Don't you dare forget about the sun - Sherlolly escrita por DudaCampoS


Capítulo 10
Tag You're It


Notas iniciais do capítulo

Eu pretendia postar dois capítulos amanhã, mas não aguentei
A música é Tag You're It da Melanie Martinez



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Quando acordei, não reconheci o lugar em que eu estava. Era um quarto com apenas uma cama e uma porta que dava para um banheiro
Meu braço esquerdo estava engessado e eu sentia todo o meu corpo dolorido. Levantei da cama e fui até o banheiro
Lá tinha um bilhete dizendo:

Espero que não se importe, mas Irene estava certa sobre suas roupas. Tive que mudá-las

Foi então que eu percebi que as roupas que usava não eram minhas: uma calça jeans e uma blusa de manga comprida preta
Foi então que a ficha caiu. Eu fui sequestrada por alguém da escola. Alguém que conhece a Irene
Os mais prováveis são Sherlock e... Jim
Pensar nele dói. Como um garoto aparentemente bom pode fazer aquilo? Bem, aquela não era a melhor hora para pensar nisso
Antes que eu pudesse pensar em algo, um homem alto e de terno adentrou o lugar. Recuei e cerrei os punhos. As sensações de de estômago embrulhado e nó na garganta eram impossíveis de ignorar
—Não estou aqui para te machucar, garota. Vim apenas para levá-la até o mestre
Continuei parada no mesmo lugar. Parecia que eu não conseguia me mover
Ele fez uma careta e veio até mim. O esforço que ele fez para me levantar e me colocar em cima do seu ombro parecia ter sido mínimo
Ele abriu a porta com a mão livre e começou a andar
O quarto em que eu estava, não fazia jus ao resto da casa. Tudo era predominantemente preto e vermelho
—Para aonde estamos indo? -perguntei
—Eu já disse. O mestre quer te ver
Sua impaciência fez minha coragem de perguntar mais coisa ir embora
Não sei quanto tempo passou até chegarmos onde ele queria
Fui posta no chão de uma maneira mais delicada que eu imaginava
—Ele quer ver apenas você -falou o homem -é o seguir por ali
Concordei com a cabeça e segui na direção indicada
Quando toquei na maçaneta, algo me disse para correr, que eu estava indo na direção da minha morte
Fiquei um tempo parada até que criei coragem o suficiente para abrir a porta
O que mais se destacou no cômodo foi a sacada que dava uma bela vista da lua
—Molly! Já estava ficando preocupado com a sua demora
Olhei na direção que a voz de Moriarty vinha
—Eu sei que você está com raiva pelo lance da escada, mas veja pelo lado bom: você se livrou de um fardo e não precisou dar a notícia ruim para seus pais
Segurei a respiração
—Fardo? Você acha que um bebê é um fardo?
—Com certeza, Molls. Ele só atrasaria sua vida
Eu não respondi. Era uma brincadeira, só podia ser
—Não fique assim, por favor -ele fez uma pausa -Deve estar se perguntando o que está acontecendo
—Já que você mencionou
—Veja bem, não é por resgate ou algo do gênero. Eu não preciso desse tipo de coisa
Ele parou de falar e faz uma expressão de que já havia explicado todo o necessário
Eu cruzei os braços e levantei uma sobrancelha, o incentivando a continuar a falar
—Tem algo diferente em você. Algo que fascinou tanto a mim quanto a Sherlock Holmes. Quero usar esse fascino que ele possui contra o próprio
—Você viu a nossa relação. Nós não nos suportamos
—Molly, Molly. Você é tão ingênua. Tão... cega para algumas coisas e brilhante para outras
Ele começou a andar na minha direção e eu, a me afastar
—Você nunca viu como ele foi com você ao te levar para à enfermaria quando estava doente? Ou quando ele te acompanhou para o seu dormitório? Ele nunca fez isso com ninguém
Minhas costas encostaram na parede e ele colocou seus braços um de cada lado da minha cabeça
—Sabe Molly, eu poderia fazer o que quisesse com você. As coisas mais inimagináveis da face da Terra. Eu filmaria tudo e mandaria para as pessoas que se importam com você
Nesse momento, senti uma vontade imensa de chorar. Queria que aquilo fosse um sonho
—E o que você vai fazer? -minha voz estava trêmula
—Por enquanto, nada. Quero organizar meus pensamentos -ele se afastou de mim
—Vá para o seu quarto. Quando eu quiser a sua presença, vão te chamar
Me virei e, a passos largos, sai daquele lugar
O mesmo homem que me levou até Jim estava lá, esperando pacientemente
—Suponho que ele tenha te designado para me acompanhar ao lugares
—Certamente, senhorita Hooper
—Posso, pelo menos, saber o seu nome?
—Charles
***
A primeira coisa que fiz ao chegar no quarto que ficaria foi deitar na cama e chorar. Chorei por ter sido sequestrada, por ter sido jogada da escada por um psicopata, por ter perdido meu bebê e por, provavelmente não sair dali
Sabem quando o bebê está chorando muito e, de repente, ele dorme? Foi o que aconteceu comigo

*Sherlock Holmes*
Depois que souberam que Molly Hooper e James Moriarty sumiram, a escola virou uma bagunça. Mary e Janine estavam desesperadas, John e Greg tentavam acalma-las e eu, estava tentando achar um jeito de trazer Molly de volta
Era mais que óbvio, para mim, que ele a sequestrou. Nunca confiei nele
Quando conheci Irene, achava que ela seria tola e que cairia no meu jogo para me dar informações sobre Moriarty, mas ele é bem esperta e conseguiu, digamos, virar o jogo
Apesar de tudo ela me deu dicas muito sutis sobre ele. Dicas que ela sabia que só eu repararia
No momento, todas as informações que poderiam me ajudar nesse caso estavam espalhadas pelo chão do quarto
Praticamente expulsei John do lugar para que eu pudesse me concentrar e colocar meu Palácio Mental em ordem
Não sei de onde surgiu essa admiração que sinto por Molly. Deve ser por não querer jogar na minha cara que estava bem apesar da nossa discussão. Ou por ser inteligente e não sentir necessidade de mostrar isso -coisa que normalmente eu faço, mesmo que por impulso. Sinceramente eu não sei
A única certeza que eu tenho é que vou encontrar Molly Hooper


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado
Roupa da Molly: http://m.saks.com/pd.jsp?PRODUCT%3C%3Eprd_id=845524447030813&productCode=0400092238749



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