpar as lagrimas, tomar um banho e retornar a sua rotina, seu trabalho. Ouviu as dezenas de mensagens na secretária eletrônica e retornou as que lhe convinham. Seu intimo só queria receber o recado de duas pessoas, ou Marcelo ou Aurora, mas não receberá.
—Bom dia Karina, me mande a lista de todos os pacientes, que eu vou refazer minha agenda. –Disse assim que chegou em seu consultório .
—Sim senhora. –Tem uma lista enorme de pessoas que gostariam de ser atendidas pela senhora, esse telefone não parou de tocar desde a entrevista da senhora Aurora dona da rede de tvs. –Mel Franziu o cenho para secretaria e sorriu disfarçando em seguida.
—Leve tudo para minha sala, e antes que eu me esqueça, hoje eu não vou atender, vou só me organizar.
—Senhora tem mais uma coisa...
—O que?
—É que eu não sei como dizer.
—Diga logo.
—Eu estou dois meses atrasada de ter férias, e marquei uma viagem com meu esposo e...
—Mas justo agora que eu mais preciso de você? –Fitou a mulher . –Tudo bem, vá viajar com seu marido, aproveitar em quanto ainda está casada, que eu arrumo outra para colocar em seu lugar por três meses, você merece.
—Obrigada..
—Coloca anuncio na internet, hoje mesmo quero fazer as entrevistas.
—Sim senhora. Obrigada, obrigada, obrigada.

♥ ♥ ♥ ♥ ♥
 Aurora, Simon e Gael encontravam-se exaustos, mostraram suas identificações no portão da grande casa de Aurora, e entraram. O carro passava por aquele lindo jardim verde, e o sol, fazia sombra nas grandes estatuas de anjos que enfeitavam o lugar. Mas algo estava diferente, um som alto e muitos carros, alguns de polícia, e primeiros socorros. . Aurora olhou fixamente procurando entender o que acontecia, acelerou o carro e olhou aquilo.
—Eu não posso acreditar no que está acontecendo.
—Calma Deusa, calma.
 Desceu do carro e bateu a porta forte. Gael não entendia bem o que estava acontecendo, então Simon ao ver câmeras, fotógrafos entre outros meios de mídia, cobriu o menino com sua blusa e o levou para dentro da casa sendo que o menino nunca tinha aparecido para mídia.
 Aurora andou em meio a uma multidão de jovens, já sabia que se tratava de arte das gêmeas, sempre foram as menos equilibradas dos irmãos. Em quanto ela e Rafael procuravam manter a fortuna da família as duas outras só pensavam em festas, em viagens. Só não conseguia compreender polícia e mídia.  
—Você viu a Bruna ou a Sofi? –Caminhava perguntando de um em um. –Viram a Bruna ou a Sofi?
—Olha, é a Aurora...-Gritou um jovem atraindo a atenção de todos.
 Aurora apanhou seu celular e ligou para toda a segurança que cercava a casa. –Não quero ninguém da imprensa aqui. –Então ao longe avistou Rafael e seu namorado. Caminhou em direção dos dois e perguntou. –O que está acontecendo aqui, acabei de mandar a segurança mandar todo mundo embora.
—Infelizmente não pode dona Aurora. –Respondeu seu cunhado mostrando-lhe um distintivo. –Um jovem acabou de se ferir gravemente em sua piscina e foi levado para emergência em coma. Estamos fazendo uma investigação no local para saber se foi um acidente ou se alguém desejaria a morte do jovem, preciso lhe fazer algumas perguntas, espero que a senhora colabore.
—Ela vai colaborar meu amor. –Respondeu Rafael muito nervoso.
—Rafa, você nunca me disse que seu namoradinho era policial.
—Isso lhe incomoda? –Perguntou o cunhado afrontando-a.
—Incomoda sim, o que mais você esconde de nós?  Será que realmente gosta do meu irmão? Ou será que só quer descobrir coisas e está com ele por interesse?
—Teme que eu descubra algo senhora?
—Parem vocês dois. –Disse Rafael intervindo na discussão que iniciava. –Um garoto menor de idade está morrendo. Precisamos saber o que houve.
—Vou procurar as gêmeas. –Disse Aurora deixando os dois alí.
—Volte aqui Aurora eu não fiz as perguntas. –Tarde de mais ela o deixara falando sozinho.
—Desculpa amor, ela é assim, só faz o que quer, te garanto que ela não tem nada a ver com isso.
—Rafa, eu te amo você sabe né? Precisamos fechar a casa e não deixar ninguém sair, temos que colher depoimento de todos, você consegue não deixar com que ninguém entre e que ninguém saia?
—Claro, vou falar com o porteiro agora mesmo.

♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥
—Onde vocês estavam com a cabeça? Onde? De todas as loucuras essa foi a maior de todas. Darem uma festa na aminha ausência, permitirem a entrada da imprensa, permitir a entrada de adolescentes de gente menor de idade, liberar bebida na beira da piscina? Vocês tem noção que agora a policia está la embaixo falando com todo mundo e vai sobrar tudo para irmãzinha aqui limpar a burrice de vocês?
 Bruna e Sofia escutavam a irmã de cabeça baixa.
—Desculpa Aurora, a gente só queria curtir sabe.
—Sei, sei sim só que até para curtir vocês tem que ser inteligentes, esqueceu que vocês não são pessoas normais, são ricas. Tudo que fizerem é maior do que o normal, eu já tive a idade de vocês e curti muito, mas nunca dentro da minha casa, nunca com irresponsabilidade, agora tem um menino quase morto, e a policia quer saber quem empurrou o garoto, quem liberou a entrada dele, e vocês não são mais crianças, esconderam porque sabem que já respondem pelos próprios atos.
 Aurora viu uma lagrimar cair dos olhos de uma das irmãs, Bruna. Sempre a mais sensível.
—Mocinha, pode secar essa lagrima, que isso não salva ninguém, se tivesse pensado antes isso não teria acontecido, agora vamos limpar toda sujeira.
—Você nunca vai saber o que eu to sentindo, eu amava o Pedro, você não sabe o que é amar, nunca amou. –Levantou-se e deixou o quarto batendo a porta com fúria.
—O que foi isso? –Perguntou a Sofia, que não disse uma só palavra. –Anda Sofia me diga o que eu ainda não sei. Sofia fala logo ou eu lavo as minhas mãos.
—Os dois estavam ficando já tinha um tempo, e ele estava muito bêbado foi brigar com ela porque ela estava falando com outro garoto, então ela o empurrou mas ela não sabia que ele ia morrer.
—Ele não morreu ainda querida. Vou arcar com os custos para que ele seja muito bem cuidado, agora vai atrás dela e a acalme, temos que acabar com isso.


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